quarta-feira, 31 de maio de 2017

RELAÇÕES HUMANAS




Inevitavelmente, em qualquer profissão e quase em qualquer outra atividade, o ser humano necessita estar em relacionamento com seus semelhantes. Quando este relacionamento é harmonioso, contributivo, espontâneo, gera-se satisfação e progresso. Ao contrário, quando é conflituoso, surgem obstáculos aos desenvolvimentos das atividades, gerando “emperramento” nos propósitos a alcançar.

Mas o que são “relações humanas”?

É a arte do relacionamento humano, que surge quando dois ou mais indivíduos se encontram. Desta forma, num ambiente de trabalho, em que duas pessoas partilham ideias e tarefas, gera-se um convívio que poderá resultar em cooperação, em atritos, comparações, etc.

Para quê estudar relações humanas?

A fim de minimizar os entraves nas relações pessoais e permitir que haja maior satisfação das pessoas envolvidas no processo de convivência.

Há dois tipos de relações humanas:

Comunicação interpessoal: é o relacionamento entre pessoas, caracterizada através dos eventos ou acontecimentos que se verificam no lar, na escola, na empresa, na igreja, etc.

Comunicação intrapessoal: é a comunicação que mantemos conosco mesmo. É o diálogo interior. Exemplos: oração, meditação, etc.

Neste capítulo, o autor estará determinado em analisar e desenvolver a comunicação interpessoal, especificamente voltado à gestão de pessoas, abordando o tema de forma não acadêmica, mas na prática, permitindo assim uma assimilação mais rápida deste assunto por qualquer pessoa.

Verificamos algumas ações de relacionamentos com pessoas, uns benéficos e outros maléficos:

AÇÕES NEGATIVAS:

COMODISMO: torna tudo “morno” e sem sal

JULGAMENTO: destrói imediatamente qualquer relacionamento

IRRITAÇÃO: transfere a carga de algo errado para outra pessoa

LEVIANDADE: desconsidera que os outros têm sentimentos e 
preocupações

MENTIRA: acaba com a confiança entre duas pessoas

CRÍTICAS: forma uma “muralha da China” nos relacionamentos

AÇÕES POSITIVAS:

ACEITAÇÃO: compreende que as pessoas são falhas e precisam de ajuda

OUVIR: permite entender os sentimentos dos outros

PACIÊNCIA: permite suportar uns aos outros

ELOGIAR: auxilia nos laços de simpatia mútua

INTERESSAR-SE: mostra a outra pessoa que ela pode “contar conosco”

SORRIR: o exercício mais relaxante e simpático que Deus criou.

Vamos analisar porque todos nós temos a ganhar com a melhoria de nossos relacionamentos e diversas formas de fazê-lo.

Reflexões:

“Antes de criticar alguém, pesquise porque a pessoa agiu/age daquela forma”

“Entender porque as pessoas agem de determinada forma não é concordar com suas atitudes”

“Relacionar-se com outros custa nosso tempo e paciência. Mas vale a pena, porque nós nos tornamos mais úteis aos nossos semelhantes.

 “EMPATIA” e ESTILO DE COMUNICAÇÃO

A seguir, as conclusões que chegou um grupo de psicólogos, num treinamento de Relações Humanas:

Grande parte do nosso trabalho é feito por meio do contato com os outros, quer como indivíduos, quer como grupo.

A eficiência em lidar com outras pessoas, é muitas vezes prejudicada pela falta de habilidade, de compreensão e de trato interpessoal.

As pessoas que têm mais habilidade em compreender os outros e traquejo interpessoal são mais eficazes no relacionamento humano.

A experiência tem comprovado que as pessoas podem aprender e aperfeiçoar a sua habilidade em compreender os outros e a si próprias, adquirindo traquejo nas relações interpessoais.

Às vezes nós não compreendemos por que temos certos tipos de comportamentos ou atitudes. Não tentamos verificar que isso pode acontecer, por que temos dentro de nós conflitos que não conseguimos resolver. Esses conflitos íntimos impedem nossa maneira eficiente de agir.

Exemplo: o chefe “briga” com o subordinado, porque o patrão exige “eficiência” da equipe.

Se as pessoas descobrem como agem, por que agem e tentam descobrir maneiras para compensar tais comportamentos, isso as ajudará a agir com mais eficiência no relacionamento interpessoal e na compreensão intrapessoal.

A compreensão dos outros (um dos aspectos mais importantes nas Relações Humanas) é a aptidão para sentir o que os outros pensam e sentem, sem portanto, envolver-se com tais sentimentos. Esta aptidão denomina-se empatia.



terça-feira, 30 de maio de 2017

RELAÇÕES HUMANAS: ENTENDA OS CONFLITOS E MELHORE O CONVÍVIO




Se pararmos para pensar, são raros os momentos em que ficamos isolados. Grande parte da vida estamos rodeados por pessoas, sejam elas conhecidas ou não. O próprio isolamento pressupõe a pessoa em detrimento ao outro.

O filósofo Durkheim pondera que as pessoas podem sentir-se atraídas umas pelas outras, pelas suas semelhanças ou pelas suas diferenças. Daí resulta na forma de agir de um povo ou em sua consciência coletiva.

Então, para que seja possível a convivência em grupo é necessário além do convívio, o relacionamento interpessoal. Porém, embora seja imprescindível, é importante ressaltar que, o relacionamento nem sempre é simples, uma vez que, vivemos em grupos distintos, compostos por indivíduos com interesses, expectativas e objetivos diversos.

Observe que cada pessoa é única e pode determinar suas ações com a predominância de crenças e de sentimentos comuns a todos os membros de um determinado grupo social que prevalece sobre sentimentos individuais. Em face disso, é natural que tenhamos características próprias que, com o passar do tempo, acentuam-se ou modificam-se, de acordo com o ambiente em que se está inserido. Isso compõe a essência humana, e torna-nos parte do que as circunstâncias nos fez ser e do que almejamos ser.

Você deve está se perguntado, afinal, em que somos parecidos? Somos parecidos nas necessidades advindas da natureza humana. Independente de cultura, classe social, religião, etc., os seres humanos possuem características semelhantes, temos necessidades de autorrealização, autoestima, necessidades sociais, de segurança etc. Sendo assim, precisamos de abrigo, família, amigos, alimento, saneamento básico, reconhecimento e assim por diante. Tudo emana do contato com o outro.

O que precisa ser entendido é que somos diferentes dos outros, porque o meio em que vivemos e a educação propiciam isso. Os conflitos são oriundos dessas diferenças e das individualidades de cada pessoa. Somos seres dotados de personalidade e caráter. Nesse sentido, mesmo com nossas semelhanças, constantemente haverá momentos em que a discordância e/ou sentimentos individuais falem mais alto, causando assim, atritos. Entretanto, é possível amenizar os desconfortos gerados pelos conflitos nas relações humanas e para ajudá-los, listamos dez atitudes simples e eficazes:

1.Conheça a si mesmo;

2.Tenha percepção do outro;

3.Saiba se comunicar e tenha prudência na hora de falar;

4.Respeite o espaço do outro;

5.Compreenda e aceite os pontos de vista;

6.Não julgue antes de conhecer, livre-se dos pré-conceitos;

7.Respeite e aceite as diferenças;

8.Veja o mundo com outros olhos;

9.Coloque-se no lugar do outro;

10.Ouça mais.

Tudo entendido? Bom, o grande desafio agora é aceitar e gerir tudo aquilo que é diferente, ver as divergências com “outros olhos”, como uma forma de evolução e abertura para algo novo. Ao lidar com esses conflitos, cabe a nós, decidirmos se queremos transformar isso em algo construtivo e relevante ou numa guerra onde o oponente são “moinhos de vento”.  O que você prefere?


(Camilla Pereira Caldas Rêgo, administradora de empresas, especialista em Gestão de Pessoas e Marketing, gestora de Mídias Sociais)



segunda-feira, 29 de maio de 2017

ÉTICA PROFISSIONAL (ÉTICA NO TRABALHO)




O que é  

A ética profissional é um conjunto de atitudes e valores positivos aplicados no ambiente de trabalho. A ética no ambiente de trabalho é de fundamental importância para o bom funcionamento das atividades da empresa e das relações de trabalho entre os funcionários. 

Vantagens da ética aplicada ao ambiente de trabalho:

Maior nível de produção na empresa;

Favorecimento para a criação de um ambiente de trabalho harmonioso, respeitoso e agradável;

Aumento no índice de confiança entre os funcionários.

Exemplos de atitudes éticas num ambiente de trabalho:

Educação e respeito entre os funcionários;

Cooperação e atitudes que visam à ajuda aos colegas de trabalho;

Divulgação de conhecimentos que possam melhorar o desempenho das atividades realizadas na empresa;

Respeito à hierarquia dentro da empresa;

Busca de crescimento profissional sem prejudicar outros colegas de trabalho;

Ações e comportamentos que visam criar um clima agradável e positivo dentro da empresa como, por exemplo, manter o bom humor;

Realização, em ambiente de trabalho, apenas de tarefas relacionadas ao trabalho;


Respeito às regras e normas da empresa.

sexta-feira, 26 de maio de 2017

A RELAÇÃO ENTRE QUALIDADE NO TRABALHO E CRESCIMENTO PROFISSIONAL




Realizar um bom trabalho vai muito além de simplesmente cumprir suas funções diárias. Essa é a tarefa básica de funcionário, ou seja, o mínimo que todos devem fazer em seus cargos e funções. Para se destacar entre todos, entretanto, é preciso ir além, e se esforçar para que o seu trabalho seja o melhor possível.

Fatores como o interesse, esforço e empenho do profissional — somado à capacitação e competência — influenciam diretamente e determinam a execução das tarefas. Além disso, a constante busca por aprimoramento indica a qualidade de seu trabalho.

Saibam quais são os outros fatores que influenciam na qualidade do trabalho:

Leitura

Ler nunca é demais. Informe-se sobre a sua área de atuação, sobre sua cidade, sobre o mundo e sobre tudo o que for do seu interesse. Seu conhecimento pode te dar novas ideias e inspirar seus projetos, além de servir de tema para conversar com qualquer pessoa.


Pesquisa


Novas maneiras de resolver inúmeros problemas são desenvolvidas todos os dias, bem como novas tecnologias são lançadas. Novas teorias e novos temas surgem o tempo todo, e tudo o que já foi descoberto está aguardando a sua curiosidade. A pesquisa, e o conhecimento adquirido por meio dela, te ajudam a desenvolver um trabalho com alta qualidade.

Novas habilidades


Não se contente com as habilidades que você já tem. Além de aperfeiçoar as capacidades que você já domina, é importante desenvolver novas competências para estar sempre atualizado no mercado de trabalho.

Humildade

Procure evitar erros em seu trabalho. Mas, caso aconteçam, assuma suas falhas. “A soberba precede a ruína”, portanto, não se ache superior nem melhor que ninguém e desenvolva seu trabalho sem prejudicar seus colegas.


Atitude

É necessário ter foco no trabalho e sair da zona de conforto, pois um bom trabalho nunca é feito apenas com o básico. Nossas atitudes mostram quem nós somos, exprimem nosso caráter e personalidade, e essas características também estão presentes em nosso trabalho.


Uma demanda feita com atenção, cuidado e empenho se destaca entre aqueles que foram feitos com pressa, “nas coxas”. E é importante lembrar que a qualidade do seu trabalho está intimamente ligada ao seu crescimento profissional.

Se suas demandas são sempre feitas no prazo, com zelo e dedicação, com certeza seu trabalho será bem-vindo em outros cargos que demandam maiores responsabilidades. Sua perspectiva de ascensão na carreira também será mais assertiva, e terá grandes chances caso apareça uma vaga. Até mesmo outras empresas podem se interessar por suas competências, oferecendo novas oportunidades.

E você, se empenha em seu trabalho? Já conquistou novos desafios devido às suas competências? Compartilhe conosco suas experiências!



quinta-feira, 25 de maio de 2017

RELAÇÕES INTERPESSOAIS E GESTÃO DE CONFLITOS NO AMBIENTE DE TRABALHO.





A singularidade do ser humano…

Todos nós somos diferentes, na maneira de pensar, sentir, agir, reagir, aprender e ser. Ninguém é igual a ninguém. O ser humano é um estranho ímpar. No ambiente de trabalho convivemos com pessoas diversas. Cada um de nós tem um jeito de ser, cada pessoa tem as suas “manias”, qualidades, defeitos.

Conhecer o colega de trabalho


Precisamos acima de tudo, para estabelecermos boas relações interpessoais no ambiente de trabalho, conhecer os nossos colegas de trabalho. Conhecer o colega de trabalho aqui, não significa necessariamente, ter intimidade com ele, mas conhecer as suas capacidades, seus talentos, suas habilidades e potencialidades.

A primeira impressão é apenas a primeira impressão.


Para que possamos conhecer o nosso colega, devemos ainda, romper a barreira da “primeira impressão é a que fica” a primeira impressão é apenas a primeira impressão. Essa barreira pode ser a origem de futuros conflitos no ambiente de trabalho.

A origem dos conflitos.

Os conflitos podem ter diversas origens, dentre elas, podemos citar: as divergências em relação aos objetivos de cada, diferenças de personalidade. Metas etc.

Como gerenciar os conflitos no ambiente de trabalho…


Para gerenciar conflitos no ambiente de trabalho, devemos buscar IDENTIFICAR o problema, isto é, NOMEAR qual a origem do conflito. Depois de nomear é importante ATRIBUIR RESPONSABILIDADES, nunca falar em culpa, esta é outra questão. Por exemplo, o problema que está gerando o conflito é a alta conta de luz na empresa,  ao invés de sair procurando quem deixa as luzes e equipamentos ligados desnecessariamente, vamos conscientizar a todos de que somos todos responsáveis pelo uso correto dos recursos. E depois de identificar e nomear o problema; devemos estabelecer METAS para chegar a uma possível SOLUÇÃO.

Conviver com o diferente…


Devemos pensar no nosso ambiente de trabalho como um AQUÁRIO, onde convivem diversas espécies de peixes, que você não escolher para estarem ali com você. Cada peixe tem seus hábitos, e tem em comum ali à água, o alimento e algo que é vital para todos eles, o oxigênio. Mas se um peixe começa a agredir o outro, a água fica suja, pesada. Assim é o nosso ambiente de trabalho, quando começamos a agredir o nosso colega, o ambiente fica carregado, as pessoas deixam de falar umas com as outras, o clima fica ruim, as pessoas passam a não colaborar mais com a equipe e aí quem perde é toda a organização.

Concluindo, devemos buscar estabelecermos boas relações interpessoais no ambiente de trabalho, para assim criarmos equipes competitivas e vencedoras.

“Mais vale a coragem dos soldados do que a sua quantidade”  Maquiavel.


sexta-feira, 12 de maio de 2017

COMPETÊNCIAS SIMPLES DE UM PROFISSIONAL FANTÁSTICO





Independentemente de qual seja a sua área de atuação profissional, as qualificações abaixo são fundamentais e lhe colocam em outra categoria dentro do mercado. 

1. POSTURA - Olhe nos olhos, aperte a mão com firmeza na hora de cumprimentar, saiba ouvir, tire o ovo da boca na hora de falar, tenha humildade para aprender, respeite as diferenças entre seus pares, respeite hierarquia, seja positivo diante das adversidades, não se envolva em fofoca, evite relacionamentos amorosos de ocasião com colegas de trabalho, seja verdadeiro, comprometido, controle as suas emoções, saiba lidar com frustrações, não desista de suas metas no meio do caminho, tenha foco, lidere, ou seja, bem liderado, persiga os resultados para o seu plano de carreira, são algumas dicas para melhorar a sua postura. Vale pra vida...

2. FALAR EM PÚBLICO - Falar em público é uma ferramenta de trabalho e diferencial para quem deseja liderar grandes equipes. Treine, enfrente o medo, estude técnicas para falar em público, exercite, seja voluntário para apresentações e não fuja demonstrando fraqueza e covardia diante de uma oportunidade de encarar uma plateia.

3. ESCREVA BEM - Uma boa redação também é ferramenta de trabalho para profissionais e empreendedores que crescem e se destacam. Além de transmitir uma boa imagem, ou pelo menos não passar uma imagem negativa com textos pobres e repletos de erros básicos, a aplicação correta da gramática e análises bem feitas no seu texto será sempre um grande diferencial para a sua carreira. Compre uma gramática e estude, faça redações para treinar todos os dias, contrate um profissional para corrigir e aprimorar o seu texto e coloque em prática. Não se acomode ou conte apenas com os textinhos que você fazia na faculdade...

4. FALE INGLÊS E ESPANHOL - Falar espanhol é muito fácil e qualquer pessoa pode aprender sozinho. Compre livros de espanhol, estude a gramática e assista a vídeos em espanhol. É muito simples aprender esta língua que pode ser muito útil para negócios no MERCOSUL. Falar inglês não é diferencial, é obrigação. Quem não fala está se conformando em ficar numa categoria abaixo. Isso porque o mundo fala inglês, porque a língua foi adotada como o idioma comercial. Invista nisso como prioridade e, além dos benefícios profissionais, você terá acesso a muita informação valiosa na internet, vai ouvir músicas e entender o que canta, poderá viajar, conhecer pessoas e desfrutar muito mais de seus passeios no exterior.

Infelizmente, a maioria esmagadora sai de anos sentados no banquinho da escola e da universidade sem dominar esses 4 elementos. Seja como empreendedor, executivo, profissional de saúde, autônomo, político, sacerdote, artista ou atleta, as recomendações acima serão sempre de grande valor para a sua carreira, negócios e acima de tudo para a sua vida.


http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/4-competencias-simples-de-um-profissional-fantastico/73652/

sexta-feira, 5 de maio de 2017

SAIBA COMO FUNCIONA UMA SECRETÁRIA VIRTUAL





Segundo o gerente de Atendimento Individual do Sebrae Nacional, Enio Pinto, “os serviços de uma secretária virtual surgiram para atender à demanda de empreendedores que precisam de apoio profissional para organizar sua rotina administrativa e, assim, atender melhor seus clientes”.

Esse serviço também é uma alternativa àqueles que estão começando o seu negócio e precisam de infraestrutura e atividades secretariais, mas não querem ou não podem investir nesses itens contratando um profissional para tal.

Da mesma forma que a versão em carne e osso, que tem como atributos gerenciar a agenda e resolver tarefas burocráticas do mundo corporativo – desde a expedição de documentos via motoboy até a organização de viagens, a secretária virtual esforça-se para abrir espaço na agenda dos microempresários ou empreendedores individuais, que representam o maior nicho do negócio.

Organizando a rotina de trabalho

Mantenha sua mesa organizada. Ambiente com muita informação é chamariz para falta de foco e atenção.

Mantenha os arquivos do seu computador organizados. Pode classificar por categoria de atividade, nome do cliente, tipo de documentação, como preferir… desde que esteja tudo certo, no lugar certo. Isso otimizará um bom tempo na sua rotina de trabalho.

Deixe separado arquivos pessoais dos profissionais, tanto para os arquivos físicos, quanto para os virtuais.

Tenha uma rotina diária e organize semanalmente esta rotina. Pois a ausência de rotina é motivo para falta de foco e disciplina. Mantenha a rotina na agenda. Mantenha a sua agenda atualizada.

Tenha um ambiente de trabalho iluminado, arejado e silencioso.
Lembre-se da ergonomia. Cadeira e mesa confortáveis são essenciais. E a postura também.

Pare de tempos em tempos. Alguns dizem que a cada 2 horas, deve-se parar 15 minutos, porém você mesma pode determinar a periodicidade. Isso é importante, vá tomar um café, alongar-se, pegar um pouco de sol, isso fará seu cérebro descansar e seu subconsciente organizar as informações.

Para gerenciar melhor o seu tempo, você pode utilizar o Método GTD (GettingThings Done), uma metodologia de gerenciamento de ações e de tempo criado por David Allen.

Foco também é importante para você não se perder nas tarefas diárias. Neste artigo você pode ler mais sobre como ter foco e ser mais produtivo.

Buscando clientes para o serviço de secretária virtual

Assim como o cartão de visitas, hoje em dia qualquer negócio precisa estar presente nas redes sociais e ter um website.

Criar uma estratégia consistente de divulgação e testar diversos canais é indispensável para atrair clientes. Também é importante definir um nicho de mercado, ao invés de tentar “atirar para todo lado”. Focar em um nicho de mercado ajuda tanto na divulgação quanto na rotina de trabalho.

Independentemente do canal de distribuição adotado, o sucesso de um negócio depende, principalmente, da capacidade de percepção de oportunidade do empreendedor e da sua agilidade para se adaptar, aproveitando tendências e criando novas formas de fazer sua empresa ser conhecida por seus clientes.

No blog O Site Perfeito você encontra várias dicas para divulgar o seu negócio!

As vantagens para quem contrata

Em 1906, o economista italiano Vilfredo Pareto criou uma equação matemática apoiando sua teoria de que em todas as circunstâncias, 80% dos efeitos foram resultados de 20% das causas.

Este estudo deu origem ao Diagrama de Pareto, também conhecido como o “princípio 80/20”, que é uma ferramenta de gestão do tempo e de tomada de decisões que vem sendo amplamente aplicada em todos os setores da economia.

Nos negócios, o “princípio 80/20” significa que 20% do que uma empresa faz gera 80% de sua receita.

A secretária virtual permite que você dedique seus esforços a 20% das atividades que fazem a diferença no seu negócio.

Encontre as atividades que mais demandam tempo e trazem pouco resultado, e deixe que a secretária virtual faça essas tarefas pra você!

Oportunidades de mercado

A demanda é constante no serviço de secretariado: todo empresário, independentemente do ramo de atuação e do porte da empresa, precisa de um funcionário ou equipe que cuide das questões administrativas e burocrátocas, e é nesse cenário que o secretariado remoto ganha destaque.

Preciso abrir uma empresa?

Se você pretende atuar como Secretária Virtual, é importante saber como se registrar no MEI – Micro Empreendedor Individual – para poder obter viabilizar algumas questões burocráticas como emissão de Notas Fiscais de seus serviços prestados.

Como funciona o MEI?

Microempreendedor Individual (MEI) é a pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário.

A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais para que o trabalhador conhecido como “informal” possa se tornar um MEI legalizado.

Para ser um microempreendedor individual, é importante saber que:

É necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 por ano;

Não pode ter participação em outra empresa como sócio ou titular;

O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria;

O MEI será enquadrado no Simples Nacional e ficará isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL);

As taxas fixas a serem recolhidas mensalmente irá variar de acordo com o segmento de serviço. No caso de prestação de serviços (secretariado remoto) a taxa atual é de R$51,85 que será destinado à Previdência Social e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário mínimo.

O MEI também tem acesso a benefícios como auxílio maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros 

Entre as vantagens oferecidas por essa lei, está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão de notas fiscais – Sim, você terá um CNPJ vinculado ao seu CPF, como se fosse uma empresa =)

P.S: O procedimento é simples, rápido e fácil. Isso eu posso te garantir 

Para mais informações de como de enquadrar no quesito MEI, acesse o Portal do Empreendedor ou fale com seu assessor contábil.



quinta-feira, 4 de maio de 2017

ADAPTABILIDADE DAS COMPETÊNCIAS SECRETARIAIS







O Brasil é reconhecido por ser uma potência em vários quesitos, além de modelo, para muitas áreas e profissões. O profissional de secretariado é visto no mundo inteiro, como precursor e parâmetro, para os demais profissionais de secretariado ao redor do mundo.
Países como: Angola, Moçambique, Portugal, Peru, Estados Unidos, África do Sul, entre outros, tem estudado o desenvolvimento da profissão no país, buscando formas para implantação, seja nas universidades locais, ou para torná-la uma profissão regida por lei, assim como no Brasil.

No ano de 2011, o jornal inglês The Guardian, publicou uma matéria sobre a profissão de secretariado, onde duas pesquisas apontavam como o secretariado sendo a terceira profissão que mais cresce no mundo, e os profissionais brasileiros, os mais bem preparados. Quanto orgulho! Sem dúvida! Porém, apesar de toda essa propagação internacional, o secretariado no Brasil, tem perdido espaço nos últimos anos, ora por fechamento de cursos de graduação, ou pela própria falta de credibilidade no futuro da profissão, por parte dos profissionais.

Todas as profissões encontram-se saturadas. Há mais profissionais do que a demanda do mercado de trabalho possa suprir. E isso é um reflexo não da crise que assola o país, mas do acesso à formação profissional facilitada. Pensou-se em educação para todos, como forma de inclusão. Mas e agora, aonde empregar toda essa mão de obra? Provavelmente isso não fora pensando, e se foi, o abacaxi é tão grande, que se achou melhor descascá-lo em outro momento! Os profissionais de secretariado, regidos pela lei que regulamenta a profissão, deveriam estar amparados, isto é, ter tranquilidade quanto à atuação no mercado de trabalho, afinal por lei, as organizações só poderiam contratar secretários, técnicos ou executivos, formados e com registro profissional vigente. Só que isso não ocorre na prática. Infelizmente, ainda nos falta um órgão fiscalizador, neste caso, o conselho profissional. Outro ponto de destaque é a tecnologia. Sim, a mesma tecnologia que ajuda e acelera os processos organizacionais, também exclui postos de trabalho. Mas então o que fazer para se reinventar e colocar a profissão novamente como sendo a que mais cresce no mundo?

As competências e habilidades secretariais, não são lineares, devendo estar em constante adaptação com as exigências do mercado. Adaptabilidade é a palavra da vez! O que o mercado espera dos profissionais? Como devo me preparar para concorrer a uma posição? De que forma busca o conhecimento e o desenvolvimento de minhas habilidades? Quais competências fazem realmente a diferença no momento atual da profissão? Todas essas perguntas não são difíceis de responder. Analisadas pelo prisma da globalização, movimento esse constante, a profissão de secretariado passou de operador de atividades, para cogestor de negócios, em um curto espaço de tempo. A profissão teve essa ascensão, porque então não ampliarmos nosso espaço de atuação, adaptando-nos as exigências do mercado atual? Comunicação, inteligência emocional, planejamento, organização, liderança e tomada de decisão, são especificações básicas na área de atuação secretarial. Precisamos mais! E o mais significa, dentre outras coisas, ter visão sistêmica e estratégica não apenas do ambiente organizacional, mas do mercado de trabalho. Sermos mais criativos e inovadores, perante as inúmeras atividades que nos rodeiam no dia a dia. E não menos importante, sermos menos nostálgicos, tendo orgulho de tudo o que já fora construído até aqui, porém tendo os dois pés no chão, sabendo que, a continuidade da nossa profissão, só será possível, através da conscientização dos profissionais. Tenhamos orgulho do passado, atuando no presente, de forma construtiva, assim como fizeram os precursores da profissão no Brasil, almejando um futuro mais promissor a profissão. Lembre-se do desafio do camaleão sempre que se encontra vulnerável: adaptação ao habitat!

*Escrito por Lucélia de Souza Carlos*
Secretária Executiva Trilíngue – SRTE 2092
Especialista em Gestão de Pessoas



quarta-feira, 3 de maio de 2017

O PROFISSIONAL EM SECRETARIADO E O CÓDIGO DE ÉTICA: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA




O processo de globalização e as mudanças decorrentes dele fizeram com que o mercado se tornasse ainda mais exigentes. Entretanto, a ética nunca deixou de serem essenciais, por ser um instrumento que filtra as nossas ações tornando-as socialmente responsáveis. A profissão surgiu no Egito antigo, com os escribas.

No período da revolução industrial (séc. XVIII) com o crescimento maquinário nas indústrias, surge a necessidade da assessoria administrativa, consolidando o papel de secretário somente por homens.

Somente com a segunda guerra mundial, devido a escassez de mão de obra masculina, começam a surgir mulheres exercendo a profissão de secretária. Para BOFF (2003), ética é parte da filosofia que  considera concepções acerca da vida, do universo, do ser humano e de seu destino, define princípios e valores que orientam pessoas e sociedades.

Atualmente as concepções de ética mudaram extremamente, e para a entendermos é preciso diferenciá-la da moral e do direito HIPÓTESES Segundo RIBEIRO (2009) em seu artigo ÉTICA PROFISSIONAL, a ausência de ética significa não respeitar os outros e ter atitudes individualistas. PROBLEMA DE PESQUISA - Qual a importância da ética para o profissional em secretariado? OBJETIVOS GERAL: Refletir e analisar a importância da ética na vida profissional da(o) secretária(o) atual. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Observar a importância da separação entre assuntos profissionais e pessoais e como tratá-los dentro de uma organização no papel de secretária(o);

- Averiguar a importância do sigilo como um comportamento ético;

- Analisar os pontos positivos e negativos do dia a dia de uma(um) secretária(o) frente às situações corriqueiras de seu trabalho;

- Estudar a ética no ambiente de trabalho desse profissional em secretariado;

- Verificar a existência e a preocupação com a ética por parte da(o) secretária(o);

- Analisar a postura do profissional em secretariado mediante situações consideradas antiéticas em seu trabalho.

Com o crescimento desenfreado do mundo globalizado, muitas vezes, o profissional é submetido a pressões na organização, tendo em vista o aumento de produção. Esta vida dinâmica e competitiva gera um sentimento de individualismo, podendo levar a ações antiéticas em busca do almejado sucesso profissional. JUSTIFICATIVA De acordo com MATOS (2008) ética e verdade são a essência da consciência humana. Ninguém lhes pode ser indiferente.

Antigamente a profissão de secretariado era tida apenas como função, porém hoje é uma profissão comprometida com resultados. (NEIVA e D'ELIA, 2009).

Ética, portanto, faz parte do perfil profissional que as empresas e os países do mundo precisam para se tornarem grandes potências no mercado competitivo. METODOLOGIA Pesquisa de abordagem eminentemente qualitativa, de caráter exploratório, desenvolvida por meio de pesquisas bibliográficas. 

ÉTICA A ÉTICA: ALGUMAS REFLEXÕES Moral Segundo BOFF (2003) a moral  refere-se a prática da vida real. DIREITO O direito só deve cuidar da ação humana depois de exteriorizada. (REALE, 1973) ÉTICA Ética é teórica e reflexiva. Ela segue convicções e princípios. "A ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta". (VALLS, 1993, p7) Segundo REALE (1973) nenhuma sociedade poderia subsistir sem um mínimo de ordem, de direção e solidariedade.

"É impossível pensar em ética se não pensarmos em convivência. A ética é o que marca a fronteira da nossa convivência, seja com outras pessoas ou no ambiente de trabalho" (CORTELLA, 2011) A ética profissional estuda e regulariza o relacionamento do profissional com sua clientela, visando dignidade humana e construção do bem estar no contexto sócio cultural onde exerce sua profissão. A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA - Discrição;

- Confiança de informações;

- Cobrança de qualificação e experiência;

- Convívio direto com gestores;

- Sigilo

- Representação da alta administração

- Exemplo para os demais níveis hierárquicos da organização. A profissão de Secretariado: Um pouco de história No Brasil isto só ocorre apartir da década de 50, com a chegada das indústrias multinacionais no país. Em 30 de Setembro de 1985 foi aprovada a Lei 7.377 que regulamentou a profissão de secretariado. Art. 2º. Para efeitos desta Lei, é considerado:

Secretário Executivo a) o profissional diplomado no Brasil por curso superior de Secretariado, reconhecido na forma de Lei, ou diplomado no exterior por curso de Secretariado, cujo diploma seja revalidado no Brasil, na forma da Lei.

O portador de qualquer diploma de nível superior, que, na data de vigência desta Lei, houver comprovado, através de declarações de empregadores, o exercício efetivo, durante pelo menos trinta e seis meses, das atribuições mencionadas no Art. 4º. desta Lei. A (O) SECRETÁRIA (O) E O CÓDIGO DE ÉTICA: UMA RELAÇÃO NECESSÁRIA O código de ética do profissional em secretariado publicado em diário oficial da união em 07 de julho de 1989 define os princípios fundamentais da ética como o conjunto de regras contendo direitos e deveres nos quais o profissional deve pautar suas ações. “No cenário empresarial, duas grandes multinacionais, Enron e Worldcom, faliram em decorrência de atitudes antiéticas. Muitas organizações passaram, então, a rever seus padrões de conduta interna, normas, princípios e a manter uma postura transparente e honesta de negócios, atuando como uma organização cidadã. Esse comportamento ético influi tanto na percepção dos consumidores como do próprio mercado que passam a vê-la como uma empresa responsável que cumpre suas responsabilidades sociais e se preocupa com o bem estar comum” RIBEIRO (2009). O CRESCIMENTO E DESEMPENHO DO PROFISSIONAL EM SECRETARIADO A LUZ DO CÓDIGO DE ÉTICA “Ética, hoje, é valor agregado, cobrança de mercado, exigência de qualidade, garantia de produto e serviço, sobrevivência e possibilidade de futuro das empresas. Portanto não estamos tratando sobre algo “virtual”, mas sobre tema de cotidiana análise crítica por mentes exigentes e numerosas em todo o planeta.” (SABINO e ROCHA, 2004, p.39). CONSIDERAÇÕES FINAIS Para agir eticamente no ambiente de trabalho não basta apenas conhecer o código de ética, é preciso entender o que significa ser ético e qual a importância desses valores.

Conforme afirma SABINO e ROCHA (2004), o comportamento ético do profissional em secretariado edifica-se por meio da conjunção de fatores, partindo pelo conhecimento dos regulamentos da empresa.

A ética, portanto, é a luz que deve guiar nossos passos e nossas ações, evitando que nossos interesses particulares comprometam a garantia de um sucesso digno e reconhecido no mercado de trabalho. Essa relação entre a (o) secretária (o) e a ética certamente conduzirá ao tão almejado sucesso profissional.

ÉTICA, UM DEGRAU PARA O SUCESSO, PRATIQUE! fim.


Por ALINE GONÇALVES RODRIGUES

terça-feira, 2 de maio de 2017

“GERAÇÃO DO DIPLOMA” LOTA FACULDADES, MAS DECEPCIONA EMPRESÁRIOS




Nunca tantos brasileiros chegaram às salas de aula das universidades, fizeram pós-graduação ou MBA’s. Mas, ao mesmo tempo, não só as empresas reclamam da oferta e qualidade da mão de obra no país como os índices de produtividade do trabalhador custam a aumentar.

Na última década, o número de matrículas no ensino superior no Brasil dobrou, embora ainda fique bem aquém dos níveis dos países desenvolvidos e alguns emergentes. Só entre 2011 e 2012, por exemplo, 867 mil brasileiros receberam um diploma, segundo a mais recente Pesquisa Nacional de Domicílio (Pnad) do IBGE.

"Mas mesmo com essa expansão, na indústria de transformação, por exemplo, tivemos um aumento de produtividade de apenas 1,1% entre 2001 e 2012, enquanto o salário médio dos trabalhadores subiu 169% (em dólares)", diz Rafael Lucchesi, diretor de educação e tecnologia na Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A decepção do mercado com o que já está sendo chamado de "geração do diploma" é confirmada por especialistas, organizações empresariais e consultores de recursos humanos.

"Os empresários não querem canudo. Querem capacidade de dar respostas e de apreender coisas novas. E quando testam isso nos candidatos, rejeitam a maioria", diz o sociólogo e especialista em relações do trabalho da Faculdade de Economia e Administração da USP, José Pastore.

Entre empresários, já são lugar-comum relatos de administradores recém-formados que não sabem escrever um relatório ou fazer um orçamento, arquitetos que não conseguem resolver equações simples ou estagiários que ignoram as regras básicas da linguagem ou têm dificuldades de se adaptar às regras de ambientes corporativos.

"Cadastramos e avaliamos cerca de 770 mil jovens e ainda assim não conseguimos encontrar candidatos suficientes com perfis adequados para preencher todas as nossas 5 mil vagas", diz Maíra Habimorad, vice-presidente do DMRH, grupo do qual faz parte a Companhia de Talentos, uma empresa de recrutamento. "Surpreendentemente, terminanos com vagas em aberto."

Outro exemplo de descompasso entre as necessidades do mercado e os predicados de quem consegue um diploma no Brasil é um estudo feito pelo grupo de Recursos Humanos Manpower. De 38 países pesquisados, o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, atrás apenas do Japão.

É claro que, em parte, isso se deve ao aquecimento do mercado de trabalho brasileiro. Apesar da desaceleração da economia, os níveis de desemprego já caíram para baixo dos 6% e têm quebrado sucessivos recordes de baixa.

Image caption Produtividade da industria aumentou apenas 1,1% na última década, segundo a CNI

Mas segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgado nesta semana, os brasileiros com mais de 11 anos de estudo formariam 50% desse contingente de desempregados.

"Mesmo com essa expansão do ensino e maior acesso ao curso superior, os trabalhadores brasileiros não estão conseguindo oferecer o conhecimento específico que as boas posições requerem", explica Márcia Almstrom, do grupo Manpower.

Causas

Especialistas consultados pela BBC Brasil apontam três causas principais para a decepção com a "geração do diploma".

A principal delas estaria relacionada a qualidade do ensino e habilidades dos alunos que se formam em algumas faculdades e universidades do país.

Os números de novos estabelecimentos do tipo criadas nos últimos anos mostra como os empresários consideram esse setor promissor. Em 2000, o Brasil tinha pouco mais de mil instituições de ensino superior. Hoje são 2.416, sendo 2.112 particulares.

"Ocorre que a explosão de escolas superiores não foi acompanhada pela melhoria da qualidade. A grande maioria das novas faculdades é ruim", diz Pastore.

Tristan McCowan, professor de educação e desenvolvimento da Universidade de Londres, concorda. Há mais de uma década, McCowan estuda o sistema educacional brasileiro e, para ele, alguns desses cursos universitários talvez nem pudessem ser classificados como tal.

"São mais uma extensão do ensino fundamental", diz McCowan. "E o problema é que trazem muito pouco para a sociedade: não aumentam a capacidade de inovação da economia, não impulsionam sua produtividade e acabam ajudando a perpetuar uma situação de desigualdade, já que continua a ser vedado à população de baixa renda o acesso a cursos de maior prestígio e qualidade."

Para se ter a medida do desafio que o Brasil têm pela frente para expandir a qualidade de seu ensino superior, basta lembrar que o índice de anafalbetismo funcional entre universitários brasileiros chega a 38%, segundo o Instituto Paulo Montenegro (IPM), vinculado ao Ibope.

Image captionEspecialistas questionam qualidade de novas faculdades no Brasil
Na prática, isso significa que quatro em cada dez universitários no país até sabem ler textos simples, mas são incapazes de interpretar e associar informações. Também não conseguem analisar tabelas, mapas e gráficos ou mesmo fazer contas um pouco mais complexas.

De 2001 a 2011, a porcentagem de universitários plenamente alfabetizados caiu 14 pontos - de 76%, em 2001, para 62%, em 2011. "E os resultados das próximas pesquisas devem confirmar essa tendência de queda", prevê Ana Lúcia Lima, diretora-executiva do IPM.

Segundo Lima, tal fenômeno em parte reflete o fato da expansão do ensino superior no Brasil ser um processo relativamente recente e estar levando para bancos universitários jovens que não só tiveram um ensino básico de má qualidade como também viveram em um ambiente familiar que contribuiu pouco para sua aprendizagem.

"Além disso, muitas instituições de ensino superior privadas acabaram adotando exigências mais baixas para o ingresso e a aprovação em seus cursos", diz ela. "E como consequência, acabamos criando uma escolaridade no papel que não corresponde ao nível real de escolaridade dos brasileiros."

Postura e experiência

A segunda razão apontada para a decepção com a geração de diplomados estaria ligada a “problemas de postura” e falta de experiência de parte dos profissionais no mercado.
"Muitos jovens têm vivência acadêmica, mas não conseguem se posicionar em uma empresa, respeitar diferenças, lidar com hierarquia ou com uma figura de autoridade", diz Marcus Soares, professor do Insper especialista em gestão de pessoas.

"Entre os que se formam em universidades mais renomadas também há certa ansiedade para conseguir um posto que faça jus a seu diploma. Às vezes o estagiário entra na empresa já querendo ser diretor."

As empresas, assim, estão tendo de se adaptar ao desafio de lidar com as expectativas e o perfil dos novos profissionais do mercado – e em um contexto de baixo desemprego, reter bons quadros pode ser complicado.

Para Marcelo Cuellar, da consultoria de recursos humanos Michael Page, a falta de experiência é, de certa forma natural, em função do recente ciclo de expansão econômica brasileira.

"Tivemos um boom econômico após um período de relativa estagnação, em que não havia tanta demanda por certos tipos de trabalhos. Nesse contexto, a escassez de profissionais experientes de determinadas áreas é um problema que não pode ser resolvido de uma hora para outra", diz Cuellar.

Nos últimos anos, muitos engenheiros acabaram trabalhando no setor financeiro, por exemplo.

"Não dá para esperar que, agora, seja fácil encontrar engenheiros com dez ou quinze anos de experiência em sua área – e é em parte dessa escassez que vem a percepção dos empresários de que ‘não tem ninguém bom’ no mercado", acredita o consultor.

'Tradição bacharelesca'

Por fim, a terceira razão apresentada por especialistas para explicar a decepção com a "geração do diploma" estaria ligada a um desalinhamento entre o foco dos cursos mais procurados e as necessidades do mercado.

É bastante disseminada no Brasil a ideia de que cargos de gestão pagam bem e cargos técnicos pagam mal. Mas isso está mudando – até porque a demanda por profissionais da área técnica tem impulsionado os seus salários.Gabriel Rico

De um lado, há quem critique o fato de que a maioria dos estudantes brasileiros tende a seguir carreiras das ciências humanas ou ciências sociais - como administração, direito ou pedagogia - enquanto a proporção dos que estudam ciências exatas é pequena se comparada a países asiáticos ou alguns europeus.

"O Brasil precisa de mais engenheiros, matemáticos, químicos ou especialistas em bioquímica, por exemplo, e os esforços para ampliar o número de especialistas nessas áreas ainda são insuficientes", diz o diretor-executivo da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Gabriel Rico.

Segundo Rico, as consequências dessas deficiências são claras: "Em 2011 o país conseguiu atrair importantes centros de desenvolvimento e pesquisas de empresas como a GE a IBM e a Boeing", ele exemplifica. "Mas se não há profissionais para impulsionar esses projetos a tendência é que eles percam relevância dentro das empresas."

Do outro lado, também há críticas ao que alguns vêem como um excesso de valorização do ensino superior em detrimento das carreiras de nível técnico.

"É bastante disseminada no Brasil a ideia de que cargos de gestão pagam bem e cargos técnicos pagam mal. Mas isso está mudando – até porque a demanda por profissionais da área técnica tem impulsionado os seus salários", diz o consultor.

Rafael Lucchesi concorda. "Temos uma tradição cultural baicharelesca, que está sendo vencida aos poucos”, diz o diretor da CNI – que também é o diretor-geral do Senai (Serviço Nacional da Indústria, que oferece cursos técnicos).

Segundo Lucchesi, hoje um operador de instalação elétrica e um técnico petroquímico chegam a ganhar R$ 8,3 mil por mês. Da mesma forma, um técnico de mineração com dez anos de carreira poderia ter um salário de R$ 9,6 mil - mais do que ganham muitos profissionais com ensino superior.

"Por isso, já há uma procura maior por essas formações, principalmente por parte de jovens da classe C, mas é preciso mais investimentos para suprir as necessidades do país nessa área", acredita.



http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/10/131004_mercado_trabalho_diplomas_ru