Você se preocupa com a sua imagem? Reputação não é algo que
importa só para pessoas públicas, aquelas que aparecem na tv. Cuidar da imagem
é dever de cada um.
Para defender a reputação, tudo o que a gente faz é se
comunicar, o tempo todo. A verbal é um dos tipos de comunicação que usamos. Se
alguém ousa uma declaração que contenha preconceito de qualquer tipo, pode
estar colocando em risco a reputação. Mas, não é só isso que impacta na imagem:
uma fala com dupla interpretação que não transmita confiança ou o português
errado, dependendo da área em que a pessoa atua, também incidem diretamente na
imagem. É no discurso que a avaliação se complica e o risco de perder a
confiança aumenta. Quem se contradiz e menospreza a inteligência do outro
querendo se passar por bonzinho ou vítima, ainda que tudo indique que a casa já
caiu também perde a credibilidade. Mesmo que a voz seja forte e a postura
corporal firme, é preciso muito óleo de peroba para continuar afirmando uma
mentira.
O não verbal também é determinante para valorizar ou
prejudicar o nível de reputação de alguém. Gestos e movimentos da face podem
mostrar impaciência e desconfiança. Ser coerente é o que mais conta para ganhar
bom conceito.
A vestimenta também faz parte desse jogo, porque a roupa diz
muito sobre nós. Muitos exemplos na mídia comprovam que a roupa inadequada ao
cargo ou posição social podem chamar a atenção pro bem ou pro mal. Quem não
consegue avaliar se a vestimenta está apropriada, ao se olhar no espelho, vai
perceber o tiro no pé quando as fotos caírem nas mãos de um ser atento e
malvado chamado internauta. Ah, as redes sociais não perdoam. Ninguém dá trégua
pra roupa, pro corte de cabelo, pras companhias da pessoa em questão. Palavras
são monitoradas, a linguagem corporal é analisada em detalhes e até a intenção
entra no debate. Tudo é motivo para comentários positivos e negativos.
E o que provoca todos os deslizes são os vícios. Todos os
hábitos do mal, contrários às virtudes, podem dar fim a uma reputação, esse bom
conceito que leva anos para ser conquistado e um minuto pra ser perdido. O
renome é algo demorado para construir e o trabalho de manter nunca termina.
Quem tem bastante visibilidade, está na mídia e é seguido
por milhares nos perfis públicos tem que ter cuidado o dia inteiro. Qualquer
passo que der pode ser filmado e tuitado. Com pessoas não tão visíveis pelas
redes ou pela mídia tem os vizinhos, os colegas de classe e de trabalho, tem o
pessoal do clube, a família, os conhecidos da academia. Quem não é famoso
também não escapa. Tá cheio de olheiro por ali. Aquela história de sorria, você
está sendo filmado, nem é novidade mais. A gente é filmado sem câmera mesmo.
Alguém pode dizer: ‘mas, eu não me preocupo com a opinião dos outros’.
Sinceramente, não acho isso possível pelo simples motivo de que vivemos em
sociedade. Sendo famoso ou não você deve satisfação. E pra todo mundo, tem
também a consciência. E essa, ah, essa é difícil de enganar. A consciência
segue com a gente pra todo lugar, não adianta fugir, não adianta mentir. A
consciência é o termômetro de nossas atitudes, nos faz lembrar da importância
dos nossos valores, e vai nos cobrar mais dia menos dia o que fizemos ou
deixamos de fazer. Pra que o dia seja leve, o melhor mesmo é ficar em paz com
ela. Você e eu não precisamos de câmera, a gente sabe bem o que precisa ser
feito.