segunda-feira, 6 de julho de 2015

FEEDBACK E CRÍTICA: QUAL A DIFERENÇA?






Você sabe como diferenciar uma crítica de um feedback? Sabe o quanto um feedback pode auxiliar no cumprimento de metas e na motivação dos funcionários? Tem ciência de quanto à crítica pode minar o clima organizacional de maneira negativa?

Essas duas maneiras, bastante diferentes, de informar colegas profissionais sobre seu desempenho têm efeitos bastante marcantes na performance das equipes e individualmente. Vamos entender melhor como isto está estruturado.



Qual a diferença entre o feedback e a crítica?

Um feedback se diferencia da crítica principalmente por oferecer alternativas para melhorar o que não está tão bom. Ele tem como intenção ajudar o indivíduo a se desenvolver, dando opções para que ele corresponda à expectativa do empregador, sempre apontando, de maneira neutra, onde houve falhas e quais são as possibilidades ou alternativas de melhora.

A crítica, por sua vez, se refere somente ao que está errado, sem oferecer possibilidades de melhora. Por vezes a crítica é tão destrutiva que não está nem fundamentada em dados e constatações, ou seja, é um juízo de valor. Ela geralmente tem o objetivo de enquadrar alguma situação ou trabalho como “certo” ou “errado”, possui carga emocional vinculada e frequentemente conta com acusações e julgamentos. Enquanto o foco da crítica é o indivíduo, o foco do feedback é a situação.



Por que o feedback é recomendado?

O feedback traz resultados positivos para todos os envolvidos. Ao tornar a prática dele constante, por exemplo, o profissional que o recebe tem a chance de desenvolver melhor a auto percepção, além de contribuir para o desenvolvimento das relações de confiança dentro do ambiente profissional. Um feedback não relata apenas aquilo que precisa ser melhorado, mas também analisa e expõe o que está sendo bem realizado. Ou seja, elogios também fazem parte de um bom feedback. Desta maneira, o profissional se abre, relata inseguranças e pode ser ajudado pelos demais – colegas e superiores. Agindo desta forma, ele pode mudar atitudes, aprender maneiras mais saudáveis de se relacionar e também tem a chance de produzir mais e melhor, pois o bom feedback ajuda a criar autoconfiança.

Enquanto isso, a crítica apenas ressalta o aspecto negativo, sem oferecer soluções, e ignora o lado positivo do trabalho do profissional.

Como dar um bom feedback?

É importante ter algumas ideias em mente antes dar o feedback a qualquer profissional:

Fique atento ao momento e ao local. Lugares com outras pessoas e momentos de tensão devem ser evitados. Além disso, é preferível que não haja interrupções durante o processo.

Utilize linguagem direta, sem rodeios. Ao ser prolixo, pode-se dar a entender que há um eufemismo em jogo. Apontar a situação com base nas constatações é o mais recomendado.

Ressalte os pontos positivos antes de partir para as observações de melhoria. Isso é importante para que a pessoa não se prenda somente ao fato negativo e tenha motivação para continuar o bom trabalho e melhorar onde é necessário.

Dê as alternativas para que os resultados necessários sejam atingidos. É importante, sobretudo, focar na tarefa, e não na pessoa.

Um bom feedback é imparcial e, mais importante ainda, impessoal.

O outro lado da moeda

Algo raro, mas que pode funcionar muito bem, é o gestor pedir um feedback aos subordinados. Veja bem, é um feedback, não uma crítica, e se baseia no mesmo conceito do que é dado a um subordinado: é preciso ressaltar pontos positivos e negativos, e apresentar alternativas para melhorar o que não está tão bom assim. Este tipo de retorno tem a capacidade de mostrar o impacto do gestor como líder de um grupo, de dar-lhe a real noção de como é visto e percebido pela equipe.