O aprendizado integral, fisiologicamente falando, parte de
estímulos internos e externos. Estes, geram novas conexões cerebrais, para que
ocorram novas referências e a posterior mudança de comportamento. Considerando
que nosso nível consciente é a mínima parte daquilo que nosso cérebro é capaz
de produzir, os processos de coaching trabalham com estímulos que
visam atingir os processos subconscientes.
A expressão ”coaching” origina-se do termo Inglês
que significa treinador. Diferentemente de um professor, o treinador não
ensina, ele estimula. Assim, o princípio se mantém, o que muda são os
contextos: do meio esportivo, passamos para o corporativo. O coachee
(treinador) pode ajudar um jogador a remover ou reduzir obstáculos internos à
sua performance, e uma habilidade natural inesperada fluirá sem que haja
necessidade de muitos ensinamentos técnicos. No meio corporativo, temos um
mesmo objetivo: aprimorar as habilidades e competências através de estímulos,
focado nos processos subconscientes.
O self-coaching parte do mesmo princípio, porém
apoiado em uma prática mais autônoma. Compreende toda a metodologia e
ferramentas de coaching que possibilitem a auto aplicação e atuem de forma
eficiente.
Mas o que são habilidades e competências? Parecem a
mesma coisa, mas na verdade são complementares. A habilidade é o
conhecimento e desenvoltura que temos ao realizar uma determinada atividade.
Podemos dizer ter habilidade manual, habilidade na escrita, na leitura… Já
as competências são a utilização destas habilidades no dia a dia.
Quem tem habilidade com cálculos, por exemplo, sabe fazer contas. Já quem tem
competência na realização de cálculos, o faz de forma eficaz, aplicando esta
habilidade na solução de alguma situação.
Estimulando a criatividade, é possível colocar nosso cérebro
pra funcionar, característica do coaching! O grande gênio Leonardo da
Vinci já trabalhava com esse princípio ao utilizar o que chamamos de escrita
reversa: de trás para frente. Centenas de páginas de seus estudos foram
escritos desta forma.
Que tal fazer a mesma coisa? Quando tiver um tempinho, pegue
uma folha e procure trabalhar com a escrita: escreva com a mão contrária à qual
você está habituada, ou escreva de trás para frente, ou procure utilizar as
duas mãos ao mesmo tempo. Faça tudo isto, crie novos exercícios. Este é um
treino muito legal que vai fazer com que você estimule os dois lados do seu
cérebro (lembrando que, ao trabalhar com o lado esquerdo do corpo, estimulamos
o lado direito do cérebro-emocional, caso contrário, estimulamos o lado
esquerdo – racional).
Considerando que a escrita reversa foge do padrão
convencional, temos aí um exemplo de estímulo à criatividade. Você não precisa
fazer isto o tempo todo para estimular sua criatividade, mas pode mudar a forma
como realiza diversos processos do dia a dia: andar pelo outro lado da rua,
começar a limpar a casa pelo lado que você não está acostumada, trocar alguns
objetos de lugar, fazer combinações diferentes de roupas, pegar a esponja com a
mão contrária quando for lavar a louça, e assim por diante.
Você deve estar se perguntando qual será a diferença entre o
coaching e outros procedimentos semelhantes, tais como a consultoria e a
psiquiatria, afinal, os objetivos são comuns e parte dos processos também.
Vamos diferenciá-los:
A consultoria faz um acompanhamento dentro da corporação.
Prevê soluções para resolver problemas, faz um diagnóstico da
situação-problema, e acompanha a implantação do processo e suas consequências e
resultados.
A psiquiatria também acompanha a implantação, realizando um
diagnóstico da situação. Porém, trabalha com os porquês do problema,
investigando as suas causas.
Já o processo de coaching não dá respostas,
tampouco soluções, mas levanta questionamentos, procurando estimular o
indivíduo a respondê-los e observá-los, para que melhore sua performance e
chegue ao objetivo almejado.
No processo de auto coaching, são adotadas algumas
“perguntas-guia” que buscam orientar o indivíduo, como por exemplo:
– O que eu quero ao invés disso que tenho?
– Isso me deixa mais próximo ou distante do meu objetivo?
– Qual minha intenção positiva por trás disso?
– O que eu posso fazer para gerar em mim o que eu tenho como
objetivo?
Essas perguntas nos mostram que, muitas vezes, o que vemos
não é necessariamente o que parece ser. É preciso conhecer e visualizar a
situação como um todo, dentro de um contexto. Caso ela seja avaliada
isoladamente, corremos o risco de interpretar mal ou erroneamente.
Para que realizemos o auto coaching, é preciso auto
visualização: focar no problema, em contraste com a solução, porém, situando-se
no agora e nas atitudes que possam ser realizadas de momento, pensando sempre
em soluções a curto prazo.
O SSE conversou com Rosana Alencar, Coach da T.O. Box, e
aproveitamos para tirar mais algumas dúvidas sobre o assunto. Ela nos fala de
forma objetiva sobre os conceitos de habilidades e competências e como os
processos de auto coaching
Enjoy!
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