sexta-feira, 27 de junho de 2025

5S: A Simplicidade Que Transforma Ambientes, Hábitos e Resultados

 



Imagine sua vida — ou seu local de trabalho — como uma gaveta esquecida. Cheia de coisas misturadas, papéis antigos, objetos que você nem sabia que estavam ali. Agora imagine abrindo essa gaveta, limpando, organizando e mantendo só o que realmente importa. É isso que o 5S propõe.

Mais do que uma ferramenta japonesa de gestão da qualidade, o 5S é uma filosofia de vida baseada em cinco princípios que promovem eficiência, clareza e bem-estar. Ele pode mudar desde o seu armário até a cultura de uma empresa inteira.


1. Seiri (Senso de Utilização) — Separar o útil do inútil

Metáfora: Como uma mochila leve em uma longa caminhada, manter apenas o essencial economiza energia e facilita o caminho.

Exemplo prático: Uma empresa que remove arquivos obsoletos de seus servidores não só economiza espaço digital, como também reduz riscos e melhora a busca por informações relevantes.

Na vida pessoal: Quantas roupas você guarda que não usa há anos? Seiri é aprender a deixar ir. É se libertar da bagunça física e emocional que ocupa espaço e drena energia.


2. Seiton (Senso de Ordenação) — Organizar o que ficou

Metáfora: Imagine tentar encontrar uma agulha em um palheiro… ou um documento urgente em uma mesa caótica. Seiton transforma esse cenário.

Exemplo prático: Um estoque bem organizado reduz perdas, facilita inventários e melhora a produtividade da equipe.

Na vida pessoal: Ter uma rotina clara para o seu dia, um local definido para cada coisa na sua casa, reduz o estresse e dá clareza mental. Organização é liberdade, não prisão.


3. Seiso (Senso de Limpeza) — Limpar e manter limpo

Metáfora: A sujeira que você vê é só parte do problema. O pó acumulado também representa negligência com o ambiente — e consigo mesmo.

Exemplo prático: Empresas que praticam o Seiso regularmente percebem redução em falhas de equipamentos, maior zelo dos funcionários e mais segurança no ambiente de trabalho.

Na vida pessoal: Cuidar do espaço onde você vive é um ato de autorrespeito. A limpeza do ambiente reflete a limpeza interna.


4. Seiketsu (Senso de Padronização) — Manter os padrões de organização e limpeza

Metáfora: É fácil arrumar o quarto num impulso. Difícil é mantê-lo arrumado todos os dias. Seiketsu é onde mora a disciplina.

Exemplo prático: Criar checklists semanais para manter a ordem no setor, realizar auditorias simples, ou definir responsáveis por áreas específicas.

Na vida pessoal: Criar rotinas sustentáveis — como revisar finanças toda segunda ou planejar refeições aos domingos — garante consistência e evita recaídas no caos.


5. Shitsuke (Senso de Disciplina) — Tornar o 5S um hábito natural

Metáfora: O 5S só funciona se você regar todos os dias. Como uma planta, ele precisa de constância para florescer.

Exemplo prático: Empresas que cultivam a disciplina do 5S veem seus colaboradores naturalmente mais engajados, proativos e comprometidos com a melhoria contínua.

Na vida pessoal: Não basta arrumar uma vez e voltar aos velhos hábitos. Disciplina é o músculo da transformação — quanto mais você pratica, mais natural se torna.


Por que o 5S é tão poderoso?

Porque ele atua nas raízes do comportamento humano: o apego, a procrastinação, a desorganização mental e a fuga da responsabilidade. Ele não exige grandes investimentos, nem tecnologia de ponta. Exige apenas consciência, ação e compromisso.


Gancho final: e se você aplicasse o 5S à sua vida hoje?

  • Que coisas você está guardando que já não servem mais?
  • O que em sua rotina precisa ser reorganizado?
  • Que “poeiras emocionais” você precisa limpar?
  • Quais hábitos você pode padronizar?
  • E, principalmente, qual disciplina você precisa cultivar para que tudo isso vire transformação real?

O 5S não é uma tarefa. É um estilo de vida, que começa do lado de fora, mas reverbera profundamente dentro de você.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

A UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS NO AMBIENTE CORPORATIVO: O PAPEL ESTRATÉGICO DO PROFISSIONAL DE SECRETARIADO EXECUTIVO


 


Por: Acimarleia Freitas

As redes sociais deixaram de ser apenas espaços de interação pessoal e entretenimento. No contexto empresarial, elas assumiram um papel crucial na construção da imagem organizacional, no relacionamento com stakeholders e na difusão de valores institucionais. Em meio a esse cenário, o profissional de Secretariado Executivo se destaca como peça-chave para a gestão estratégica da comunicação digital das empresas.

Com uma formação voltada à comunicação, organização e suporte à alta gestão, o secretário ou secretária executiva está cada vez mais inserido(a) nas dinâmicas de relacionamento digital. Seja no planejamento de ações internas, seja no acompanhamento de canais institucionais, esse profissional contribui para alinhar o discurso da organização à sua identidade e aos seus objetivos.

Além disso, é responsabilidade desse profissional zelar pela conduta ética nas interações em redes, identificar riscos de reputação e apoiar a gestão de crises comunicacionais. Sua atuação é ainda mais relevante quando consideramos o impacto que uma publicação mal interpretada pode ter sobre a imagem da empresa.

Outro ponto importante é a gestão da informação. As redes sociais geram um grande volume de dados e tendências que precisam ser analisados com critério. Nesse sentido, o(a) profissional de Secretariado Executivo pode colaborar na produção de relatórios, no monitoramento de indicadores e no apoio à tomada de decisão por meio da coleta e organização de informações relevantes.

Diante disso, é fundamental que esses profissionais estejam em constante atualização, dominem ferramentas digitais e compreendam a lógica dos algoritmos, da comunicação digital e do comportamento do consumidor online.

As redes sociais, quando bem utilizadas, potencializam a visibilidade e a credibilidade da marca. E o Secretariado Executivo, ao assumir uma postura proativa e estratégica, contribui diretamente para que essa presença digital seja coerente, ética e eficaz.




REFERÊNCIAS – ESTILO ABNT

ALMEIDA, F. J. de; OLIVEIRA, S. P. Redes sociais e imagem corporativa: desafios e oportunidades no ambiente organizacional. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 14, n. 2, p. 45-61, 2018.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. 21. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2019.

CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.

FERREIRA, C. A.; GOMES, L. M. O uso estratégico das mídias sociais nas empresas: papel do Secretariado Executivo. Revista de Gestão Contemporânea, v. 11, n. 1, p. 79-91, 2022.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 2010.

MARTINS, E. R. Secretariado Executivo no século XXI: competências digitais e protagonismo estratégico. Revista Gestão e Secretariado (GeSec), v. 13, n. 3, p. 13-29, 2022.

TAPSCOTT, D. A economia digital: promessa e perigo na era da inteligência em rede. São Paulo: Makron Books, 2009.

 

 

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Bullying Corporativo e o Profissional de Secretariado Executivo: Entre a Vulnerabilidade e o Protagonismo Ético

 




O bullying corporativo — ou assédio moral organizacional — é uma prática reiterada de humilhação, hostilidade ou exclusão que se manifesta nas relações de trabalho, afetando profundamente a saúde mental, o desempenho e a dignidade dos profissionais. No contexto do Secretariado Executivo, esse fenômeno ganha contornos ainda mais sensíveis, dada a natureza da função, que exige discrição, múltiplas responsabilidades e constante interação com diferentes níveis hierárquicos.

Com frequência, o(a) profissional de secretariado se encontra em uma posição estratégica, porém vulnerável: atua diretamente junto à alta gestão, lida com informações sensíveis e, muitas vezes, é o elo entre diversos setores da organização. Esse papel de confiança pode, por um lado, torná-lo alvo de pressões indevidas, sobrecarga de trabalho ou isolamento profissional; por outro, pode colocá-lo em situações de testemunho ou mediação de comportamentos abusivos.

De acordo com Hirigoyen (2002), o assédio moral se caracteriza por ações contínuas e repetidas que desestabilizam emocionalmente a vítima, minando sua autoconfiança e autoestima. No caso do secretariado, essas ações podem se manifestar por meio de desqualificação das competências, invisibilização das contribuições, exclusão de reuniões importantes, cobranças excessivas sem critérios objetivos ou, ainda, através da instrumentalização da função para fins pessoais de chefias abusivas.

É fundamental, portanto, que os(as) secretários(as) executivos(as) sejam reconhecidos não apenas como potenciais vítimas, mas também como agentes estratégicos na construção de ambientes organizacionais saudáveis. Sua atuação ética, seu posicionamento imparcial e sua habilidade de comunicação tornam-nos peças-chave na mediação de conflitos, na promoção do respeito mútuo e na identificação de práticas nocivas à cultura institucional.

O combate ao bullying corporativo no âmbito do secretariado passa, necessariamente, pela valorização da profissão, capacitação contínua e fortalecimento da identidade profissional. Também requer o apoio de políticas institucionais que promovam canais de denúncia confiáveis, código de conduta claro e ações educativas que envolvam toda a equipe.

Ao promover um ambiente de trabalho respeitoso, transparente e colaborativo, o profissional de secretariado executivo contribui não apenas para a sua própria proteção, mas também para o fortalecimento da ética e da dignidade nas relações organizacionais.


Referência

HIRIGOYEN, Marie-France. Assédio moral: a violência perversa no cotidiano. 12. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.

segunda-feira, 9 de junho de 2025

COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA - CNV

 


Princípios da Comunicação não Violenta


Observação (sem julgamentos) – Descrever os fatos de forma objetiva, sem críticas ou suposições.
Exemplo: "Percebi que o relatório ainda não foi entregue" (ao invés de "Você sempre atrasa as entregas").


Sentimentos (expressar emoções com clareza) – Identificar e comunicar como determinada situação nos faz sentir.
Exemplo: "Fico preocupada quando um prazo não é cumprido" (ao invés de "Você me irrita quando atrasa").


Necessidades (compreender o que está por trás do sentimento) – Buscar entender quais necessidades não estão sendo atendidas.
Exemplo: "Preciso garantir que tudo esteja organizado para a reunião" (ao invés de "Você precisa se organizar melhor").


Pedidos (clareza no que deseja, sem imposição) – Expressar o que espera do outro de forma respeitosa e objetiva.
Exemplo: "Você pode me enviar o relatório até o fim do dia?" (ao invés de "Me mande isso logo!").


Benefícios da CNV no secretariado Executivo
  • Melhora os relacionamentos interpessoais – Facilita a comunicação com gestores, colegas e clientes.
  • Reduz conflitos – Evita mal-entendidos e desentendimentos.
  • Aumenta a produtividade – Torna as interações mais objetivas e eficientes.
  • Fortalece a imagem profissional – Demonstra maturidade emocional e habilidade de mediação.

 

Como aplicar no dia a dia?

  • Escute com empatia, sem interromper ou julgar.
  • Evite tom agressivo ou acusatório.
  • Demonstre interesse pela perspectiva do outro.
  • Diga o que sente e precisa de forma clara e respeitosa.

A CNV não significa ser passivo ou aceitar tudo, mas sim se comunicar de forma assertiva, respeitosa e estratégica. Isso faz toda a diferença no ambiente corporativo!