As mudanças que ocorrem no mercado de trabalho nos ensinam a ver a vida sob uma nova perspectiva. Quando o mundo inteiro enfrentou uma forte crise financeira, quem estava incerto sobre sua carreira, achou melhor não arriscar; quem estava infeliz, aprendeu a gostar de seu trabalho, até que a maré melhorasse.
Empresas reduziram quadros e custos. Agora é hora de investir. Enxutas e com foco redirecionado, as empresas entraram em 2010 com fôlego e energia para recrutar novos colaboradores e retomar seu crescimento.
Neste momento, o mercado está bastante competitivo, mas ao mesmo tempo oferece grande oferta de empregos. Com um importante detalhe: espera-se muito mais deste profissional.
Que habilidades e competências deve ter o colaborador que hoje é procurado pelas empresas?
Flexibilidade: Para saber lidar com mudanças rápidas e repentinas, para aceitar a volatilidade do mercado e a incerteza da rotina.
Coragem: De arriscar, apesar de não ter respostas prontas.
Resiliência: para encarar uma rotina de imprevistos, pressão e obstáculos e saber superá-los, mantendo sua essência e equilíbrio.
Otimismo e Equilíbrio Emocional: ter a habilidade de manter-se auto motivado e encarar a rotina de forma positiva, transformando pequenos problemas em grandes soluções.
Criatividade: Para pensar diferente, encantar com novas soluções e contribuir para o ambiente de trabalho.
Comprometimento: Vontade de fazer a diferença e se envolver com o trabalho que faz. Este envolvimento vem de dentro e não deve ser ligado, apenas, ao salário.
Autodidata: Que vai em busca de autoconhecimento e aprendizado, portanto está sempre em crescimento.
Visão Generalista e função de Especialista: é bom conhecer de tudo um pouco e informação é um diferencial, mas desde que tenha um foco de trabalho – onde está a sua expertise.
Principais erros que devem ser evitados durante a busca!
Buscar um emprego e não um trabalho - O profissional não deve apenas procurar uma função onde possa ganhar dinheiro, mas sim uma empresa onde ele terá orgulho de levar seu talento e onde tenha prazer e crescimento na função. Caso contrário, estará frustrado e procurando emprego novamente em um curto espaço de tempo.
Falta de networking - Enviar currículo por e-mail não é a única forma de procurar emprego. Encontre as pessoas, crie e fortaleça vínculos já existentes, participe de eventos, circule e faça-se notado.
Desânimo - A fase é difícil e de grande ansiedade, por isso procure ‘válvulas de escape’ e faça atividades que lhe dão prazer (ginástica, leitura, cinema, hobby, etc.) e que poderão lhe ajudar a se manter resiliente.
Despreparo - Ao fazer contatos, tenha clareza do que gosta, do que quer fazer e como pode contribuir. Tenha suas experiências, habilidades e competências na ponta da língua.
Mais do que tudo, estamos vivendo a fase de paixão pelo que se faz - O trabalho deixa de ser um castigo e passa a ser um foco de satisfação. Quem não tiver esta visão, está buscando um emprego, e isto é muito difícil hoje em dia. Empregos não há muitos, mas oportunidades sim. Para quem quer desafios, para quem pensa "fora da caixa", para quem quer arriscar sabendo que vai chegar lá, várias oportunidades existem.
O profissional deve rever seus próprios conceitos e escolher as prioridades - o que é mais importante? Ser feliz ou ter razão? Cabe a cada um de nós escolhermos. Se for ter razão, fazer apenas um bom trabalho, qualquer coisa serve. Mas, se for para ser feliz, realizado, em busca de um objetivo que terá significado para sua vida profissional e pessoal então sim, vale a pena arriscar. O resto é consequência!
*Stefi Maerker é Diretora/Presidente da SEC Talentos Humanos, reúne mais de 20 anos de experiência na Assessoria de Executivos do primeiro escalão organizacional de empresas multinacionais; autora dos livros “Secretária–Uma Parceira de Sucesso”, 1999 e “Mulheres de Sucesso–Os segredos das mulheres que fizeram história”, 2000 e escritora de diversos artigos na área de gestão de carreira.