sexta-feira, 31 de julho de 2015

PORQUE ÉTICA É IMPORTANTE





Ética não tem perdão, nem cumprimento de pena. Transgredir a ética é uma mancha para sempre.


Antigamente, moral e ética eram transmitidas às novas gerações pelas classes dominantes, pela aristocracia, pelos intelectuais, escritores e artistas. Era uma época em que os nobres eram nobres, exemplos a ser seguidos por todos.

Hoje, isso mudou. Nossas lideranças políticas, acadêmicas e empresariais não são mais “nobres”, nem se preocupam em transmitir valores morais às futuras gerações.  Nossa televisão só pensa em lucro, seus donos não têm nenhuma preocupação em ser respeitados pelos seus pares. 

Não existe mais o noblesse oblige, a obrigação dos nobres, como antigamente. Poetas brasileiros até enaltecem os nossos “heróis sem caráter”. Hoje, quem quiser adquirir valores morais e éticos neste mundo “moderno” terá de aprender as regras sozinho.

Portanto, para não perder mais tempo, vamos começar com a primeira lição. Vou mostrar a importância de criar um código de ética com um exemplo real. Um estudo de caso. Vou romancear os personagens para os proteger, mas a história é verdadeira.

Um amigo de infância, o Zeca, casou-se com a garota mais linda de nossa turma. Que para piorar a situação tinha uma irmã mais nova e ainda mais bonita de 16 anos. Nosso comentário na época era que ele estava casando com a irmã errada, mas no fundo estávamos todos morrendo de inveja. Após dois anos de casado, o Zeca acabou transando com a linda cunhada. E óbvio foi prontamente descoberto pela esposa. Foi o escândalo da cidade. Só falamos disso por seis meses. Ele se desculpou todo envergonhado dizendo: “Não sei o que passou pela minha cabeça, ela simplesmente se entregou”. Fato mais comum do que se imagina, fruto de uma rivalidade não resolvida entre belas irmãs. Muitos anos depois, cada vez que encontrávamos o Zeca tentávamos disfarçar nosso sorriso malicioso. Mesmo vinte anos se passando, toda vez que eu o encontro, a primeira imagem que me vem à mente é: “Lá vem o Zeca, aquele que transou com a cunhada”. Eu sei que Isso é totalmente injusto de minha parte, afinal seu crime não durou mais que meia hora, e ele nunca voltou a repeti-lo.  Já sofreu e pagou seu pecado, se separou, perdeu metade do seu patrimônio e mesmo assim, vinte anos depois, nós ainda o estávamos condenando.

Pelas leis brasileiras, ele já teria cumprido uma pena, seria perdoado e ponto final. Esta é a diferença entre leis e ética. Ética não tem ponto final. Ética não tem perdão, nem cumprimento de pena. Transgredir a ética é uma mancha para sempre. Um horror! Por isso as gerações mais velhas criam uma moral e uma ética, uma religião, uma filosofia de vida. Para ser transmitida às novas gerações para que elas não façam besteiras que possam marcá-las para o resto da vida. Transgredir a moral e a ética de sua comunidade traz penas bem mais severas que transgredir as leis de seu país.

Agora, ter uma religião e não seguir os preceitos que ela advoga, algo que ocorre com frequência, é o pior dos dois mundos: aí você não procura uma ética melhor que o satisfaça nem segue a ética determinada por sua religião.

Só o caso termina ainda pior. Na semana passada ligou um amigo de meu filho e anotei o recado: O Alfredo, filho do Zeca, te ligou. O Zeca, aquele que papou a cunhada? – disse meu filho com um sorriso malicioso. Acho que ninguém de nossa turma tem hoje inveja do Zeca.  Ele não somente pagou o preço, mas esse preço vai ser pago agora por seus filhos, netos e talvez bisnetos. Posso até imaginar daqui a trinta anos um comentário desses: Aquele não é o neto do Zeca, aquele que foi pego na cama com a cunhada?

Os filhos, netos e bisnetos de nossos políticos, homens públicos, líderes e artistas que romperam com a ética terão de conviver com o eterno tititi sobre seus pais e nunca saberão dos comentários ditos pelas costas.


Se você odeia as pregações de moralidade que seus pais lhe impõem, isso não o exime de procurar um sistema de referência melhor para sua vida, seja uma conduta filosófica, seja um simples livro de autoajuda. As consequências podem ser muito mais severas que as leis impostas pelo Estado, como descobriu meu querido amigo Zeca, aquele que teve uma relação extraconjugal com a cunhada.


Artigo Publicado na Revista Veja, edição 1733, ano 35, nº1, 9 de Janeiro de 2002.
Acesso em: 04/06/2013 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

A ORIGEM DA PROFISSÃO DE SECRETÁRIA



A profissão de secretária não tem a sua origem muito conhecida. Diz-se por aí que a primeira secretária foi Eva! Outros afirmam que a primeira secretária assessorou Napoleão Bonaparte, sendo demitida por pressões da Josefina! Conta-se ainda que a primeira secretária assessorou a Rainha Vitória, trabalhando com luvas e chapéu!

Através de pesquisas históricas, percebemos que o "antepassado" da secretária foi o Escriba - profissional de atuação destacada em toda a Idade Antiga, junto aos povos que desenvolveram a escrita e o comércio. Lendo a descrição do trabalho do escriba, observamos que existe bastante semelhança com o trabalho da secretária, resguardando, obviamente, as características de cada época: "O escriba oriental é o homem que domina a escrita, classifica os arquivos, redige as ordens, aquele que é capaz de recebê-las por escrito e, que, por conseguinte, é naturalmente encarregado da sua execução".

Na obra "A fascinante história do livro", de José Teixeira de Oliveira, encontramos interessante citação, também sobre os escribas. Citação está que poderá, até, explicar algumas das posturas das secretárias em nossos dias: "De início, dediquemos algumas palavras aos escribas - preceptores da humanidade, segundo a expressão de Claude Abastado. Na Grécia antiga, eles constituíam espécie de confraria de letrados, privilegiada: uma casta hereditária, porém, sem o caráter sacerdotal a que outras civilizações guindaram os seus confrades. Com o advento da democracia, que proporcionou ao povo facilidades para aprender a ler e escrever - instrumentos de liberdade intelectual, de igualdade social e econômica, de progresso e de controle cívicos - seu prestígio sofreu restrição, ou melhor, adquiriu novas roupagens. Parte metamorfoseou-se em eruditos, filósofos, professores, sábios, escritores. Parte (constituída, principalmente, de prisioneiros de guerra) permaneceu na condição de escravos, a serviço de senhores capazes de aproveitar as suas aptidões mentais. Daqui saíam os secretários, os copistas e leitores (e por que não?) os colaboradores intelectuais das obras assinadas pelos amos. Cefisofão, escravo de Eurípedes, passou à História, pelas mãos de Aristófanes, como tendo participado da redação das peças do terceiro dos grandes trágicos. Perversidade do autor da Assembleia das mulheres? Na esfera da burocracia, o escriba compartilhou das prerrogativas e das penúrias que seguem os passos dos funcionários públicos em geral. Havia os secretários dos tribunais e conselhos com poderes e regalias iguais aos dos mais altos magistrados da cidade. No extremo oposto vegetavam os humildes de todas as administrações: metecos forros ou escravos, modestos cidadãos que tinham necessidade de ganhar a vida. Sua reputação não era das melhores".

Ao deparar-me com um "antepassado escravo", pergunto-me se muitas secretárias, que mantêm uma postura de submissão, não estariam ainda sofrendo as consequências daquele antigo estado? Ou, se os gerentes que insistem em tratar as suas secretárias como serventes, sem qualquer tipo de participação e iniciativa, também não estariam preservando a antiga postura dos senhores da Grécia e Roma antigas?

Uma curiosidade, agora, quanto ao desempenho dos escribas, mais tarde chamados de secretários, no Baixo Império Romano: muitos deles eram taquígrafos! No Baixo Império Romano a estenografia vulgarizou-se, assumindo importante papel nos escritórios da administração pública.

A própria palavra secretária tem origem no Latim, onde encontramos, a princípio, as palavras: secretarium/secretum, que significa lugar retirado, conselho privado; e secreta: particular, segredo, mistério.

Acredita-se que, com o passar do tempo, a grafia e o significado de tais palavras tenham sofrido alterações, surgindo os dois gêneros.

Secretária e Secretário

Durante a Idade Média a função do secretário praticamente desaparece, em face das condições políticas, econômicas e sociais. A função será exercida apenas, em parte, pelos monges nos mosteiros que, na realidade, não são exatamente secretários, mas, sim, copistas.

Na Idade Moderna, com o ressurgir do comércio, a necessidade da função do secretário reaparece. Integra-se, mais tarde, à estrutura organizacional das empresas e permanece em evolução até os nossos dias.

A mulher passa a atuar como secretária, de forma expressiva, na Europa e nos Estados Unidos, a partir das Duas Guerras Mundiais. Com a escassez de mão de obra masculina, desviada para os campos de batalha e, com uma estrutura industrial/empresarial desenvolvida, as empresas não tiveram alternativas, para manterem-se em funcionamento, senão a de utilizar a mão de obra feminina, em todas as áreas.

No Brasil, vamos perceber a atuação da mulher como secretária a partir da década dos anos 50, com a chegada das multinacionais, cuja cultura organizacional já estava habituada com a presença da mulher.

Texto adaptado do livro: Gerente e Secretária - Uma equipe de sucesso, de Liana Natalense.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

ETIQUETA EMPRESARIAL: COMO SE PORTAR NO AMBIENTE DE TRABALHO





Se duas pessoas de igual capacitação técnica estiverem concorrendo a um lugar no mercado de trabalho, qual delas se sairá melhor? A que melhor souber se apresentar e tratar as pessoas.

Tão importante quanto ser especialista no que se faz é ter uma boa postura profissional. Ninguém está livre de cometer gafes, mas ficar atento a alguns detalhes de comportamento evita deslizes que, em determinadas situações, podem ocasionar ‘prejuízos’ graves. Afinal, para iniciar um bom trabalho, nada como começar com uma boa impressão, e para isso, a etiqueta empresarial é essencial.

A etiqueta empresarial permite ao profissional tornar-se agradável, viver com mais segurança e espontaneidade. Ela mostra que a boa apresentação pessoal, tanto no que se refere a atitudes quanto ao modo de se vestir, é o resultado do balanceamento ideal entre o bom gosto e o bom senso. A mesma capacidade que o profissional tem para ocupar o cargo deve transparecer na sua preocupação em se autoproduzir para exercer sua função adequadamente.

A coordenadora do cursos de Secretariado Executivo Bilíngüe da Metodista, Ana Maria Santana Martins, defende que todo profissional bem-sucedido sabe que é indispensável estar preparado para as mais diversas situações do convívio social. “É a inauguração de uma unidade de trabalho, o almoço de negócios, jantares, viagens e inúmeras outras possibilidades que podem se transformar em oportunidade e conseqüente sucessoprofissional ou um vexame, por não saber como se comportar adequadamente diante dessas situações”, revelou a professora.

Os especialistas costumam dizer que se duas pessoas de igual capacitação técnica estiverem competindo por um lugar no mercado de trabalho, terá mais chances de sucesso aquela que melhor souber se apresentar e tratar as pessoas. O conhecimento e a prática das normas que regem o comportamento no mundo dos negócios geram benefícios imediatos, facilitam o trato com clientes, ajudam os profissionais a se portarem com confiança e naturalidade em qualquer circunstância da vida profissional, melhorando o relacionamento entre colegas ou entre chefes e subordinados da mesma empresa.

“As pessoas que não dominam a etiqueta profissional, na maioria das vezes, nem se dão conta das gafes que cometem, denunciando sua falta de traquejo e refinamento, prejudicando sua carreira e arranhando a imagem da empresa onde trabalham”, contou a professora Ana Maria. “O mundo de hoje é das pessoas que fazem acontecer, daquelas que se comprometem, se engajam em causas justas, dos que têm vontade de aprender e de serem cada vez melhores.”

  • Pontualidade é ponto de honra;
  • Roupas discretas, sem modismos;
  • Nunca se esqueça de que a primeira impressão é a que fica;
  • Tenha sempre cartões profissionais disponíveis;
  • Porta aberta não significa "entre";
  • Pare à porta, sorria, peça licença. Ao ser autorizado entre, cumprimente com um "bom dia" ou expressão adequada para o horário, mas só estenda a mão se o interlocutor o fizer primeiro, e só se sente se for convidado por ele;
  • Ao conversar olhe nos olhos;
  • Aprenda a ouvir;
  • Não se distraia durante a conversa;
  • Postura: não cruze os braços, não se sente de qualquer jeito jogando o corpo na cadeira (mesmo se estiver cansado), como também não se sente na beirada da cadeira. Ao sentar-se esteja bem acomodado, porém ereto e de forma adequada.


Jornal Metodista
Universidade Metodista de São Paulo - www.metodista.br
Acesso em 05/06/2013

terça-feira, 28 de julho de 2015

COMO AFINAR SEU ATENDIMENTO

Afinar significa apurar, harmonizar, polir e educar. Assim como um músico afina seu instrumento antes de uma apresentação, todo profissional de atendimento e vendas precisa estar afinado para atender bem os seus clientes. Veja estas 10 dicas que irão te deixar afinado para vender mais e atender melhor.

1. SORRIA  - Seu cliente precisa saber que é bem-vindo em sua empresa. Além do mais,  um sorriso sincero sempre cria empatia e atrai novos sorrisos.

2. O NOME – No campo das relações humanas, chamar as pessoas pelo nome demonstra atenção, consideração e profissionalismo. Pergunte o nome do seu cliente e passe a chamá-lo por esse nome. Identifique-se através de um crachá ou cartão de visitas para que ele possa também lhe chamar pelo seu nome.

3. COMO ELE GOSTA – Atenda o seu cliente como ele gosta de ser atendido e não como você gostaria de ser atendido. Ele é o cliente, e não você!

4. CLIENTE X PATRÃO – Nem sempre o cliente está certo, mas mesmo assim a decisão de compra continua sendo dele. O cliente não é o seu patrão, ele é o patrão do seu patrão. Empresas precisam de clientes para manterem suas portas abertas.

5. ATENDA, CONQUISTE E ENCANTE – Faça mais do que o cliente espera. Conquiste o coração do seu cliente e não somente o seu dinheiro. Encante-o com um atendimento acima da média. Se ele gostar de você, da sua empresa e do seu produto/serviço, passará a lhe indicar para outros clientes.

6. A IMAGEM E CONFIANÇA –  Boa apresentação pessoal, postura profissional e simpatia é o princípio de um atendimento nota dez e também de uma boa venda. Primeiro o cliente confia no vendedor, para depois confiar no produto ou serviço.

7. SEM EXAGEROS – Esteja sempre à disposição do seu cliente, mas sem exageros. O cliente quer que você esteja por perto quando ele precisa, mas muitos não gostam de vendedores “chicletes”, que são um verdadeiro grude. Neste caso, cabe a profissional de atendimento e vendas ter  sensibilidade e bom senso.

8. AJUDE A COMPRAR – Os clientes precisam de pessoas que os ajudem a fazer uma boa compra, e não de pessoas que queiram apenas “vender” para eles.

9. SINTA PRAZER EM SERVIR - Atender é servir. Por isso é importante que sua empresa contrate pessoas que sintam prazer em servir e que se sintam motivadas pelo desafio constante de resolver os problemas dos clientes

10. PÓS-VENDA – Não deixe que o cliente se sinta abandonado após efetuar a compra. Ofereça assistência técnica, faça pesquisas de satisfação, telefone agradecendo por ele ter escolhido você a sua empresa.  Mantenha viva a “chama” do relacionamento. É mais barato e bem mais fácil vender para alguém que já é seu cliente.

Siga estas dicas e afine-se para o sucesso!

Autor: Fabiano Brum 
Acesso em: 05/062013 
http://ogerente.com.br/rede/mercado/dicas-melhorar-atendimento?utm_source=Rede+O+Gerente&utm_campaign=3bc9c415ab-Rede_O_Gerente_04_06_2013&utm_medium=email&utm_term=0_651183821a-3bc9c415ab-106167203

segunda-feira, 27 de julho de 2015

AFINAL, O QUE É ÉTICA





O termo ÉTICA deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.

A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ciência que estuda os valores e princípios morais de uma sociedade e seus grupos. 

Cada sociedade e cada grupo possuem seus próprios códigos de ética. Num país, por exemplo, sacrificar animais para pesquisa científica pode ser ético. Em outro país, esta atitude pode desrespeitar os princípios éticos estabelecidos.Aproveitando o exemplo, a ética na área de pesquisas biológicas é denominada bioética.

Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe também a ética de determinados grupos ou locais específicos. Neste sentido, podemos citar: ética médica, ética de trabalho, ética empresarial, ética educacional, ética nos esportes, ética jornalística, ética na política, etc.


Uma pessoa que não segue a ética da sociedade a qual pertence é chamado de antiético, assim como o ato praticado.


domingo, 26 de julho de 2015

"ME DIGA ISTO" OU "DIGA-ME ISTO"?




Como diversos fatos da língua, a colocação de pronomes se apresenta diversificada conforme se use em circunstâncias de informalidade, isto é, entre pessoas de nossa intimidade, ou entre pessoas de cerimônia, com quem se deve falar ou escrever de acordo com as normas padrões do chamado uso formal ou exemplar, em obediência às normas da gramática escolar, dita gramática normativa.

Coloquialmente, pode-se começar um período por pronome átono (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes), ou seja, podemos dizer 'Me diga isto', e até se pode fazê-lo por escrito, quando se trata de ambiente de informalidade entre escritor e leitor. As crônicas, que em geral são conversas amenas entre esses dois personagens, nos dão muitos exemplos desta colocação de pronomes. Já em circunstâncias formais, a regra é nos conformarmos com as normas gramaticais, que, é verdade, não são muitas nem complicadas. Para os que desejarem conhecê-las, vamos aqui enumerá-las:



 1) Não se inicia período por pronome átono: Diga-me isto (e não: Me diga isto); Dê-me água, me pediu (ou pediu-me) a criança (e não: Me dê água). Em 'me pediu a crian-

ça', não se está começando o período, mas a oração, o que está correto.

2) Não se põe pronome átono depois de verbo flexionado em oração subordinada: Vejo que me olhas com desconfiança (e não: olhas-me); O livro que lhe emprestei está esgotado (e não: emprestei-lhe); O professor já saiu porque o chamaram pelo microfone (e não: chamaram-no).


3) Não se coloca pronome átono depois de verbo modificado por advérbio de negação ou precedido de palavrade sentido negativo: Não te digo nada (e não: digo-te); Ninguém a viu (e não: viu-a); Nada nos interessa(e não: interessa-nos).


4) Não se coloca pronome átono depois de verbo no futuro do presente e no futuro do pretérito (condicional): Eu lhe direi a verdade (e não: direi-lhe); Você lhe diria se soubesse (e não: diria-lhe).


5) Não se põe pronome átono depois de verbo precedido de palavra interrogativa ou exclamativa: Quem o verá

zangado? (e não: vê-lo-á); Quanto me custa dizer não! (e não: custa-me).


Evanildo Bechara
Acesso em 0406/2013

sábado, 25 de julho de 2015

POR QUE; PORQUE; POR QUÊ; PORQUÊ ?



O uso correto segundo a gramática



Por que (separado, sem acento)


Utiliza-se nas interrogativas, sejam diretas ou indiretas. É um advérbio interrogativo. 

Exemplos:

Por que ele foi embora? (interrogativa direta)
Queremos saber por que ele foi embora. (interrogativa indireta)

Dica: Coloque a palavra "motivo" ou "razão" depois de "por que". Se der certo, escreva separado, sem acento.

Queremos saber por que motivo ele foi embora.

Por que pode também equivaler a pelo qual, pela qual pelos quais, pelas quais, sendo o que, nesse caso, um pronome relativo. 

Exemplo:




Aquele é o quadro por que ela se apaixonou.

Dica: Substitua por que por "pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas quais":
Aquele é o quadro pelo qual ela se apaixonou.

Porque (junto, sem acento)

Estabelece uma causa. É uma conjunção subordinativa causal, ou coordenativa explicativa.
Exemplos:

Ele foi embora porque cansou daqui.
Não vá porque você é útil aqui.

Dica: Substitua porque por "pois".
Ele foi embora pois se cansou daqui.

Também utiliza-se porque com o sentido de "para que", introduzindo uma finalidade: 
Ele mentiu porque o deixassem sossegado.


Por quê (separado, com acento)

Em final de frase ou quando a expressão estiver isolada, usa-se por quê. 

Exemplos:

Ele foi embora por quê?
Você é a favor ou contra? Por quê?


Porquê (junto, com acento)

Equivalendo a causa, motivo, razão, porquê é um substantivo. Neste caso ele é precedido pelo artigo o. 

Exemplo:

Não quero saber o porquê de sua recusa.

Dica: Substitua "porquê" por "motivo".

Não quero saber o motivo de sua recusa.




sexta-feira, 24 de julho de 2015

CHEFE X LÍDER



As empresas vêm passando por mudanças significativas em relação às novas tecnologias, as formas de interação com o mercado e mudanças na cultura organizacional, isso se deve ao novo perfil profissional, mas para comandar equipes, precisa ainda algumas mudanças.

A primeira vista, pode parecer que para comandar uma equipe, é necessário ser chefe dela, mas há diferença entre chefiar e liderar.


Um chefe

Tem tendência a comandar pessoas, impor ordens e ser autoritário. Também é conhecido por centralizar o poder e pensar apenas nos resultados e lucros. Os chefes são temidos e não respeitados, seus funcionários geralmente são pessoas que não se sentem abertos a relatar problemas e muito menos pedir conselhos quando têm dúvidas. O chefe vê seus funcionários como subordinados que devem seguir suas ordens da maneira que ele acha mais eficaz, sem pensar no bem-estar coletivo. Ele nunca incentiva ou motiva, já que acha que realizar um trabalho excelente é dever do funcionário e, quando isso não é visto, ele faz questão de apontar os erros. O chefe joga a responsabilidade em cima de sua equipe quando algo não dá certo e se vangloria quando um objetivo é alcançado.


Um líder

Conduz as pessoas e as inspira. É conhecido por ser um motivador de sua equipe, mostrando a direção que devem seguir e, mais importante, ir junto. Os líderes têm tendência a serem muito respeitados por seus funcionários, e o respeito têm muito mais eficiência do que o temor. O líder busca não só resultados, mas a melhor maneira para ele e para a equipe conseguir alcançá-los, já que ele não pensa no poder como algo centralizado e sim uma responsabilidade que deve ser dividida. O líder não costuma dizer que tem subordinados, e sim uma equipe, ou um time. Ele ouve as pessoas ao seu redor e está sempre disposto a tirar dúvidas.  Ele procura trazer o melhor de cada um à tona e valoriza as habilidades dos indivíduos, respeitando suas dificuldades e trabalhando junto com a pessoa para ajudá-la a superá-las. O líder se responsabiliza junto com sua equipe quando algo não dá certo e divide a glória quando o objetivo é alcançado.

Algumas pessoas já são líderes natos, outras precisam se aperfeiçoar. Uma boa liderança pode trazer benefícios para a empresa, pois uma equipe bem conduzida e mais motivada se torna mais eficiente. Nos cursos de coaching, as pessoas aprendem a liderar e serem aptos a conduzir as pessoas de uma maneira positiva e com resultados satisfatórios.




GALISTEU, Renato. A diferença entre o líder e o chefe URL: http://informationweek.itweb.com.br/blogs/a-diferenca-entre-o-lider-e-o-chefe/ Acesso em: 08/06/2013




quinta-feira, 23 de julho de 2015

COMO SE COMPORTAR NO AMBIENTE DE TRABALHO




Musiquinhas fofas no celular, longos papos com a melhor amiga no telefone, e-mails extensos, decote arrasa-quarteirão, sandália de tiras finas e salto são coisas que todas as mulheres adoram. Mas, sentimos informar, devem ser evitadas no ambiente de trabalho. Por mais informal que seja a sua empresa, há uma expressãozinha chamada etiqueta corporativa que pode acabar derrubando a mais competente das profissionais. É, apenas técnica não basta. Para se destacar no disputado mercado de trabalho, aspectos comportamentais contam. E muito!



Que o diga a assistente de marketing Tatiana Ferreira. Graduada em uma faculdade de primeira linha e trazendo no currículo estágios em grandes empresas, a profissional achou que apenas sua competência no desempenho da função bastasse. Estava enganada. "Sempre fui uma pessoa muito espalhafatosa. Gosto de decote, saltão, maquiagem. Minhas roupas são de cores fortes e adoro uma bijuteria. O meu primeiro encontro com meu superior direto - quando fui contratada ele estava de férias – foi traumático. Curto e grosso, ele logo avisou que estávamos em uma empresa tradicional e que aquele tipo de roupa definitivamente não era adequado. Fiquei com a cara no chão", lembra Tatiana, que agora aposta em um vestuário neutro.



A velha história de que a primeira impressão é a que fica é mais do que verdadeira quando o assunto é roupa de trabalho. A regra é ser o mais simples e discreto possível, mesmo no casual day, às sextas-feiras, quando as empresas liberam o uso de roupas mais descontraídas. Você conseguiria ter respeito pelo seu chefe se ele aparecesse de camiseta regata e bermuda? Então, a mesma regra vale para você. "Mulheres devem evitar decotes, roupas muito justas e acessórios extravagantes. Peças que estão na moda, como bermudas, são interessantes para os finais de semana, não para ir ao trabalho", alerta a relações-pública e diretora do Instituto Brasileiro de Aperfeiçoamento e Desenvolvimento Profissional (Ibradep), Gilda Fleury Meirelles.


Você acha que são só as mulheres que passam por apertos por causa do vestuário? Nem pensar. O gerente administrativo do Grupo Planus, Vanderclei Ferreira passou por maus momentos por estar vestindo uma roupa inadequada. Ao repassar o convite de um coquetel, a secretária do executivo esqueceu de alertá-lo que o traje exigido era social - terno e gravata. "Eu e alguns amigos estávamos sem gravata e paletó. Muito constrangedor. Fomos, inclusive, repreendidos pela organização do evento", lembra.


Assim como o vestuário, a troca de cumprimentos é outro ponto ao qual os profissionais devem ficar atentos. Optar pelo abraço e beijo em vez do aperto de mão - costume tipicamente brasileiro - por exemplo, pode causar uma primeira impressão tão ruim que pode não haver chance de um novo encontro. Excesso de intimidade, ensina Gilda Meirelles, em hipótese nenhuma. "Beijar e abraçar só quando já há uma relação de amizade. No primeiro contato, o aperto de mão é suficiente. Ao receber o cliente, também é de bom tom levantar da cadeira para cumprimentá-lo, assim como acompanhá-lo ao elevador quando ele for embora", explica Gilda.



A relações-pública lembra até hoje da vez que foi visitar uma cliente que parece ter esquecido todas as regras de etiqueta. As boas maneiras, conta Gilda, passaram longe. "Entrei na sala e ela nem se levantou. Colocou o pé em cima da cadeira, porque disse que estava doendo. Além disso, ficou bebendo água no gargalo. Fiquei com uma péssima impressão", recorda.



O telefone é outro item perigoso no que diz respeito à etiqueta empresarial. Segundo Lívio Callado, diretor da Essence Ética & Etiqueta, a postura mais indicada é concentrar-se na conversa, sem comer, digitar ou assinar documentos enquanto estiver falando. "Os aparelhos de hoje são muito sensíveis e qualquer ruído pode ser ouvido pelo interlocutor, o que pode causar uma má impressão", diz. Outra atitude educada, segundo Callado, é jamais deixar uma pessoa aguardando na linha sem procurar falar com ela repetidamente. Além disso, é importante esclarecer o por quê de ela estar esperando e só em último caso pedir para a pessoa ligar novamente. "Ao pedir que seja feita uma ligação, esteja pronto para falar assim que a mesma for completada", observa.



A publicitária Raquel Abreu já passou diversas situações embaraçosas envolvendo o telefone. Quando trabalhava em uma agência de publicidade, a profissional tinha um cliente, digamos, considerado chato por todos os funcionários. Sem perder tempo, ela logo o apelidou de "supermala". De tanto chamar o pobre pelo apelido, ela acabou trocando o nome do homem na hora de atender uma chamada telefônica. "Quase perdermos o cliente, mas consegui contornar a situação dizendo que achava que ele fosse outra pessoa", recorda.



Com o advento da telefonia celular, as regras sobre o uso do aparelho móvel passou a integrar os manuais de etiqueta empresarial. O motivo é que, em vez de ser usado a favor da produtividade, o celular costuma ir contra ela: reuniões interrompidas, toques musicais que atrapalham a concentração e ligações indesejáveis em almoços de negócios. Segundo Maria Aparecida Araújo, diretora da consultoria Etiqueta Empresarial, o uso do celular deve ser extremamente restrito no ambiente corporativo. "É imprescindível que o profissional dê preferência a toques discretos a musiquinhas e sons chamativos. O volume da campainha também deve ser o mais baixo possível. Com o crescimento dos espaços abertos nas empresas, o convívio se tornou mais delicado. O profissional deve respeitar o colega", explica.



Outro item fundamental para quem quer ficar bem na fita na empresa é maneirar no uso do e-mail. Correntes, piadinhas e assuntos pessoais devem passar longe da caixa de saída do e-mail de trabalho. "Como em qualquer grupo social, deve-se usar o bom senso ao interagir com outras pessoas de maneira a evitar ofensas, agressões ou desentendimentos. O conhecimento dessas regras é recomendado a usuários que buscam praticar a comunicação mais apropriada na rede, via e-mail ou listas de discussão", explica Maria Aparecida Araújo, da Etiqueta Empresarial.



O fim do namoro e a perda da credibilidade na empresa foram as conseqüências que a administradora Patrícia Silva enfrentou pela falta de cuidado ao passar um e-mail. A profissional, que tinha um namorado na empresa onde trabalhava, trocava e-mails picantes com outro colega. O deslize: ela errou ao colocar o endereço do dito cujo e acabou enviando o e-mail comprometedor para todo o departamento. "Levei quase um ano para superar isso. As piadinhas, inclusive do meu chefe, não paravam", conta Patrícia, que garante que agora só usa o e-mail da empresa para fins profissionais e confere cuidadosamente o remetente. Competência continua sendo essencial, mas um pouco de bom senso não faz mal a ninguém!


Por Thiene Barreto
Fonte: Bolsa de Mulher

Matéria Originalmente Publicada em:
http://www.bovespa.com.br/Noticias/050124NotA.asp?Origem=Mulheres


Imagem Originalmente Publicada em: http://www.produzindo.net/wp-content/uploads/2009/04/mulheres-01.jpg

quarta-feira, 22 de julho de 2015

TÉCNICAS SECRETARIAIS: REINVENÇÃO OU ADEQUAÇÃO?




Lembra aquela imagem da secretária que atendia telefone, anotava recados, digitava documentos, recebia e encaminhava clientes entre outras atividades estanques? Pois é, ela já ficou na lembrança.

Essa transformação ocorreu ao longo dos últimos anos, em consequência das exigências do mercado de trabalho, que impõem outra forma de atuação, não só para o profissional de secretariado como para qualquer outro profissional. Podemos constatar essa realidade através do quadro abaixo:

FORÇA TRABALHO
ATIVIDADE
1880
1980
2015
Agricultura
40%
02%
02%
Indústria
38%
21%
03%
Serviços
16%
27%
35%
Informação
06%
50%
60%
Prof. Eduardo O C Chaves
Professor Titular/UNICAMP e Diretor Presidente/Mindware

A garantia de sobrevivência e da eficácia profissional depende da capacidade de entender as tendências de mercado, do universo das conexões tecnológicas, e da atuação nesse contexto.

O que significa isso para o profissional de secretariado? 

Houve a necessidade de uma reavaliação da concepção das técnicas secretariais, para uma efetiva assessoria ao novo modelo de gestão de negócios. Na medida em que as estruturas organizacionais passaram por um enxugamento, as funções e/ou cargos mantidos tiveram suas atividades ampliadas, o profissional de secretariado, passou de mero executor a gerenciador de processos.

A empregabilidade diante desse cenário exigiu do profissional personalização de métodos e procedimentos de trabalho: para atender às necessidades e expectativas da organização; pensamento global: pois a visão empreendedora permite eficácia e flexibilização de atuação; e ação local: que permite a mensuração das atividades desenvolvidas e a constatação de resultados.

E como fica a questão das técnicas secretariais?

A terminologia técnicas secretariais está associada a métodos e procedimentos para desenvolvimento de atividades, identificação de processos administrativos e viabilidade de geração de resultados empresariais. Para entender a dimensão de atuação e sua importância para a organização, eis algumas técnicas:
Organização do Trabalho, que integra desde a organização do ambiente até o gerenciamento dos processos que viabilizam a gestão do departamento. Para a sustentação dessa técnica o profissional deve dominar conceitos de administração e gestão de recursos materiais e humanos; identificar cultura organizacional e departamental; ter competência para desenvolver atividades administrativas, como: agenda, acompanhamento e controle de compromissos, atendimento a clientes entre outras.

Comunicação e Expressão consistem na intermediação de todos os processos administrativos que entram e saem da área que atua, por meio verbal ou não verbal, através das mídias: impressa, digital ou virtual. Importante ressaltar que essa técnica é uma das mais importantes, visto que além da sua administração, depende a agilidade, mensuração da importância e a identificação do seu fluxo.

Apoio Logístico, que implica na harmonização dos processos e ações entre o ambiente interno e externo, na integração entre executivos, equipe técnica, clientes e fornecedores, e na terceirização de serviços. Essa técnica depende de sólidos conhecimentos a respeito da filosofia, políticas, orçamentos da organização, bem como missão da área, expectativas e metas do executivo e equipe.

Administração, Coordenação e Gerenciamento da Informação, pressupõe a disponibilização da informação por intermédio de uma arquitetura adequada. A essência da técnica está em definir e implantar uma arquitetura da informação que permita acessar e analisar um volume de informações potencialmente úteis para explorar as oportunidades existentes no mercado e as capacidades organizacionais. Apesar da tecnologia da informação ter facilitado às tarefas de coleta, classificação e armazenamento de dados, é imprescindível a atuação do profissional de secretariado que deve filtrar, identificar seu fluxo e disponibilizá-la, com assertividade.

Psicologia das Relações Interpessoais consiste na administração das relações interpessoais que visa integrar os interesses profissionais, com as expectativas pessoais e o convívio em comunidade. Essa técnica depende do equilíbrio, da visão humanista, de domínio de métodos e procedimentos para administração de interesses pessoais e profissionais.

Podemos afirmar que as questões das técnicas secretariais não se trata de reinvenção e sim de adequação; é consequência da revolução e transformação que a gestão empresarial vem sofrendo nos últimos anos. A profissão de secretariado é a mais próxima dos centros decisórios de qualquer organização, a sua amplitude e dimensão de ação depende do nível hierárquico em que está inserida, em contrapartida devem possuir competências técnicas e humanas, sólidos conhecimentos do segmento de mercado em que atuam, bem como domínio da área específica que assessora.

Importante ressaltar que para ser um profissional bem sucedido, além da aplicabilidade das técnicas adequadas são necessárias atitudes, como:

  1. Construir sua própria base de força;
  2. Reorganizar suas múltiplas prioridades;
  3. Ganhar credibilidade incorporando novas culturas;
  4. Negociar resultados factíveis; e
  5. Interpretar e lidar com situações.




SIQUEIRA, Márcia Cristina Moraes de. Técnicas Secretariais: Reinvenção ou Adequação? URL: http://www.fenassec.com.br/c_artigos_perfil_tecnicas_secretariais_reinvencao_ou_adequacao.html.  Acesso em: 11/06/2013

terça-feira, 21 de julho de 2015

TEORIA DA LIDERANÇA




Liderança consiste na arte de conduzir pessoas, profissionais, grupos e equipes a alcançar, com êxito, os resultados planejados. E esta habilidade é uma das características que diferenciam as pessoas e seus resultados.

Nas empresas é cada vez mais natural a necessidade da formação de líderes efetivos, que consigam inspirar, conduzir e fazer com que os colaboradores estejam motivados e, a dessa forma, cumprir com sucesso aquilo que lhes foi determinado.

A liderança não se restringe ao âmbito profissional, muito pelo contrário. Um líder transmite confiança onde quer que esteja às pessoas geralmente se espelham nele e buscam em seus exemplos, conselhos e opiniões orientar suas ações, pois um bom líder também é aquele que é admirado por sua postura correta, madura e consciente.

Mas, fica a questão – A liderança é algo que já nasce com a pessoa, intrínseco aos especiais ou ela pode ser adquirida também ao longo do tempo? Bem, uma pessoa tanto pode ter nascido com esta, que podemos chamar de “dom natural”, ou ela pode ter sido desenvolvida ao longo de sua vida, partindo de quando ainda era criança, uma vez que essa fase é crucial para a formação de um líder.

O interessante é que não existe apenas um modelo de liderança, e isso ocorre pelo fato dos seres humanos possuírem seus próprios desdobramentos em suas personalidades que combinados às suas experiências de vida e características naturais, resultaram em seus comportamentos profissionais e pessoais.

Então, a liderança se torna alvo de estudo de especialistas em Recursos Humanos, e não apenas nesta área, para tentarem conseguir entender o que leva uma pessoa a ser um líder. Deste modo, foram criadas teorias que traçam perfis para assim identificar os diferentes tipos de liderar.

AS TEORIAS DA LIDERANÇA

São muitas as teorias que surgiram com o passar das décadas. As primeiras tiveram o seu início aproximadamente na década de 1930.

Teoria dos Traços da Liderança

A Teoria dos Traços da Liderança foi uma das primeiras teorias a serem formuladas, mas com a realização de pesquisas, logo ela foi derrubada.

Esta teoria indicava que os líderes possuíam traços em suas personalidades que os diferiam do resto da população. Não apenas na personalidade, mas também nos traços físicos.

Pesquisas mostraram que esses traços não eram exclusividade dos líderes e que outras pessoas também os possuíam. Mas, isso não exclui a possibilidade de que tais características ajudassem na criação da imagem de um líder, sendo esta teoria algo aceitável até uma análise mais profunda.

É de conhecimento de todos que os líderes possuem um carisma nato, uma autoridade natural e um poder de influência muito forte. Outras características como inteligência, caráter íntegro, por exemplo, são traços que podem ser encontrados em pessoas que não têm a liderança na sua natureza.

Teoria dos Estilos de Decisão dos Líderes

Já a Teoria dos Estilos de Decisão dos Líderes, que também surgiu na mesma época da anterior, levanta um estudo sobre o comportamento do líder ao tomar decisões. Com ela, foram encontrados três tipos distintos: o liberal, o democrático e o autocrático.

É fácil identificar as características de cada tipo. O liberal permitia aos liderados decidirem entre si quais eram as melhores soluções e atitudes a serem tomadas. O Democrático possibilitava a participação dos subordinados nas tomadas de decisão junto ao líder. E, finalmente, o Autocrático, estilo de decisão excluía o envolvimento dos que eram liderados e somente ao líder cabia o poder de tomar decisões sem nenhuma interferência de outros.

Esta teoria permite que nós nos aprofundemos no estudo do comportamento do líder, pois estes três tipos podem nos levar a outros resultados e concepções sobre o estilo de cada líder.

Teoria Situacional

Busca identificar a situação que ocorre e então procurar a teoria mais aplicável para o que está acontecendo. Ela considera que existem milhares de situações possíveis dentro de um grupo liderado e muitos perfis de líderes ao redor do mundo, o que faz com que os padrões não se apliquem a todos, pois as infinidades de combinações entre os tipos de lideranças e situações que podem ocorrer não permitem que tracem um perfil com tanta certeza.

Teoria do Carisma

Invoca esta característica do líder para ser o principal fator pelo qual ele exerce sua liderança sobre os seus liderados. Com este traço o líder cria uma empatia com seus seguidores, influenciando-os de forma natural a realizarem o seu papel, motivando-os a se ajudarem para conseguir chegar até o objetivo traçado.

Teoria da Atribuição

É um processo bastante natural e que mostra claramente quem é o líder ou não dentro de um grupo de pessoas. É a criação de um líder dentro de um conjunto de pessoas com o consentimento geral delas, um dos principais requisitos para um ser humano se tornar o líder.

Ainda há dois tipos de liderança a serem citados, são os dois: a Teoria da Liderança Transacional e a Teoria da Liderança Transformacional.

Bem, na primeira teoria citada temos uma relação entre o líder e o subordinado bastante incomum, que é quando os dois trocam de papéis. Mas, há cuidados a se tomar nesta afirmação. Esta transação pode ocorrer em aspectos políticos, econômicos e psicológicos. Não é uma troca forçada, é apenas algo que irá trazer benefícios e necessário numa situação.

A Teoria da Liderança Transformacional é aquela em que o líder cria um vínculo com os seus liderados, criando uma relação mais diferente das demais. Nesta teoria os dois evoluem juntos com as situações que forem encarando no seu dia-a-dia.

Os dois aprendem junto e o líder, com uma empatia bem mais sensível que o normal, ajuda os seus seguidores a serem pessoas mais completas. Não é apenas um grupo de pessoas dispostas a seguir um homem, mas sim abertas a uma oportunidade de crescimento como seres humanos.

Como podemos observar, existem diversas teorias que traçam perfis diferentes de líderes com base em determinadas características. Se analisarmos todas conjuntamente, podemos chegar à conclusão que um bom líder é carismático, companheiro, sabe tomar decisões, ouvir na essência, compartilhar experiências, tem iniciativa, é empreendedor, conquista o respeito dos liderados por seus exemplos e, é dono de virtudes distintas.




MARQUES, J. R. Teorias da Liderança. URL:http://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre-coaching/lideranca-e-motivacao/teorias-da-lideranca/ Acesso em: 18/06/2013







segunda-feira, 20 de julho de 2015

APRENDA A DISCORDAR USANDO A LÓGICA DO PAPEL-HIGIÊNICO




Qual é a forma certa de se colocar um rolo de papel higiênico no banheiro?

                   


POR CIMA!

60% das pessoas têm a certeza absoluta que o certo é o estilo “cachoeira”, com o papel saindo por cima. É mais fácil achar a ponta, dá pra rasgar certinho no picote, não fica raspando a mão na parede (menos bactérias!) e hotéis podem sinalizar aos seus hóspedes que o banheiro foi higienizado, com dobras elaboradas ou colando selinhos.


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POR BAIXO!

Os outros 40% acham esses 60% uns loucos e estão certos que o melhor é por baixo. O “caimento” é melhor, o papel não fica sobrando, gatos e crianças não conseguem desenrrolar um monte de papel e basta uma puxadinha para rasgar um quadradinho, porque para baixo tem mais tração.



Mas, afinal, quem está certo e quem está errado?

Todo mundo. Não tem certo nem errado.

O papel higiênico é seu, e você usa do jeito que quiser. É uma decisão totalmente pessoal, influenciada apenas por hábitos, com as duas maneiras suportadas por motivos bastante pertinentes.

POR QUE ISSO INTERESSA?

Essa questão bizarra do papel-higiênico serve como dinâmica para colocar o foco na nossa habilidade de argumentação e não para se chegar a uma resposta, já que não tem o certo nem o errado.

Por exemplo, o professor de sociologia Edgar Alan Burns, do Eastern Institute of Technology Sociology, usa esse truque no primeiro dia de aula. Ele pergunta aos seus alunos:

“Como vocês acham que o papel higiênico deve ser colocado?”

E nos 50 minutos seguintes, os alunos naturalmente começam a avaliar os MOTIVOS para suas respostas e acabam chegando sozinhos a questões sociais muito maiores como:

• diferenças de papéis sociais entre homens e mulheres

• diferenças entre comportamentos públicos e privados

• diferenças entre classes sociais


São relações de construção social que nunca pararam para pensar antes, mas que agora, sem que ninguém os orientasse, conseguiram enxergar.

Sozinhos, começaram a raciocinar e perceberam correlações e fatos. E, principalmente, começaram a argumentar.

No dia-a-dia, quase nunca fazemos isso. Geralmente, tomamos um partido e passamos a defendê-lo de forma passional, enxergando só o que nos interessa.

Somos bons de discutir, mas ruins para argumentar. Piores ainda para mudar de ideia.

Mais para o boxe do que para o tênis.

O que parece ser uma estratégia não muito inteligente para encarar essa nova sociedade em que conversamos com muito mais gente, sobre muito mais coisas, todo santo dia.

APRENDER A DISCORDAR

A aula do papel-higiênico devia ser dada de cara para crianças.

A escola ensina que existe o certo e o errado, e dá notas baseadas nisso. Mas podia estimular abordagens diferentes, habilidade de argumentação, capacidade de deduzir (algumas já fazem, eu sei, mas a maioria ainda não).

Do mesmo jeito que tem nota para as melhores respostas, deveria ter para as melhores perguntas também.


Senão a gente vai continuar crescendo com essa mania de preferir estar certo do que aprender algo novo, do que parar pra pensar e repensar sempre. Aproveitar a bagagem e o raciocínio do outro.

Já reparou como a maioria dos comentários feitos todos os dias na internet não tem elaboração nenhuma? Ou é genial ou é a coisa mais estúpida que já se viu em toda a a história da humanidade.

O programador Paul Grahan fez um gráfico bacana, que mostra a “Hierarquia da Discordância”, do mais ao menos elegante, do mais ao menos eficiente.



O design thinking é isso. A maneira de pensar de um designer não é a do certo ou do errado, porque não existe certo ou errado na hora de projetar um bule de café. Mas existe o melhor, o mais eficiente. É uma maneira de pensar em que se evolui a realidade.

Quem sabe um dia a gente consegue argumentar sobre futebol, política e religião. Dizem que não se discute, mas a recomendação só existe porque somos meio trogloditas.




http://www.updateordie.com/2013/11/14/aprenda-a-discordar-usando-papel-higienico/