
A história não é exceção. Há algumas semanas, falando da
importância de ativos intangíveis para as empresas, disse que o mercado está
mudando. E essa mudança implica em uma valorização cada vez maior de atitudes
profissionais como vontade de crescer, comprometimento, iniciativa e
criatividade.
Cada vez mais, essas atitudes comportamentais definem as
políticas de contratação das empresas. Habilidades técnicas de candidatos
precisam vir acompanhadas de habilidades sociais e alinhamento ao perfil da
empresa. Se durante o processo seletivo o recrutador não se convence de que o
profissional possui esse “algo a mais”, dificilmente a contratação acontece.
O que muitos profissionais não sabem, porém, é que o perfil
comportamental também define sua permanência na empresa. Ao serem demitidos,
muitos acreditam que seu desligamento ocorreu por conta de incapacidade técnica
ou falta de aptidão para o trabalho. Em geral, a história é outra: o
profissional demitido normalmente não se adaptou bem ao jeito de ser da
empresa, não se relacionava bem com a equipe ou não demonstrou o engajamento
necessário. A atitude (ou a falta dela) eliminou oportunidades. O aprendizado
para os profissionais é entender muito bem o próprio estilo, ser humilde para
reconhecer falhas e, com humildade, investir em aprimoramento pessoal. O
resultado desse esforço virá – e outras portas certamente se abrirão.
POR: Fernando Mantovani