domingo, 25 de maio de 2014

O PLEONASMO E A REDUNDÂNCIA



1. PLEONASMO (do Grego, pleonasmos = superabundância)

Pleonasmo é o emprego de palavras desnecessárias ao sentido da expressão. Ou seja, é uma repetição desnecessária - tanto do ponto de vista sintático quanto do significado - de um termo já expresso na oração. Essa repetição só é válida e aceita como pleonasmo, quando o termo usado tem a finalidade de reforçar, dar expressividade a oração. E isso só acontecerá no âmbito literário. De modo que, o pleonasmo só existe como figura de linguagem: Aos rapazes, deu-lhes dinheiro.

Aos rapazes e o pronome lhes (= aos rapazes) exercem exatamente a mesma função sintática dentro desta oração - de objeto indireto. Dizemos, então, que há um pleonasmo do objeto indireto. Outros exemplos:

“Era véspera de natal, as horas passavam, ele devia de querer estar ao lado de iá-Dijina, em sua casa deles dois, (...).” (G. Rosa)

“Cada qual busca salvar-se a si próprio...” (Herculano)

“E rir meu riso.” (Vinícius de Moraes)

2. REDUNDÂNCIA OU PLEONASMO VICIOSO

Fora da literatura, no âmbito das palavras, torna-se uma repetição inútil, é um vício de linguagem conhecido como redundância, também chamado por muitos estudiosos como pleonasmo vicioso. À exceção do pleonasmo, e assim mesmo só em casos especiais, evite a redundância; pois, comprometem o texto. A seguir, passo-lhes uma lista de redundâncias (ou pleonasmos viciosos) que devem ser evitados:


3. A REDUNDÂNCIA DE IDEIA

São redundâncias encobertas. Não apresentam tanta gravidade como as acima citadas, mas devem ser igualmente, evitadas:

Prefeitura restaura velho casarão.

Também será recuperado o velho parque Tiradentes.

A palavra velho nas duas frases é desnecessária, supérflua. Não se recupera ou se restaura algo novo.

Navratilova volta ao tênis.

Ela voltaria a que esporte senão ao tênis. Opção: 

Navratilova volta a jogar (ou à atividade).


 http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/1188291