quarta-feira, 24 de setembro de 2014

SAIBA COMO A COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL PODE LHE AJUDAR NO SETOR PROFISSIONAL




Quem presta atenção no dia-a-dia empresarial sabe que a comunicação interpessoal é um dos fatores mais importantes para o sucesso, seja você um funcionário subordinado ou um profissional em cargo de liderança. Enquanto muitos não possuem uma facilidade natural para o exercício da comunicação constante, tal fator jamais pode ser considerado como irrelevante; já que a falta de conhecimento e da prática de troca de ideias pode gerar uma série de conflitos desnecessários no ambiente de trabalho – tudo em função da falta de abertura e jeito para expor opiniões e ouvir posições diferentes.

Para diminuir a quantidade de profissionais que se acha ‘mal compreendidos’, a prática da comunicação interpessoal é fortemente válida – ajudando para que as pessoas saibam lidar diretamente com seus colegas e pessoas de convívio, propiciando um ambiente mais aberto e receptivo à troca de ideias e pensamentos dos mais variados. Confira, a seguir, alguns fatores importantes para que os profissionais trabalhem a comunicação:

Novas culturas


A comunicação promove, não só a troca de pensamentos mas, também, de cultura. Por meio da interação é possível aprender fatores que jamais seriam conhecidos sem que isso fosse estimulado.


Aprendizado


Quem está aberto para compartilhar e comunicar, também fica aberto para receber e aprender – e a riqueza de informações que pode ser obtida por meio da comunicação pode ser um ponto muito positivo para qualquer profissional.


Inibição


O exercício constante da comunicação pode ser de grande ajuda para diminuir os níveis de inibição – aumentando a confiança de um profissional e, consequentemente, promovendo uma interação maior, onde ele pode expressar suas opiniões e ser ouvido com maior facilidade.


Networking


Uma rede de relacionamentos profissionais não existe sem a prática da comunicação.


Marcar presença


Quem se comunica melhor marca mais presença. Profissionais não devem se manter a espera de um convite para que possam expor suas ideias – e se o seu líder não lhe pede opiniões, ter a segurança para ir até ele e expô-las pode fazer toda a diferença na sua carreira; já que, por meio da comunicação é possível mostrar a uma empresa que você ‘existe’.


Conflitos


A resolução de conflitos é muito facilitada com a comunicação – que ajuda, também, a evitar esse tipo de problema; já que a transparência de ideias e opiniões forma um ambiente menos propício para desavenças de todo tipo.


Autoconhecimento


A comunicação também pode ser um bom parâmetro para avaliar como os demais profissionais o enxergam, possibilitando que mudanças sejam feitas e, com isso, sejam atingidos patamares maiores de sucesso e interação.









terça-feira, 23 de setembro de 2014

POSSO FALAR MAL DA ANTIGA EMPRESA NAS ENTREVISTAS?



Trabalhei por um ano em uma empresa que tinha um péssimo clima organizacional. Com metas agressivas e um ambiente "tóxico", era comum ouvir gestores gritando com subordinados e colegas de trabalho puxando o tapete uns dos outros. Após decidir deixar o emprego, acabei discutindo com um diretor e fui demitido. Isso aconteceu há sete meses e, desde então, tenho encontrado dificuldade para me recolocar. Nunca sei o que dizer nas entrevistas sobre a empresa anterior e a forma como saí de lá, uma vez que toda a experiência foi lamentável. Já tentei responder apenas que não me encaixei na cultura da organização, mas parece que isso não convence os recrutadores. Eles sempre pedem detalhes e acabo falando mal da empresa e dos chefes. O que devo fazer para que isso não se torne um obstáculo na minha carreira?
Analista, 27 anos

Resposta:

Em entrevistas, todo mundo sempre tem que explicar por que saiu, está querendo sair ou foi demitido. Nunca fuja da resposta, não divague e apoie-se na verdade. Procure respostas curtas, diretas e honestas. Fale de forma coletiva, evite personalizar e mostrar ressentimento, emoção ou críticas de maneira excessiva. Fale bem das outras pessoas e seja positivo. Diga apenas que seu antigo chefe era difícil e inverta o assunto, falando sobre suas realizações, interesses e habilidades - sempre munido de números e detalhes.

Ao longo de sua carreira você vai precisar buscar novos desafios e oportunidades. Antes de tudo, é importante, com o apoio de um especialista, montar um projeto profissional e estruturar sua exposição no mercado, mapeando oportunidades. Estabeleça um objetivo claro e faça um balanço das competências, realizações, motivações e da sua capacidade de resolver problemas. Também é fundamental superar as dificuldades comportamentais, medos e sentimentos de fracasso.

Seja por indicação, networking, redes sociais ou headhunters, o processo sempre vai passar por entrevistas. É essencial, portanto, estar preparado para elas. É na entrevista que duas pessoas vão descobrir qual o tamanho do interesse em trabalhar juntas.

O primeiro objetivo do entrevistador é contratá-lo. Ele gostaria muito que você fosse a pessoa certa. Já sua tarefa é mostrar que você é a solução para o problema dele. O entrevistador vai avaliar suas habilidades, experiências e realizações, além de julgar sua personalidade e seu comportamento. Busca também medir sua capacidade de adaptação à empresa e aos futuros pares, superiores e subordinados. Em resumo, a sua compatibilidade com a "cultura, estilo gerencial e ambiente da empresa". Respostas vagas podem lhe fazer perder uma boa oportunidade.

A preparação para a entrevista precisa começar muito antes de você se sentar na frente do entrevistador. Consiga o máximo de informações sobre a empresa e seus principais executivos, incluindo o entrevistador. Tente descobrir que tipo de pessoa ele é. Mesmo que você julgue familiar a natureza do cargo, busque mais detalhes e, se possível, uma descrição.

Conheça a posição da empresa em relação ao mercado e à concorrência. Ela está crescendo ou declinando? Quais as forças aparentes? E, o mais importante, quais são os problemas. Quanto mais você souber do empregador e da concorrência, mais poderá mostrar na entrevista o quanto valioso será para eles. Busque também organizar os dados sobre você mesmo de forma a ajudá-lo a comunicar o máximo de valor que pode oferecer ao empregador. O mais importante são suas realizações profissionais, mas também enumere algumas realizações pessoais e acadêmicas.

É preciso usar cada abertura e cada chance para colocar as informações essenciais sobre você, suas habilidades e suas experiências de forma tranquila e suave. A melhor forma para fazer isso é aproveitar a força de perguntas abertas para deslocar o fluxo da conversação do entrevistador para você. Evite perguntas sobre salário, férias e benefícios. Seja um bom ouvinte e crie empatia. Pense antes de falar, evite lugares-comuns ou obviedades. Procure ser honesto, mas não se deprecie.

Quando a entrevista estiver para terminar, seu interlocutor vai abrir um espaço para dúvidas. É importante saber concluir. Seus comentários finais deverão confirmar seu interesse pelo cargo e estabelecer um acordo sobre os prazos de retomada de contato. Finalize expressando seus agradecimentos. Se a empresa demorar muito para voltar com uma resposta, você sempre pode tomar a iniciativa de ligar. O tempo de espera é sempre relativo.




Gilberto Guimarães é diretor da GG Consulting e professor

Fonte: http://www.valor.com.br/carreira/3689206/posso-falar-mal-da-antiga-empresa-nas-entrevistas





segunda-feira, 22 de setembro de 2014

SUCESSO PROFISSIONAL: SORTE OU DEDICAÇÃO?





Uma pesquisa recente da revista Forbes entrevistou 50 bilionários para tentar descobrir qual a receita do sucesso. O resultado surpreendeu. O principal ingrediente nada mais é que o trabalho duro. Essa foi a resposta de quase 60% dos entrevistados, os quais afirmaram trabalhar, em média, 60 horas por semana.

A pesquisa contraria o novo conceito de alguns dos homens mais ricos do mundo: a redução da jornada de trabalho. Para Carlos Slim, o segundo no ranking dos maiores bilionários do planeta, trabalhar três vezes por semana seria o ideal.

Slim acredita que as pessoas precisam de mais tempo para divertir-se e que a diminuição da carga horária ajudaria na melhora do desempenho e da criatividade. Para Larry Page, CEO da Google, os colaboradores deveriam trabalhar 20 horas por semana, quatro horas por dia. Page afirma que menos trabalho é sinônimo de qualidade de vida.


Acredito em todos eles. Todos estão certos. E acrescento que tudo isso depende da situação, da área de trabalho e, principalmente, do objetivo de cada profissional. Toda vez que falamos sobre crescimento profissional, penso na analogia das quatro rodas de um carro.

Por que um carro tem quatro rodas? Porque devido a sua estrutura, se tivesse menos, não teria a estabilidade necessária para funcionar adequadamente. Agora pense em você empurrando um automóvel quebrado, tentando fazê-lo “pegar no tranco”. Se tentar pela diagonal, ele não andará muitos metros. Já se empurrar com toda a força pela parte traseira, o que é mais eficiente, a probabilidade de andar e “voltar a pegar” é maior.

As rodas equivalem a quatro princípios que considero importantes para o desenvolvimento profissional: objetivo, organização, motivação e autoestima. Ou seja, não creio que excesso de trabalho, puro e simples, possa levar alguém a algum lugar. Acredito no trabalho desde que haja um direcionamento.

Sem objetivos claros não chegamos a lugar algum. Portanto, é imprescindível planejar. Para saber aonde quer chegar, precisa ter consciência de quais são os passos necessários. Para se tornar médico, é preciso passar no vestibular, fazer a faculdade, a residência e se especializar. Não dá para começar pela especialização.

Planejar cada passo é a maneira certa para concretizar nosso objetivo, por isso é importante atuar organizadamente. Cada coisa em seu tempo, em seu lugar e em sua ordem natural. É preciso parar para pensar “onde estou agora? qual o próximo passo?”. Sair por aí fazendo coisas aleatórias, atirando para todos os lados sem definição e organização, não leva ninguém a lugar algum.

Para agirmos com organização em prol dos nossos objetivos, é necessário motivação. Não existe sorte, não existe azar. O que existe é a disposição para fazer algo a fim de alcançar os resultados. A pessoa motivada enxerga oportunidades onde outros podem ver somente fracassos. A ação faz surgir a motivação.

Agir com confiança, com a certeza de que tudo será revertido para o seu crescimento e sucesso, e valorizar cada passo e cada ação. Isso é autoestima. Valorize suas falhas, seus valores, suas conquistas. Valorize o que você é.

Dedicar-se, na minha visão, ainda é o fator fundamental para o desenvolvimento pessoal e profissional. No entanto, é você que deve olhar para sua situação atual e decidir se dedicar-se significa trabalhar por mais de 60 horas ou três vezes por semana. Não busque sorte onde não há dedicação.

Marcelo Cardoso é especialista em coaching, PNL (Programação Neuro Linguística) e fundador da Arco 7.



http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/sucesso-profissional-sorte-ou-dedicacao/92042/






quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO ONLINE




Na era em que os negócios se fazem cada vez mais pela internet, a qualidade das relações colocam alguns desafios.

A internet reduziu as distâncias, permitiu que as pessoas se aproximassem como nunca antes e possibilitou a partilha de informações de uma maneira quase instantânea. Simultaneamente difundiu uma nova forma de comunicação, com contornos muito diferentes do contato cara a cara, que exige mais atenção para que flua de forma eficiente, de forma que seja atingido o objetivo pretendido.

Sendo este meio que utilizamos no nosso trabalho online tornamo-nos num emissor em potencial, e, como tal, precisamos ter a noção que uma má comunicação pode custar dinheiro ou mesmo o nosso sucesso profissional.

A mensagem que se veicula, deve, acima de tudo, facilitar o entendimento com o receptor. Assim sendo a nossa comunicação online, em qualquer rede social ou plataforma online, deve estabelecer-se em clima de verdade e autenticidade, que a nossa mensagem seja simples, clara e objetiva, que possa ser compreendida e interpretada sem margem para mal-entendidos e que as pessoas fiquem em condições de usar o que é informado.

Não podemos esquecer que do outro lado existe um ser humano com sonhos, sentimentos, expectativas, motivações, inseguranças, com as quais necessitamos de nos sensibilizar, conectar, oferecendo um verdadeiro espaço de apoio, de abertura à conversação, opiniões e sentimentos.

É crucial estabelecermos objetivos de comunicação e realizarmos online estratégias promocionais para gerar contatos e edificarmos o relacionamento com os mesmos.

Este relacionamento e interação é a chave para ter sucesso nas vendas.
Como te relacionas com os teus contatos?



http://www.mxcrodrigues.com/importancia-da-comunicacao-online/ 

terça-feira, 16 de setembro de 2014

MANEIRAS ERRADAS DE UM GESTOR MOTIVAR SUA EQUIPE





O que toda empresa quer é profissionais motivados, animados e interessados em fazer seu melhor. Para isso, porém, é preciso saber estimular esse comportamento, oferecendo promoções, novos desafios e mais autonomia, por exemplo. O problema é que nem todo gestor sabe que, muitas vezes, ao invés de estar motivando ele pode estar desmotivando seus funcionários.

Pensando nisso, elaboramos uma lista com 10 maneiras erradas de motivar os funcionários. Contamos, para isso, com a ajuda de especialistas em gestão de carreira e motivação. Confira:

1. Os profissionais são únicos - “não existe motivação em massa”, explica o especialista em motivação, Roberto Recinella. Uma das maneiras erradas de motivar os profissionais é acreditar que o que motiva um motiva todos. Os líderes que não conhecem cada um dos membros de suas equipes podem cometer esse erro.

Na prática, o gestor acredita que determinado elemento vai motivar um profissional, pois foi o mesmo elemento que já motivou um outro trabalhador. Mas, segundo Recinella, isso não funciona sempre. A sugestão é conhecer cada um dos membros da equipe, entendendo suas necessidades e interesses.

2. Desafios megalomaníacos - a maioria das pessoas sabe que os profissionais, para se sentirem motivados, querem desafios constantes. Ou seja, uma oportunidade de superar uma meta e de mostrar um bom trabalho. O erro acontece quando o líder, pensando que vai motivar, estipula um desafio absurdo, que dificilmente será atingido. “O profissional sabe que não vai conseguir e logo fica desmotivado”, analisa o especialista. Os desafios devem sempre ser propostos, mas precisam ser palpáveis.

3. Sempre em cima - ainda na lógica do item um, o líder pode desmotivar, tentando motivar, se não entender as necessidades e os interesses dos profissionais. Nesse caso, a desmotivação acontece porque o chefe fica em cima demais do funcionário, acreditando que ele quer esse acompanhamento de perto, quando, na realidade, o que ele deseja é mais autonomia e liberdade.

Novamente, os profissionais são diferentes uns dos outros. Se o chefe entende que acompanhar de perto o trabalho de um profissional o motiva, ele não deve acreditar que isso vai motivar todos os demais. Portanto, é importante identificar as necessidades de cada um.

4. Falta de clareza - o líder também pode desmotivar alguns membros da equipe quando está tentado motivar outros. Promover um funcionário, por exemplo, sem dúvida fará com que esse profissional se motive. Porém, se essa promoção não for clara, ou seja, se os demais não entenderem os motivos dela, será um grande fator desmotivacional para os demais membros da equipe.

5. Feedback mal dado - alguns líderes acreditam que fazer uma crítica fará com que o profissional queira mudar, melhorar e virar o jogo. Por isso, ao dar um feedback, criticam alguns pontos do trabalho do profissional – pensando que ele vá querer melhorar. O problema, novamente, é que as pessoas são diferentes, ou seja, alguns são automotiváveis, enquanto outros desanimam totalmente.
A sugestão é fazer um feedback bem estruturado, ou seja, apontar os pontos que deveriam ser melhorados, observando a maneira de falar e ainda ressaltar os pontos positivos do trabalho do profissional.

6. Falta de feedback - na mesma linha do item anterior, o feedback é uma questão bastante delicada. Se o líder prefere não fazer, pensando que o profissional vai achar que a ausência de feedback significa que não há nada de errado com seu trabalho, isso pode ser um “grande tiro no pé”, explica a professora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Adriana Gomes.
Sem uma avaliação do seu trabalho o profissional pode sentir que não é importante, que seu trabalho não faz nenhuma diferença.

7. Promoção sem remuneração - promover uma pessoa de cargo é um ótimo fator motivacional, mostra que seu trabalho foi reconhecido e que ele está pronto para novos desafios. Mas, novamente, nem todos os profissionais são iguais, e se o líder pensar que uma promoção sem aumento de salário é sinônimo de motivação para qualquer profissional, ele pode estar muito enganado. Mesmo que o funcionário se motive num primeiro momento, com o tempo ele vai entender que só tem mais trabalho, pelo mesmo salário.

8. Possibilidades que nunca chegam - Adriana explica que outro fator que pode gerar grande desmotivação, apesar do objetivo não ser esse, é prometer coisas e nunca cumpri-las. Desde sinalizar uma promoção que nunca chega, até coisas menores, como uma visita ao cliente, a participação em um projeto, novos desafios e remuneração maior. Claro que inicialmente o profissional vai se motivar, mas, quando ele entender que nada acontece, a situação pode ficar muito ruim.

9. Delegar sem dar suporte - se o líder delega funções extras a um membro da equipe, é preciso que ele também dê o suporte necessário. Muitas vezes os profissionais podem sentir que não estão preparados para assumir determinadas tarefas e, se não puderem contar com o suporte do líder, o que deveria ser um fator motivacional, acaba desmotivando.

10. Delegar sem dar autonomia - o líder também deve saber que autonomia é importante para alguns profissionais. Logo, se ele delegar algumas funções, mas continuar centralizador demais, isso pode ofuscar a motivação inicial de ter assumido novas responsabilidades.












segunda-feira, 15 de setembro de 2014

CUIDAR DO MARKETING PESSOAL CONTRIBUI PARA O SUCESSO




Um mercado executivo menos aquecido significa que oportunidades de promoção e propostas com salários inflacionados já não aparecem com a mesma frequência de alguns anos atrás. Nesse cenário, é fundamental que profissionais se destaquem no que fazem e garantam que seu trabalho seja visto. Mas, equilibrar-se na linha tênue entre buscar reconhecimento para suas realizações e ser encarado como alguém que só quer se vender não é tarefa fácil.

Na correria do dia a dia pode ser complicado se dedicar a mais esse aspecto do trabalho - seja garantir que seus resultados fiquem visíveis dentro da empresa onde trabalha ou para o mercado como um todo -, mas especialistas reforçam que essa é uma habilidade essencial para profissionais atualmente. Claudia Monari, diretora de Outplacement da consultoria Career Center, diz que a capacidade de fazer marketing pessoal é um dos maiores "pontos fracos" nos profissionais que a procuram. "A maioria acha que fazer o mínimo exigido pelo trabalho é suficiente para que seja vista. Mas o sucesso não chega para essas pessoas", diz.

Para Daniela Lopes, da empresa de recrutamento executivo Red, muitos erram ao se preocupar com esse tipo de exposição apenas durante a busca por uma recolocação. "É preciso trocar experiências, processos e se tornar referência em sua área", diz. Dentro da empresa, é essencial manter a interação com outros departamentos e se relacionar com profissionais que não trabalham diretamente com você. Já fora, a estratégia é estrem conectado os formadores de opinião e ter uma rede de contatos robusta.

Na opinião de Irene Azevedo, diretora de negócios da LHH|DBM, o primeiro passo é o autoconhecimento. "O profissional tem que estar completamente ciente dos seus pontos fortes e do que falta melhorar. A partir disso, pode traçar um plano como se fosse um produto", diz.

Uma boa saída, diz Irene, é manter um banco de dados de si mesmo, uma espécie de "caixinha do eu me amo", onde se devem registrar as principais realizações profissionais. Claudia, da Career Center, costuma sugerir um exercício: pedir que a pessoa enumere 15 projetos que a diferenciam no mercado. "Não adianta só falar, é preciso se preparar para conseguir mostrar exemplos do que já fez", diz. Além de deixar a pessoa munida de informações para esse tipo de conversa, o exercício ajuda na autoestima, diz a consultora.

Um aspecto importante dessa estratégia é o equilíbrio entre expor a própria marca e não ser visto como um interesseiro, que só quer se vender - um dos pontos, inclusive, que fazem muitos virarem a cara para os conceitos de marketing pessoal. "Essa fórmula não existe, o termômetro precisa ser interno", diz Irene. É impossível fugir desse risco se a intenção única do profissional for, de fato, aparecer. Por isso, os especialistas destacam a importância de encarar o processo como uma troca - se você não tiver o que oferecer além de um currículo vazio, dificilmente será visto como mais do que isso.

O primeiro passo é garantir que o crédito seja recebido por quem merece. "Como executivo, você tem que mostrar resultado ao mesmo tempo em que lidera pessoas. A abertura de apresentação de um projeto, por exemplo, tem que ser sua, mas o crédito é da equipe", diz Irene, da LHH. O headhunter Darcio Crespi, sócio-diretor da Heidrick & Struggles, destaca que, toda vez que ouve um executivo falar demais sobre o que "ele" fez, já desconfia de que se trata de um líder ruim. "Ninguém faz nada sozinho em uma empresa grande. Falar da equipe é demonstração de boa liderança", diz.

Estar disposto a ajudar é mais um ponto que deve permear todo o processo de exposição do seu trabalho. "É fundamental sempre pensar no outro. Qual a consequência positiva para quem está ouvindo? Ser uma referência no mercado para ajudar em projetos semelhantes, por meio de palestras e artigos, é uma boa forma de se tornar conhecido", diz Claudia, da Career Center.

Nenhuma rede de relacionamentos se mantém se você não se dispuser a ajudar aqueles com quem fala - é assim, normalmente, que se consegue ajuda de volta. Há cerca de três meses, Dijalma Lima começou em um novo emprego como diretor em uma empresa de logística. A oportunidade surgiu quando um amigo foi chamado para a posição e não aceitou a oferta, mas o indicou. Ao longo dos 20 anos de carreira na área de supply chain, todas as suas movimentações de empresas aconteceram por meio da rede de contatos que ele mantém de forma bastante organizada.

A prática começou quando fez um MBA, em 2001, e passou a encontrar a turma com que se formou uma vez a cada seis meses. Hoje, ele se organiza para participar com regularidade de eventos da sua área, está em grupos de estudos e se esforça para manter ativa uma agenda de cerca de 800 pessoas. Entre almoços, cafés e telefonemas - que ele faz diariamente, num espaço de 30 minutos separado especificamente para isso - consegue manter o contato com pelo menos 120 pessoas mensalmente. "Isso solidifica a rede não só para mim, mas para os outros que fazem parte dela", diz. Esse gerenciamento é feito em uma tabela de Excel organizada por prioridades, para garantir que nenhum nome seja deixado de lado.

Mas, para o executivo, não adianta apenas falar - o mais importante é a troca de informações e experiências. Assim como ele foi chamado para o cargo atual em razão da indicação de amigos, recentemente Lima sugeriu o nome de dois colegas para headhunters que o abordaram com propostas. Quando ele e sua equipe embarcam em projetos novos, existe também a liberdade de acionar profissionais de outras empresas para pedir ajuda e vice-versa. "Essa troca é sempre saudável e enriquece o networking", diz. Além disso, ajuda na formação de uma imagem profissional. Um estudo de professores da Harvard Business Review e da Wharton School, que será publicado na próxima edição da revista "Management Science", apontou que profissionais costumam ser vistos como mais competentes quando pedem ajuda e conselhos para colegas e superiores.

O diretor de clientes públicos da empresa de energia AES Eletropaulo, Artur Tavares, reforça que qualquer processo motivado pelo interesse acaba sendo percebido pelos outros e tem menos valor. "É preciso interagir e gostar genuinamente de pessoas", diz. Nascido na Venezuela, Tavares veio para o Brasil há sete anos como expatriado, para atuar na área de transformação de negócios da AES. Sua trajetória no Brasil destaca também outra regra bastante importante sobre o processo: conhecer bem o ambiente onde vai expor o seu trabalho. "Os paradigmas que você tem ao se relacionar com pessoas precisam ser atualizados em cada país e em cada empresa", diz.

No início, Tavares estranhou que os brasileiros estivessem sempre tão dispostos a fazer convites informais, mas logo percebeu que depois não marcavam nada. Resolveu, então, inverter o jogo: o executivo começou a convidar as pessoas que conhecia para reuniões em sua casa. Após o jantar, terminava a noite com sessões de dança, uma paixão que sempre manteve com a família. O resultado foi uma rede de contatos e amigos em crescimento constante. "Até o presidente da empresa já esteve lá e disse que, em 12 anos em São Paulo, só duas pessoas o haviam convidado para jantar em casa."

Compartilhar suas experiências, no entanto, é o que o tornou reconhecido em seu meio - o que o levou a ganhar prêmios como o recente de profissional do ano no Prêmio Latam, que reconhece melhores práticas no setor de teles serviços no Brasil, Argentina, Colômbia e México. "Vim para implementar melhores práticas comerciais, e fizemos transformações no serviço da empresa desde 2009", explica Lima.

Iniciativas como atendimento de denúncias via SMS, transformação do site da empresa e presença nas redes sociais geraram redução de custos e melhora no relacionamento com clientes, diz Tavares. Ele passou a compartilhar esses resultados em grupos, redes de contatos e mídias sociais como o LinkedIn, o que fez com que instituições o chamassem para palestras sobre o trabalho na AES e ele fosse convidado a se tornar membro de organizações como a Amcham.

O executivo, contudo, destaca dois fatores que considera fundamentais para que seu trabalho ganhe visibilidade. O primeiro é tomar a iniciativa para ajudar outros. Ele conta que dias atrás, por exemplo, ficou sabendo durante uma reunião que a empresa com quem lidava estava preparando um processo de internacionalização, e enviou livros e artigos sobre o assunto, além de se mostrar disponível para falar sobre seu trabalho no Brasil.

O outro é compartilhar experiências mesmo quando elas caracterizam erros, como forma de expor também o que faria diferente hoje. "Na cultura latina, damos muita ênfase ao que é bom e não tratamos da mesma forma o que é ruim. Quando você tem a humildade de conversar também sobre o que fez de errado, ganha uma credibilidade muito grande", diz.





sábado, 13 de setembro de 2014

ELTON MAYO E A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS



Cientista social, australiano, falecido em 1949, Elton Mayo  é considerado o fundador do movimento das Relações Humanas, que se opôs aos princípios do trabalho de Taylor. Como professor e diretor de pesquisas da Escola de Administração de Empresas de Hardvard, Mayo dirigiu o projeto de pesquisa da fábrica de Hawthorne, entre 1927 e 1932.

Mayo licenciou-se na Universidade de Adelaide, estudou Medicina em Londres e Edimburgo, ensinou Filosofia Mental e Moral em Queensland. Escreveu três livros, baseados nas descobertas das experiências realizadas em Hawthorne, dando origem à Teoria das Relações Humanas.


A Teoria das Relações Humanas
A abordagem humanista da teoria organizacional contrariou vários postulados da abordagem clássica de Fayol e da Administração Científica de Taylor. A ênfase na estrutura e nas tarefas foi substituída pela ênfase nas pessoas. A natureza do ser humano como ‘’homo social’’ substituiu a concepção de ‘’homo economicus’’ , ou seja, as pessoas são motivadas e incentivadas por estímulos financeiros. Dentre os autores que agregaram referencial teórico à abordagem humanista no sentido das relações sociais e psicológicas podem ser citados: Mary Parker Follet (1868-1933), George Elton Mayo (1880-1949), Kurt Lewin (1890-1947), Hebert Alexander Simon (1945), Abraham H. Maslow (1908-1970), Frederick Herzberg (1959) e Douglas M. McGregor (1960).

Através das experiências coordenadas por Elton Mayo e realizadas a partir de 1927 na fábrica ‘’ Westerm Electric Company’’, que produz equipamentos telefônicos, foi permitido o delineamento dos princípios básicos da Abordagem Humanista. Para Mayo a conduta do homem na sociedade é determinada basicamente pela tradição. O comportamento tradicional é visto sob a óptica de um objetivo social positivo. A felicidade individual, o crescimento e a saúde da sociedade dependem da existência de um sentido de ‘’função social’’ do indivíduo. Para Mayo, o conflito é uma chaga social e a cooperação é o bem-estar social, exceto as formas de cooperação apoiadas por meios políticos; como as negociações coletivas, que na verdade não são cooperações. 

Quando cada indivíduo possui o senso de função social e responsabilidade, a sociedade torna-se um organismo social sadio, A cooperação, quando é assegurada, integra os objetivos individuais aos coletivos. Os administradores industriais devem organizar essa cooperação, pois os operários apenas cooperam quando aceitam os objetivos da administração.

As experiências de Hawthorne levaram à conclusões que colocavam em xeque as formulações da Abordagem Clássica e da Administração Científica, pois derrubavam a preponderância dos fatores fisiológicos sobre os psicológicos. Essas conclusões podem ser resumidas da seguinte forma: é a capacidade social do trabalhador que estabelece o seu nível de competência e de eficiência, não sua capacidade de executar corretamente os movimentos dentro de um tempo pré-determinado; o comportamento do indivíduo se apoia no comportamento do grupo. 

O grupo estabelece métodos para manter o respeito pelas suas atitudes. Quem produzisse em ritmo muito rápido, era tratado com sarcasmo e apelidos como forma de desaprovação do grupo; a existência de uma organização informal composta por grupos sociais informais. Esses grupos constituem a estrutura humana da empresa; e  as relações humanas são as atitudes desenvolvidas pelas interações entre pessoas e grupos.

Após cinco experiências em Hawthorne, Mayo passa a adotar os seguintes pontos de vista: 

O trabalho é uma atividade tipicamente grupal; o operário reage como membro de um grupo e não como um indivíduo isolado.
A organização eficiente é incapaz de elevar a produtividade se as necessidades psicológicas não forem descobertas, localizadas e satisfeitas.

As Relações Humanas e a cooperação constituem a chave para evitar o conflito social.

Essas ideias irão influenciar as seguintes escolas de Administração: a Escola Comportamental ou Behaviorista e a Escola do Desenvolvimento Organizacional, entre outras.


Experiência de Hawthorne


A experiência de Hawthorne foi realizada, entre 1927 e 1932, por Elton Mayo e seus colaboradores em uma fábrica de Western Electric Company, situada em Chicago, no bairro Hawthorne e tinha como objetivo inicial conduzir experimentos relacionando a luminosidade no ambiente de trabalho com a eficiência dos operários, medida pela produção. Com os primeiros resultados, a pesquisa logo se estendeu ao estudo da fadiga, dos acidentes de trabalho, da rotação do pessoal e do efeito das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos operários.

Foi verificado pelos pesquisadores que os resultados da experiência eram prejudicados por variáveis de natureza psicológica. A partir daí, eles tentaram eliminar ou neutralizar o fator psicológico, então estranho e impertinente, motivo pelo qual a experiência se prolongou até 1932, quando foi suspensa devido à crise de 1929. A fábrica da Western Eletric Company, já desenvolvia uma política de pessoal voltada para o bem-estar de seus operários e com a experiência pretendia, não o aumento de produção, mas sim, conhecer melhor seus empregados.

A experiência se desenvolveu em quatro fases, vistas à seguir:
- Primeira fase:

Na 1ª Fase da experiência, pretendia-se verificar o efeito sobre o rendimento dos operários. Para isso, tomou-se dois grupos em salas diferentes, que faziam o mesmo trabalho, em condições idênticas sendo, um grupo experimental ou de referência, que trabalhava sob a luz variável e o outro grupo, o de controle, que trabalhava sob a mesma iluminação o tempo todo.

Para a surpresa dos pesquisadores, não foi encontrada uma relação entre as duas variáveis (iluminação e rendimento dos operários), mas sim a existência de outras variáveis como o fator psicológico. Baseados em suas suposições pessoais, os operários se julgaram na obrigação de produzir mais quando a iluminação aumentava, já que quando diminuía a iluminação o mesmo ocorria com a produção. A prova de que as suposições pessoais (fatores psicológicos) é que influenciavam a produção, veio quando os pesquisadores trocaram as lâmpadas por outras de mesma potência (fazendo os operários crerem que a intensidade variava) e o rendimento variava de acordo com a luminosidade que os operários supunham trabalhar.

- Segunda Fase:

A 2ª Fase da experiência iniciou em abril de 1927, com seis moças de nível médio constituindo o grupo experimental ou de referência, separadas do restante do departamento apenas por divisórias de madeira. O restante do departamento, constituía o grupo de controle, que continuava trabalhando nas mesmas condições. A pesquisa foi dividida em 12 períodos experimentais, onde foram observadas as variações de rendimentos decorrentes das inovações a que eram submetidas o grupo de referência.

As moças participantes da experiência eram informadas das inovações a que seriam submetidas (aumento de salário, intervalos de descanso de diversas durações, redução de jornada de trabalho, etc.), bem como dos objetivos da pesquisa e dos resultados alcançados. Nos 12 períodos experimentais a produção apresentou pequenas mudanças, fazendo com que ao final não se tivesse os resultados esperados; o que pode notar é que novamente aparecia um fator que não podia ser explicado somente pelas condições de trabalho e que já havia aparecido na experiência sobre iluminação. As conclusões que os pesquisadores chegaram foram que:

O grupo trabalhava com maior liberdade e menos ansiedade.

Havia um ambiente amistoso e sem pressões.

Não havia temor ao supervisor.

Houve um desenvolvimento social do grupo experimental.

O grupo desenvolveu liderança e objetivos comuns.

- Terceira Fase:

Baseados nas conclusões de fase anterior em que as moças do grupo de referência tinham atitudes diferentes das do grupo de controle, os pesquisadores foram se afastando do estudo das melhores condições físicas de trabalho e passaram a estudar as Relações Humanas, pois a empresa apesar da sua política de pessoal aberta, pouco sabia sobre os fatores determinantes das atitudes das operárias em relação à supervisão, aos equipamentos de trabalho e a própria empresa.

A partir de setembro de 1928 iniciou-se o programa de entrevistas, no setor de inspeção, seguindo-se no de operações e mais tarde nos demais setores de fábrica. A empresa através do programa de entrevistas pretendia obter maiores conhecimentos sobre as atitudes e sentimentos dos trabalhadores, bem como receber sugestões que pudessem ser aproveitados. Em fevereiro de 1929, devido à boa aceitação do programa, foi criada a Divisão de Pesquisas Industriais para absorver e ampliar o programa de pesquisa. 

Dos 40.000 empregados da fábrica, entre 1928 e 1930 foram entrevistados cerca de 21.000. O sistema de entrevista sofreu alteração, isto é, passou-se a adotar a técnica da entrevista não diretiva, na qual o operário se expressava livremente sem que o entrevistador interferisse ou estabelecesse um roteiro prévio. Nesta etapa, em que os trabalhadores foram entrevistados, revelou-se a existência de uma organização informal dos mesmos, com vistas a se protegerem do que julgavam ameaças da Administração ao seu bem-estar.

- Quarta fase:

A 4ª Fase iniciou-se em novembro de 1931 e durou até maio de 1932, tendo como objetivo analisar a organização informal dos operários. Para isso foi formado um grupo experimental, composto de nove soldadores e dois inspetores, sendo que eles eram observados por um pesquisador e entrevistados esporadicamente por outro, e seu pagamento era baseado na produção do grupo. Os pesquisadores notaram que os operários, após atingirem uma produção que julgavam ser a ideal, reduziam o ritmo de trabalho, informavam a sua produção de forma a deixar o excesso de um dia para compensar a falta em outro, em caso de excesso solicitavam pagamento. Basicamente o que os pesquisadores observaram, foi uma solidariedade grupal e uma uniformidade de sentimentos os operários.

Esta experiência foi suspensa em 1932, devido à crise de 1929, porém a 4ª Fase permitiu o estudo das Relações Humanas entre a organização formal de fábrica e a organização informal dos operários.

Conclusão da experiência:

- O nível de produção é determinado pela integração social e não pela capacidade física dos operários. O comportamento do indivíduo se apoia totalmente no grupo (agem como parte do grupo).

- O comportamento dos trabalhadores está condicionado às normas padrões social (agem de modo a obter recompensas sociais ou a não obter sanções sociais).

- A empresa passou a ser vista como um conjunto de grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal.

- A existência de grupos sociais que se mantém em constante interação social dentro da empresa.

- Os elementos emocionais e mesmo irracionais passam a merecer uma maior atenção.


Características das Relações Humanas:


Nível de produção é resultante da integração social: a capacidade física não terá eficiência se o indivíduo sofrer desajuste social.

Comportamento social dos indivíduos: o comportamento do indivíduo se apoia totalmente no grupo.

Recompensas ou sanções sociais: o operário que produzir acima ou abaixo do médio do grupo, perderia o respeito perante seus colegas.
Grupos informais: definem suas próprias normas dentro do grupo.

Relações Humanas: ações e atitudes desenvolvidas pelo contato entre pessoas e grupos.

Importância do conteúdo do cargo: trabalhos simples e repetitivos tornam-se monótonos e cansativos, reduzindo a eficiência.

Ênfase nos aspectos emocionais: organização informal.


Pontos de vista de Mayo:


O trabalho é uma atividade grupal.

O operário reage como um membro de um grupo social.

A organização desintegra grupos primários (família), mas forma uma unidade social.

O conflito é o germe da destruição.

A formação de uma elite capaz de compreender e de comunicar, dotada de chefes democráticos e simpáticos.



Bibliografia:


Por: Renan Bardine





sexta-feira, 12 de setembro de 2014

VOCÊ JÁ SORRIO HOJE?




Especialistas comentam a importância do bom humor no ambiente de trabalho.


Tornar o ambiente de trabalho tão agradável como qualquer outro é o que nove entre dez especialistas da área de recursos humanos e motivação organizacional proferem na atualidade. Mas como cultivar o bom humor se as condições de trabalho e os colegas nem sempre são os mais satisfatórios? De acordo com os entrevistados do Empregos.com.br, o temperamento é algo intrínseco da personalidade da pessoa, mas pode ser trabalhado e melhorado.

O bom humor no trabalho não só torna as relações interpessoais mais agradáveis, como também “melhora a produtividade, ameniza pressões e o estresse”, segundo José Tolovi Júnior, presidente do Great Place to Work Institute. Para ele, identificar um profissional bem ou mal humorado começa já no processo de seleção. “Dá para perceber qual é o gênio da pessoa logo na conversa. Infelizmente, muitas empresas ainda levam mais em conta a parte técnica da pessoa, sem dar muita importância para a personalidade. Mais tarde, o perfil do profissional pode não casar com o estilo da empresa, gerando conflitos”.

“O bom humor estimula a produção de hormônios responsáveis pela sensação de prazer”, segundo Denise Manfredi, da Business School São Paulo. Ela também diz que “bom humor não se fabrica, mas pode ser melhorado com treinamentos e autoconhecimento”. Mesmo assim, ela explica que existe um limite entre o bom humor construtivo e o destrutivo. “O sarcasmo e o preconceito podem vir disfarçados em forma de brincadeiras aparentemente inocentes. O líder deve ter a percepção em manifestações preconceituosas e tomar as devidas atitudes”.

Lidando com o mau humor 

De acordo com Denise, quando surgiu o boom da gestão participativa nas empresas – em que os colaboradores possuem certa autonomia em relação à liderança – gerou-se também o conflito de o líder sentir, de certa maneira, sua autoridade ameaçada. “Empresas horizontais estimulam mais questionamentos e requerem maior autoconhecimento corporativo”. Encontrar a harmonia entre as relações pessoais no trabalho nem sempre é fácil.

“O mal humorado pode ser uma tragédia, de acordo com o cargo da pessoa”, afirma o consultor Sérgio Becker. Ele diz que pessoas com esse tipo de personalidade são uma âncora para a empresa, pois não vão para frente e impedem os outros de evoluir. Ele dá algumas dicas de como identificá-los: “o mal humorado não celebra vitórias, não ri, não é criativo, não agrega, gosta de chamar a atenção, é conformado, quadrado, autorreferente, previsível, mistura pessoal com profissional, é simpático, mas não empático”. Ele ainda revela um dado interessante de uma pesquisa realizada por sua consultoria, a Becker Motivação e Mudança. “Em todos os treinamentos motivacionais que já fizemos, cerca de 75% dos profissionais conseguiram alguma melhora. O resto é do tipo que não muda, tem feedback negativo e não quer enxergar seus pontos fracos. Digo que essas pessoas são ‘muito abertas ao monólogo’”.

E o que fazer quando se é preciso lidar com esse tipo de profissional? De acordo com os entrevistados, se você não puder mudar de emprego, tenha o mínimo contato possível com o mal humorado. “Se a pessoa é excepcional tecnicamente e não pode ser dispensada, recomendo a ‘blindagem corporativa’”, diz Becker. Para Denise, nesses casos você deve se relacionar apenas profissionalmente, deixando o lado pessoal de fora. “Ou você aprende a lidar com isso ou é melhor sair da empresa”.




Por Clarissa Janini




quinta-feira, 11 de setembro de 2014

CURRÍCULO: SUA PEÇA DE MARKETING PESSOAL





Se o ditado “a primeira impressão é a que fica” é realmente verdadeiro, elaborar um currículo detalhado e objetivo é essencial para garantir que quem o lê, queira entrevistar e considerar o profissional retratado em um processo de seleção. Ferramenta fundamental de inserção profissional, o currículo deve ser encarado pelo candidato a novas vagas de duas formas: como uma peça de marketing pessoal e um roteiro bem construído.

“Currículos com erros de português, clichês ou estrutura de texto não apropriada só comprometem o candidato. Já um roteiro claro e lógico colabora para que o profissional conquiste espaço e seja chamado para uma entrevista”, explica Selma Fredo, consultora da DBM, empresa de gestão de recursos humanos.

No quesito estilo, o currículo deve ter texto direto, claro e sem rodeios. Deve-se prezar pela elegância de vocabulário, com frases curtas e objetivas. As qualificações, por sua vez, devem ser listadas de acordo com parâmetros coesos, ligados à relevância, assim como as realizações do profissional. “A parametrização de informações é a principal dica de estilo para a redação de um currículo. Será muito mais fácil ao profissional lembrar-se dos detalhes do currículo quando já estiver numa entrevista”, afirma Selma.

Segundo ela, uma estratégia bastante utilizada e bem-sucedida é organizar as realizações implementadas em uma empresa por ordem de importância, adotando o mesmo padrão para todas as demais companhias citadas no documento. “Desta forma, o profissional facilitará o entendimento do seu currículo, que, além de mais lógico, despertará o interesse do leitor”, diz Selma.

Entre os cuidados que devem ser tomados no momento de elaboração do currículo, os principais são evitar linguagem repetitiva e não usar demasiadamente terminologias em outros idiomas ou palavras extremamente técnicas, o que dispersa a atenção do leitor. É importante também evitar o uso do mesmo verbo de ação em muitas frases, assim como rebuscar o texto.

De acordo com a consultora da DBM deve-se ter muito cuidado também com o uso abusivo da primeira pessoa do singular, o que pode para algumas pessoas, indicar falta de espírito de equipe. “Valorize apenas as próprias realizações e competências para evitar interpretações como esta”, diz Selma. “E, apenas para lembrar, não afirme a existência de uma competência que, no momento de uma eventual checagem, pode ser facilmente questionada”.

Currículos por e-mail

Nos casos em que os currículos são enviados por e-mail, é interessante acrescentar no corpo da mensagem uma carta de apresentação que explicite ao interlocutor as razões do interesse pela empresa que está sendo contatada e que traga uma brevíssima síntese de suas qualificações e realizações. “Desta maneira, fica claro o interesse, cuidado e consideração do profissional pelas empresas prospectadas”, diz Selma.

Em relação ao estilo e linguagem de textos enviados por e-mail ou impressos, Selma explica que não podem existir diferenças entre os dois. “Não se deve redigir inúmeras versões de um currículo pensando na adequação de perfil à empresa”, “A”,” B“ ou ”C“, ou ao meio de comunicação ” X “ ou ” Y”, afinal, a qualificação de um profissional se mantém independentemente da empresa e do meio, já que se alinha ao objetivo indicado no currículo”.

Outra dica essencial é não experimentar demais no momento de elaboração do documento. “Orientamos sempre o profissional a redigir seu currículo usando recursos com os quais têm intimidade e com os quais se sinta identificado. De nada adianta adotar um modelo, seja na forma ou no conteúdo, que deu certo com alguém achando que, dará certo com todos”, finaliza.



quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA AS ORGANIZAÇÕES




A comunicação certamente está entre os mais relevantes fatores para o sucesso de uma empresa. Como as organizações são redes de contatos e relações entre pessoas e equipes semi-independentes, o que conta é a interação entre as partes, e não isoladamente. Afinal, comunicar é compartilhar. Dentro de um processo de comunicação, além do emissor e do receptor da mensagem destacamos a importância do feedback ou retroalimentação. Trata-se de um processo verbal ou não verbal, por meio do qual uma pessoa informa a outra sobre suas concepções e sensações no que se refere à conduta e às opiniões do próximo.

Sendo assim, para que obtenhamos êxito num processo de comunicação e o mesmo se torne eficaz, é preciso que o emissor adapte sua mensagem ao receptor e comprove, mediante feedback, que tenha sido entendido. Dentre as vias de comunicação, destacamos que algo em torno de 60% a 80% representa linguagem corporal, entre 20 a 30% o tom de voz e 7% as palavras.

Qual é a finalidade da comunicação para as organizações?
- Compartilhar uma visão convincente: saber aonde vamos, ou o que é importante;
- Integração: unir esforços numa mesma direção;
- Fomentar a saúde da organização: criar um clima adequado;
- Tomar decisões inteligentes: dispor de informação para tomar a, cada momento, a decisão mais adequada.

O que ocorre quando não nos comunicamos?
- Não se dá instruções sobre o trabalho;
- As pessoas não sabem o que fazem nem para qual finalidade;
- A direção não recebe informação para a tomada de decisões;
- Fica impossível coordenar os diferentes trabalhos;
- Não há cooperação;
- Baixa produtividade, desmotivação, perda da competitividade...

O que é um plano de comunicação interno?
É um projeto inserido na cultura da organização que permite, através dos meios e suportes adequados, cobrir as necessidades de comunicação tanto dos indivíduos quanto dos grupos que a constituem.

Qual é a função da comunicação interna?
Ela se desenvolve tendo em conta seus elementos fundamentais: emissor e receptor, canal e mensagem. O objetivo é assegurar o cumprimento de metas através dos mecanismos de monitoramento e avaliação.

Quais são os objetivos da comunicação?
- Obter um fluxo de mensagens ascendentes (feedback), descendentes (informação) e horizontais (coordenação);
- Transmitir a todo o conjunto da organização as mensagens importantes (objetivos, formação, mudanças);
- Tornar coesas as equipes de trabalho;
- Facilitar procedimentos ágeis, participação eficaz e decisões dinâmicas;
- Dispor de uma maior eficácia operacional.

O que impede a comunicação (barreiras)?
- O lugar ou o momento;
- Perturbações ou interferências;
- Falta de empatia;
- Inexistência de feedback;
- Variação perceptiva;
- Não escutar.


Por Fernando Montero da Costa*

terça-feira, 9 de setembro de 2014

NOVE DICAS PODEROSAS PARA SE TORNAR EMOCIONALMENTE INTELIGENTE





Buda brilhantemente disse que: “O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente.”

Infelizmente a maioria das pessoas faz exatamente o contrário do que o pensador recomenda, trazendo para dentro de suas casas problemas que ainda não aconteceram, prevendo o futuro sob uma ótica totalmente negativista e gerando um sentimento de culpa neuroticamente inigualável pelos erros cometidos no passado. Logicamente, essa é a fórmula da infelicidade e da depressão contínua, pois quem é capaz de suportar uma vida enfadonha e estúpida como essa?

É uma interrogação óbvia, mas as pessoas possuem muitas dificuldades em lidar com essa questão e o resultado é visto em nosso cotidiano: ansiedade, medo e insegurança são, indiscutivelmente, os principais ingredientes incorporados atualmente à alma humana. O que é absolutamente preocupante para nós por se tratar de coisas que afetam a nossa principal qualidade, a saber: o autocontrole. Logo, devemos prover os meios para fortalecer nossa estabilidade, gerando ações eficientes que possam aperfeiçoar nossa capacidade de suportar as pressões cotidianas.

Mantendo as palavras expostas acima, conhecendo a vontade das pessoas em aumentar sua fortaleza emocional e sabendo dos obstáculos que impedem que as mesmas alcancem tal condição, elaborei 9 dicas que farão com que sejamos seres mais inteligentes com relação a essa atmosfera, confira:

1 – Seja seu melhor ativo: em hipótese alguma se divida contra si mesmo, porquanto você é seu maior aguilhão e sua confiança é, por eliminação, sua única esperança. Destarte, acredite em suas potencialidades e procure sempre otimizá-las, sem receios ou dúvidas. Se proceder assim, já terá galgado o primeiro degrau, que certamente é o mais importante e por ilação, garantirá todos os outros.

2 – Seja astuto: não se engane, você está cercado de pessoas ruins, ou seja, alguns de nossos semelhantes são extremamente maus e por consequência existem para nos destruir. Assim, a astúcia deve nos acompanhar, de sorte que possamos ser sagazes, ágeis e ardilosos, gerando os escudos necessários para nos blindarmos dessas ameaças que certamente chegarão. Em outras palavras, não podemos ser néscios e empatetados, haja vista que seremos facilmente engolidos por esses tigres implacáveis, que nos farão em pedaços para matarem sua insaciável vontade de nos despedaçar.

3 – Administre seus problemas com inteligência: primeiramente, devemos esquecer o que os problemas causaram ou causarão em nossas vidas. Posteriormente, devemos focar nas soluções para os mesmos e olvidar todo o resto, com toda a nossa força e garra. Vale mencionar que grande parte das pessoas são desequilibradas porque supervalorizam seus problemas, não sabem administrá-los e, especialmente, não querem aceitá-los. Portanto, não aja desta maneira, pelo contrário, seja alguém sensato, lúcido e estável, não dando margem as imaginações malucas que darão poder para sua consciência ficar apreensiva e angustiada.

4 – Cuidado com os sugadores de energia: algumas criaturas possuem presas invisíveis e não raramente buscam se alimentar de nossa força mental, absorvendo nossa virilidade e pujança. Sem dúvidas, esses estultos transformam nossas vidas e nos causam grandes transtornos psíquicos, pois iniciam esses ataques aparentemente imperceptíveis a todo o tempo e o pior ainda do que isso: sem que possamos nos dar conta do que está acontecendo. Desta maneira, não podemos deixar que fuxicos, críticas e calúnias nos desmotivem, tendo em conta que essas negatividades devem ser um motivo para nos mantermos firmes em nossa caminhada, fazendo com que valorizemos cada vez mais as estradas da verdade e da justiça.

5 – Planeje o amanhã, mas preocupe-se apenas com o hoje: contarei uma experiência própria para explicar esse tópico: quando criança, eu tinha muito medo de tomar vacina. Assim, sempre me preocupei em demasia com a potência daquela agulha, que mais parecia penetrar com furor o fundo de minha alma. Eu sofria tremores, calafrios e uma absoluta ansiedade que por muitas vezes me fazia prantear exaustivamente.

No meio desse filme de terror, eu tive uma “luz” que me fez abrir os olhos e um dia eu decidi usar minha habilidade lógica e minha lucidez para perceber o óbvio: a minha preocupação era infinitamente pior que a dor que a agulha me causava e, portanto, eu estava agindo erroneamente e sofrendo desnecessariamente por isso. Por dedução, depois daquele dia, aprendi que devo me preparar sim para o futuro, porém o hoje deve ser vivido como tal, porquanto antecipar infortúnios e tragédias é como trocar uma paz real por um inferno irreal (que passa a ser verídico apenas na mente doentia).

6 – Olhe sempre o lado bom da vida: o homem medíocre sempre possui um olhar obscuro das coisas, enxergando maldade até mesmo em um jardim florido, recheado de flores raras e reluzentes. Diferente do homem excepcional, que é capaz de enxergar bondade até mesmo em um vale negro, pois tem dentro de seu coração a perspectiva de que a qualquer momento pode haver uma metamorfose divina que irá transmudar o lugar e transformá-lo em um ambiente de paz e serenidade.

7 – Não revide a um ataque do inimigo: Dalai lama disse: "Responder à ofensa com ofensa é lavar a alma com a lama. O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de rebater." O que o sábio pensador quis transmitir para nós é que sabedoria não consiste em vencer uma discussão a qualquer custo e sim evita-la, ou seja, adotando uma postura mansa estaremos mantendo nossa barra de energia no máximo e consequentemente evitando que uma desinteligência afete nosso estado de homeostase.

8 – Seja de bem com a vida: as pessoas mais fantásticas que eu conheço possuem uma peculiaridade em comum, a saber: o entusiasmo. Esse atributo é divinamente poderoso e tem a força de gerar contentamento e júbilo para os nossos corações, nos tornando seres mais fortes, desenvolvidos e competentes. Portanto, seja motivado e não permita que a escuridão tire seu brilho interior e, principalmente, sua capacidade de ter esperança.

9 – Não seja legalista: algumas pessoas enchem suas casas de regras e regulamentos, fazendo com que o espaço de suas vidas seja reduzido e criando uma jaula para prender suas características naturais, perdendo assim, sua insigne liberdade e sofrendo exacerbadamente por isso. Logo, ande na contramão desses fatores, aproveitando os momentos marcantes e usando os cenários de forma inteligente, pois assim procedendo, você estará fazendo um bem não só a si mesmo, mas ao mundo.

Nada é mais prazeroso para um homem quanto estar feliz consigo mesmo, alinhando sua consciência com as esferas presentes e unindo-se ao cosmo natural existente. Certamente, vivemos em uma época onde o mundo anda muito agitado e fazer a antítese de tudo isso é remar contra a tempestade, ou seja, é ser contrário as coisas naturais, quebrando as teias montadas e escapando da tormento que aflige a humanidade em todas as suas magnificentes instâncias.