Se pararmos para pensar, são raros os momentos em que
ficamos isolados. Grande parte da vida estamos rodeados por pessoas, sejam elas
conhecidas ou não. O próprio isolamento pressupõe a pessoa em detrimento ao
outro.
O filósofo Durkheim pondera que as pessoas podem sentir-se
atraídas umas pelas outras, pelas suas semelhanças ou pelas suas diferenças.
Daí resulta na forma de agir de um povo ou em sua consciência coletiva.
Então, para que seja possível a convivência em grupo é
necessário além do convívio, o relacionamento interpessoal. Porém, embora seja
imprescindível, é importante ressaltar que, o relacionamento nem sempre é
simples, uma vez que, vivemos em grupos distintos, compostos por indivíduos com
interesses, expectativas e objetivos diversos.
Observe que cada pessoa é única e pode determinar suas ações
com a predominância de crenças e de sentimentos comuns a todos os membros de um
determinado grupo social que prevalece sobre sentimentos individuais. Em face
disso, é natural que tenhamos características próprias que, com o passar do
tempo, acentuam-se ou modificam-se, de acordo com o ambiente em que se está
inserido. Isso compõe a essência humana, e torna-nos parte do que as
circunstâncias nos fez ser e do que almejamos ser.
Você deve está se perguntado, afinal, em que somos
parecidos? Somos parecidos nas necessidades advindas da natureza humana.
Independente de cultura, classe social, religião, etc., os seres humanos
possuem características semelhantes, temos necessidades de autorrealização,
autoestima, necessidades sociais, de segurança etc. Sendo assim, precisamos de
abrigo, família, amigos, alimento, saneamento básico, reconhecimento e assim
por diante. Tudo emana do contato com o outro.
O que precisa ser entendido é que somos diferentes dos
outros, porque o meio em que vivemos e a educação propiciam isso. Os conflitos
são oriundos dessas diferenças e das individualidades de cada pessoa. Somos
seres dotados de personalidade e caráter. Nesse sentido, mesmo com nossas
semelhanças, constantemente haverá momentos em que a discordância e/ou sentimentos
individuais falem mais alto, causando assim, atritos. Entretanto, é possível
amenizar os desconfortos gerados pelos conflitos nas relações humanas e para
ajudá-los, listamos dez atitudes simples e eficazes:
1.Conheça a si mesmo;
2.Tenha percepção do outro;
3.Saiba se comunicar e tenha prudência na hora de falar;
4.Respeite o espaço do outro;
5.Compreenda e aceite os pontos de vista;
6.Não julgue antes de conhecer, livre-se dos pré-conceitos;
7.Respeite e aceite as diferenças;
8.Veja o mundo com outros olhos;
9.Coloque-se no lugar do outro;
10.Ouça mais.
Tudo entendido? Bom, o grande desafio agora é aceitar e
gerir tudo aquilo que é diferente, ver as divergências com “outros olhos”, como
uma forma de evolução e abertura para algo novo. Ao lidar com esses conflitos,
cabe a nós, decidirmos se queremos transformar isso em algo construtivo e
relevante ou numa guerra onde o oponente são “moinhos de vento”. O que
você prefere?
(Camilla Pereira Caldas Rêgo, administradora de empresas,
especialista em Gestão de Pessoas e Marketing, gestora de Mídias Sociais)
http://www.dm.com.br/opiniao/2015/06/relacoes-humanas-entenda-os-conflitos-e-melhore-o-convivio.html