Ética, cidadania e relações de trabalho são hoje valores convergentes.
Todos visam devolver ao ser humano, à empresa e à sociedade o caráter salutar de viver bem.
É a qualidade intrínseca que aflora na qualidade coletiva.
É um movimento positivo, que começa na atitude individual e se sedimenta no grupo familiar, empresarial e social.
A discussão e o resgate da ética acontecem num momento de total desnudamento.
Todos os segmentos sociais colocam em pauta, discussão, reflexão a manchete da Ética.
Nossa postura, inicialmente, é como se não fizéssemos parte. A primeira conotação de Ética parece ficar distante do cotidiano e ser mais um assunto complexo, cujo mérito só filósofos e especialistas podem discutir. Agimos como não partícipes do processo e sentimo-nos no direito de ficar imunes a qualquer tipo de responsabilidade.
Esse comportamento que se defende e se isenta é resultante do legado da Era de Peixes, que marcou a nossa geração, tendo sido alicerçada na competição, no individualismo, na Lei de Gerson, desenvolvendo a alienação da sociedade e de nós mesmos.
Esse momento de mudança, questionamentos, revisão de papéis e resgate de valores essenciais como a Ética já faz parte da era de Aquárius, que privilegia o companheirismo, a parceria, a integração.
Tudo, necessariamente, passa pela Ética e pelo indivíduo.
É vital passar a limpo uma série de coisas. Não há mais tempo para remendos. Precisamos reconstruir. E a reconstrução só será possível se o indivíduo assumir sua total responsabilidade no processo e o seu valor básico for a Ética.
Novas relações de trabalho. Nova Sociedade, através do novo indivíduo, com Ética e consciência.
Assumir total responsabilidade por tudo que faz e sentir-se responsável pelas ações coletivas são traços que marcam a nova conduta.
Ser ético é sempre pensar no bem comum. É sair do discurso e incorporar no cotidiano atitudes pautadas nesse princípio, que vale tanto para a forma como agimos em casa, no nosso condomínio, no trânsito, na fila do banco, na escola dos filhos, na empresa, como na sociedade.
Ética nas relações de trabalho prevê uma relação saudável entre capital e trabalho. Envolve um compartilhar coletivo pelo sucesso e pelos erros. Pressupõe um participar holístico e uma realização pessoal e profissional. A modernidade que queremos para o país e para as relações de trabalho só será consistente se for embasada em princípios Éticos.
Transformamos o contexto do que acreditamos sobre nós mesmos e os outros. E podemos nos inspirar, diariamente, no exemplo de grandes transformadores, cuja força motriz é a crença na causa que defendem. Herbert de Souza, o Betinho, é um deles.
Está na hora de revogar a Lei de Gerson. E fazer valer a Lei de Senna - "Competência - Dignidade - Ética".
É segurando esta bandeira, que podemos fazer a diferença e ajudar o mundo a tornar-se melhor