segunda-feira, 9 de novembro de 2015

NEPOTISMO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA




A Administração Pública moderna foi implementada para acabar com o patrimonialismo, cujas principais características são a confusão entre o que é público e o que e privado, o clientelismo, o nepotismo, a corrupção.

Em período absolutista-monárquico europeu o poder passava de pai para filho, os dirigentes poderiam se apropriar dos bens públicos sem qualquer controle, havia uma casta privilegiada ao redor do governante, com privilégios especiais. Características claras do patrimonialismo, que infelizmente existem ainda hoje no Poder Público em decorrência da não aplicação de várias regras burocráticas.

A Administração Pública profissionalizada, o Direito Administrativo, o regime jurídico administrativo, foram criados para acabarem com o patrimonialismo, para que a “engrenagem” funcionasse para que o Estado pudesse cumprir com seus deveres constitucionais.

No Brasil, foi a partir do governo de Getúlio Vargas que o concurso público foi implementado para alguns cargos, sendo que apenas com a Constituição de 1988 o concurso foi implementado para todos os cargos e empregos públicos, a não ser os temporários, que podem ser contratados por teste seletivo simplificado, e os ocupantes de cargos comissionados. Ou seja, a regra é o concurso público.

Os comissionados existem para que os governantes, que vencem democraticamente as eleições com a participação de todos os cidadãos, possam implementar suas políticas públicas. Por isso sou contra que no Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas existam cargos e funções comissionadas. Nesses poderes deveriam haver apenas servidores concursados para o funcionamento da máquina pública.

Mas nos Poderes Legislativo e principalmente no Poder Executivo os comissionados são essenciais. Por exemplo, um governador que vence a eleição com uma proposta mais social, apenas poderá transformar essas propostas em políticas públicas de fato, cumprindo com seu programa eleitoral, com o auxílio de pessoas de sua confiança ideológico-técnica.

O concurso público garante o atendimento ao princípio da impessoalidade na Administração Pública. Mas no caso dos comissionados não se pode falar em atendimento ao princípio da impessoalidade. Pelo contrário. Para ocupar os cargos comissionados o governante eleito não tem como atender a impessoalidade. Ele escolherá pessoas de sua confiança técnica e ideológica.

No Brasil são dois os grandes problemas com relação aos comissionados. Primeiro: há um exagero no número de cargos e funções comissionadas. Segundo: o entendimento majoritário na doutrina e jurisprudência de que o governante é livre para escolher quem bem entender nos cargos e funções de confiança.

Propõe-se acabar com os cargos e funções de confiança no Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas, nos quais comporiam apenas servidores concursados. Todos com uma competência técnica após passarem em concurso público. Nos Poderes Legislativo e Executivo diminuição drástica dos cargos/funções comissionadas, com no máximo 5% ou 10% dos cargos poderem ser ocupados com pessoas de confiança do governante.

Além disso, os cargos de chefia, direção e assessoria, de confiança, deveriam ser ocupados por pessoas escolhidas pelos governantes, mas desde que a autoridade JUSTIFIQUE a escolha, nos termos do princípio da motivação, conforme posição já externalizada nesse sentido pelo professor doutor Romeu Felipe Bacellar Filho.

Ou seja, um secretário municipal ou estadual, um ministro de Estado, um diretor de uma empresa estatal, um assessor, apenas poderia ser escolhido pelo governante, se essa autoridade expusesse no ato administrativo o motivo dessa escolha. A pessoa deveria ser especialista sobre a área da secretaria, ou sobre gestão pública.

Assim, o Tribunal de Contas, o Ministério Público, o Poder Judiciário e, o mais importante, a população, que exerce o controle social, poderá fiscalizar se realmente a justificativa da escolha existe e se ela é aceitável.

Um cabo eleitoral recém formado em Direito escolhido como Diretor Jurídico de uma grande empresa estatal? Não pode! Um farmacêutico irmão do presidente da República que nunca administrou nada, nem na iniciativa privada e muito menos no Poder Público, escolhido como Ministro da Fazenda? Não pode! Claro que apontei casos de certeza positiva, e muitas vezes a discussão fica numa zona cinzenta, dentro de uma subjetividade. Mas cada caso concreto poderá ser controlado pelos órgãos públicos ou população se são casos com justificativas convincentes ou não.

Caso uma escolha equivocada seja feita, sem justificativa, ou com uma justificativa que não seja convincente, o ato administrativo poderá ser anulado pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário.

Apenas recentemente o Ministério Público do Estado do Paraná vem questionando a Assembleia Legislativa do Paraná e as Câmaras Municipais pela redução dos cargos comissionados, o que é algo louvável. O MP está exigindo que o número de comissionados não seja maior do que 50% dos cargos existentes. Entende-se que 49,9999% ainda é muito, mas já é um começo de atuação louvável pelo MP.

Mas a doutrina e jurisprudência majoritária não exige a motivação dos atos de nomeação dos servidores comissionados.

O Supremo Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante 13, que proíbe o nepotismo na Administração Pública brasileira, para cargos de servidores comissionados, inclusive o chamado “nepotismo cruzado”. Não vedou a contratação de parentes para cargos de agentes políticos, como de secretários estaduais e municipais e ministros.

Entende-se que se o STF questionasse a falta de motivação dos atos de escolha dos comissionados e a quantidade exagerada, irrazoável e desproporcional, de cargos/funções de confiança, seria uma atuação mais importante.
Infelizmente, com a Súmula 13 do STF, muitos governantes, impedidos de escolher parentes em cargos comissionados, acabam escolhendo parentes sem a devida competência para ocuparem cargos de secretários/ministros.

Outra forma de burlar a Súmula é a contratação de parentes por meio de contratos de terceirização/privatização, convênios com entidades do Terceiro Setor, termos de parceria com OSCIPs e contratos de gestão com OS – Organizações Sociais.

Sem justificativa na escolha, muitas vezes pode ser até mais prejudicial para a Administração Pública a contratação de cabos-eleitorais do que parentes. O problema não é a relação de parentesco, a relação partidária, a relação pessoal. O problema é a escolha sem motivação e o alto número de cargos/funções comissionadas.

Muitos podem dizer que não basta a motivação do ato de escolha. Que um parente em cargo comissionado não será tão controlado pelos órgãos de controle interno. Ora, esse mesmo órgão de controle interno então não fará um controle eficaz também sobre o próprio prefeito ou governador eleito. Esse exemplo traz a necessidade de melhorarmos os controles internos na Administração Pública, previstos constitucionalmente, com controladores concursados e com a autonomia necessária para fiscalizarem os chefes do Poder Executivo e do Poder Legislativo, seus parentes e cabos eleitorais escolhidos para cargos comissionados ou qualquer outra questão de interesse público.

O grande problema na Administração Pública não é a existência de poucos parentes, com a devida habilidade/competência, em alguns cargos comissionados. Mas sim que parentes, cabos eleitorais e financiadores de campanha tenham preferências em concursos públicos, licitações e demais processos administrativos (ou a falta deles) realizados na Administração Pública brasileira.



Tarso Cabral Violin – advogado, professor e palestrante em Direito Administrativo, mestre em Direito do Estado pela UFPR, editor-presidente do

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

EMPREGADA OU SECRETÁRIA?





Uma não substitui a outra; uma não é melhor do que a outra. Ambas são indispensáveis, cada uma em seu ambiente de trabalho. Ouvi em algum lugar que o número de empregadas domésticas tem diminuído de ano a ano no Brasil. É uma boa notícia. A oferta de empregos aumentou e essas profissionais estão buscando colocação em outros setores, onde possam ganhar mais e alinhavar um plano de carreira. 


Pode ser bom inclusive para seus empregadores, que terão que se adaptar a um novo estilo de vida: eles próprios farão os afazeres domésticos, convocando a família inteira para colaborar. Ninguém morre se tiver que cozinhar e lavar uma louça, e me parece digno que os filhos entrem nesse mutirão, se preparando melhor para a vida. Hoje não mexem um dedo porque tem uma Maria que faz tudo por eles. Pois a Maria, segundo estatísticas, não quer mais ser empregada doméstica, e sim ter um status mais elevado. Quem sabe, ser uma secretária. 



Muitas pessoas chamam suas empregadas de secretárias, na boa intenção de prestigiá-las. Acho estranho. Então devemos chamar as verdadeiras secretárias de quê? Empresárias? Pessoas que promovem verbalmente suas funcionárias acreditam estar valorizando-as, mas parece o contrário: demonstram que ser empregada doméstica não é honroso, a ponto de fingirem que elas são outra coisa. Se eu me referisse à minha empregada como "secretária", creio que estaria revelando desdém a sua real função. Seria o mesmo que chamar o peão-de-obra de engenheiro ou a garçonete de chef de cozinha. 


Um upgrade de mentirinha. Algumas empregadas domésticas ainda não são totalmente alfabetizadas. Não dominam o uso do computador. Não controlam a agenda profissional de seus patrões. São exímias cozinheiras, arrumadeiras, braços direitos das famílias, mas não fazem o que uma secretária faz. Assim como secretárias podem não saber fritar um ovo e nem passar direito uma camisa. Uma não substitui a outra. 

Uma não é melhor que a outra. Ambas são imprescindíveis, cada uma em seu ambiente de trabalho. Se a palavra "empregada" parece pejorativa, pode-se chamá-la de funcionária, que é o que ela é também. Já chamá-la de secretária apenas expurga a culpa do patrão, que não quer parecer um senhor do engenho, do tipo que tem escravos. Ou seja, ele se utiliza de um eufemismo para provar que respeita todos os direitos trabalhistas da sua funcionária. 

Nem se dá conta de que esse pudor com a palavra empregada talvez desmereça as profissionais que tiveram a chance de estudar mais e que fizeram cursos preparatórios para trabalhar numa empresa e não numa casa de família. 

Secretárias não fazem trabalho doméstico, e sim de escritório. Apesar de eu nunca ter lido nenhuma pesquisa a respeito, tenho a impressão de que elas devem se sentir desconfortáveis ao verem as duas funções confundidas. 


Eu, às vezes, me confundo. Outro dia me disseram: vou te levar lá em casa para provar o suflê de queijo que a minha secretária preparou. Logo pensei: coitada, fazendo hora extra. 



(Martha Medeiros)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

SIGNIFICADO DO SÍMBOLO DE SECRETARIADO EXECUTIVO




Você sabe o que significa a simbologia de Secretariado? 



A serpente enrolada no bastão representa o oriente, a sabedoria, que pode ser usada tanto para construir como para destruir. 




A pena no livro representa a história deste profissional, desde os tempos dos escribas, cuja atuação sempre esteve vinculada ao ato de escrever. Este simbolo representa ainda o escrever a própria história.





Quanto a pedra e a cor do anel é uma safira azul.








quarta-feira, 4 de novembro de 2015

PROFISSIONAL DE SECRETARIADO: LER É PRECISO



“Todo mundo que escreve deve deixar o leitor o esforço de pensar sobre o que leu, e não o sacrifício de adivinhar o que se queria ter dito – Este é o ponto” Gustavo Bernardo.




Entre as atribuições do Profissional de Secretariado está a redação de documentos, e-mails, relatórios, atas, pautas, sem deixar de mencionar a boa comunicação verbal/falada. Em algumas situações, por exemplo, o domínio da comunicação é um dos requisitos para promover alguém, uma vez que escrever bem é um diferencial. 

E cá entre nós, nada mais trágico do que uma Secretária falando que está "Meia estressada com tanto trabalho" ou "Espero que eu seje a nova acessora da Presidência". 

É claro que isso não significa saber todas as regras gramaticais, embora não invalide nosso compromisso com a organização de ideias, clareza, concisão e o bom domínio de vocabulário.

Para isso, algumas dicas podem contribuir: 

Leitura – Tenha como hábito a leitura de diversos tipos de textos. Ao diversificarmos a leitura aprendemos palavras dos mais variados assuntos e campos de atuação, isso inclui revistas, livros, jornais, etc.

Consulte o dicionário: Tenha como hábito sublinhar ou anotar palavras desconhecidas e acima de tudo, tenha a curiosidade em descobrir o significado. Isso, seguramente, contribuirá para uma melhor escrita. 

Xô preguiça – Ao redigir um texto não tenha preguiça de se expressar. Considerando que vivemos o momento das “urgências” corremos ainda o grande risco de confundir objetividade com falta de informação. Por isso, sempre se coloque no lugar do leitor/receptor de sua mensagem. 

Treine - Escreva. Quanto mais você se acostuma a escrever, mais aprimora sua comunicação escrita. Redija e-mails, cartas, participe de fóruns, blogs (elogiando, comentando, criticando).  

Revise o que escreve: Tenha como regra revisar tudo o que escreve, até mesmo uma simples mensagem enviada por torpedo merece sua atenção. Lembre-se: a pressa é inimiga da perfeição. 

Atualize-se: “tudo o que você sabe é nada, diante do quanto você ainda pode aprender”. JACK WELCH. Por isso, invista em conhecimento e capacitação continua. Particularmente, Corroboro com a teoria de Malcolm Gladwell quando afirma ser necessário muito treinamento para que seja alcançada a excelência. 

Otimize seu tempo - O dia tem 24 horas para todos. Não tem ninguém que tenha um minuto a mais. E essas 24 horas, teoricamente, estão divididas em três blocos de 8 horas. No primeiro bloco de oito horas, descansamos, dormimos. No segundo trabalhamos e no terceiro bloco de oito horas, o que fazemos? Portanto, não procure desculpas. Otimize seu tempo. Faça com que as horas "perdidas" no trânsito e na fila do banco trabalham a seu favor.


Tenha ânimo: sabemos que culturalmente somos um povo que não cultiva o hábito da leitura. Segundo especialistas, a média de leitura do brasileiro é de quatro livros por ano, sendo que, somente cerca de 50% da população brasileira cultiva o hábito de leitura. Fazendo uma comparação com outros países, na França a média é de 12 livros por ano, na Espanha, 11, nos Estados Unidos, 10, na Argentina, 6, no Chile, 5. Então não desanime. Comece por uma leitura simples e por temas de seu interesse e quando menos esperar você estará em pleno domingo se deliciando pelos corredores de uma livraria, e falo isso por experiência própria. 

Penso que para desenvolvermos novos patamares culturais, intelectuais e profissionais, precisamos necessariamente ampliar nosso acervo de conhecimento, por isso, torna-se fundamental a leitura. 

A capacidade do cérebro humano é enorme, e uma vida inteira de estudo e leitura não serão suficientes para esgotar uma pequena fração de nossa capacidade.



POR: Simara Rodrigues
Blog Secretariar é uma Arte

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A IMPORTÂNCIA DO SERVIDOR PÚBLICO




O cidadão quer um serviço público proporcionado pelo Estado que funcione, e para isso exige servidores dedicados e preparados para fazerem o melhor com o objetivo de atenderem às suas necessidades.

A prestação do serviço público é das mais importantes atividades de uma comunidade, de uma sociedade ou de uma nação. Nenhum país, estado ou município funciona sem seu quadro de servidores públicos, responsáveis pelos diversos serviços colocados à disposição do cidadão.

Portanto, é de suma importância exaltar quem executa o papel de prestador de serviço à sociedade. Neste contexto, prestar serviço à população com qualidade e dedicação deve ser sempre a meta dos servidores e estar entre seus objetivos.

Segundo se depreende das disposições constitucionais em vigor, servidores públicos são todos aqueles que mantêm vínculo de trabalho profissional com os órgãos e entidades governamentais, integrados em cargos ou empregos de qualquer delas: União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Trata-se de designação genérica e abrangente introduzida pela Carta de 1988, uma vez que, até a promulgação da Constituição Federal hoje em vigor, prevalecia a denominação de funcionário público para identificação dos titulares de cargos na administração direta, considerando-os equiparados aos ocupantes de cargos nas autarquias, aos quais se estendia o regime estatutário.

A partir, portanto, da Constituição de 1988, desaparece o conceito de funcionário público, passando-se adotar a designação ampla de servidores públicos.

A cada dia, o papel do servidor público não é apenas o de ser estável. É muito mais do que isso, pois a sua atuação está necessariamente voltada para os anseios da comunidade ou sociedade.

A estabilidade dos servidores somente se justifica se ela assegura, de um lado, a continuidade e a eficiência da Administração e, de outro, a legalidade e impessoalidade da gestão da coisa pública.

A responsabilidade do servidor público é muito grande, tornando-se um privilégio por tratar-se de um agente de transformação do Estado.

O servidor deve estar sempre a serviço do público e, a partir desta lógica, listamos alguns princípios fundamentais à sua atuação: 

Agente de transformação a serviço da cidadania, o que se torna uma diferença marcante dos demais trabalhadores;

1.Compromisso intransigente com a ética e com os princípios constitucionais;

2.Atualização permanente e desenvolvimento de novas competências;

3.Capacidade de lidar com a diferença e a diversidade;

4.Habilidade para atuar em diferentes contextos e sob diversos comandos;

5.Lidar com o que é de todos.

O principal diferencial do servidor público é que este tem a oportunidade de servir à comunidade em que está inserido. Por isso, esta não pode ser vista como uma profissão qualquer, e sim como um desafio de se cuidar do que é de todos nós.


Augusto Dourado
Especialista em RH





quarta-feira, 21 de outubro de 2015

COMO NÃO MANCHAR SUA IMAGEM PROFISSIONAL NO FACEBOOK



É inegável, o passatempo principal de 10 entre 10 pessoas na internet é acessar o Facebook e ficar horas por lá, lendo sua timeline, enviando mensagens, compartilhando imagens chatas, reclamando da vida, do trabalho, da rotina etc ,etc, etc. Quem nunca reclamou pelo menos uma vez no Facebook que atire a primeira pedra!

Porém, é preciso tomar muito cuidado com estas reclamações intermináveis nas redes sociais em geral, não só no Facebook. Tudo bem que você está insatisfeito com uma série de aspectos em sua vida, quem não está? Mas explicitar isso para milhares de pessoas todos os dias pode lhe acarretar uma série de problemas. Abaixo iremos comentar um pouco mais sobre isso.

O ponto deste artigo não é condenar quem posta uma reclamação ou indignação em si. O problema é que as pessoas insistem em mostrar toda sua indignação em acordar cedo para trabalhar, em ter que voltar ao trabalho na segunda-feira, em reclamar do volume de trabalho, em pedir para chegar o fim do expediente logo etc. Aposto que você já viu inúmeras mensagens deste tipo na sua timeline, não é mesmo? Ou será que você também já não enviou uma destas? Rs

O grande problema é que em um mundo onde cada vez mais pessoas estão conectadas à internet, com perfis sociais ativos, não é raro que um profissional tenha seu chefe e/ou colegas de serviço adicionados ao seu perfil, não é mesmo? Mais comum ainda é uma destas pessoas presenciar suas reclamações diárias sobre o trabalho, sobre o chefe, a equipe, a empresa e tudo o mais. Já pensou no perigo que isto se torna para o seu emprego?

Abaixo comentamos algumas dicas muito importantes que você deve seguir ao usar as redes sociais para reclamar de seu trabalho. Confira:

Não reclame do seu trabalho no Facebook

Sim, a primeira dica sobre como reclamar do trabalho no Facebook é “não reclame do seu trabalho no seu facebook”. Pode parecer estranho, mas faz muito sentido.
Para evitar que o pior aconteça com você, evite fazer reclamações explícitas sobre o seu trabalho nas redes sociais. Se ele está ruim, tente fazer algo para melhorá-lo dentro do seu ambiente de trabalho. Ninguém na rede social poderá ajudar em alguma coisa, pelo contrário. Basta um compartilhamento de sua indignação para a pessoa errada e BOOM! Você está demitido! E não, eu não estou exagerando. Veja o exemplo abaixo:
Um caso muito famoso, ocorrido em 2009 reflete bem o que estamos tentando alertá-lo neste artigo. Na imagem abaixo, uma funcionária faz uma reclamação explícita sobre o seu chefe em seu perfil do Facebook. Ela disse: “Ai meu deus, eu odeio meu trabalho. Meu chefe é totalmente pervertido e sempre me manda fazer coisas só para me irritar”.

Horas depois, seu chefe respondeu à reclamação pública dizendo: “acho que você esqueceu que tinha me adicionado aqui”. Depois, criticou fortemente o seu trabalho e finalizou dizendo: “Aparentemente você esqueceu que faltam duas semanas para o fim dos seis meses de experiência. Não se dê ao trabalho de voltar. Enviarei seu P45 [formulário que os funcionários preenchem quando deixam seus empregos] pelo correio e você pode vir pegar suas coisas quando quiser. Sim, estou falando sério”.
É mais ou menos assim que acontece. Você não quer ter que passar por esta situação constrangedora, não é mesmo? 


Evite postar palavrões e expressões chulas


O profissional de verdade deve zelar por sua imagem em qualquer situação, seja ela dentro ou fora do ambiente de trabalho. Não pega bem para o gerente de uma grande empresa, por exemplo, postar imagens ou expressões de baixo calão nas redes sociais. Assim como, não pega bem para alguém ficar xingando em CAPS LOCK o tempo todo em seu perfil social. Por isso, tome cuidado com o que você posta e como posta, afinal, existe muita gente de olho em seus perfis nas redes sociais.

Não reclame da segunda-feira


A mesma regra vale para aqueles que reclamam de ter que acordar cedo. Nenhum patrão gosta de ter funcionários que tem preguiça de ir trabalhar. Muito menos gostam de vê-los dizendo isso para milhares de pessoas todos os dias. Isto pode ser um bom motivo para que ele lhe repreenda, ou mesmo o demita. Afinal, existem centenas de pessoas em busca de uma vaga como a sua nesta empresa, e se você reclama tanto, pode ser que não esteja tão feliz assim com seu emprego.



Não faça piadas sobre seu ambiente de trabalho


Evite fazer piadas sobre seus colegas de trabalho ou sobre sua empresa. Este também é um tipo comum de postagem em rede social que pode custar o seu emprego. Recentemente, duas estagiárias do Senado Federal foram demitidas por fazerem uma piada sobre um certo político que lá trabalha. Veja a publicação que gerou a demissão abaixo:

Cuidado com os jogos no horário de trabalho

Algumas empresas bloqueiam o acesso de seus funcionários às rede sociais durante o horário de trabalho. Mas nem todas são assim. Por isso, se você acessa o Facebook durante o horário de trabalho, mesmo que em horários onde o volume de trabalho é reduzido, tome muito cuidado com as mensagens de jogos, solicitações de aplicativos etc. Nenhum chefe gosta de perceber que seu funcionário está jogando em uma rede social enquanto deveria estar trabalhando. Isso pode depor contra você e seu comprometimento com o trabalho.

Não poste informações sigilosas de sua empresa no Facebook


Não é muito difícil encontrar pelas redes sociais pessoas que postam fotos do seu ambiente de trabalho, sua mesa, seus colegas de trabalho etc. Porém, alguns profissionais vão além e postam informações sigilosas de seus empregadores, como um novo produto que ainda não foi lançado, ou algum procedimento considerado secreto etc. Este tipo de publicação, sem dúvida alguma, pode gerar uma demissão por justa causa para o empregado.
Por isso, pense várias vezes antes de publicar uma foto relacionada ao seu ambiente de trabalho. Ela pode lhe trazer sérios problemas no futuro.


É preciso alertá-los, também, de que a maioria destas dicas valem não só para aqueles que já estão empregados, mas também para os que estão em busca de um emprego. Grandes empresas, hoje em dia, já se utilizam das redes sociais para investigar um pouco sobre a vida dos candidatos antes da contratação.
Por isso, tome sempre cuidado com o que posta em seu perfil, tente parecer sério e profissional, se divertindo na medida certa para que uma mensagem que você julga inocente não manche sua imagem profissional frente a um recrutador.
Utilize as redes sociais com sabedoria, filtre muito bem as mensagens que irá postar, principalmente as relacionadas ao seu emprego.



terça-feira, 20 de outubro de 2015

PORQUE ÉTICA É IMPORTANTE


Ética não tem perdão, nem cumprimento de pena. Transgredir a ética é uma mancha para sempre.


Antigamente, moral e ética eram transmitidas às novas gerações pelas classes dominantes, pela aristocracia, pelos intelectuais, escritores e artistas. Era uma época em que os nobres eram nobres, exemplos a ser seguidos por todos.

Hoje, isso mudou. Nossas lideranças políticas, acadêmicas e empresariais não são mais “nobres”, nem se preocupam em transmitir valores morais às futuras gerações.  Nossa televisão só pensa em lucro, seus donos não têm nenhuma preocupação em ser respeitados pelos seus pares. 

Não existe mais o noblesse oblige, a obrigação dos nobres, como antigamente. Poetas brasileiros até enaltecem os nossos “heróis sem caráter”. Hoje, quem quiser adquirir valores morais e éticos neste mundo “moderno” terá de aprender as regras sozinho.

Portanto, para não perder mais tempo, vamos começar com a primeira lição. Vou mostrar a importância de criar um código de ética com um exemplo real. Um estudo de caso. Vou romancear os personagens para os proteger, mas a história é verdadeira.

Um amigo de infância, o Zeca, casou-se com a garota mais linda de nossa turma. Que para piorar a situação tinha uma irmã mais nova e ainda mais bonita de 16 anos. Nosso comentário na época era que ele estava casando com a irmã errada, mas no fundo estávamos todos morrendo de inveja. Após dois anos de casado, o Zeca acabou transando com a linda cunhada. E óbvio foi prontamente descoberto pela esposa. Foi o escândalo da cidade. Só falamos disso por seis meses. Ele se desculpou todo envergonhado dizendo: “Não sei o que passou pela minha cabeça, ela simplesmente se entregou”. Fato mais comum do que se imagina, fruto de uma rivalidade não resolvida entre belas irmãs. Muitos anos depois, cada vez que encontrávamos o Zeca tentávamos disfarçar nosso sorriso malicioso. Mesmo vinte anos se passando, toda vez que eu o encontro, a primeira imagem que me vem à mente é: “Lá vem o Zeca, aquele que transou com a cunhada”. Eu sei que Isso é totalmente injusto de minha parte, afinal seu crime não durou mais que meia hora, e ele nunca voltou a repeti-lo.  Já sofreu e pagou seu pecado, se separou, perdeu metade do seu patrimônio e mesmo assim, vinte anos depois, nós ainda o estávamos condenando.

Pelas leis brasileiras, ele já teria cumprido uma pena, seria perdoado e ponto final. Esta é a diferença entre leis e ética. Ética não tem ponto final. Ética não tem perdão, nem cumprimento de pena. Transgredir a ética é uma mancha para sempre. Um horror! Por isso as gerações mais velhas criam uma moral e uma ética, uma religião, uma filosofia de vida. Para ser transmitida às novas gerações para que elas não façam besteiras que possam marcá-las para o resto da vida. Transgredir a moral e a ética de sua comunidade traz penas bem mais severas que transgredir as leis de seu país.

Agora, ter uma religião e não seguir os preceitos que ela advoga, algo que ocorre com frequência, é o pior dos dois mundos: aí você não procura uma ética melhor que o satisfaça nem segue a ética determinada por sua religião.

Só o caso termina ainda pior. Na semana passada ligou um amigo de meu filho e anotei o recado: O Alfredo, filho do Zeca, te ligou. O Zeca, aquele que papou a cunhada? – disse meu filho com um sorriso malicioso. Acho que ninguém de nossa turma tem hoje inveja do Zeca.  Ele não somente pagou o preço, mas esse preço vai ser pago agora por seus filhos, netos e talvez bisnetos. Posso até imaginar daqui a trinta anos um comentário desses: Aquele não é o neto do Zeca, aquele que foi pego na cama com a cunhada?

Os filhos, netos e bisnetos de nossos políticos, homens públicos, líderes e artistas que romperam com a ética terão de conviver com o eterno tititi sobre seus pais e nunca saberão dos comentários ditos pelas costas.


Se você odeia as pregações de moralidade que seus pais lhe impõem, isso não o exime de procurar um sistema de referência melhor para sua vida, seja uma conduta filosófica, seja um simples livro de autoajuda. As consequências podem ser muito mais severas que as leis impostas pelo Estado, como descobriu meu querido amigo Zeca, aquele que teve uma relação extraconjugal com a cunhada.

Artigo Publicado na Revista Veja, edição 1733, ano 35, nº1, 9 de Janeiro de 2002.
Acesso em: 04/06/2013 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O QUE NÃO É ASSÉDIO MORAL



Há algumas situações que podem ser confundidas com assédio moral:

 Situações eventuais
A principal diferença entre assédio moral e situações eventuais de humilhação, comentário depreciativo ou constrangimento contra o trabalhador é a frequência, ou seja, para haver assédio moral é necessário que os comportamentos de assédio sejam repetitivos. Um comportamento isolado ou eventual não é assédio moral, embora possa produzir dano moral.

 Exigências profissionais 
Todo trabalho apresenta certo grau de imposição e dependência. Assim, existem atividades inerentes ao contrato de trabalho que devem ser exigidas ao trabalhador. É normal haver cobranças, críticas construtivas e avaliações sobre o trabalho e/ou comportamento específico feitas de forma explícita e não vexatória. Porém, ocorre o assédio moral quando essas imposições são direcionadas para uma pessoa de modo repetitivo e utilizadas com um propósito de represália, comprometendo negativamente a integridade física, psicológica e até mesmo a identidade do indivíduo.

 Conflitos
Em um conflito, as repreensões são faladas de maneira aberta e os envolvidos podem defender a sua posição. Contudo, a demora na resolução de conflitos pode fortalecê-los e, com o tempo, propiciar a ocorrência de práticas de assédio moral. Algumas situações, como transferências de postos de trabalho; remanejamento do trabalhador ou da chefia de atividades, cargos ou funções; ou mudanças decorrentes de prioridades institucionais, são exemplos que podem gerar conflitos, mas não  se configuram como assédio moral por si mesmas.

 Más condições de trabalho
Trabalhar em um espaço pequeno, com pouca iluminação e instalações inadequadas não é um ato de assédio moral em si, a não ser que um trabalhador (ou um grupo de trabalhadores) seja tratado dessa forma e sob tais condições com o objetivo de desmerecê-lo frente aos demais.

Lembrem-se: Para serem consideradas como assédio moral, as práticas precisam ocorrer  repetidas vezes e por um período de prolongado.


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

NETWORKING - VOCÊ É UM AMIGO OU UM PERIGO PARA O SEU MEIO




Ninguém é autossuficiente, ninguém consegue progredir profissionalmente se não for capaz de conviver em sociedade de forma harmônica, e trabalhar em conjunto com outras pessoas.

Qualquer ser humano seria incapaz de levar uma vida saudável sem se relacionar com outras pessoas; o isolamento total ou mesmo parcial da sociedade seria extremamente danoso a qualquer um. 

Na vida profissional o mesmo ocorre, e de forma muito mais acentuada: nós temos que lidar com várias situações que exigem grande empenho e que na grande maioria das vezes não conseguimos resolver sozinhos, e precisamos de ajuda.

O fato é que nem sempre sabemos com qual pessoa precisamos exatamente nos relacionar, mas temos certeza absoluta de que precisamos de alguém. Buscamos então nos fortalecer de forma mútua, tanto em família, quanto na vida profissional. A esse magnífico processo de auto fortalecimento damos o nome de networking.

A palavra networking é a união dos termos em inglês "net", que significa rede e "working", que é trabalhando. O termo, em sua forma resumida, significa que quanto maior for a rede de contatos de uma pessoa, maior será a possibilidade de essa pessoa conseguir uma boa colocação profissional. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Networking).

A meu ver networking é:
O processo deliberado e sistemático de desenvolver e cultivar relacionamentos baseados no benefício mútuo em torno do bem coletivo.

Alguns desses relacionamentos são com pessoas dentro da organização e outros, com pessoas fora da organização. Alguns deles baseiam-se em vínculos organizacionais formais como aqueles com chefes diretos, subordinados, colegas e clientes. Outros se baseiam em vínculos informais tais como aqueles com pessoas de outros departamentos e pessoas que você encontra em reuniões profissionais, eventos sociais, clubes, reuniões do Rotary, Lions, Maçonaria, associações comerciais de diversos segmentos, etc.

Alguns são relacionamentos próximos com pessoas com quem você interage frequentemente e trazem apoio emocional, bem como instrumental. Outros são baseados em pouco mais que cartões de visitas...
Todos esses relacionamentos podem contribuir para a sua eficácia profissional, seu progresso de carreira e seu bem-estar psicológico. 

COMO VAI O SEU NETWORK?
Quantas pessoas você conhece que sabem que podem contar com você quando for preciso? Elas realmente estão certas, ou “na hora H” você irá sair pela tangente e recusar-lhes um favor que está ao seu alcance, e que exige pouco esforço da sua parte?
Quantas pessoas que você conhece estão aptas e dispostas a ajudá-lo quando for necessário e farão isso de bom grado?

Será que você realmente possui network? Ou você apenas recorre àqueles velhos conhecidos (com quem você não fala há muito tempo) apenas quando está com a “corda no pescoço”?
Criar e manter um network fiel é o resultado de uma vida inteira trabalhando bons relacionamentos, buscando sempre estabelecer e expandir uma rede de contatos, uma vida inteira indagando o que você pode fazer pela outra pessoa e se importando com ela.

Possuir um network compreende manter um relacionamento além dos negócios, significa transcender as relações de compra e venda e criar amizades verdadeiras que possuam reciprocidade equivalente de atitudes. Através de suas habilidades de relacionamentos interpessoais você pode criar uma rede de contatos que sempre que possível irá ajudá-lo, seja com ações ou informações. 

Mas como primeiro passo o que você deve fazer é sempre manter o contato ativo e estar disposto a colaborar com o que for preciso e estiver ao seu alcance.
Somente ter talento e grandes habilidades não será suficiente para garantir sua sobrevivência no atual mercado de trabalho se você não souber como e para quem vendê-los.
Buscar novas informações, participar de cursos e realizar treinamentos é vital para aprimorar qualidades profissionais. Porém, colocá-las em prática sem que haja alguém para admirá-las, e sem colocá-lo em evidência, não irá ge-ar grandes resultados, e novas oportunidades irão depender da sorte e do acaso para surgirem. Esperar por isso pode ser muito perigoso para sua carreira e sua empresa.
Não se apoie na política da empresa. Pensar que porque você tem 20 anos de casa demiti-lo trará grandes prejuízos à companhia é um grande equívoco.
Substituí-lo por alguém que possua excelente comunicação, carisma, bons relacionamentos, um interessante mailing de clientes, e principalmente uma forte rede de contatos, além de indicado à diretoria com ótimas referências, pode cobrir todos os gastos gerados pela sua demissão e, além do mais, resultar em lucros muito maiores.

Você pode ser confiante, confiável, leal, competente, bem instruído e muito bem treinado, porém somente isto não será suficiente. Se você pretende se manter e crescer no mercado, irá precisar de muito mais. Você irá precisar de uma rede de contatos, de um verdadeiro e muito eficaz network que irá ajudá-lo a resolver desde pequenos problemas do cotidiano até a triunfar perante os grandes desafios que lhe são impostos. 

Sua rede pode lhe fazer propostas, fornecer indicações, recomendar um treinamento, fornecer estadia em outra cidade, estado ou país; prestar auxílio financeiro, entretenimento, ou simplesmente lhe dar uma carona para o trabalho em um dia de chuva.

Sem os infinitos recursos favoráveis que uma rede pode proporcionar a você, se tornará muito mais difícil e complicado encontrar um cliente, fazer um novo contato, conseguir um emprego, encontrar um bom médico, trocar de carro, ou mesmo fechar aquela mega proposta que é muito importante para a empresa, e pode alavancar sua carreira profissional de forma praticamente imensurável.



quinta-feira, 15 de outubro de 2015

OS PRECURSORES DA ADMINISTRAÇÃO


As primeiras empresas tinham estruturas simples e eram organizadas de forma rudimentar. Não havia, por parte dos empresários e dos profissionais, interesse em desenvolver novos métodos e processos de organização. Somente a partir de 1900 começaram a surgir os primeiros estudos nesse sentido. Entre os precursores da administração científica das empresas, em suas diversas áreas, mencionaremos apenas aqueles que mais contribuíram para o seu desenvolvimento.

HENRI FAYOL (1841-1925) Engenheiro e administrador francês, Henri Fayol atuou também como diretor de minas e diretor-geral de empresa. Em 1916, publicou o livro Administração Industrial e Geral que enfatizava a administração como o processo que garantia o desenvolvimento ordenado das atividades empresariais. Fayol também se preocupou com aspectos da produção e fez uma abordagem mais ampla que a de Taylor. O Fayolismo Para Fayol, "governar a conduzir a empresa até a meta proposta, procurando obter o maior rendimento possível de todos os recursos de que dispõe, e garantir o desenvolvimento das seis funções essenciais".

FREDERICK WINSLOW TAYLOR (1856-1915) Engenheiro norte-americano, desenvolveu novos processos de fabricação de aço e aperfeiçoou sistemas como o da cronometragem, para medir a tempo de execução de um trabalho. Foi aprendiz, operário mecânico e engenheiro-chefe. Em 1911, com base em sua experiência profissional, publicou o livro Princípios de Administração Científica, que enfatizava a necessidade de aumentar a produtividade. O Taylorismo Dando grande importância à administração da produção, Taylor preocupou-se com a supervisão e a eficiência dos empresários. A melhoria da produtividade do trabalhador, segundo esse autor, permite a evolução dos salários.

HENRY FORD (1863-1947) Industrial norte-americano, criou em sua empresa as linhas de montagem, desenvolvendo a produção em série de automóveis. O princípio básico definido por Ford é o do ritmo. Segundo ele, deve-se abreviar o tempo de realização de um trabalho, através da simplificação das operações e do melhor aproveitamento das máquinas, criando, assim, um ritmo de produção contínuo e satisfatório. O Fordismo Esse sistema constituiu um marco no desenvolvimento da organização do trabalho. Sobretudo, porque seu criador encarou a questão pelo prisma social. Uma das características do fordismo consiste na produção em série ou em cadeia, através de um trabalho ritmado, numa linha de montagem. Essa ideia teve origem nas esteiras de transporte dos matadouros de Chicago. Na manipulação da carne, cada açougueiro cortava uma parte do boi e empurrava o animal para outro colega, que cortava outro pedaço, e assim por diante. Em suas fábricas de automóveis, Ford inverteu o processo de montagem: em vez de o operário se locomover à procura da peça, a peça chegava ao operário. Como Taylor, Ford procurou diminuir o preço do custo dos produtos: pela intensificação da produção, pela redução do volume de matéria-prima e pelo aumento da capacidade de trabalho dos operários.