sábado, 18 de outubro de 2014

TEORIA CONTINGENCIAL DA ADMINISTRAÇÃO




A Teoria da contingência ou Teoria contingencial enfatiza que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é relativo. Tudo depende. A abordagem contingencial explica que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional. Na realidade, não existe uma causalidade direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em vez de relação de causa e efeito entre as variáveis do ambiente (independentes) e as variáveis administrativas (dependentes), existe uma relação funcional entre elas. Essa relação funcional é do tipo "se-então" e pode levar a um alcance eficaz dos objetivos da organização.

A relação funcional entre as variáveis independentes e dependentes não implica que haja uma relação de causa-e-efeito, pois a gestão é ativa e não passivamente dependente na prática da gestão contingencial. O reconhecimento, diagnóstico e adaptação à situação são certamente importantes, porém, eles não são suficientes. As relações funcionais entre as condições ambientais e as práticas administrativas devem ser constantemente identificadas e especificadas.

Segundo Chiavenato (Chiavenato, Idalberto; Administração: Teoria, Processo e Prática, 3ª Edição, pág. 22), "as empresas bem sucedidas são aquelas que conseguem adaptar-se adequadamente às demandas ambientais." As características das organizações dependem das características do ambiente que estão inseridas. Nesse sentido, o ambiente molda as organizações.

Teoria

A Teoria contingencial nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estrutura organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias. Essas pesquisas e estudos foram contingentes na medida em que procuravam compreender e explicar o modo pelo qual as empresas funcionavam em diferentes condições. Estas condições variam de acordo com o ambiente ou contexto que as empresas escolheram como seu domínio de operações. Por outras palavras, essas condições são ditadas de acordo com o seu ambiente externo. Essas contingências externas podem ser consideradas como oportunidades ou como restrições que influenciam a estrutura e os processos internos das organizações.

Pesquisas foram realizadas na década de 1960 sobre a relação entre modelos de estruturas organizacionais e a eficácia em determinados tipos de indústria. Os resultados surpreenderam, pois indicava que não havia uma forma melhor ou única, e sim que tanto a estrutura quanto o funcionamento das organizações dependiam da relação com o ambiente externo. Abordaremos cinco das principais pesquisas.
Pesquisa de Alfred D. Chandler – sobre estratégia e estrutura organizacional envolvendo o processo histórico das grandes empresas Du Pont, General Motors, Sears e Standard Oil. A conclusão de Chandler é de que, na historia industrial dos últimos cem anos, a estrutura organizacional das grandes empresas americanas foi sendo gradualmente determinada pela sua estratégia de mercado. A estrutura organizacional corresponde ao desenho da organização, isto é, à forma organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos, enquanto a estratégia corresponde ao plano global de alocação dos recursos para atender a uma procura do ambiente. As organizações passaram por um processo histórico envolvendo quatro fases iniciais distintas:

Acumulação de recursos: nesta fase as empresas preferiram ampliar suas instalações de produção a organizar uma rede de distribuição. A preocupação com matérias-primas favoreceu o crescimento dos órgãos de compra e aquisição de empresas fornecedoras que detinham o mercado de matéria-prima. Daí o controle por integração vertical que permitiu o aparecimento das economias de escala.

Racionalização do uso de recursos: as empresas verticalmente integradas tornaram-se grandes e precisavam ser organizadas, pois acumularam mais recursos do que era necessário. Os custos precisavam ser contidos por meio da criação de uma estrutura funcional, os lucros dependiam da racionalização da empresa e sua estrutura deveria ser adequada às oscilações do mercado. Para reduzir os riscos das flutuações do mercado, as empresas se preocuparam com o planejamento, organização e coordenação.

Continuação do crescimento: a reorganização geral das empresas na segunda fase possibilitou um aumento da eficiência, fazendo a diferença de custo entre as várias empresas diminuírem. Daí a decisão para a diversificação e a procura de novos produtos e novos mercados.

Racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase reside na estratégia de mercado para abranger novas linhas de produtos e novos mercados. Os canais de autoridade e de comunicação da estrutura funcional, inadequados para responder à complexidade crescente de produtos e operações, levaram à nova estrutura divisional departamentalizada. Cada linha principal de produtos passou a ser administrada por uma divisão autônoma e integrada que envolvia todas as funções de staff necessárias. Daí a necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em expansão, a preocupação crescente com o planejamento de longo prazo, a gestão voltada para objetivos e a avaliação do desempenho de cada divisão. Conclusão: Diferentes ambientes levam as empresas a adaptar diferentes estratégias, que exigem diferentes estruturas organizacionais.

Pesquisa de T. Burns e G.M. Stalker: sobre organizações mecanísticas e orgânicas. Pesquisaram para verificar a relação existente entre as praticas administrativas e o ambiente externo dessas organizações. Ficaram impressionadas com os métodos nitidamente diferentes encontrados. Classificaram as indústrias pesquisadas em dois tipos: organização “mecanísticas” e “orgânicas”. Verificaram as práticas administrativas e as relações com o ambiente externo das organizações mecanicistas (burocrática, permanente, rígida, definitiva e baseada na hierarquia e no comando) e orgânicas (flexível, mutável, adaptativa, transitória e baseada no conhecimento e na consulta).

As organizações mecanísticas apresentam as seguintes características:

Estrutura burocrática organizada a partir de uma minuciosa divisão de trabalho. A organização se caracteriza por ciclos de atividades rotineiras que se repetem indefinidamente.

Cargos ocupados por especialistas nas respectivas tarefas com atribuições fixas, definidas e delimitadas. Cada um executa sua tarefa como se fosse distinta e separada das demais.

Centralização das decisões: tomadas somente pela cúpula da organização

Hierarquia de autoridade rígida: com pouca permeabilidade entre os níveis hierárquicos, autoridade baseada na posição.

Sistema rígido de controle: com estreita amplitude administrativa pela qual cada supervisor tem um numero determinado de subordinados.

Sistema simples de comunicação: o fluxo de informação quase sempre conduz mais ordens de cima para baixo do que dados e retorno de baixo para cima.

Predomínio da interação vertical: entre superior e subordinado.

Ênfase nas regras e nos procedimentos: formalizados por escrito e que servem para definir os comportamentos das pessoas. Ênfase nos princípios universais da gestão: princípios funcionam como norma sobre como a empresa deve ser organizada e dirigida.

Na realidade a organização mecanísticas funciona como um sistema mecânico, fechado e introspectivo, determinístico e racional, voltado para si mesmo e ignorando totalmente o que ocorre no ambiente externo que o envolver.

As organizações orgânicas apresentam:

Estrutura organizacional flexível e adaptável

Os cargos são continuamente modificados e redefinidos

Descentralização das decisões

Hierarquia flexível

Amplitude de comando do supervisor e extensa

Maior confiabilidade nas comunicações informais

Predomínio da interação lateral e horizontal

Ênfase nos princípios do bom relacionamento humano

Na realidade as organizações orgânicas funcionam como um sistema vivo, aberto e complexo, extrovertido e voltado principalmente para a sua interação com o ambiente externo. A adaptação e o ajustamento as demandas ambientais provocam constantes mudanças internas na organização.

Conclusão: Há uma espécie de seleção natural do tipo: sistemas mecanicistas sobrevivem em ambientes imutáveis e estáveis, e sistemas orgânicos se adaptam bem a ambientes instáveis e turbulentos.

C) Pesquisa de F. E. Emery e E.L. Trist: sobre os contextos ambientais e suas consequências para as organizações. Eles procuravam identificar o processo e as reações que ocorrem no ambiente como um todo, no sentido de classificar a natureza do ambiente que circunda a organização e as consequências da natureza ambiental sobre a natureza da organização. Para ambos existem quatro tipos de contexto ambiental, cada qual proporcionando determinada estrutura e comportamentos organizacionais. Identificaram 4 tipos de ambientes:

Meio plácido e aleatório: concorrência pura, produtos homogêneos e muitas empresas pequenas que não conseguem sozinhas influenciar o mercado. Justamente pelo seu pequeno tamanho, a organização não pode afetar as outras organizações do ambiente. Essas organizações sobrevivem em pequenas unidades, isoladas, e dificilmente se adaptariam a outro tipo de ambiente: são bares, mercearias e pequenas oficinas.

Meio plácido e segmentado: concorrência monopolística, produtos diferenciados e organizações de médio porte com alguns controles sobre o mercado. Dentro das condições ambientais as organizações tendem a crescer em tamanho, tornam-se multifuncionais e muito hierarquizadas e possuem controle e coordenação centralizados.

Meio perturbado e reativo: neste ambiente mais dinâmico que estático, desenvolvem-se organizações do mesmo tamanho, tipo, objetivos, dispondo das mesmas informações e pretendendo o mesmo mercado. Neste contexto ambiental, as confrontações não ocorrem mais ao acaso, uma vez que todos sabem o que os outros pretendem fazer e aonde a organização quer chegar. Oligopólio, poucas e grandes organizações dominantes do mercado. Bancos, concessionárias. Surgem rivalidades, tornando necessário o conhecimento das reações dos rivais. Exemplo organizações que atuam num mercado estreitamente disputado, como companhias de petróleo ou de cimento.

Meio de campos turbulentos: caracterizam-se pela complexidade, turbulência e dinamicidade. Entretanto, esta dinamicidade não é causada somente pela presença de outras organizações, mais pelo complexo dinâmico de forças existente no próprio ambiente. Esta condição requer um relacionamento que, enquanto maximiza a cooperação, reconhece a autonomia de cada organização. Além da cooperação interorganizacioanal, ocorre neste tipo de ambiente uma continua mudança associada com inovação, provocando relevantes incertezas. Forte impulso para pesquisa e desenvolvimento ou tecnologia avançada. Mercado monopólio puro, uma ou pouquíssimas organizações controladoras do mercado.

D) Pesquisa de P. R. Laurence e J.W. Lorsch: sobre a defrontação entre organizações e ambiente, envolvendo dez empresas (plásticos, alimentos e recipientes), concluíram que os problemas básicos são:
Diferenciação: á divisão da organização em subsistemas ou departamentos cada qual desempenham uma tarefa especializada em um contexto ambiental também especializado. Cada subsistema ou departamento tende a reagir unicamente àquela parte do ambiente que é relevante para a sua própria tarefa especializada. Se houver diferenciação ambiental, aparecerão diferenciações na estrutura organizacional e na abordagem empregada pelos departamentos: do ambiente geral emergem assim ambientes específicos, a cada qual correspondendo um subsistema ou departamento da organização. Cada subsistema da empresa reage apenas à parte do ambiente que é relevante às suas atividades.

Diferenciação versus integração: ambos os estados – diferenciação e integração – são opostos e antagônicos: quanto mais diferenciada é uma organização, mais difícil é a solução de pontos de vista conflitantes dos departamentos e a obtenção de colaboração efetiva.
Integração: refere-se ao processo oposto, isto é, ao processo gerado por pressões vindas do ambiente global da organização para alcançar unidades de esforços e coordenação entre os vários departamentos. as partes de uma empresa constituem um todo indissolúvel e nenhuma parte pode ser afetada sem afetar as outras partes.

Esta pesquisa levou à formulação da Teoria da Contingência: não existe uma única forma melhor de organizar, em vez disso, as organizações precisam ser sistematicamente ajustadas às condições ambientais. Assim, a Teoria da Contingência apresenta os seguintes aspectos básicos:

A organização é de natureza sistêmica; ela é um sistema aberto.

As variáveis organizacionais apresentam um complexo inter-relacionamento entre si e com o ambiente.

Ambiente

Ambiente é tudo o que acontece externamente, mas influenciando internamente uma organização. A Análise do Ambiente foi iniciada pelos estruturalistas, como a análise tinha abordagem de sistemas abertos aumentou o estudo do meio ambiente como base para verificar a eficácia das organizações, mas nem toda a preocupação foi capaz de produzir total entendimento do meio ambiente. As teorias da gestão têm ênfase no interior e exterior da organização. O ambiente geral e o ambiente da tarefa.

O ambiente geral é o genérico e comum que afeta direta ou indiretamente toda e qualquer organização, é constituído de um conjunto de condições semelhantes, são elas tecnológicas, legais, políticas, econômicas, demográficas, ecológicas ou culturais.

Tecnológica é quando ocorre desenvolvimento tecnológico nas outras organizações, é preciso se adaptar para não perder a competitividade. As condições legais constituem a legislação, são leis trabalhistas, fiscais, civis, de carácter comercial, etc.

As condições políticas são decisões e definições políticas. As condições econômicas constituem o que determina o desenvolvimento econômico. Inflação, balança de pagamentos do país, distribuição de renda interna, etc.; são problemas econômicos que não passam despercebidos pela organização. A condição demográfica determina o mercado de acordo com a taxa de crescimento, população, raça, religião, distribuição geográfica, etc. A condição cultural é a expectativa da população que interfere no consumo. Todas essas condições interagem entre si, e suas forças juntas têm efeito sistêmico.

Tipologia de Ambientes

O ambiente é um só, mas as organizações estão expostas à apenas uma parte dele que pode ser diferente das demais, é dividido em tipologias e são características do ambiente de tarefas.

Os ambientes podem ser homogêneos ou heterogêneos de acordo com a estrutura.

É homogêneo quando há pouca mistura de mercados;

É heterogêneo quando existe diferenciamento múltiplo nos mercados.

Os ambientes podem ser classificados estáveis ou instáveis de acordo com sua dinâmica:

É estável quando quase não ocorrem mudanças, e quando ocorrem, são previsíveis.

É instável quando há mudanças o tempo inteiro, essas mudanças geram a incerteza. (Inovação e Criatividade, ênfase na eficácia, reações variadas e inovadoras, etc.).

O ambiente homogêneo terá diferenciação menor e os problemas poderão ser tratados de forma simples, com pouca departamentalização. O mesmo acontece com a estabilidade e instabilidade.

Quanto mais estável menor a contingência, permitindo uma estrutura burocrática e conservadora, porém quanto mais instável, maior a contingência e maior a incerteza, porque há uma estrutura organizacional mutável e inovadora.

Tecnologia

Toda organização tem que adaptar uma tecnologia podendo ser ela tosca, isto é, grosseira, rude ou sofisticada, como o uso de computadores, mas todas as organizações precisam de uma tecnologia para funcionar e chegarem aos fins desejados.

Na parte administrativa, a tecnologia é desenvolvida nas organizações através do Know-how, os resultados são obtidos com os serviços e produtos.

A tecnologia não incorporada são as pessoas competentes para desenvolver sua função dentro da empresa. A tecnologia incorporada é o capital (dinheiro), matérias-primas etc. A tecnologia, seja ela qual for, está presente no dia a dia das empresas, transformando as matérias-primas em produtos consumíveis e produtivos para a humanidade.

A tecnologia variável ambiental é aquela que assume a tecnologia criada para outras empresas de seu ambiente de tarefa em seus sistemas de dentro para fora. A tecnologia variável organizacional, quando a tecnologia esta presente em sua empresa, influencia e desempenha melhor em seu ambiente de tarefa.

Tipologia de Thompson

Para a empresa alcançar os seus objetivos deve contar com o conhecimento humano onde o homem conduz para um resultado satisfatório, isto é, a tecnologia pode ser avaliada por critérios instrumental (conduzido à resultados desejados) e critérios económicos (resultados desejados com poucas despesas).

A perfeição instrumental é quando se produz um produto padrão com taxa constante, porque com as experiências adquiridas dos trabalhadores, reduz a perda de material e pode levar a modificação de maquinaria.

A tecnologia mediadora é quando os clientes são interdependentes, necessitam de uma empresa mediadora para ajudá-los a alcançar seus objetivos.

Tecnologia intensiva consiste em diversas habilidades, especializações, técnicas variadas para modificar um único objetivo. Thompson classifica a tecnologia flexível, assim: as máquinas, o conhecimento técnico e as matérias-primas são usados para outros produtos ou serviços e a tecnologia fixa não permite utilização em outros produtos ou serviços.


Tipologia da Tecnologia

Tecnologia fixa e produto concreto: provém de empresas onde a mudança tecnológica é muito menos, existindo uns problemas, o que não aceite seus produtos. Ex: o ramo automóvel.

Tecnologia fixa e produto abstrato: A empresa tem capacidade de mudar segundo algumas normas impostas pela tecnologia fixa ou flexível. As partes relevantes do ambiente de tarefa precisam ser influenciadas à aceitar novos produtos que a organização oferecer, para isso a formulação da estratégia global das organizações enfatiza a obtenção do suporte ambiental necessário para a mudança. Ex: Instituições educacionais baseadas em conhecimentos que oferecem cursos especializados.

Tecnologia flexível e produto concreto: A organização efetua com facilidade mudanças para um produto novo ou diferente através das máquinas, técnicas, pessoal, conhecimento, etc. Ex: as empresas do ramo plástico, de equipamentos eletrônicos, sujeitos à mudanças, fazendo com que as tecnologias adotadas sejam constantemente reavaliadas, modificadas ou adaptadas.

Tecnologia flexível e produto abstrato: A possibilidade de mudanças são muitas e o problema maior das organizações está na escolha entre qual alternativa é a mais adequada: o consenso dos clientes (consenso externo em relação ao produto ou serviço oferecido ao mercado), ou aos processos de produção (consenso dos empregados). Ex: as organizações secretas ou mesmo abertas (mas extraoficiais), as empresas de propaganda e de ralações públicas, etc.

Todas as organizações apresentam problemas, pois as contingências impostas por diferentes tecnologias são importantes para a organização e sua gestão.

Uma organização comprometida com uma tecnologia específica pode perder a chance de produzir outro produto para outras organizações de tecnologias mais flexíveis, pois a cada dia a tecnologia fica mais especializada e a flexibilidade da organização de rapidamente passar de um produto para outro pode decrescer.

Se a empresa já for dotada de grandes recursos e aplicar-se em um novo campo de atividades ou produtos, pode usufruir do surgimento de novas tecnologias e assim facilitar tal chance. Mas, a medida que a tecnologia se torna mais complexa, a empresa passa a ter menos controle sobre o processo tecnológico global, e assim ficando dependente de outras empresas do ambiente de tarefa. Dependência crescente de especialistas, de treinamento prévio feito por outras organizações que exigem mais integração e coordenação.

As Organizações e seus níveis

As organizações enfrentam desafios tanto internos como externos, independente do seu tamanho ou natureza. Ela se diferencia em três níveis organizacionais:

Nível Institucional ou Nível Estratégico

É o nível mais alto de uma empresa, composto pelos diretores, proprietários, acionistas e é onde as decisões são tomadas, onde são traçados os objetivos à serem alcançados.

Nível intermédio ou mediador

É composto pela média gestão de uma empresa e se localiza entre o Nível institucional e o Nível operacional. Seu objetivo é unir internamente estes dois níveis, gerenciando o comando de ações, ajustando as decisões tomadas pelos níveis institucionais com o que é realizado pelo nível operacional.

Ao nível Intermédio está a responsabilidade também de administrar o nível operacional, pois é ele que está frente à frente com as incertezas do ambiente, intervindo e amortecendo estes impactos de forma a não prejudicar as operações internas dentro do nível.

Nível operacional, técnico ou Núcleo técnico.

Está ligado aos problemas básicos do dia a dia e é onde as tarefas e operações são realizadas, envolvendo os trabalhos básicos tanto relacionados com a produção de produtos como de serviços da organização. É um nível que comanda toda a operação de uma organização e é nele que se localizam máquinas, os equipamentos, instalações físicas, a linha de montagem, os escritórios, tendo a responsabilidade de assegurar o funcionamento de um sistema.

As organizações são de certa forma, sistema aberto, pois muitas vezes surgem as incertezas do ambiente, contudo são capazes de se anteciparem se defendendo e se ajustando a elas.

Podem ser também sistema fechado, uma vez que este nível opera tecnologicamente com meios racionais. É eficiente, pois nela as operações seguem uma rotina e procedimentos padronizados, repetitivos.

A estrutura e o comportamento de uma organização são contingentes, porque elas enfrentam constrangimentos ligados as suas tecnologias e ambiente de tarefas.

Não há, no entanto, uma maneira específica, ou melhor, de organizar e estruturar uma organização. As contingências por serem diferente em cada organização, há uma variação em suas estruturas e comportamentos.

Desenho organizacional

Estrutura Matricial – Também chamada matriz, é a gestão em grade ou gestão por projeto, embora seja diferente da departamentalização por projeto, pois esta não implica uma grade ou matriz. A essência da organização matricial é combinar as duas formas de departamentalização, departamentalização funcional e de produtos e projetos – na mesma estrutura organizacional. Trata-se de uma estrutura híbrida.

Organização por equipes – A mais recente tendência tem sido o esforço das organizações em implementar os conceitos de equipe. A cadeia vertical de comando constitui um poderoso meio de controle, mas seu ponto frágil é atirar a responsabilidade para o topo. A abordagem de equipes torna a organização mais flexível e ágil ao meio ambiente global e competitivo.

Divisão do trabalho e especialização – Através de estudos realizados pela gestão científica, com a divisão do trabalho ocorre especialização do colaborador e consequente aumento da produção.
Produção em série – Pelos princípios básicos de Ford, implementando a padronização e a linha de montagem, reduzem-se os custos e permite a produção em série, possibilitando produzir a preços baixos o que antes somente os ricos podiam consumir.

Bibliografia

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da gestão. 4ª Edição, Ed. Makron Books.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da gestão. 6ª Edição, Ed. Campus
Chiavenato, Idalberto. Administração: Teoria, Processo e Prática, 3ª Edição, Ed. Makron Books.


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

RELACIONAMENTO PROFISSIONAL TAMBÉM EXIGE ESFORÇO




A parceria com os colegas de trabalho nada mais é do que um casamento de características pessoais e profissionais que, como outro qualquer, exige muita dedicação, flexibilidade e força de vontade para fazer o relacionamento dar certo. Muitos profissionais esquecem-se de que as relações no ambiente de trabalho funcionam de forma muito parecida com os relacionamentos afetivos e por isso podem enfrentar problemas de incompatibilidade.

A diversidade engrandece o ambiente, nos faz ir além, buscar mais, superarmos a nos mesmos, ela traz a soma de forças. Mas é preciso saber cultivá-la. Dentro de um contexto diversificado, encontramos personalidades e backgrounds diferentes que, juntos, formam uma personalidade maior - a empresa, cujos objetivos e metas devem estar em sintonia com os objetivos pessoais. Sempre acreditei que a diferença entre dois profissionais não está no trabalho que desenvolvem, mas sim na dimensão que cada um dá ao seu trabalho. Desta forma, seu networking de relacionamentos e a inteligência emocional influenciarão diretamente na busca do sucesso.

Levanto aqui algumas características que, como num casamento afetivo, devem existir na relação profissional entre chefe e subordinado e entre seus pares: Entusiasmo: Uma pessoa feliz, simpática e com paixão pelo que faz transmite isso aos colegas e torna-se uma grande companhia. Contagia as pessoas com seu otimismo e influenciará os outros a agir da mesma forma, trazendo melhores resultados concretos para a empresa. Autoconsciência: É preciso conhecer-se bem e conhecer o outro, entender as suas razões e emoções para poder identificá-las nos outros e lidar com elas de forma positiva.

Atitude positiva: Acreditar no que você faz é meio caminho andado para o sucesso. Quem tem energia positiva faz as coisas acontecerem e não se deixa desmotivar por pequenas adversidades.

Comprometimento e lealdade: Você tem que ter admiração pela empresa e pelo companheiro de trabalho, caso contrário a parceira não funciona. Comprometimento significa conhecer a fundo o negócio da empresa, o departamento, o chefe e sua forma de trabalho, podendo auxiliá-lo de forma pró-ativa e com iniciativa, pensando no impensado e fazendo antes que algo seja dito. Assim como num casamento entre homem e mulher, este item é crucial para a formação de uma base sólida para o relacionamento.

Um “olho” para detalhes: Todo profissional deve ser detalhista e prover o chefe com o maior número de informações possíveis. A relação fica melhor quando este pode dar, em troca, informações significativas para uma atuação mais participativa e assertiva de sua equipe.

Discrição e confiabilidade: Para haver transparência é necessário que haja a confiança de ambos os lados de que tudo que é discutido no escritório é confidencial e diz respeito apenas a quem está envolvido no projeto. Comunicação aberta: Um canal de comunicação sincero, honesto, objetivo e claro é crucial para qualquer relacionamento, especialmente o profissional, onde tempo significa negócios e dinheiro.

Humildade: Para saber ouvir, saber pedir ajuda e saber reconhecer seus próprios erros. Serenidade: Para ultrapassar períodos de estresse e tensão, de grande volume de trabalho e sobrecarga emocional em função de prazos e importância dos projetos. O relacionamento profissional exige um grande investimento de tempo e energia, focando a sintonia para criar uma parceria de sucesso, que nada mais é do que um casamento feliz!

E você já viu melhores resultados do que aqueles criados por um casamento feliz?

Stefi Maerker é Diretora da SEC Secretary Search & Training e autora dos livros "Mulheres de Sucesso - Os Segredos das Mulheres Que Fizeram História" e "Secretária - Uma Parceria de Sucesso".






quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E O SECRETARIADO




A área de secretariado, regulamentada há 23 anos no Brasil, tem sido a que mais cresce no mundo, segundo dados da ONU. As novas exigências do mercado globalizado fazem com que o profissional de secretariado assuma novo perfil no assessoramento das organizações, tornando-se co-gestor de informações, de mudanças, do relacionamento interpessoal, de projetos, do conhecimento e de planejamento de sua própria carreira.

Diante da realidade do secretariado no mundo moderno, fica cada vez mais claro que os profissionais mais requisitados são aqueles que desenvolvem a iniciativa, conhecem o seu papel e sua função nas organizações e estão preparados para as mudanças necessárias aos novos desafios. Para alcançar metas e objetivos o novo profissional não pode relutar em aplicar técnicas de gerenciamento do tempo, comunicação, resolução de problemas. O profissional de secretariado será constantemente cobrado nas organizações em que atua no sentido de melhorar o atendimento ao cliente, colaborar com superação de barreiras da convivência e a gerir bem as diversas circunstâncias. A capacidade para gerenciar e tomar decisões, intermediando conflitos de todos os níveis será cada vez mais valorizada no mercado.

Sabendo disso, deve-se sempre buscar a construção de atitudes saudáveis e modificar atitudes nocivas. Desta forma fluirão melhores práticas em reuniões, administração do uso do tempo, diminuição de conflitos e maior qualidade pessoal e organizacional.
Nesse contexto, na postura profissional adotada, deve-se ter objetivos de se desenvolver o senso crítico, aprimorar atitudes e comportamentos profissionais para interferir positivamente no grupo de trabalho, buscando conviver em harmonia, administrar conflitos, motivar e elevar a produtividade. O profissional de secretariado pode exercer a liderança característica de seu perfil através de atitudes, tendo postura profissional em diversas situações. Nesse processo a boa comunicação é um elemento chave. Comunicar bem melhora muito o ambiente e a produtividade. E saber ouvir e perguntar é essencial para implantar mudanças eficazes e construir uma visão de futuro no trabalho.

Todas essas variáveis implicam em abordar a competência emocional, que nada mais é que a Inteligência Emocional voltada para a prática. Para melhorar nossa competência emocional devemos desenvolver a percepção das emoções identificando-as no sentido da autoconsciência, autocontrole, compreendendo o que está por trás de um sentimento e apreender meios de lidar com emoções. Por exemplo, é preciso estar orientado sobre as várias reações psicossociais que o fenômeno do estresse acarreta, identificando as características resilientes como forma de prevenção; e aprender que a relação corpo/mente/emoções é de grande importância para a qualidade de vida do ser humano e seus relacionamentos.
Visando a Inteligência Emocional pode-se estabelecer um programa sempre buscando aprender sobre os conceitos de competência emocional, para então se conscientizar de para que servem as emoções, e desenvolver a autoconsciência e autocontrole. Assim como conhecer o estresse e as formas de lidar com ele, primando especialmente pela prevenção, objetivando uma melhor qualidade de vida pessoal e profissional.

Benefícios práticos da Inteligência Emocional

Fica claro que o novo profissional deve aliar conhecimento técnico com o gerenciamento das emoções. Desenvolver a Inteligência Emocional pode contribuir para melhoria satisfatória de vários aspectos profissionais e pessoais. Alguns benefícios do fortalecimento da competência emocional são:

  • Ter um bom autoconhecimento, conhecer as próprias aptidões e fraquezas, sabendo qual sentimento está afetando o equilíbrio e como agir em cada situação;
  • Autoconsciência e controle dos próprios sentimentos e emoções, sabendo lidar com situações como ansiedade, tristeza e irritabilidade;
  • Fortalece o otimismo para motivar-se de maneira efetiva tendo auto-aceitação das próprias limitações, assim como motivar as outras pessoas;
  • Relacionar-se bem com as outras pessoas, comportando-se corretamente em situações de conflitos e comunicando-se de forma eficaz;
  • Empatia bem desenvolvida para lidar com sentimentos e emoções de outras pessoas de maneira eficiente;
  • Contribuição para a prática de um bom marketing pessoal (melhora significativa da imagem pessoal e profissional);
  • Conseguir colocar as emoções a serviço de uma meta ou objetivo individual ou coletivo.


Estratégias de aprimoramento em Inteligência Emocional

Embora não seja possível afirmar com certeza a respeito da origem da inteligência humana e em vista da grande divergência de opiniões sobre o assunto, pode-se aumentar a própria inteligência aprendendo técnicas que permitem agir de forma inteligente. As ferramentas disponibilizadas pela própria mente, se usadas de forma correta, podem melhorar o desempenho em uma atividade, impondo mudanças positivas e uma melhora contínua.

Para continuar a desenvolver a Inteligência Emocional, o indivíduo necessita considerar alguns aspectos importantes. O primeiro deles é que as pessoas que possuem níveis mais elevados de Inteligência Emocional são notadamente pessoas que gostam de tentar novas coisas, que gostam de enriquecer sua visão fazendo novas conexões entre conhecimentos. O ponto é continuar aprendendo e praticando. É importante entrar em contato com pessoas que possuem habilidades emocionais desenvolvidas para descobrir como elas fizeram para chegar a tal ponto de competência, fazer perguntas sobre o que as motivou e que valores as conduziram a seu êxito.

Em um ambiente que muda rapidamente, como o atual, é essencial ter certeza das competências que levarão à conquista dos objetivos pessoais e profissionais. Qualquer que seja a mudança apresentada pelo ambiente, a resposta que o indivíduo dá a ela é que determinará os resultados. Culpar a falta de tempo, o chefe, ou a economia pelo que está acontecendo não é a melhor solução. Pois esses fatores não estão dentro do controle direto do indivíduo. O que pode ser controlado é o modo como ele responde ao ambiente. Essa resposta pode e deve ser mudada conforme necessário.
No escopo deste trabalho, não cabem descrições minuciosas e detalhadas sobre como desenvolver a Inteligência Emocional adequadamente. No entanto, as análises dos materiais pesquisados em livros, artigos, vídeos e sites na Internet, possibilitam estabelecer algumas sugestões para o profissional de secretariado buscar seu próprio desenvolvimento emocional.

No processo de aquisição de ferramentas para desenvolvimento da Inteligência Emocional é preciso estar atento para que se possa aprender a:

  • Ouvir as emoções e descobrir que mensagem elas carregam;
  • Fazer as perguntas corretas e usar diferentes soluções de percepção;
  • Usar a estratégia abrangente de criatividade para conseguir soluções necessárias;
  • Planejamento de objetivos alinhados com o que a pessoa é;
  • Gerenciar as emoções para que elas possam ajudar a alcançar objetivos;
  • Usar capacidades em contextos diversificados e modelos de excelência identificados em outras pessoas;
  • Resolver conflitos e viver de forma harmônica consigo mesmo e os outros.

A série de práticas para o aprimoramento no gerenciamento das emoções, ligados ao conhecimento técnico requerido para a profissão, pode gerar os grandes benefícios já mencionados anteriormente.

A Inteligência Emocional, segundo o autor Goleman (2007), pode ser melhorada trabalhando-se cinco habilidades básicas que são: o conhecimento das próprias emoções (autoconhecimento); o controle das próprias emoções (autocontrole); a automotivação; o reconhecimento das emoções dos outros e finalmente a arte das relações humanas.

Em relação ao autoconhecimento, o primeiro passo é utilizar-se da autoconsciência para conhecer os próprios estados interiores, preferências, recursos e intuições. A autoconsciência é formada pela percepção emocional (reconhecimento das próprias emoções), a auto-avaliação precisa (saber os próprios pontos fortes e limitações) e a autoconfiança (que é a certeza do próprio valor e capacidade). Ou seja, é ser consciente para reconhecer individualmente cada emoção e como é que ocorrem e entender também o porquê daquela emoção, além de compreender os seus efeitos (bons ou maus) sobre o comportamento. Nessa aptidão, usa-se ainda a autoavaliação, para conhecer os próprios pontos fortes e as fraquezas, aprendendo com os erros, e tentando sempre construir com base no que já tem numa tentativa de se tornar melhor.

A segunda habilidade é o gerenciamento das emoções, ou seja, aprender a lidar com os próprios estados interiores, impulsos e recursos. Isso pode ser melhorado observando os itens: autocontrole (lidar com emoções perturbadoras e impulsos), merecer confiança (manter padrões de honestidade e integridade), ser consciencioso (assumir a responsabilidade pelo desempenho pessoal), adaptabilidade (flexibilidade para lidar com mudanças) e inovação (sentir-se à vontade e aberto diante de novas idéias, enfoques e novas informações). De forma geral, gerenciar emoções, ou ter autocontrole, é resistir aos impulsos, manter a calma mesmo quando o caos prevalece, e pensar sempre de forma ponderada, quando os que rodeiam não podem.

Na terceira habilidade, a automotivação, sabe-se que existem tendências emocionais que guiam ou facilitam o alcance de metas, tais como: vontade de realização (esforçar-se para melhorar ou satisfazer um padrão de excelência), a dedicação (alinhar-se com as metas da equipe e/ou organização), iniciativa (estar pronto para agir diante das oportunidades) e otimismo ( persistência na perseguição das metas a despeito de obstáculos e reveses). Deve-se haver a compreensão que todos cometem erros, mas a melhor escolha é persistir, não importa quantas vezes se tenha fracassado, mantendo sempre a esperança que o sucesso ou felicidade podem estar próximos. É necessário ainda, possuir certa adaptabilidade, para admitir o erro quando ele existir, permanecendo flexível diante dos obstáculos, mas nunca ser demasiado teimoso quando é necessário mudar.

Outra área a ser focada no processo de desenvolvimento de Inteligência Emocional é a da empatia, que é a percepção dos sentimentos, necessidades e preocupações dos demais indivíduos. Esta habilidade se divide em: compreender os outros (ou seja, pressentir os sentimentos e perspectivas dos outros e assumir um interesse ativo por suas preocupações), orientação para o serviço (antever, reconhecer e satisfazer as necessidades dos clientes), desenvolver os outros ( pressentir as necessidades de desenvolvimento dos outros e melhorar sua habilitação), alavancamento da diversidade (cultivar oportunidades através de diferentes tipos de pessoas) e percepção política (que é identificar e ler as correntes emocionais e os relacionamentos de poder de um grupo).

A última das estratégias de aprimoramento da Inteligência Emocional é trabalhar a habilidade para lidar com as emoções das outras pessoas. Essa é uma aptidão natural para induzir nos outros as respostas desejáveis. Desta forma é preciso focar os itens: influência (implementar táticas eficazes de persuasão), comunicação (emitir mensagens claras e convincentes), liderança (inspirar e guiar grupos e pessoas), catalisador de mudanças (iniciar ou administrar as mudanças), gerenciamento de conflitos (negociar e solucionar desacordos), formação de vínculos (estimular os relacionamentos produtivos), colaboração e cooperação (trabalhar com outros, rumo a metas compartilhadas), e a capacidade de equipe ( criar uma sinergia de equipe, buscando atingir metas coletivas). O essencial aqui é a iniciativa, dar o primeiro passo quando surge a oportunidade, nunca se retrair apenas porque não é a descrição de trabalho do profissional, pois algumas vezes será necessário flexibilizar as regras quando se trata de fazer progressos.




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terça-feira, 14 de outubro de 2014

DEZ CAMINHOS PARA TRABALHAR INTELIGENTEMENTE




1 – Corpo saudável, mente saudável – mantendo bons hábitos de saúde você terá mais energia e disposição para realizar suas atividades.

2 – Seja um mediador confiável – mantenha um diálogo aberto e franco com as pessoas ao seu redor.

3 – Demarque limites emocionais – mantenha um bom envolvimento emocional com as pessoas, mas sem exageros.

4 – Não decida baseado somente em dados, mas também na discussão em grupo.

5 – Seja flexível – aceite as mudanças que podem ocorrer.

6 – Seja generoso quando perceber que os argumentos de outros têm mais fundamentos.

7 – Inicie um comentário sempre com um aspecto positivo – isto favorecerá a cooperação.

8 - Exponha francamente sua opinião quando sentir que algo está errado – fale com os envolvidos sobre a questão, não tenha receio.

9 – Ouça com empatia, com atenção e por inteiro todas as conversas.

10 – Arrisque-se a parecer o imperfeito – admitir que não sabe tudo é um bom caminho para a eficiência.

(retirado do texto: Aumentando sua Inteligência Emocional, de Jeanne Segal, Editora Rocco).



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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

MOTIVOS QUE FAZEM VOCÊ PROCRASTINAR



"A procrastinação pode ser causada por uma sensação de confiança. Você acredita que algo não é urgente e acaba adiando"

Você sempre deixa tudo para a última hora, evita tomar decisões importantes e vive adiando compromissos? Não se preocupe, você não está sozinho. A procrastinação é um problema na vida de muitas pessoas, hoje. E para largar esse hábito, primeiro é preciso saber os motivos por trás dele.

O site Fast Company conversou com o escritor Sebastian Bailey, autor do livro Mind Gym: Achieve More By Thinking Differently (em português, algo como Academia da Mente: Realize mais pensando diferente), que explicou as razões que nos fazem procrastinar e apontou maneiras de superá-las. Confira abaixo:

1. Sensação de confiança

A procrastinação pode ser causada por uma sensação de confiança. Você acredita que algo não é urgente e acaba adiando. É o caso de quem sempre adia aquela visita de checkup ao dentista, por exemplo. Claro, como toda procrastinação, pode levar a maus resultados: sem a consulta preventiva, você pode gastar muito tempo depois.

2. Evitar o desconforto

Outra razão que nos leva a procrastinar é achar que a tarefa será dolorosa, como pedir demissão ou acabar um relacionamento. "Em vez de entrar em uma situação confortável que levará a um final mais feliz, ficamos em posições desconfortáveis. O desconforto antecipado impede você de agir", afirma o especialista Sebastian Bailey.

3. Medo de fracassar

As pessoas também procrastinam quando se trata de algo muito importante, como lançar um novo negócio ou tomar uma grande decisão. Segundo Bailey, o medo do fracasso pode levar a preocupações irracionais. Alguém prestes a abrir uma empresa, por exemplo, pode acreditar que se seu negócio não der certo, sua família não conseguirá pagar o aluguel nem terá dinheiro para se alimentar. Fantasias assim, causadas pelo medo, podem impedir você de agir.

4. Barreiras emocionais

Depois de um longo dia de trabalho, você chegou em casa querendo dormir, mas estava tão cansado para arrumar a cama e trocar de roupa que acabou ficando acordado até tarde. Já aconteceu com você? De acordo com Bailey, é uma situação comum. Às vezes, estar muito estressado, animado ou cansado pode fazer com que você evite sair do lugar.

5. A ilusão da falta de tempo

Você pode achar que não está procrastinando e que apenas não tem tempo para completar alguma tarefa porque está "muitíssimo ocupado", mas não se engane: se você estiver adiando algo importante, é procrastinação. E do tipo perigoso, porque é fácil de acreditar que se está progredindo ao dar atenção a outras coisas.

Como parar de procrastinar

Agora que você já sabe por que procrastina, está na hora de tentar maneiras para livrar-se do hábito. Claro, não existe exatamente uma receita mágica, e é importante que você não se deixe entrar no "piloto automático" para não cair no costume. Essas dicas podem ajudar:

1. Comece com cinco minutos

Se o seu problema é começar, comprometa-se a trabalhar em sua tarefa por pelo menos cinco minutos. Você pode usar o cronômetro do celular e marcar o tempo. Depois dos cinco minutos, escolha se quer continuar ou não. Essa pode técnica funcionar para quem tem barreiras emocionais ou medo do fracasso, já que a ideia dos poucos minutos não intimida. Uma vez que você inicia o trabalho, entra no ritmo e supera os impedimentos.

2. Elabore punições para si mesmo

Essa técnica é boa para quem é fã de evitar o desconforto ou adia tarefas que não são urgentes. Decida uma punição que você receberá caso não cumpra com alguma tarefa. Deve ser alguma coisa que estimule você a agir. Você pode, por exemplo, escrever um cheque para o time de futebol que odeia passar a um amigo, pedindo a ele para depositar caso você não complete a meta estabelecida. Será difícil permanecer inativo se houver consequências. 

3. Crie novos processos

 Outra solução é colocar as tarefas temidas em novos contextos, criando um novo processo para lidar com elas. Você pode estabelecer deadlines para seus trabalhos ou compromissos, ou dias temáticos para seus projetos pendentes. Você pode escolher a sexta feira, por exemplo, como o dia de pagar contas, ou a segunda como o dia de responder todos os e-mails. 

   

http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/5-motivos-que-fazem-voce-procrastinar/93581/



domingo, 12 de outubro de 2014

VOLTANDO A SER CRIANÇA




Vivemos uma realidade tão dura que às vezes queremos voltar à infância, à época de fantasias, convivência com os pais, tendo nosso próprio mundo, sem as múltiplas preocupações, tantas decepções e as constantes pressões. Mas nem todos tiveram um lar, ou não foram felizes na infância, e nem essa volta é possível. Mas ser adulto também não é sinônimo de carrancudo e só pensar na dura realidade. Jesus disse que precisávamos nos tornar como crianças para herdar o Reino dos céus. Viva o momento presente da vida, mas não mate o espírito de criança que um dia houve em você. Cultive a simplicidade, o mundo de sonhos a alegria, o amor à natureza e a confiança em Deus. Com toda a certeza sua vida terá mais sentido e muito mais beleza.

sábado, 11 de outubro de 2014

TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO





A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um desdobramento dos autores voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas. Os autores estruturalistas procuram inter-relacionar as organizações com o seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações.

A Teoria Estruturalista, assim como a Teoria da Burocracia, faz parte também da abordagem estruturalista. O enfoque da teoria estruturalista é na estrutura e ambiente, assim, de acordo com Chiavenato (2003), essa teoria trouxe uma importante ruptura com relação às anteriores. Ela mostra a organização como sendo um sistema aberto que se relaciona com o ambiente e com outras organizações. A Teoria Estruturalista baseia-se no conceito de estrutura, que é um todo composto por partes que se inter-relacionam. Portanto, o todo é maior do que a simples soma das partes. O que significa que os sistemas organizacionais não são a mera justaposição das partes.

De acordo com Chiavenato (2003), esta teoria caracteriza-se por sua múltipla abordagem, englobando em sua análise a organização formal e informal, recompensas materiais e sociais e entre outros, reconhecem os conflitos organizacionais, ditos como inevitáveis. Por fim, os estruturalistas fazem uma análise comparativa entre as organizações, propondo tipologias, como, a de Etzione (1980), na qual ele se baseia no conceito de obediência, e a de Blau e Scott (1970), que se baseia no conceito de beneficiário principal.

Origem da Teoria Estruturalista

A Teoria Estruturalista foi criada a partir de um desdobramento da Teoria da Burocracia e como contrapartida da reviravolta na Administração, causada pelos princípios sociais e filósofos da Teoria das Relações Humanas.

Ao final da década de 1950, as Teorias Clássica e Relações Humanas criaram situações sem saída que a Teoria da Burocracia não deu conta de resolver, e a Teoria Estruturalista foi criada na tentativa de suprir essa carência de soluções na Administração. (CHIAVENATO, 2003).

A Teoria Estruturalista teve como origem os seguintes fatos:

• A oposição surgida entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas – incompatíveis entre si - tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa. A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese delas, inspirando-se na abordagem de Max Weber.
• A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social complexa na qual interagem grupos sociais" que compartilham alguns dos objetivos da organização (como a viabilidade econômica da organização), mas podem se opor a outros (como a maneira de distribuir os lucros). Seu maior diálogo foi com a Teoria das Relações Humanas.

• A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações. O estruturalismo influenciou a Filosofia, a Psicologia (com a Gestalt), a Antropologia (com Claude Lévi-Strauss), a Matemática (com N. Bourbaki), a Lingüística, chegando até a teoria das organizações

• com Thompson, Etzioni e Blau. Na teoria administrativa, o estruturalismo se concentra nas organizações sociais.

• Novo conceito de estrutura. O conceito de estrutura é antigo. Heráclito; nos primórdios da história da Filosofia, concebia o "logos" como uma unidade estrutural que domina o fluxo ininterrupto do devir e o torna inteligível. É a estrutura que permite reconhecer o mesmo rio, embora suas águas jamais sejam as mesmas devido à contínua mudança das coisas. Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações. A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais em alguns campos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos. O estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de o todo ser maior do que a soma das partes são as características do estruturalismo.

Homem Organizacional

Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o "homo economicus" e a Teoria das Relações Humanas "o homem social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem organizacional", a pessoa que desempenha diferentes papéis em várias organizações. Na sociedade de organizações, moderna e industrializada, avulta a figura do homem organizacional que participa de várias organizações. O homem moderno, ou seja, o homem organizacional, para ser bem-sucedido em todas as organizações, precisa ter as seguintes características de personalidade:

• Flexibilidade, em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna e da diversidade de papéis desempenhados nas organizações.

• Tolerância às frustrações para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é feita através de normas racionais, escritas e exaustivas.

• Capacidade de adiar as recompensas e poder de compensar o trabalho rotineiro na organização em detrimento de preferências pessoais.

• Permanente desejo de realização para garantir cooperação e conformidade com as normas organizacionais para obter recompensas sociais e materiais.

As organizações sociais são conseqüências da necessidade que as pessoas têm de relacionar-se e juntar-se com outras a fim de poder realizar seus objetivos. Dentro da organização social, as pessoas ocupam certos papéis. Papel significa um conjunto de comportamentos solicitados a uma pessoa; é a expectativa de desempenho por parte do grupo social e conseqüente internalização dos valores e normas que o grupo, explícita ou implicitamente, prescreve o indivíduo. O papel prescrito para o indivíduo é reforçado pela sua própria motivação em desempenhá-lo eficazmente. Cada pessoa pertence a vários grupos e organizações, e desempenha diversos papéis, ocupa muitas posições e suporta grande número de normas e regras diferentes.

Reengenharia

Segundo Ferreira, Pereira e Reis (2002), reengenharia é uma reestruturação radical da empresa por meio de um conjunto de processos que tem como finalidade o rápido ajuste às condições do mercado. A reengenharia é realizada de uma só vez, apresenta resultados em longo prazo e é um processo de alto risco.
Segundo Abreu (1994, apud Ferreira, Pereira e Reis, 2002), a reengenharia apresenta quatro fases:

1. Estratégia: É a fase em que ocorre a elaboração do planejamento estratégico.

2. Ativação: É a fase em que há a ênfase nos ganhos de desempenho.

3. Melhoria: É a fase em que há a agregação de novos valores.
4. Redefinição: Neste último, há a criação de novas unidades de negócios.

Ferreira, A.; Pereira, I.; Reis, C. (2002) afirma que, por ser uma reestruturação radical, a reengenharia traz diversas mudanças. Os colaboradores passam a trabalhar em equipes de processo em vez de departamentos de função. Essa mudança tem como conseqüência o fortalecimento do espírito de equipe e uma maior autonomia dos funcionários que passam a ser instruídos em vez de supervisionados. Além disso, a habilidade passa a ser o principal critério de promoção, substituindo o desempenho.

Apreciação Crítica

Segundo Ferreira, A.; Reis, C.; Pereira, I. (2002), as críticas feitas ao Estruturalismo normalmente são respostas às críticas formuladas pelos próprios estruturalistas em relação à outras teorias, principalmente à Teoria das Relações Humanas. Dentre as críticas recebidas, destacam-se as seguintes:

§ Ampliação da abordagem: A Teoria Estruturalista ampliou o campo de visão da administração que antes se limitava ao indivíduo, na Teoria Clássica, e ao grupo, na Teoria das Relações Humanas, e que agora abrange também a estrutura da organização, considerando-a um sistema social que requer atenção em si mesmo.

§ Ampliação do estudo para outros campos: A Teoria Estruturalista alargou também o campo de pesquisa da administração, incluindo organizações não- industriais e sem fins lucrativos em seus estudos.

§ Convergência de várias teorias: Na visão de Chiavenato (2003), nota-se, no Estruturalismo, uma tentativa de integração em ampliação nos conceitos das teorias que o antecederam, a saber: A Teoria Clássica, a Teoria das Relações Humanas e a Teoria da Burocracia.

§ Dupla tendência teórica: Ainda para Chiavenato (2003), alguns dos autores estruturalistas enfatizavam somente a estrutura e os aspectos que integravam a organização, onde a mesma é o objeto da análise. Outros autores se atêm aos aspectos como conflitos e divisões na organização.

Diante da fragilidade e da insuficiência da Teoria Clássica e a de Relações Humanas, estas criando um empecilho que a própria Teoria da Burocracia não conseguiu transpor, os estruturalistas procuram ter em vista a estrutura formal, porém, integrando a uma abordagem mais humanística. Consideramos, portanto, que ela é uma síntese da Teoria Clássica (formal) e da Teoria das Relações Humanas (informal), tentando integrar as duas, numa perspectiva crítica, Darkson Silva 2014.


Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. Revisada e atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.


FERREIRA, A.; REIS, C.; PEREIRA, I.. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.




sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A IMPORTÂNCIA DE SABER COMO SE COMUNICAR



A comunicação é um processo que envolve a troca de informações e utiliza os sistemas simbólicos como suporte para este fim. A comunicação está dividida em duas maneiras:

 • Comunicação Verbal: Que é a expressão do pensamento através de palavras ou através do que é escrito;

• Comunicação Não Verbal: Que são gestos, a postura do corpo, o olhar, expressões do rosto, o que fazemos como agimos etc.


Comunicamo-nos o tempo inteiro. E são através desta comunicação que passamos para os demais, o que queremos, nossas vontades, nossas reações, os nossos conhecimentos e principalmente a nossa personalidades. Por esse motivo, é de extrema importância, saber se comunicar, pois ao contrário o receptor estará interpretando a sua mensagem de uma forma totalmente diferente.

Uma pesquisa realizada mostrou que em uma escala de 100%,por exemplo em um simples conversão receptor registra 55% a comunicação não verbal,38% a forma como a mensagem é passada e 7% pelo conteúdo em si. Isso traduz um dito popular "Não é o que você diz que fere as pessoas, mas como você diz".

Em nossa comunicação existe a Confiança, as Barreiras Inconscientes á comunicação e as Barreiras conscientes á comunicação. Abaixo segue a explicação de cada uma.


COMO DESPERTAR CONFIANÇA:

A confiança que você desperta no seu interlocutor é fundamental para a boa comunicação. Isso poderá ocorre se forem observados os seguintes aspectos:

• Saber ouvir;
• Acreditar no que diz;
• Sinceridade;
• Dar mais do que está pedindo;
• Falar o nome do seu interlocutor;
• Aparência;
• Aperto de mão;
• Tonalidade da voz;
• Olhos nos olhos.

BARREIRA INCONSCIENTE Á COMUNICAÇÃO:

• Egocentrismo;
• A percepção que temos do outro;
• A competição;
• A frustração;
• A transferência;
• A projeção.

BARREIRAS CONSCIENTES Á COMUNICAÇÃO:

• O emissor tem pouco conhecimento do assunto ou um preparo inadequado;

• O emissor não acredita na mensagem;

• O emissor não está interessado no assunto;

• Tanto o emissor quanto o receptor estão momentaneamente preocupados;

• O emissor e o receptor usam vocabulários diferentes;

• Uma falha não-intencional para dizerem o que pensam;

• As diferenças culturais dos comunicadores;

• Os "status" diferentes entre os comunicadores;

• Um dos comunicadores tem reações hostis ou negativas para com outro;

• A pressão do tempo;

• Palavras inadequadas para expressar conceitos difíceis, relacionamentos ou situações;

• Uso de sistema inadequado de "Feedback".

Comunicação depois da sobrevivência física é a mais primordial necessidade do ser humano.

Abaixo segue um vídeo que resume de uma forma bem humorada esse assunto. Confira.









quinta-feira, 9 de outubro de 2014

COMPORTAMENTOS IRRITANTES NO TRABALHO



Não se pode agradar todo mundo o tempo todo, é verdade. Sobretudo no mundo dos negócios. Conhecemos muita gente, temos contato com as mais variadas culturas e temos o dever de respeitá-las. Entretanto, existem alguns comportamentos que nos deixam à beira de um ataque de nervos!

O Agente da CIA

Você está trabalhando calmamente (ou não) e chega um colega e parece que ele não veio falar com você, mas sim com o seu monitor. É aquele cara que geralmente tem um problema e age como se você estivesse de prontidão só esperando para poder resolver. Este é um comportamento irritante, pois todo mundo tem sua individualidade, quer seja para escrever um email ou relatório confidencial ou mesmo para dar uma espiadinha no Facebook!

É quase como se você tivesse sua casa invadida por um agente da CIA em busca de provas de um crime que, talvez, você nem tenha cometido! Então, caros agentes, tentem focar sua atenção em seus interlocutores e use a mesma regra dos vampiros: só entre se for convidado!

O "Famiglia Mancini"

Todo mundo já viu filmes com aquelas famílias imensas italianas, onde todo mundo fala alto, gesticulando muito. E tem por aí algumas pessoas que parecem que possuem uma família italiana dentro de si de tão alto que falam!

Numa reunião ou num papo informal no café você não precisa chamar a atenção do andar inteiro. Existem outras pessoas por ali, sabia? Elas também estão trabalhando, precisam de concentração, ou estão ao telefone falando com pessoas importantes! Por falar em telefone, não assuma que a pessoa do outro lado da linha tem algum problema de audição só por que você não ouve direito o que ela diz.

O Conectado

Vivemos em um mundo altamente conectado! Hoje achamos estranho se alguém diz que não acessa internet pelo seu celular ou tablet. Mas existem poucas coisas mais desagradáveis durante uma reunião do que perceber que alguém na sua audiência "esconde" o celular debaixo da mesa e fica "com um olho no peixe e outro no gato". E o pior é que esse cara realmente acredita que está sendo muito discreto na sua olhadinha nos emails ou nas fotos fofas do Facebook!

O primeiro mito que deve ser desfeito aqui é que nenhum condutor, por pior que ele seja, é tão tapado que não percebe que existe algo ali mais interessante do que sua apresentação. Outra coisa é que é praticamente impossível manter o foco nas duas coisas. Nenhum apresentador no mundo é capaz de concorrer com fotos bonitinhas de crianças fofas ou de piadinhas da Whoever Sincera.

Foco é foco e você só tem um. Se você foi convocado para uma apresentação ou reunião, esqueça seu celular e demonstre o devido respeito pelo que está sendo apresentado.

O Desconectado

Trabalhamos em grandes empresas, distribuídas em vários andares, várias cidades ou vários países. Para encurtar essa distância, inventaram o e-mail ou programas de comunicação instantânea.

Só que tem um povo que, na contramão do Conectado, insiste em fazer pouco caso destas "modernidades" tecnológicas. Lembre-se que ninguém trabalha sozinho. Precisamos de apoio de outras pessoas para tomar decisões ou mesmo dependemos das decisões dela. Se você sempre "não tem tempo" para responder a esses meios de comunicação, que deveriam aproximar as pessoas, tenha certeza que corre o sério risco de passarem por cima de você! Ou tomarão decisões por conta própria ou falarão diretamente com o seu chefe. E não é nada bom ser reconhecido como "o cara que atravanca o processo".

Mas, bancando o advogado do diabo, entendo que existem muitas pessoas que tem um sério problema de falta de objetividade. E isso pode atrapalhar o seu trabalho. Mesmo assim, não é desculpa para você deixar alguns emails pra depois. Seja educado e tente levar seu interlocutor para o lado da objetividade, nem que você precise 
pedir diretamente isso.

O "Tô nem Aí"

Tem algumas pessoas que definitivamente parecem que não estão nem aí para o que os outros tem a dizer. Você está no meio de uma explanação, desenvolvendo uma ideia e o cara te atravessa, contra ou a favor e você perde completamente a linha de raciocínio.

Minha avó materna dizia que "quando um burro fala, o outro abaixa a orelha" e hoje acredito que tem muita gente precisando abaixar suas orelhas. Não estou dizendo que não se deve discordar de ideias ou que não se deve expor sua posição. Pelo contrário! Acho isso muito positivo! Mas faça com educação. Peça licença, levante a mão, espere uma pausa no discurso. Demonstre que você respeita o direito do outro de expor suas ideias. Certamente você receberá isso em troca.

O Hardy Har Har

Não importa quantas sugestões que você dê. Tudo tem um lado negativo, uma chance de não funcionar. Na busca pela ideia perfeita algumas pessoas acabam desmotivando outros. Afinal, se todas as minhas ideias tem algum ponto negativo prontamente atacado, por que eu continuaria esquentando os miolos?

Geralmente estas pessoas não fazem isso para defender suas ideias (embora também tenham casos assim); elas simplesmente buscam a solução perfeita, pensar exaustivamente em todas as possibilidades, não errar. Entretanto, não existe a ideia perfeita. Não se pode prever todas as variáveis num mundo tão complexo. Principalmente, não se pode controlar a complexidade do sistema em que vivemos.

Relaxe! Permita-se errar. Permita-se experimentar. O que você ganha com isso? Rapidez! Se você perde muito tempo debruçado em um problema (ou procurando novos problemas), a concorrência vai passar na sua frente.

El Chupa-cabra

Definitivamente, pra mim, este é o comportamento que mais me irrita no mundo corporativo. Existem pessoas que não são tão rápidas em ter ideias ou que não tem um processo criativo rápido, então, elas pegam carona ou se apoderam das ideias dos outros.

Quantas vezes você já ouviu, imediatamente depois de sugerir algo: "eu ia falar isso" ou "eu sabia que você diria isso"? Oras! Se sabia ou se ia falar, por que não abriu a boca? Este comportamento é identificado em pessoas inseguras, que acreditam que suas ideias não são suficientemente boas, então, quando algo se assemelha com seu pensamento, elas usam estas frases para apoiar as ideias dos outros e ficam pulando de ideia em ideia, apoiando todo mundo. Mas elas acabam passando uma impressão totalmente irritante, por que parece que estão se aproveitando de você. Parece mais uma líder de torcida volúvel.

Em outros casos, algumas pessoas simplesmente pegam pra si as boas ideias. Não tem muito o que falar sobre isso: é simplesmente antiético, feio, pequeno.

Todo mundo tem seu lugar ao sol, todo mundo erra ou acerta. Não tenha medo de se expor. No máximo, você será visto como o cara que está tentando fazer algo. Principalmente, tenha suas próprias histórias pra contar, no lugar de contar as histórias dos outros!
Ouça o que disse o Dalai Lama

Bem, existem muitos outros comportamentos que nos deixam loucos no dia-a-dia. Poderíamos ficar aqui falando por meses sobre o assunto. Eu até poderia escrever um livro sobre isso. Mas, no lugar de ficarmos aqui reclamando, convido o leitor a refletir sobre o que VOCÊ está fazendo que pode enlouquecer seus colegas de trabalho.

Será que você se comporta de alguma das maneiras descritas neste artigo? Ou outras maneiras, quem sabe? Ou você observa que gera algum outro incômodo nos seus pares? Olhemos para nós mesmos agora! Avalie-se continuamente, seja melhor a cada dia. Não espere apenas que os outros mudem!

Seja a mudança que você quer ver no mundo!

Eu, por exemplo, depois deste artigo, prometo que tirarei o celular de perto de mim nas reuniões!






A FORMAÇÃO PROFISSIONAL DA SECRETÁRIA.





A competição nacional e internacional têm levado as empresas a recorrerem a profissionais especializados no auxílio ao gerenciamento dos seus serviços e projetos. Os executivos, incumbidos da ampliação de mercado, dependem da atuação de sua equipe de trabalho. Isso aumenta as chances para a profissional Secretária/ Assessora na edificação da sua posição, abrindo novos campos de atividades como colaboradoras qualificadas no desenvolvimento de tarefas no suporte administrativo.

Segundo a PSI - Professional Secretaries Internacional, uma agremiação de secretárias americanas, “uma secretária é a assistente de um executivo, a qual possui as habilidades técnicas da sua profissão, que comprova a capacidade de assumir responsabilidades, mesmo sem instrução direta, que possui iniciativa e capacidade de discernimento e toma decisões independentes dentro da área de responsabilidade que lhe foi transferida, a fim de auxiliar o executivo no cumprimento de suas tarefas complexas.”

É no staff que acontece o papel e a função secretarial, no qual ela assume, pelo seu desempenho, papel-chave na equipe administrativa, atuando na Inteligência Organizacional da empresa, realizando a integração logística, a fim de garantir, com eficácia, o resultado de seu departamento. Desta profissional é sempre esperado alto desempenho, pontualidade, retidão. Mas sempre dependerá de certa medida de iniciativa e autoconsciência para alcançar o sucesso.


Nos últimos anos, as secretárias vêm frequentando cursos de graduação em Secretariado na busca de conhecimentos técnicos e tecnológicos para a execução de suas atividade, a fim de conseguir maior destaque profissional. Um dos pontos positivos desse curso é o direito à obtenção do Registro Profissional que a tornará reconhecida como profissional da área, além de oferecer ao seu currículo um brilho especial. 

No percurso acadêmico crescerá, passo a passo, em direção ao exercício pleno da função, aprofundando-se em informações, experiências e conhecimentos que ampliarão seu campo de trabalho com mais preparo técnico e tecnológico das rotinas de sua profissão, tudo isso somado à inclusão de atividades inovadoras.


Uma secretária que queira ser qualificada tem de ser triplamente competente:

1. Competência técnica


Ter conhecimento exato da área de tarefas secretariais e responsabilidades do seu superior e do departamento;


2. Competência interpessoal


Compreende independência, iniciativa e consciência de responsabilidade, mostrando uma personalidade aberta, íntegra, que não pensa apenas de maneira analítica, porém reage a desafios de maneira flexível, desenvolve suas atividades de maneira amigável, decisiva criativa, resistente em picos de trabalho, e dá valor a uma aparência externa bem cuidada.


3. Competência de liderança


A capacidade de motivar, realizando o convívio humano de foram autêntica, justa e objetiva e com capacidade de empatia, enfrentando até mesmo as conjunturas desfavoráveis com serenidade.


Isto é o que lhe trará um diferencial e uma participação efetiva na equipe, através do desenvolvimento de novas ideias, medidas e melhorias em trabalhos que assumirá com iniciativa, criatividade, qualidade e integridade através de atitudes assertivas e humanistas.


Poderá ter como meta o objetivo de ocupar uma posição de maior independência e alta responsabilidade. Para isso, deverá acrescentar em seus anos de experiência efetiva dedicação profissional e acadêmica, o que lhe abrirá novas oportunidades em sua área, como tornar-se docente e/ou consultora.




POR: Eni Silva Antonio