A solução de conflitos não está restrita apenas aos líderes
ou RH, ela pode ser expandida.
Uma empresa que não consegue gerir de maneira adequada seus
conflitos internos, não consegue criar um posicionamento positivo de seus
colaboradores, desmotiva e reduz produtividade. E diferente do que ocorre, outros
setores além do RH e até mesmo os próprios envolvidos devem parar e refletir a
situação de conflito e só assim, se não resolverem buscar ajuda de gestores,
colegas e então o recursos humanos.
A resolução dos conflitos pode ser direcionada e intermediada
por outros setores da empresa, como por exemplo, os profissionais de
secretariado. Muito se deve ao fato de que em muitos casos eles estão
envolvidos com os diversos setores de uma empresa e tem conhecimento do todo da
instituição: políticas, processos e interesses individuais. Por isso podem se
tornar mediadores de conflitos. Podemos dizer que o secretário normalmente é
quem está mais próximo e possui uma grande quantidade de informações para
resolver o conflito.
É muito comum que os profissionais dessa área desempenhem a
função de intermediador, pois, muitas vezes ele é considerado o elo entre
diversas áreas como: empresa e clientes, fornecedores e a empresa, superiores e
subordinados e vice-versa. Com diz Hansen e Silva: “o secretário executivo
planeja, organiza, controla e avalia trabalhos realizados, atuando assim, como
um gestor secretarial, desempenhand
o também a função de elo entre a
administração superior e os demais setores da instituição.”
Os métodos utilizados para a mediação de um conflito podem
ser escolhidos pelas pessoas envoltas nele, ou as que o intermediarão, vale
ressaltar que se o próprio secretário estiver envolvido este deve exercitar a
sua capacidade de reconhecer a situação e resolvê-la, pensando em seu bem estar
e no bem estar do outro.
Espera-se que os profissionais da área de secretariado, que
estão em interação com as pessoas o tempo todo, tenham uma atitude construtiva
perante os conflitos nos quais estejam mediando ou envolvidos. Estes, não mais
que os outros, devem exercitar a habilidade de analisar outros pontos de vista,
aceitar críticas e melhorar a sua prática com as pessoas a cada dia. A atitude
positiva deve sempre prevalecer, evitando a agressividade que pode destruir
qualquer resolução positiva, fazendo com que a boa mediação vá por água a
baixo.
Fonte: HANSEN, Gilvan Luis; SILVA, Rosely Dias da. A
importância da ética na gestão secretarial. In: PORTELA, Keyla; SCHUMACHER,
Alexandre. Gestão Secretarial: o desafio da visão holística. Cuiabá: Adeptus,
2009.