Durante seu período de estágio em uma instituição, o estudante
começa a se ver como um profissional. Ao perceber que o perfil ético de um profissional
faz parte dos critérios de seleção, o estagiário começa a aprofundar no
significado dessa exigência. É o momento de refletir e dialogar com colegas e
superiores dentro da empresa em que desenvolve seu programa de estágio.
O profissional ético é uma pessoa preparada técnica e moralmente
para exercer uma função dentro de uma organização ou de forma autônoma.
Tecnicamente, porque o profissional que diz possuir as habilidades necessárias
e na realidade não está preparado prejudica a si próprio e à empresa que o
contratou. Moralmente, porque o caráter ético é notado em muitos pormenores de
seu desempenho.
Um profissional ético é honesto, sincero, franco, transparente.
Por essas características conquista a confiança de colegas, subordinados e
superiores. Fala quando necessário e cala‐se quando deve. Incentivam seus
colegas, pares ou subordinados a agirem eticamente, mesmo quando a conduta
contrária pode trazer retornos financeiros ou materiais mais fortes.
Um profissional ético sugere alternativas quando a forma habitual
de atuar na empresa ou no ramo de negócios for contrária à moral ou aos bons
costumes. Sabe dizer não com personalidade, mesmo que no curto prazo pareça que
a organização pode perder clientes ou fornecedores, porque sabe que no médio e
longo prazo esses clientes ou fornecedores voltarão com mais segurança e fidelidade.
Um profissional ético sabe ponderar o que é bom para si,
para a organização e para a sociedade, não se limita a cumprir o que lhe é
indicado, sem iniciativa pessoal. É suficientemente criativo para saber propor
novos métodos de trabalho à alta administração da empresa. Não tem medo de ser
demitido ou maltratado por pessoas com menos formação moral. Sabe lidar com qualquer
tipo de pessoa, ajudando os amigos (ou inimigos) a enxergar o que é bom e
verdadeiro, de maneira natural, simples, positiva e profissional.
Naturalmente, em cada circunstância é analisada a consequência
de um funcionário querer agir eticamente, mas contra a corrente, ou seja,
contra o que é costume dos colegas, dos gerentes ou da alta administração da
organização. Nesse caso, cabe ao profissional avaliar que alternativas ele disporá
para agir corretamente, e se necessário buscar outra empresa em que possa
desempenhar suas funções e habilidades profissionais, de acordo com suas
convicções éticas.
Atualmente, há profissionais que preferem receber salários
inferiores, mas trabalhar com ética, do que ser mais bem remunerados, obrigando‐se a levantar conflitos entre
seus princípios éticos e os da organização, ou da cultura da empresa.
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