quinta-feira, 19 de maio de 2022

COMO SER UM BOM LÍDER SEM CHATEAR SEUS COLABORADORES




Uma das grandes dúvidas que pairam sobre as cabeças dos administradores nos dias de hoje é: “como ser um bom líder? “. Como gerenciar um grupo de pessoas sem que elas se sintam cobradas demais, ou chateadas com a pressão? Liderar e motivar pessoas sem pressão e cobrança é algo difícil de ser feito, mas é possível dosar a mão para não cometer erros em excesso.

 

É preciso saber exatamente o que e como fazer para que seus colaboradores o vejam como um líder verdadeiro, alguém que os inspira, que lhes dá abertura para participar e os faz trabalhar mais confiantes, e não um ditador que apenas cobra resultados, sem pensar no lado humano da relação. Por isso, saber atuar como um líder dentro de uma equipe é fundamental para o seu sucesso.

 

É importante que o líder saiba ouvir as pessoas, escutar suas opiniões, dialogar com elas para que possam se sentir valorizadas. Mas, mais do que ouvi-las, é preciso saber como lidar com as críticas e sugestões, saber como implementar melhorias levando em consideração o que foi dito pelo colaborador etc. As pessoas adoram participar, mas odeiam que suas opiniões sejam ignoradas.

 

O líder também precisa saber como liderar as pessoas, conhecendo seus liderados, a forma como eles pensam, como agem, a forma como costumam trabalhar etc. É preciso haver um bom senso para que a liderança não seja um desastre. Por isso, é necessário saber como conversar com um funcionário, como dar uma bronca, como elogiar na medida certa, como propor uma mudança drástica sem causar impactos negativos etc.

 

A boa liderança é, antes tudo, o bom convívio e a boa relação entre as pessoas. É preciso haver respeito para que um líder seja respeitado. É preciso haver companheirismo e comprometimento para que um serviço seja bem executado pela equipe como um todo. É preciso ser um líder responsável para que seus liderados se sintam parte do grupo, ativos, valorizados.

 

O bom líder é aquele que chama para si a responsabilidade, mas que também sabe como delegar autoridade e funções a seus comandados. Porém, ele sabe exatamente quem está preparado para receber este fardo, sem sobrecarregar uma pessoas despreparada, que certamente irá se chatear com ele, fazendo um serviço de péssima qualidade, comprometendo todo o resultado final.

 

Ser um bom líder e não chatear os seus colaboradores é uma tarefa complexa, porém não impossível. Procure sempre se relacionar de forma agradável com seus liderados, participe de seu dia-a-dia, valorize quem precisa, cobre de quem está devendo em desempenho etc. Mas, principalmente, saiba exatamente para onde você quer levar sua equipe. Um chefe perdido deixa qualquer equipe fora do rumo.

 

Compartilhe suas experiências, conte exemplos de bons comportamentos, histórias de sucesso, motive seus colaboradores. Evite ser o líder chato que apenas puxa a equipe para baixo. Eleve o astral das pessoas, mostre a elas como são importantes para o bom andamento do serviço, como são essenciais na engrenagem da empresa. Valorizar o trabalho das pessoas é uma excelente forma de trazê-las para o seu lado, de fazê-las trabalharem melhor.

 

Seja um bom líder e colha os frutos desta boa relação com seus funcionários. Sucesso!

 


 

FONTE: http://www.sobreadministracao.com/como-ser-um-bom-lider-sem-chatear-seus-colaboradores/

  

terça-feira, 17 de maio de 2022

Violências “sem sangue” nos locais de trabalho

 

Anália Sória Batista, 28/01/2003

 

As práticas sociais que envolvem humilhação, perseguição, rebaixamento, ameaças sistemáticas, enfim, o denominado Assédio Moral, caracterizam cada vez mais os modos de relacionamento entre os “disciplinadores” e os obrigados à obediência nos locais de trabalho. No contexto da reestruturação do capital, os trabalhadores tornam-se frágeis, propensos a sofrer violência psicológica estimulada por um superpoder empresarial, decidido a torná-los máquinas produtivas, invocando, por meio de práticas de controle e de vulnerabilização, o direito à posse do corpo e da alma do coletivo que produz.

Incrementam as queixas sobre práticas de humilhação, perseguição e ameaças nos locais de trabalho, que permitem considerar o terror psicológico como um aspecto constitutivo das novas formas de gestão nas organizações, isto é, das relações sociais nas empresas. Hirigoyen (1993) nomeou essa realidade como assédio moral, mostrando a necessidade de identificação desses relacionamentos altamente destrutivos e violentos, mas cada vez mais presentes, embora dissimulados, nas organizações. O triunfo espetacular desse poder se faz presente nas emoções, sentimentos e nos corpos maltratados dos trabalhadores, assim como na vingança da eliminação (demissão) do trabalhador pouco obediente ou considerado inútil devido a seus registros sócio-culturais avaliados como sendo “inadequados”.

Uma pesquisa realizada durante o ano de 2001 junto a 301 trabalhadores entre os que recorrem à Delegacia Regional de Trabalho-DRT/DF, mostrou a importância atual desse fenômeno. Trabalhadores e trabalhadoras foram chamados a responder sobre a vivência de diversas situações que caracterizam o Assédio Moral nas organizações. A importância desse fenômeno reflete-se nos dados a seguir:

No seu trabalho, você já

%

Discordou dos superiores

65,4

Já se sentiu pressionado para produzir mais

61,7

Sentiu-se controlado

47,5

Discutiu com colegas

44,9

Já sentiu medo

37,2

Sentiu-se perseguido

35,8

Enfrentou Superiores

33,9

Foi relegado a funções inferiores

30,7

Já foi humilhado

29,4

Já se sentiu menosprezado

25,1

Já se sentiu rebaixado

20,4

Foi alvo de Violências

14,9

Uma primeira observação é que os trabalhadores parecem não reconhecer o termo síntese “violência” para designar o “terror psicológico” nas organizações. Em razão disso, menos de 20% afirmam ter sido alvo de algum tipo de “violência” no cotidiano de trabalho. No entanto, quando o fenômeno da violência é desagregado em seus componentes, o reconhecimento dos trabalhadores com relação a diferentes situações de Assédio Moral se incrementa substantivamente.

Mais de 60% dos trabalhadores e trabalhadoras reconhecem discordar com superiores. Esse dado é importante enquanto indício de conflitividade latente nas relações sociais que envolvem hierarquias no espaço de trabalho. Essa conflitividade latente pode traduzir-se em climas organizacionais tensos. Já a situação de enfrentamento com superiores, que efetivamente anuncia a presença do conflito, cai quase pela metade, embora continue sendo relevante.

Com relação aos relacionamentos entre colegas, observa-se que estes não são pacíficos; mais de 40% dos trabalhadores e trabalhadoras admitem se envolver em disputas com colegas de trabalho.

Observa-se também que mais de 60% dos trabalhadores/as sentem-se pressionados a produzir mais e que praticamente 50% deles sentem-se controlados. As estratégias de controle implementadas no mundo do trabalho e da produção visam todas elas ao incremento da produtividade dos trabalhadores.

Vítimas do medo e da perseguição resultam ser mais de 35% dos entrevistados. Destaca-se também que aproximadamente 30% dos trabalhadores/as foram relegados a funções inferiores e sentiram-se humilhados pelos seus superiores. O menosprezo e o rebaixamento afetam a mais de 20% dos trabalhadores/as.

Há aspectos, tais como ser menosprezado, humilhado e rebaixado no trabalho, que denunciam a permanência de relações sociais fortemente hierarquizadas. O reconhecimento/experiência em nível mais elevado de violências, tais como pressão, controle, perseguição e medo, permite refletir sobre as condições atuais de intensificação do trabalho e as estratégias gerenciais “de guerra” para conseguir esse disciplinamento dos trabalhadores.

A conflitualidade e a violência nas relações interpessoais nos locais de trabalho associam-se também a certas características da sociedade brasileira, tais como a presença de relações sociais baseadas em poderes e hierarquias extremamente demarcadas, produzidas e reproduzidas com base em preconceitos, principalmente socioeconômicos. Quando isso se combina com a crise do emprego e as “estratégias de guerra” empregadas por gestores/administradores - feitores de escravos - o local de trabalho transforma-se no espaço do conflito e da violência.

O “poder do soberano” (empresa) cola-se pelos espaços institucionais transformando os redutos da produção em locais cada vez mais injustos e violentos. Tem-se consciência da violência travestida no assédio moral e na discriminação. Mas a modernização destrói as antigas identidades fundadas pelo lugar ocupado nas relações sociais de produção. Esse definhamento identitário acaba, não poucas vezes, transformando vítimas em algozes. Não são poucos os “trabalhadores”, já não mais mencionados desse modo, mas agora chamados de “colaboradores”, que ajudam efetivamente a disseminar a estratégia de submissão e eliminação comandada por esse superpoder.

Mas também se tem consciência desse processo porque o corpo e a alma não podem ser silenciados. As pessoas adoecem devido ao incremento da violência nos locais de trabalho. Quem sofreu, já sabe. A exploração do trabalho pode ser pura violência e constrangimento moral, levantam-se vozes provenientes de diversos lugares do mundo. Cada vez menos é possível associar trabalho e prazer.

Segundo os dados analisados, o Assédio Moral não parece depender da idade nem da cor/raça dos trabalhadores/trabalhadoras. Não existem diferenças significativas entre homens e mulheres quanto ao reconhecimento de serem alvo de violências no local de trabalho. Porém, há alguns tipos de violências influenciadas pelo gênero. O controle atinge mais aos homens e a humilhação às mulheres. Veja as tabelas:



O psiquiatra José Manoel Bertolote, responsável desde 1989 pelo controle das doenças mentais da Organização Internacional do Trabalho - OIT, perguntado, em recente entrevista, se o trabalho maltrata as mulheres, respondeu: “as pessoas só prestam atenção ao assédio sexual, mais o fenômeno mais sério e corriqueiro que [acomete a maioria das mulheres trabalhadoras] é o assédio burocrático. Ele também representa uma violência. A mulher é maltratada pelo patrão e submete-se a maior carga de trabalho.”

Dentro do grupo das mulheres, aspectos tais como idade, raça/cor, estado civil, escolaridade e situação de trabalho não influenciam de forma significativa no fenômeno do Assédio Moral.

A violência no local de trabalho remete a uma crescente vulnerabilização dos trabalhadores, compreendida em função da crise do emprego, das exigências cada vez mais elevadas de educação e complexas de qualificação e da desregulamentação. Quanto menos educado formalmente e qualificado é o trabalhador, terá maiores possibilidades de tornar-se alvo da violência dos outros no local de trabalho. Sua fragilidade resulta, em parte, do fato dele ser tido como uma peça substituível.

A ausência de poder fundado no coletivo dos trabalhadores, que provém da crise sindical, e a ausência de poder do próprio indivíduo, relegado no sentido da apropriação de bens sociais e culturais, tais como a qualificação e a formação, desenham as possibilidades de eliminação, traduzidas na perseguição, controle e ser relegado a funções inferiores.

Isto também acontece com aqueles trabalhadores considerados “residuais” nas diversas categorias. Em cada uma delas há membros considerados “puros”, que contribuem bastante à reprodução do status quo, e outros configurados como “detritos”. As forças de um novo ciclo de modernidade se fazem presentes comandando o processo do expurgo. Como marionetes, os homens investem-se de pureza e investem-se de impureza. Os antigos puros jazem degradados, percebendo, no momento fatal, serem alvos de uma nova e violenta classificação que os coloca fora da ordem das coisas: a precariedade cada vez maior das posições conquistadas, a futilidade do sucesso, a volatilidade do poder, a transportabilidade das hierarquias.

A pesquisa mostrou que os trabalhadores/trabalhadoras menos escolarizados são mais vulneráveis a situações de perseguição no trabalho, a ser relegados a funções inferiores e controlados, como mostram os dados a seguir:


Mas os trabalhadores/as mais qualificados não estão a salvo deste arsenal de meios para o exercício da violência psicológica. Numa sociedade cujos estratos sociais menos penalizados agitam a “filosofia” do “salve-se quem puder”, trabalhadores membros de categorias profissionais pouco propensas à participação ativa na defesa dos interesses enquanto trabalhadores reconhecem, muito mais que os menos escolarizados, experimentar um cotidiano tenso e conflituoso. Conflitos envolvendo o enfrentamento com superiores são situações que parecem atingir mais aos trabalhadores com maiores níveis educativos, como mostram os dados a seguir:


Conflitos entre chefes e subordinados são uma das maiores causas de stress entre os trabalhadores. Esta é uma das conclusões de um dos maiores estudos já realizados sobre stress no trabalho, coordenado pela americana ISMA - International Stress Management Association.

Resta-nos perguntar se é possível alguma proteção em face da brutal sutileza da violência instituída nos locais de trabalho, amparada, quando dirigida aos trabalhadores/as mais qualificados, no discurso sobre a autonomia, liberdade, criatividade, independência, empreendedorismo; valores que desgarram com novas classificações o coletivo dos trabalhadores. Valores que instituem novos poderes e hierarquias, que se oferecem como novas fontes de preconceitos e discriminações e como potenciais sinalizadores do “local” de exercício da violência, quando os trabalhadores não conseguem responder a essas exigências.

As instituições da lei têm feito eco acerca desse problema. As DRT’s já possuem Núcleos para o combate à discriminação no trabalho, mas trata-se de um fenômeno tão recente que é impossível avaliá-lo. Recentemente, o Congresso acrescentou o artigo 136-A ao Decreto-lei n. 2848, de 7 de dezembro de 1940, do Código Penal Brasileiro, instituindo o crime de Assédio Moral no trabalho. No artigo 136-A pode ser lido: “Depreciar de qualquer forma reiteradamente a imagem ou o desempenho do servidor público ou empregado, em razão de subordinação hierárquica funcional ou laboral, sem justa causa, ou tratá-lo com rigor excessivo, colocando em risco ou afetando sua saúde física ou psíquica. Pena-detenção de um a dois anos”.

Nesta sociedade quem discrimina ou assedia moralmente é considerado criminoso. Isso significa que carregará a repulsa severa do coletivo; que será isolado temporariamente do convívio social. Aquele que seja alvo da violência da discriminação/assédio moral no local de trabalho poderá finalmente fazer valer seu direito a ser aceito, apesar de sua “excentricidade” ou impureza. Resta saber se a criminalização do assédio moral permitirá efetivamente enfrentar esses problemas quando acontecem no local de trabalho e são mediados pelas hierarquias e poderes específicos que circulam nesses perigosos recintos.

A sociedade dos que mandam exercita seus próprios valores. Ainda não chegou o momento de igualar, no sentido da repulsa coletiva, a morte física à morte psicológica. Ao corpo nu e esfaqueado, baleado, estrangulado contrapõe-se o corpo nu sensualizado ou erotizado. Ao terror da morte contrapõe-se o glamour da vida construída imageticamente. O “outro” aparece nas fronteiras de seu próprio corpo. Um corpo tenso e bem desenhado “gritando” seu lugar na geografia, mistificando, isto é, tornando matéria pura, pó divino, a inascível presença do eu. Sua destruição apaga o indivíduo. Mas a destruição da alma é quase sempre incapaz de deslocar o corpo. A morte comparece como real e verdadeira no primeiro caso; tem-se os vestígios do sangue, a fria e pálida pele, os olhos e lábios azulados. No segundo caso, a morte, sorrateira, oculta-se nos labirintos de um corpo ainda jorrando vida.

O Assédio Moral configura-se como um fenômeno característico de nosso tempo. Não porque as práticas sociais que o identificam não tenham existido num outro momento histórico, mas sem porque atualmente elas podem ser mencionadas como “assédio moral”, têm sido criminalizadas pela sociedade e também porque assiste-se a um processo de vulnerabilização dos trabalhadores no contexto da reestruturação do capital, o que sem dúvidas contribui a exacerbar essas práticas no trabalho.

A pesquisa realizada mostrou que a formação/qualificação dos trabalhadores/trabalhadoras é um valor central nas organizações orientadas à produção, gerando novas dinâmicas de inclusão/exclusão da força de trabalho. A violência recai sobre aqueles que manifestam déficit educacional. As práticas de persecução, controle e ser relegado a funções inferiores infernizam a vida daqueles menos educados. Para os trabalhadores com melhores níveis educativos o conflito assume a forma do enfrentamento com os superiores, o que traduz a presença de formas de resistência ativa perante a violência no mundo do trabalho.

Observou-se também que homens e mulheres sofrem violências no trabalho, mas os homens são mais propensos a sofrer controle, uma estratégia de dominação. As mulheres sofrem mais com a humilhação, uma estratégia de opressão.

Destaca-se que o Assédio Moral é fundamentalmente dirigido contra aqueles trabalhadores e trabalhadoras que não se conformam ao padrão educativo maior atualmente exigido pelas empresas. A idade, por exemplo, o fato de ser jovem demais ou velho demais para o trabalho não tem incidência significativa no incremento do Assédio Moral e inclusive a raça/cor, o fato de ser branco ou não branco, não exacerbaria a violência no mundo do trabalho.

Pode-se pois refletir que o nível educativo baixo dos trabalhadores/trabalhadoras, muito mais do que a idade e a cor, tem considerável incidência no fenômeno do Assédio Moral no mundo do trabalho.

Anália Sória Batista é socióloga, doutora em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB), professora do Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) e pesquisadora do Laboratório de Psicologia do Trabalho da Universidade de Brasília.

Os dados foram coletados no marco de uma pesquisa mais abrangente realizada na Delegacia Regional do Trabalho/DF e coordenada pelas professoras Lourdes Maria Bandeira do Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília e Anália Sória Batista.

 

Fonte: www.diap.org.br

 


sexta-feira, 13 de maio de 2022

SECRETARIADO, UMA PROFISSÃO REMOTA EM CRESCIMENTO

 


Por Deisiane Zórtea

Apesar do tele trabalho ser mencionado desde a década de 90 e estar vinculado diretamente no nomadismo digital, a grande maioria dos profissionais e empresas não acreditavam nesta possibilidade.

Em meados de 2010, a metodologia do trabalho em home office começou a tornar-se popular e atualmente já não é mais um paradigma nas empresas, pois a pandemia ajudou a construir um cenário de possibilidades ao trabalho remoto.

Isso veio em favor da profissão de Secretariado Executivo, pois um estudo do BNE (Banco Nacional de Empregos) mostra que a função de secretária em home office registou um crescimento de 27,35% durante a pandemia e que este número irá ficar.

A pandemia serviu para mostrar que pode ser o home office pode ser mais econômico, simples e otimizado.

Para as empresas é uma economia de transporte, alimentação, estrutura local e estes custos podem ser revertidos em auxílios para o home office ou até remuneração adicional para a secretária.

Para a secretária, existem também vários benefícios, como executar a rotina do trabalho no conforto da própria casa, economia com vestuário ou dress code (isso não significa que a secretária pode trabalhar de pijama), mais qualidade de vida e tempo para dedicar a casa, família, lazer.

Diante desse cenário nem tudo é perfeito pois a empresa precisa estar preparada para oferecer subsídios e estrutura para que a secretária trabalhe em home Office, como equipamentos, sistemas, criação de novas metodologias e processos.

Com o olhar da secretária nesse cenário, em alguns poucos casos existe uma necessidade do trabalho presencial pelo fato de estar isolada em Home Office e para isso o modelo híbrido funciona muito bem. Contudo, é óbvio que o trabalho remoto não é para todos os secretários, mas a tendência é para ficar e fixar raízes e trazendo isso como um padrão para a nova geração de secretárias e secretários.

Um ponto de atenção é que o home Office improvisado da pandemia não representa o ideal para o trabalho remoto de qualidade, é preciso investir em estrutura, treinamentos, saúde mental, melhoria na comunicação e melhor gestão de tarefas. O home Office improvisado durante a pandemia deve ser adaptado, melhorado.

Outro ponto de atenção é que estar em home office, não significa que tem que estar totalmente isolado, a empresa e funcionários(as) devem participar de eventos, confraternizações, eventos de networking, reuniões de alinhamentos remoto ou presenciais.

Em resumo, hoje o trabalho já não pode mais ser visto como presencial OU remoto, e sim como presencial E remoto, pois os líderes já estão entendendo as diferenças e complexidades de cada um e estão buscando uma melhoria de recursos para que a secretária ou secretário esteja em um ambiente saudável e produtivo.

 https://mundise.com/2022/05/06/secretariado-uma-profissao-remota-em-crescimento/

quinta-feira, 12 de maio de 2022

SECRETARIADO REMOTO: PROFISSÃO VIRA TENDÊNCIA NO “NOVO NORMAL”?

 



Mirian Gasparin - 16 de dezembro de 2020


Empreender em um país como o Brasil, que tem inúmeras opções de mercado para todas as áreas, além de um alto valor nos impostos, não é uma tarefa fácil. E as dificuldades aumentam quando se trata de mulheres que desejam empreender já que, infelizmente, ainda existe um certo preconceito em relação a capacidade de gestão. Entretanto, durante a pandemia do covid-19, as mulheres encontraram novas formas para se manterem na ativa no mercado.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, as empreendedoras brasileiras foram mais rápidas e eficientes ao implementar inovações em seus negócios durante a pandemia do que os homens. 

Uma das principais buscas para inovação das mulheres neste período foi o secretariado remoto – uma área que se pode trabalhar de forma virtual e de qualquer lugar. Para Anna Oliveira, Secretária Remota Especializada e sócia-fundadora da Remottas, uma empresa de Assessoria Virtual, essa é uma área que está em constante crescimento.

“Principalmente durante a pandemia, os profissionais precisaram abrir os olhos para novas oportunidades. Nessa profissão, realizamos a execução de tarefas burocráticas para empresas e profissionais liberais, nas áreas administrativa, financeira, comercial e de Secretariado. O trabalho do secretariado remoto depende do que cada cliente deseja e necessita, é tudo muito personalizado”, explica.

Em um mundo pós-pandemia investir em uma carreira flexível virou a preferência de muitos profissionais. “Além disso, no caso dos profissionais que trabalham com o Secretariado Remoto, eles também surgem para facilitar a vida de milhões de empreendedores que seguem uma rotina corrida. Costumamos dizer que é uma profissão do futuro, já que beneficia quem presta e quem contrata o serviço”, salienta. 

Pensando nisso, a especialista lista quatro principais resoluções que o Secretariado Remoto pode trazer para as empresas. Confira:

Controle de burocracias

Existem certas burocracias e preocupações que são dedicadas a contratação de profissionais que se deslocam até o trabalho, como por exemplo, o registro de entrada e saída do serviço, valores referentes ao transporte do empregado, eventuais faltas, entre outras questões. 

A contratação de uma secretária virtual apresenta uma garantia de presença relativamente maior em relação a contratação de um profissional que necessita ir até o trabalho. “Assim, a opção pela secretária virtual é uma garantia de menor preocupação não só com documentações e burocracias, como com ocorrências que são muito características de um deslocamento até o trabalho”, diz Anna. 

Tecnologia no serviço

A pandemia nos ensinou que será cada vez mais comum usar o avanço da tecnologia a nosso favor, na hora de economizar com idas para reuniões ou até para gerar mais conforto para um colaborador que não precisa mais passar horas no trânsito para chegar ao trabalho.

“Um dos motivos que contribuiu para o crescimento dessa profissão foi que o serviço é bem flexível e pode ser realizado de qualquer lugar, além de poder ser uma possibilidade de profissão para mulheres que querem ser mães (ficar mais pertinho do seu bebê) e ao mesmo tempo continuar trabalhando e ter uma renda mensal, por exemplo”, explica.

Otimização de tempo

É difícil encontrar um profissional que consiga administrar o seu trabalho, prestar os serviços e ainda cuidar de toda a gestão de tempo, atender ligações, realizar reuniões, entre outros afazeres que surgem na rotina de trabalho. Especialistas indicam que um profissional que trabalha com atendimento ao público pode perder até 50% de todas as ligações do dia durante o tempo que se dedica a clientes.

“Por isso que optar por um serviço de uma secretária virtual ajuda diretamente na economia do tempo do empreendedor, que passa a ter mais tempo para dedicar seu tempo completo ao foco de atuação de seu negócio”, complementa Anna. 

Organização

A organização é certamente uma das chaves para uma gestão de negócios que apresenta resultados positivos. Quando um empreendedor tem sua agenda bem estabelecida e sinalizada com as prioridades do dia, além de ter seu trabalho facilitado, apresenta uma maior produtividade. 

“Sendo assim, a contratação de uma secretária virtual garante que este profissional tenha o seu dia bem organizado antes mesmo de começar a trabalhar. E claro, dando a assistência durante o período de trabalho até o final do expediente”, finaliza a executiva. 


https://miriangasparin.com.br/2020/12/secretariado-remoto-profissao-vira-tendencia-no-novo-normal/