terça-feira, 13 de janeiro de 2015

MITOS SOBRE LIDERANÇA NOS QUAIS VOCÊ PRECISA PARAR DE ACREDITAR





O líder é uma figura essencial dentro de qualquer negócio. Constantemente inquieto e naturalmente ávido por resultados, ele é responsável por conduzir a empresa para um processo de desenvolvimento contínuo. É a liderança quem age para criar na equipe o clima de confiança e satisfação necessário para que todos busquem objetivos comuns.

Tão grande quanto sua importância é a polêmica instalada em torno da figura do líder. Não importa se você tem uma grande ou pequena empresa, o essencial é saber identificar as lideranças para que o trabalho delas possa beneficiar seu negócio. E isso não é fácil. Há muitos mitos envolvendo essa habilidade, fazendo com que muitas vezes a identificação do talento seja comprometida. Desmistifique o assunto para que a tarefa de encontrar bons líderes na sua empresa se torne mais fácil.

Liderança é um dom

Líderes não nascem prontos, como se fossem possuidores de um dom. Por mais que uma pessoa possa ter predisposição à esta característica, terá de aprender as habilidades essenciais de um líder. Se quiser liderar com sucesso, o profissional terá de desenvolver qualidades como autoconhecimento e disciplina, além de dominar técnicas de relacionamento, comunicação e gestão empresarial, aplicando-as sistematicamente no trabalho de condução da equipe.

Todo gestor é um líder

O gestor de uma empresa deve necessariamente saber administrar e monitorar, direcionando o trabalho dos funcionários. Mas liderar vai, além disso. Um líder deve conseguir encorajar a equipe na busca de resultados cada vez melhores. Liderança envolve transformação. Muitas vezes, o líder da empresa não é o dono ou o gerente, mas um funcionário de menor porte. Cabe ao dono identificá-lo e reconhecê-lo.

Líderes sabem mandar

O perfil do chefe autoritário e centralizador ficou no passado. Os poucos profissionais que ainda sobrevivem no mercado com essas características são como dinossauros, com os dias contados. O líder de verdade compreende que seu trabalho deve ser realizado em conjunto com a equipe. Ele confia nos funcionários, sabe delegar tarefas e monitora os resultados com inteligência para que consiga alcançar os melhores índices de desempenho.

Líderes sempre possuem as respostas certas

O líder sabe que não é o senhor da verdade, que não terá as melhores soluções sempre. Ele entende que processos evoluem e que não há conceitos absolutos. O que era bom há um ano pode estar obsoleto hoje. Portanto, valorize a busca por novas informações e o aperfeiçoamento técnico. Em vez de respostas, o líder deve buscar sempre novas perguntas, instigando a curiosidade e a inovação entre a equipe.

Líderes são cercados de servidores e mordomias

A essência da liderança é o serviço. O líder deve servir à sua equipe e à empresa. Profissionais cercados de mordomias e funcionários bajuladores deixam de ser líderes para render-se à ambição e ao deslumbramento do cargo que ocupam e das conquistas do passado. Esses profissionais estão fadados à estagnação. O líder de verdade jamais deixará de trabalhar com presteza.

Líderes são formados a partir de fórmulas preestabelecidas

Líderes são formados a partir de um longo processo de aprendizado e aprimoramento pessoal. Não existem fórmulas mágicas! Muitas pessoas são seduzidas a participar de cursos rápidos de liderança, que prometem mudar a forma como se relacionam com o trabalho e o restante do mundo. Infelizmente, esse tipo de milagre não existe. Se você quer se tornar um líder, tenha em mente que vai desenvolver um trabalho a longo prazo. Saiba que não há escola para isso, você estará sozinho nesse processo. E, sim, será difícil, mas muito compensador.


Diego Contezini é COO do Assas.com, ferramenta que permite que autônomos e pequenos empreendedores emitam cobranças com boletos sem que precisem falar com seus bancos, gerentes ou quaisquer outros fornecedores.









segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

RELAÇÃO INTERPESSOAL DO SECRETARIADO EXECUTIVO




O relacionamento sadio dentro da organização é fator principal nos dias atuais
O profissional de Secretariado Executivo precisa trabalhar harmoniosamente com seus colegas, procurando não fazer distinção de qualquer espécie. Nesse tipo de relacionamento, deve demonstrar lealdade, confiabilidade e bom-senso. 

Segundo Medeiros e Hernandes (1999), para desenvolver a flexibilidade de comportamento, exigem-se o conhecimento de si mesmo, melhor compreensão dos outros, boa convivência grupal e o desenvolvimento de aptidões para um relacionamento mais ameno com as pessoas. Quando uma pessoa compreende e aceita o seu mundo pessoal, ela se torna mais compreensiva e tolerante com o comportamento dos outros. 

Um fator importante no trato com as pessoas é saber ser flexível, isto é, ter relações conforme os casos se apresentam ou conforme as pessoas são. Estes fatores influem na qualidade de relacionamento no ambiente de trabalho. Abordam aspectos mais subjetivos como a motivação, a liderança, a comunicação, e a participação, onde estão inseridos a administração participativa e o trabalho em equipe. 

O relacionamento sadio dentro da organização é fator principal nos dias atuais. O funcionário objetiva ambiente de respeito mútuo, com oportunidades de aprendizado e crescimento. Alguns princípios são importantes quando falamos em relações humanas: 

  • Entenda que cada pessoa é portadora de uma personalidade específica; 
  • Nosso direto acaba quando começa o do próximo, logo, respeito o próximo se quiser ser respeitado; 
  • Não interrompa quem estiver falando, espere a sua vez. Interromper pode soar indelicadeza; 
  • Sorria sempre, o sorriso quebra barreiras de relacionamentos; 
  • Lembre-se que no ambiente profissional a hierarquia deve ser respeitada; 
  • Esteja sempre pronto a colaborar; 
  • Nunca expresse opiniões quando estiverem julgando alguém – poderá ser visto como fofoqueiro; 
  • Cumpra as normas da empresa; 
  • Seja ético; 
  • Jamais critique alguém em público; 
  • Somente prometa o que realmente pode cumprir, caso contrário,    não prometa;
  • Seja convicto ao afirmar algo; 
  • Não minta, não omita; 
  • Não se abale com críticas abusivas, solucione o problema; 
  • Atente sempre para a solução dos problemas, nunca para problemas somente; 
  • Avalie periodicamente sua conduta; 
  • Pense, avalie e somente após esse processo fale alguma coisa. 


Esse processo trará melhores resultados e evitará mensagens distorcidas. O comportamento resulta não só da nossa personalidade, mas, sobretudo, das expectativas do grupo a que pertencemos e do papel que nele desempenhamos. Dentro de uma organização ou instituição, uma das principais qualidades desejáveis no profissional de Secretariado Executivo é a capacidade de relacionar-se com os outros: superiores, colaboradores e visitantes. 

O fluxo uniforme e harmonioso do trabalho depende da forma como se trabalha com os outros e da forma como se influencia os outros para que trabalhem com cada um. O profissional de Secretariado Executivo procurará de todas as maneiras buscar equilíbrio emocional e evitará comportamentos que manifestam insegurança, como protestar contra casuais observações desfavoráveis de seu trabalho, ficando ofendido ou ressentido. 

Não deve encarar tais críticas como pessoais, mas relativas a uma parte do seu trabalho. Quem muito precisa de aprovação e reconhecimento dá provas de imaturidade profissional. Como seu trabalho envolve basicamente relacionamento interpessoal, desenvolver o controle das emoções, identificando maus hábitos e rastreando as possibilidades de crescimento, poderá lidar mais facilmente com situações difíceis tão presentes em sua profissão, fazendo com que as atitudes sejam focadas em resultados esperados pela chefia, sem a perda da motivação e com o equilíbrio emocional necessário para manutenção da empatia com o grupo de trabalho. 

O profissional de Secretariado Executivo não se deixa abater pelo medo de fracassos porque sabe que é capaz de errar e acertar, e que suas falhas não são vistas como incapacidade. Portanto, quando erra, evita situação de lamúria, manifestação de desequilíbrio emocional. Evita, sobretudo, fazer acusações e culpar alguém por seus próprios limites. 

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO



quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

QUAL É O "PÔBREMA" DO NOSSO SISTEMA EDUCACIONAL?




Sou professor do ensino superior e hoje acordei assustado. Sonhei com um jumento resolvendo uma questão de matemática na sala de aula que eu lecionava. Ele somava 2 + 2 e dava como resultado 3. Acordei umas 4 horas da manhã e passei o restante da madrugada correjindo muitos trabalhos, mas aquele jumento não saia da minha cabeça. Fiquei a pensar: qual é o pôbrema do nosso sistema educacional? O pôbrema está em mim, no governo, na família, na escola ou nos alunos que não querem nada? Será se nós queremos alguma coisa? Mas, não querer nada, já é querer alguma coisa. Ou será que o problema está é na sociedade e nos valores que ela cultiva? Ouvi durante a campanha política presidencial promessas de meritocracia de um lado e mágica pronateckiana do outro. Não sei quem está mais erado. Seria errado eu acreditar em um ou em outro. Eu que acredito no potencial poder salvador e libertador da educação. No entanto, vejo meus alunos egressos do ensino médio sem a mínima condição de acompanhar os conteúdos. Meus colegas dizem que a maioria dos alunos chegaram ao ensino superior por um desastre do o processo seletivo.

Ouvi de um colega sem muito compromisso um discurso coletivista: "facilite a vida dos alunos", ou "precisamos nivelar por baixo". Alguns querem mesmo é matar a individualidade. Me sugerirão(m) "reprove a todos", "os alunos é que se danem, no final do mês minha bufunfa está na conta, é pouco, mas dá pra viver". Fico atônito quando os estudantes, em sua grande maioria reprovam a performance do professor. O que ouço é que os professores ou são ruins ou são péssimos. Quando percebo uma linha tênue entre estas duas falas, ela não passa de: "a prática pedagógica deste professor é insatisfatória em sala de aula".

Pergunto-me: Existe estímulo para um estudante se dedicar, se outro que nada sabe e nada faz será aprovado da mesma forma que ele? E o que é pior, muitas vezes com notas melhores. E quem foi que disse que estudante precisa de estímulo para estudar? Sua profição é estudar. E nesta profissão a carga horária deve ser superior às 08 horas diárias previstas para as demais profissões. O que nada sabe, nem de estudante pode ser chamado. Se for aprovado, a vida se encarregará de reprová-lo. Mas bem, eu não sou a vida, logo, deixarei que ele pesque as melhores notas. A professora de matemática me disse que "os egressos do ensino fundamental não carregam o mínimo necessário e indispensável para dar continuidade aos estudos". Destarte, eles só chegam ao ensino médio por causa da aprovação automática. Ninguém pode perder. Ou seria ganhar? Neste caso, passar sem saber nada seria perder.

Outro dia, um aluno me perguntou: "Mas professor, qual vantagem existe em alguém se tornar um grande profissional? Enquanto eu pensava na resposta, ele me disse: "No Brasil o que dá dinheiro é ser político corrupto. Quero ser profissional". Tomei fôlego e vi que se tratava realmente de um aluno e não de estudante. O que ele falou pode até ser verdade e sei que muitos concordam com ele. E quem seria louco de discordar de mim se eu dissesse que estes caras não são grandes profissionais, ao menos nos aspectos éticos e morais. Há quem pence que político é tudo ladrão. Não pense você que eu não sei o português. Ao menos o básico eu sei. Fico preocupado, visto que todos nós fazemos política o tempo inteiro. Ainda bem que a política partidária alguns detestam, senão, com base nesta afirmação, todos seriam corruptos. O pai de uma aluno do 9° semestre de engenharia cartográfica me reclamou porque sua filha não sabe cálculo elementar de aritmética, não sabe coordenadas geográficas, nem interpretar. Falei para ele que a filha dele é ótima aluna, ao menos em interpretação. faz um bom papel de aluna.

Com as promoções educacionais que vejo na televisão e as oportunidades de estudo em grandes universidades, em cursos na modalidade à distância e até mesmo em cursos presenciais por mensalidades a partir de R$99,999 cheguei a conclusão de que cada vez mais os alunos não estão presentes em sala de aula e que o que eles querem mesmo é distância dos estudo. Em minhas aulas vejo de tudo, alunos com ipad, pipa, diário, maconha, iphone, papel de carta, metralhadora, tablet, dominó, discman, chicletes, walkman, crack, peão, x-box, comida, espingarda. Dizer que este aluno quer ficar de 4 a 6 horas por dia numa sala de aula sem os seus brinquedinhos é uma insanidade. Ouse concorrer com estes mimos que eles levam para sala de aula. Sem este aparato a escola fica um çaco, torna-se vazia e entediante. Hoje, ao terminar a aplicação de uma prova, coloco todas elas em um saco e vou rindo para casa. Eu riu das brincadeiras, como esta com a língua. Na verdade, eu rio mesmo é das asneiras que sou obrigado a ler. O colega professor disse que o aluno riu de mim. Me lembro da época em que a escola era um lugar de aprender. Não que hoje isto tenha se perdido e não se aprenda mais nada. Aprende-se e apreende-se muito, principalmente adolescentes e jovens infratores em conflito com a lei. A violência se tornou tão violenta com a escola, que a escola tomou medo e deu o seu lugar para a violência. Sou defensor da necessidade de se aplicar medidas socioeducativas mais efetivas. Às vezes havia intretenimento, brincadeiras e distrasões durante os estudos. Me lembro de "bater figurinhas" no fundo da sala durante a aula com meus colegas e até brincar de elástico com minhas coleguinhas, só para ganhar um bejinho ao final da aula. O problema é que hoje não se tem mais estudos, a onda agora é bullying e cyberbullying. As aulas são uma mescla de distrações, violências e entretenimento. Descobri que na lista dos animais em extinção está o bicho estudante, logo ele, o mais racional dos animais.

Tenho um aluno que é excelente. Falei para ele que se a minha matéria fosse arte circense, ele já estaria aprovado com louvor. Ele cir sente o máximo. É desenvolto, galhofeiro, inquieto. É um verdadeiro palhaço. Daqueles cuja graça, causa náuseas. Como posso eu, um mero graduado, professor de direito quântico mecatrônico concorrer com um pós doutor em sacanagem?. Outro dia, ele teve a corajem de finjir um desmaio em sala de aula durante a prova. A sorte foi que eu tive a coragem de lhe por para fora da sala de aula, fingindo que o maluco da história era eu. Ele do auto do largo cabedal do seu saber me disse que eu deveria ter mais paciência e menos conhecimento. Bem que ele tem razão. É preciso ter paciência com um governo que não paga nem o piso salarial para os professores, imagine sonhar com o teto constitucional da Alta Corte Nacional. Com a dramatização empreendida pelo aluno aprendi que preciso de menos didática e mais jeito de expectador. Nesta vida, tudo é passageiro.

Tomei a decisão de voltar a advogar e estudar para concurso público. Ensinar em duas faculdades particular e em uma universidade pública está me obrigando a deixar minha família de lado. Em troca de que? Baixos salários, desrespeito, cansaço e baixa líbido. Opa, esta última não anda baixa não. Aqui a única coisa que é baixa é a remuneração. Melhor assim, porque se os alunos sabem que o professor anda broxando, nunca mais ele consegue ministrar sua aula.

É preciso engulir muito sapo para acreditar que a escola é para todos. Se você não engolir o que eu falei, ao menos como com sal a ideia de que nem todos nasceram para a escola. Tenho que ouvir isto a todo instante: "Este aí não tem jeito" ou "Pau que nasce torto, não tem professor que endireita". Qual foi o pedagogo que insinuou que professor tem que endireitar alguém? Os arautos da pedagogia moderna querem me convencer de que eu tenho que arcar com dívidas históricas do país. Se querem ou não, pouco importa. existe um contingente enorme de vidas sendo ceifadas sem nem saber fazer u "o" com o copo, imagina escrever copo com o. Ou pagamos as dívidas agora, ou teremos um futuro muito mais endividado.

Sou do grupo que defende fechar a escola e abrir os olhos dos alunos para que estes se tornem estudantes. Penso que os professores devem deixar de ser mestres onipotentes. Resta-nos o trabalho braçal de formar e informar uma geração perdida. Perdida em si mesma. Uma geração sem norte e sem sul. Cheguei a conclusão que o pôbrema do nosso sistema educacional é não ser um sistema. Todos possuem sua parcela de culpa. Governo, família, escola , alunos que não querem nada e até os que querem.

Com o bixo aluno em extinsão, o jeito é mandar o jumento para a escola.


Este testo foi escrivido inicialmente para o site ney1.com. Possíveis erros de português e matemática são em decorrência do pécimo pôbrema do nosso sistema educacional. Dúvidas e recramações podem ser efetuadas para o autor pelo email acimarney@gmail.com







terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ENTENDER AS LÓGICAS DAS REDES SOCIAIS É ENTENDER O SER HUMANO





“A nossa interação social surge a partir dos propósitos individuais que incluem, entre outros, os interesses de poder, vaidade e riqueza”, disse, certa vez, o sociólogo alemão Georg Simmel, que viveu até os anos de 1918. Vejo essa lúcida fala dele como um apontamento essencial para entender as lógicas de uso e apropriação desses espaços online que protagonizam boa parte de nosso dia hoje: os avassaladores, potentes, onipresentes e complexos sites de redes sociais. 

Nas nossas práticas cotidianas, os aplicativos de redes sociais fazem parte de nossas vidas de uma forma cada vez mais íntima. Antes de dormir, sempre damos aquela última olhada no visor do celular (como se já não tivesse sido suficiente ter feito esse ato centenas de vezes ao dia), acionamos o alarme sonoro para acordarmos cedo na manhã seguinte e vamos dormir. Despertamos pela manhã e, ainda meio entorpecidos por Morfeu, já esticamos o braço e pegamos nosso inseparável smartphone. Afinal, antes de irmos ao banheiro para nossos habituais e compulsórios afazeres fisiológicos, não podemos começar nosso dia sem uma prática igualmente obrigatória: dar uma checada nas notificações do Facebook, nas mensagens do Whatsapp e verificar quem curtiu nossa última foto do Instagram. Feito isso, pronto! Podemos começar mais um dia.

Os chamados gadgets, como o iPhone da Apple, o Samsung Galaxy, o nosso iPad, iPod, a GoPro, surgiram nos últimos anos e alcançam hoje volumes de vendas exponenciais. Muito mais que meros aparatos tecnológicos, eles adquirem uma carga simbólica e fazem parte da vida dos consumidores contemporâneos, sobretudo os jovens, contribuindo para a formação de uma identidade social. Afinal, quando as pessoas compram um iPhone, por exemplo, estão não apenas adquirindo um aparato tecnológico, como também vivenciando certo estilo de vida e se inscrevendo num imaginário tecnológico que enfatiza as ideias de inovação, elegância e distinção econômica”, disse certa vez Erick Felinto, pesquisador da UERJ.

Já o antropólogo Néstor García Canclini argumenta que “no limite, chega-se a fenômenos de autismo e desconexão social, devido às pessoas preferirem antes ficar na frente da tela do que relacionar-se com interlocutores em lugares fisicamente localizados. Conectividade não é sinônimo de interatividade”. Ou seja, não é porque estamos conectados que estamos necessariamente interagindo com outros usuários. Aqui, nota-se que o pesquisador, que vive hoje no México, entende que o efeito dessa disseminação de novos ambientes virtuais pode ser nocivo ao processo de ensino-aprendizagem de jovens, pois “cada vez se lê menos livros e mais xerox de capítulos isolados, textos curtos obtidos na internet, que comprimem a informação. Diminuem os “leitores fortes”, enquanto aumentam os “leitores fracos” ou “precários”, pondera o antropólogo em uma de suas mais brilhantes obras, “Leitores, espectadores e internautas”.


É em virtude disso que evidencia-se o fechamento de livrarias, pois os jovens estão lendo menos e com novos parâmetros de comportamento. Anos atrás, por exemplo, a Borders (até então, a segunda maior livraria dos Estados Unidos) entrou em falência. O ato de ler perde valor em uma vida rodeada por telas e aqui entende-se melhor o magnetismo dos míseros cento e quarenta caracteres que norteiam as conversas e interações no microblog Twitter, por exemplo.

"Eu sei que deveria, mas isso não vai acontecer. Se eu receber uma mensagem no Facebook ou algo postado no meu mural, eu tenho que ver isso. Tenho que ver”. Eis o depoimento de Roman, um jovem de 18 anos, extraído do livro “Alone Together”, da psicóloga do MIT Sherry Turkle, ao admitir que envia mensagens de texto enquanto dirige seu carro, e diz que não vai parar. Nas redes sociais, parece que encontramos um local que sempre procurávamos. Ali podemos organizar nossos contatos e nos confortamos com a conveniência de estarmos em contato com um número enorme de pessoas (todos cirurgicamente mantidas à distância). Mas não é possível ter uma relação boa se usarmos a tecnologia para nos mantermos separados por distâncias controladas: nem perto demais, nem longe demais, no ponto certo. Aliás, esse é um alerta importante que a psicóloga do MIT nos faz. Afinal, mensagens de texto, e-mails e atualizações de status permitem que mostremos o “eu” que desejamos ser. Isso significa que podemos editar. E, se quisermos, podemos deletar. Ou retocar: a voz, a carne, o rosto, o corpo. Nem muito, nem pouco – na medida certa.
Ao analisarmos de um modo mais reflexivo todo esse manancial de novos espaços sociais, o que nos fica evidente é que cada rede social apresenta potenciais que lhe são próprios, por exemplo as especificidades do Instagram em relação ao Facebook, e este em relação ao Twitter ou ao Whatsapp, embora todas as redes sociais tenham um fio condutor marcado pela forma como as pessoas se apropriam desses espaços.


Quer entender as lógicas dessas apropriações? Vá entender o ser humano primeiro. E foi o que fiz nos últimos dois anos, quando fui estudar a forma como jovens estudantes constroem sua identidade por meio do Facebook. Percebi que para entender essas estratégias identitárias, seria preciso entender antes como se dá o processo de formação da identidade de um indivíduo. Deixei as redes sociais de lado. Por exemplo, fui tentar achar respostas no campo da comunicação, onde uma parte significativa dos estudos relacionados aos sites de redes sociais digitais vai buscar fundamentos nos estudos de Erving Goffman e a corrente do interacionismo simbólico, surgida na Escola de Chicago no início do século passado.

Goffman vai explicar que geralmente as pessoas esperam que haja uma “compatibilidade” entre quem nós realmente somos e a nossa aparência, mas sabemos que nem sempre isso ocorre (como quando alguém de altíssimo status social age de modo igualitário ou humilde com atores sociais de status menos proeminente). A aparência está, então, para o status social assim como a maneira está para os gestos e ações do ator social.


Nos sites de redes sociais digitais, as ações dos usuários ficam visíveis e expostas, sendo passíveis de serem analisadas. A aparência (tangibilizada em símbolos que indicam status, gestos expressivos e insinuações, por exemplo) torna-se elemento fundamental na interação social para que o indivíduo possa tentar prever minimamente com quem e com qual situação está lidando, conforme explica Goffman, quando disse que para descobrir inteiramente a natureza real de uma situação, seria necessário que o indivíduo conhecesse todos os dados sociais importantes relativos aos outros, assim como os mais íntimos sentimentos deles a seu respeito. Raramente se consegue completa informação dessa ordem. Na falta dela, o indivíduo tende a empregar substitutos – deixas, provas, insinuações, gestos expressivos, símbolos de status, etc. – como recursos para a previsão. (…) Paradoxalmente, quanto mais o indivíduo se interessa pela realidade inacessível à percepção, tanto mais tem de concentrar a atenção nas aparências.


Desse modo, a aparência não deve ser vista em oposição a uma suposta essência dos indivíduos, mas sim como um dos relevantes fatores que podem ser indicativos de que um indivíduo deseja ser visto e de como constrói sua identidade. O que se deixa à mostra nos sites de redes sociais digitais é fundamental para que se possa conhecer melhor as pessoas, como defendemos, em um lugar no qual não se pode contar com a presença do corpo físico. No entanto, nota-se também que nesses espaços virtuais há um jogo entre o “ser você mesmo” e o ajustar-se aos diversos ambientes sociais, o que nos interessa para pensar que tipos de estratégias são adotadas, ou seja, como determinados elementos discursivos são elencados para compor os perfis identitários e por que isso ocorre.


Essas estratégias efetuadas visam à adaptação a diferentes situações, buscando manter a “coerência da autoidentidade”, e passam pelo que Goffman chama de “manipulação da impressão”. Tanto a dimensão cultural (língua e comportamento, por exemplo) quanto a material (como roupas, acessórios e os próprios corpos dos atores sociais) dessa impressão são igualmente relevantes. A importância ocorre por seu valor simbólico, pelo que significam e pelo que comunicam sobre a construção de identidade que se busca fazer, tanto na vida off-line, ou seja, na vida como ela realmente é. E também nos sites de redes sociais.

Quando imprimimos nosso olhar para esses novos ambientes discursivos, pode-se observar inúmeras facetas como, entre elas, as múltiplas identidades que se pode adotar nesses espaços plurais e possibilidade do anonimato. O mundo online provoca atração dos usuários, pois não carrega as exigências do relacionamento pessoal. Ao evidenciarmos o comportamento de cibernautas em usos cotidianos dessas plataformas, vemos que boa parcela de pessoas preferem desejar a um outro usuário palavras de feliz aniversario com mais frequência pela rede social do que por meio de contato telefônico ou pessoal.


O que são afinal as redes sociais digitais? Como se dão as estratégias de uso e apropriação desses espaços virtuais? Por que as pessoas constroem modo de apresentação de si na cena digital que destoam de sua persona offline? É com base em tais questões que me arrisco a debruçar. Sem pretender aprofundar na seara da psicanalítica, porém tomando emprestada a sua principal contribuição para o entendimento das complexas motivações do comportamento humano, podemos dizer que de modo consciente ou inconscientemente cada pessoa usuário desenvolve uma série de estratégias de apropriação de um site de rede social digital como o Facebook.

Quem está certo e quem está errado nesse palco? Quem usa bem e quem usa mal as novas, magnéticas e sedutoras ferramentas digitais? Quem é mais competente e quem é menos competente em suas escolhas sobre o tipo de conteúdo que irá produzir e tornar público nos ambientes online? Não nos cabe oferecer simples respostas para essas perguntas. Devemos analisar e entender essas estratégias discursivas com o foco bem ajustado, conferindo-lhe o devido tamanho, sem euforia contida na retórica da “revolução” digital, porém com serenidade, rigor e sensatez. Mais importante ainda, interessa proceder essa análise procurando sempre entender o mais claramente possível o contexto sociocultural de cada usuário do Facebook.

Espero, com minhas pesquisas, sempre contribuir para os debates sobre a construção identitária nos sites de redes sociais digitais. Entendo que nunca ofereço conclusões definitivas sobre as questões  que me inquietam, mas empreendo sempre um fértil debate pelos complexos, difusos, incompletos e dinâmicos modos de apresentação de si nos sites de redes sociais. Continuo sempre mergulhando nessas águas, já não tão turvas e agitadas como estavam anos atrás. Na verdade, percebo hoje que não se trata de um mar, mas de um oceano. 


De que modo a forma com que nos apropriamos desses espaços está impactando as lógicas dos afetos? Quais seriam os efeitos danosos do uso irrefreado de sites de redes sociais? Até que ponto poderia se afirmar que as interações em aplicativos como Facebook, Instagram e Whatssup intensificariam realmente essa espécie de autismo e desconexão social nas pessoas? Essas são questões candentes, inquietações que levaram estudiosos como Sherry Turkle a considerar que estamos “alone together” nas redes sociais digitais. Para revitalizar nossos vínculos afetivos interpessoais, a autora propõe um regime de desintoxicação por meio de abstinência digital. Embora considere um tanto radical a perspectiva adotada por Turkle, a julgar pelos resultados de minhas recentes pesquisas, entendo que os efeitos de longo prazo de nossas interações mediadas por computador necessitem ainda de muito estudo. Fui picado pela mosca Tse-Tse da paixão pela pesquisa dos sites de redes sociais e por isso o desafio não me desanima.



Marcos Hiller é mestre em comunicação e consumo pela ESPM. Pesquisador nas áreas de redes sociais, branding e cultura digital, Hiller ministra palestras pelo Brasil e exterior sobre temas inquietantes desse ecossistema digital que habitamos. Lançou em 2012 sobre primeiro livro “Branding: a arte de construir marcas” e nesse ano de 2014 lançou “ONdivíduos: marcas, consumo e cena digital”. Hiller é o coordenador do MBA de Marketing, Consumo e Mídia Digital na Trevisan Escola de Negócios e também coordena os cursos de “Mídias Digitais” e de “Estratégias Avançadas de Branding” na Escola São Paulo. Seu currículo reúne cursos de especialização na Santa Fé University (Novo México/USA) e na Universidad Andres Bello (Santiago/Chile). Foi executivo por mais de 10 anos na indústria financeira, onde ocupou cargos como Gerente de Marketing do BankBoston e Coordenador de Comunicação do Grupo Santander Brasil. Hiller tem 35 anos, vive em São Paulo e hoje escreve em seu site www.marcoshiller.com.br e colabora com textos para os portais Administradores e Olhar Digital.







segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

FUNCIONÁRIOS QUE INTOXICAM O AMBIENTE DE TRABALHO SEM QUE NINGUÉM PERCEBA




Funcionários que costumam fazer confusões pendem para o lado dramático das coisas ou dificilmente se conformam, muitas vezes precisam apenas de um pouco de atenção e gestão para atingir seus potenciais. É isso que pensa Geoffrey James, contribuidor do site Inc.

Em um artigo publicado no site, James afirma que existem, porém, outros tipos de funcionários, que normalmente não são pensados como "difíceis" e que são prejudiciais à produtividade e harmonia do ambiente de trabalho.

Conheça os tipos e saiba por que talvez seja melhor repensar o fato de tê-los por perto:

1. Camaleão

O camaleão se disfarça e se camufla em qualquer ambiente, para escapar de ameaças. No mundo dos negócios isso significa alguém que se propõe a fazer várias coisas, para na verdade evitar trabalho real.

Assim, o camaleão se junta a diferentes equipes, para realizar atividades diversas, e usa isso como uma arma para justificar seu estresse e impossibilidade de assumir responsabilidades maiores. Como? Ele afirma que está sob muita pressão por causa desse ou daquele objetivo, que tem muito trabalho para fazer de outro projeto, que está estressado por causa daquela outra reunião. E quando chega a hora de falar sobre salário ele reivindica para si o crédito de ter ajudado todas as equipes a atingir seus objetivos.

A melhor maneira de lidar com alguém assim, se você resolver dar uma chance, é atribuindo tarefas específicas e individuais, com deadlines ambiciosos. Assim, o camaleão não terá a chance de jogar o trabalho nas costas de outras pessoas.

2. Enfeite

Aquela pessoa que está ali pela sua aparência, muito mais do que pelo trabalho em si. O enfeite feminino, estilo "modelo da Victoria's Secret", é aquela que usa a beleza para conseguir o que quer no ambiente de trabalho. O problema aqui não é ser uma mulher bonita, mas ser uma mulher que conseguiu e permanece no emprego por isso.

O mesmo vale para enfeites masculinos: o homem que fica perfeito em um terno e tem um ar de executivo, mas não possui a expertise ou talento para estar onde está. Se não há possibilidade de demitir esses "enfeites", James aconselha pelo menos usá-los a seu favor: coloque-os para trabalhar em setores onde causar boa impressão pela aparência pode ser útil.

3. Grilhão

Os grilhões são algemas ou correntes ligadas a uma bola pesada de metal, que não permitia que prisioneiros escapassem ou se locomovessem muito. Nos negócios, são aquelas pessoas que impedem que a empresa ou projeto se arrisque, como, por exemplo, alguns advogados corporativos. Para lidar com eles, James afirma que o melhor é tratá-los como consultores e não "tomadores de decisão". Ouça suas opiniões e argumentos, mas, no final, faça você mesmo as escolhas, e quando arriscar for a sua decisão, não deixe o "grilhão" lhe impedir de agir.

4. Vampiro

Na mitologia, vampiros parecem humanos, mas sobrevivem através do nosso sangue. No ambiente de trabalho, os vampiros aparentam estar contribuindo, mas se alimentam das emoções dos outros. Em reuniões, eles parecem ajudar, e “ajudam” mostrando sempre as possibilidades negativas de qualquer coisa, sugando, assim, o otimismo e positividade das outras pessoas.

Outra tática do vampiro é ouvir as reclamações dos outros, com a intenção de obter informações para criar e fomentar conflitos, sem que ninguém o veja como responsável. Ele espalha negatividade sutilmente, fazendo as pessoas acreditarem que os sentimentos negativos são genuinamente seus.

É difícil demitir um vampiro, pois as pessoas o veem como aliado e amigável. Mas James não vê outra forma de lidar com esse tipo de funcionário, que não seja livrar-se dele.








sábado, 13 de dezembro de 2014

VEJA 10 CUIDADOS AO POSTAR FOTOS DA 'FESTA DA FIRMA' NAS REDES SOCIAIS




As festas de fim de ano da empresa são o momento em que todos os colaboradores se juntam para comemorar os resultados obtidos durante o ano que está terminando. Mas, com o uso cada vez maior das redes sociais, os profissionais precisam ficar atentos para não cometer gafes ou comprometer sua imagem, dos colegas e da empresa ao postar fotos e comentários na internet.

Especialistas ouvidos pelo G1 ressaltam que a celebração até pode ser registrada no Facebook, Twitter ou Instagram, mas é preciso ter cuidado para não mostrar demais e registrar mais detalhes do que o necessário. A web está cheia de comentários sobre a "festa da firma", como mostra a compilação acima de posts no Twitter, mas mensagens como "vou beber todas" ou fotos indiscretas devem ser evitadas.

1 – Gosto de registrar todos os acontecimentos nas redes sociais. Também posso fazer isso com a festa de confraternização da empresa?

Para os especialistas, os profissionais devem evitar registrar a festa de fim de ano da empresa nas redes sociais para reduzir o risco de cometer gafes ou de disponibilizar informações sigilosas da companhia.


“Há concorrentes no mercado sedentos por informações da empresa, por isso é importante ter muito cuidado com as publicações. Nessas festas é comum comunicarem resultados ou lançamentos para o próximo ano. São informações confidenciais divulgadas em uma reunião da empresa e que não devem ser publicadas nas redes sociais”, afirma Motta.

Licia também acredita que os acontecimentos devem permanecer dentro do ambiente corporativo. “As pessoas precisam entender que todas as vezes que elas se expõem demais acabam demonstrando certo nível de desequilíbrio e até um narcisismo, que não é necessariamente bem visto.”

2 – Comentários sobre minha expectativa para a comemoração podem ser postados?

Os profissionais podem fazer comentários sobre a festa de fim de ano nas redes sociais, desde que sejam positivos. “Tudo o que for positivo, e não for em excesso, pode ser interessante. Mas não é preciso dar grandes detalhes”, ressalta Lícia.


De acordo com Romaly, comentários positivos como a expectativa para a festa ou sobre os preparativos podem ser divulgados. “Isso inclusive promove a empresa”, completa.

3 – Posso divulgar o local da festa e quais serão as atrações?

Segundo Motta, grande parte das organizações já possui uma política interna sobre publicação e divulgação de informações internas. “A festa de final de ano é um evento interno onde as políticas e regras continuam válidas”, afirma.


“É preciso ter moderação sempre e ter em mente que aquilo é um trabalho, apesar de ser uma festa de confraternização”, diz Romaly.

4 – Quero publicar as fotos em tempo real, preciso pedir autorização para quem está na imagem e para a empresa?

Segundo Lícia, a exposição de fotos com colegas de trabalho devem ser combinada, já que quem aparece na imagem pode se sentir incomodado com a postagem. “Quem quiser compartilhar precisa perguntar se a pessoa que está na foto concorda. É um respeito e um cuidado que todos devem começar a tomar.”


“As organizações possuem perfis distintos, mas, de modo geral, elas gostam de se preservar”, afirma Motta. Ele também concorda que as pessoas estão nas imagens devem estar cientes que o material será postado.

5 – Posso tirar fotos com chefes e diretores da empresa?

Romaly lembra que alguns colaboradores aproveitam a festa para tirar foto com o chefe ou diretor da empresa para depois exibir a imagem para todos. “É importante ficar atento para manter uma boa imagem profissional. Uma foto básica do grupo ou de cumprimentos é o suficiente.”


Para Motta, não existe problema em tirar fotos com gestores se a conduta e a publicação forem autorizadas. Já para comentários, o especialista não indica essa prática. “Frases positivas e elogios costumam ser bem aceitos, mas ninguém sentirá falta se não houver comentário.”

6 – As fotos no estilo ‘selfie’, com os amigos da empresa, são permitidas?

Para Lícia, a melhor opção é tirar uma foto com todos da companhia ou da equipe junta. Mesmo para quem tem amigos mais próximos na empresa, a dica da consultora é tentar englobar todos.

“Esse não é a melhor ocasião para esse tipo de foto. Festa de trabalho é trabalho e o profissional precisa mostrar uma postura adequada”, afirma Romaly.

7 – Quero mostrar a animação de todos durante a festa, existe algum problema em postar fotos das pessoas dançando?

“Por precaução evite filmar o ‘pé de valsa’ da empresa”, diz Motta. Segundo ele, o vídeo pode ser acessado mesmo que a pessoa que filmou não queria compartilhar o material. Fotos de pessoas em atitudes comprometedoras ou desprevenidas também devem ser evitadas.


Lícia alerta que as pessoas devem lembrar que as fotos vão ficar disponíveis na internet. “Na próxima seleção de emprego, o profissional corre o risco de vir à tona uma imagem dele ‘esbanjando saúde’ na festa da empresa e isso pode ser mal interpretado”.

8 – Pega mal tirar foto das pessoas com copo na mão ou com bebidas alcoólicas?

A maioria dos colaboradores bebe durante a festa de fim de ano da empresa e aproveita o momento para confraternizar com os outros colegas, mas fotos com bebidas alcoólicas ou cigarro devem ser sempre evitadas.


“Evite até mesmo tirar foto ou filmar. O profissional pode não ter a intenção de publicar a imagem mas, em tempos tecnológicos, também não é possível garantir quem terá acesso ao conteúdo de celular”, alerta Motta.

9 – Posso mostrar todos os detalhes da festa, como uma narrativa do que está acontecendo?

Para Romaly, os profissionais não precisam registrar tudo. “Não precisa mostrar o detalhe do detalhe. Se a pessoa achar bonito e quiser tirar foto, pode tirar, mas não precisa compartilhar com os amigos.”


Lícia ressalta que o colaborador deve aproveitar a festa e o momento de confraternização com os colegas, sem se preocupar com o que os outros vão ver em suas redes sociais.

10 – Após a festa, posso comentar tudo o que aconteceu?

Para os especialistas, os profissionais podem falar o que acharam da festa e se todos se divertiram. Mas, detalhes sobre quem bebeu muito, quem paquerou quem ou quem cometeu gafes não devem ser mencionados nas redes sociais.


“O fato é que a internet eterniza momentos, mas não mantém o contexto, a mentalidade e as relações pessoais de quando as fotos foram tiradas ou as frases foram ditas”, diz Motta.







sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

ASSERTIVIDADE




O que não é assertividade

Vamos começar entendo o que são comportamentos não assertivos.
O chefe que vai engolindo tudo o que não gosta até que   consegue abrir a boca e acaba gritando com seus funcionários. O assistente que não consegue dizer a palavra mágica "não", e faz até o serviço que não é dele. A pessoa que sente o estômago embrulhar quando precisa pedir algum favor a alguém.

E você, consegue ser assertivo? Você é daqueles que até tenta reagir, mas aquela resposta legal só vem à cabeça depois, quando não precisa mais – sofre da síndrome do “ahhh éeee é!!!” Então está faltando um pequeno ajuste no seu comportamento. Falta assertividade!

Você já viu uma pessoa que entra numa situação difícil mas   não conseguiu tomar uma posição clara e, depois, se sentiu decepcionado consigo mesmo? Ok, ele não foi assertivo.

Eis outro exemplo do que não é assertividade. Imagine a seguinte cena: você chegou cansado em casa, toca o telefone. É um amigo te convidando para ir num bar. Sua vontade é dizer não, você está morto, trabalhou o dia todo, mas não quer magoar o amigo, então concorda, e sai sem vontade. Você acaba de dizer “sim” ao amigo, mas disse “não” para você mesmo. Acabou de perder a chance de ser assertivo. Assertividade é afirmar o seu eu, é afirmar sua autoestima.

Já ouvi muita gente se auto declarando assertiva, mas na realidade era mesmo muito agressiva. Os que   confundem assertividade com agressividade são aquelas pessoas que dizem assim: “Eu sou muito franco, sou sincero, digo mesmo tudo o que penso na cara!!!”. Essas pessoas nem estão percebendo o quanto são agressivas, pensam que estão corretas.

Outras pessoas   nem assumem suas posições, não são autênticas, acham que estão mantendo um bom clima, mas na realidade estão sendo engolidas pelos outros, por puro medo de se afirmar. De tanto medo de serem agressivas, acabam virando paçoca na mão do outro. Ou seja, são passivas e não assertivas.

O que é assertividade?

Nossa conversa deve começar pelo entendimento da palavra assertividade. Segundo o dicionário, assertivo é “aquele que declara algo, positivo ou negativo, afirmação que é feita com muita segurança, em cujo teor acredita profundamente”. Assertividade vem de "asserto" que significa afirmação categórica.

Mas, veja bem, afirmar não é acertar! A pessoa assertiva não é aquela que acerta o tempo todo, é aquela que sabe se firmar.

É saber dizer “sim” quando quer dizer “sim” e, principalmente dizer “não”, quando quer dizer “não”.

Já percebeu quanto à assertividade está fazendo falta hoje?

Na verdade existem 4 tipos de comportamentos: o passivo, o agressivo, o passivo/agressivo e o assertivo.

Passivo

Passivo é aquele que engole desaforo. Ele não quer desagradar o outro então foge de conflitos. Se alguém entrar à frente dele na fila, fica torcendo para que a pessoa saia por si só, sem precisar pedir. Deixa que se aproveitem dele. Tem um colega no trabalho que tem o mesmo nível hierárquico, mas o tal colega teima em dar ordens e o cara que é passivo obedece. Ele costuma usar as frases: “Não quero incomodar. Não vou tomar seu tempo“. Tem a postura encolhida. Culpa a si próprio por tudo, precisa de aprovação, cede facilmente. Até é simpático, mas, cá pra nós, é uma simpatia que causa muita angustia interna.

Agressivo

O segundo tipo de comportamento é o agressivo. Esse todo mundo conhece. Ele não pensa duas vezes pra levantar o dedo na cara do outro, pois tem necessidade de dominar. Ele menospreza e deprecia o outro. Furou a fila na frente dele, ele dá um grito que parece que mataram alguém. Se o colega pede pra ele fazer alguma coisa, ele já manda o colega para aquele lugar. É autoritário, intolerante, dono da verdade.

Passivo / Agressivo

Agora, o tipo mais curioso. Esse é aquele que consegue ser agressivo na “maciota”. Ele usa a ironia. Ele te agride contado uma piadinha. Ele te irrita, mas diz “só estou brincando”. Esse é aquele que vira para você e fala assim: “Nossa, tô vendo que suas férias foram mesmo muito boas, só que a geladeira não tirou férias”. Esse é o jeitinho “simpático” e passivo/agressivo de te chamar de gordo na sua cara. É o tipo de pessoa que não olha muito pra você, vira os olhos, é lacônico, dá indiretas, é sarcástico. E nem percebe que é manipulador. Faz chantagem emocional, distorce as palavras do outro.

Assertivo

Por fim, o comportamento mais adequado é o assertivo. Esse é aquele que quando lhe furam a fila   consegue se posicionar e falar com a pessoa com toda tranquilidade e elegância. É aquele que sabe negociar. É transparente pra falar e sabe ouvir. Sabe ouvir criticas sem partir para o ataque pessoal. Tem a postura segura e comedida. Trata as pessoas com respeito. Aceita acordos. Vai direto ao ponto sem ser áspero.

Não digo que as pessoas tenham só um tipo de comportamento. Muitas vezes você foi agressivo com o colega de trabalho, mas acabou sendo passivo em casa. Mas essa flexibilidade só indica que é possível mudar um comportamento que não está valendo a pena. Ou seja, podemos desenvolver assertividade.

Não desenvolver assertividade acaba provocando o pior: você não consegue se sair bem em situações importantes, isso joga sua autoestima lá para baixo. A baixa autoestima gera outro comportamento inadequado, que gera reação negativa nas outras pessoas, que gera uma auto depreciação e novamente o comportamento inadequado. Ou seja, não acaba nunca! O comportamento não assertivo é uma bola de neve que se retroalimenta.

Porque é desejável ser assertivo?

Quanto mais assertivo você for, melhor vai lidar com os confrontos, terá menos estresse, mais confiança em você mesmo, saberá agir com mais tato, melhorará sua credibilidade, saberá lidar com as tentativas de manipulação, chantagem emocional, bajulação etc. Enfim, vai se sentir melhor e contribuir para que os outros também se sintam melhor.

Como aprender assertividade?

Uma dica importante é mudar o DIÁLOGO INTERIOR, de negativo para positivo. Aprender a monitorar sua conversa interna.
A outra dica é desenvolver a AUTOESTIMA. Descobrir que você merece respeito, descobrir seu valor como ser humano.

Estas novas atitudes podem ser desenvolvidas por meio de técnicas que vêm sendo elaboradas por psicólogos pesquisadores e a gente aplica em consultório, na terapia.

Na clínica, o psicólogo trabalho muito com isso. Recebemos muitas queixas de pessoas que vem para a terapia porque estão se sentindo pra baixo, não conseguem se colocar para o marido, ele sai com os amigos toda santa semana e ela lá em casa se sentindo uma boba.

Um tipo de caso que recebo muito é a pessoa que ficou responsável em cuidar dos pais idosos, mesmo tendo vários outros irmãos toda família achou muito confortável jogar tudo nas costas de um coitado só. Permitir que isso aconteça é falta de assertividade.

Você percebe a falta de assertividade em frases como “Não posso reagir mal quando alguém faz uma brincadeira comigo, porque vou perder o amigo”.

Outros consideram que não tem o direito de tomar o tempo valioso do outro. O tempo do outro sempre mais valioso que o seu, então fala até mais rápido para que o outro não perca tempo. Cede sua vez, mesmo quando tem direito. Tudo isso é falta de assertividade.

Como também a pessoa que acha que não deve incomodar os outros pedindo alguma coisa. A pessoa que acha que não se deve nunca entrar em conflito com os outros, mesmo quando têm razão. Tudo isso é falta de assertividade, porque muitas vezes, se você não se coloca, o outro ocupa um espaço maior do que lhe é devido, ou seja, as pessoas montam mesmo.

Você é assertivo?

Pense em você, em quantas vezes não engoliu sapos porque não disse o que deveria ter dito. Quantas vezes você fez coisas que te prejudicaram porque não conseguiu dizer “não”.

O mais importante é pensar agora sobre esse assunto e finalmente aprender a ser assertivo para ter mais da famosa inteligência emocional, mas principalmente para conseguir ter relacionamentos mais autênticos, tanto na vida pessoal como na profissional. E a única forma de ser feliz é você conseguindo ser você mesmo.

Um ponto extremamente importante, dentro do processo de aprender a ser mais assertivo é a empatia, ou seja, aceitar o outro. Você só vai conseguir ser assertivo se aceitar a assertividade do outro. Se você ficar melindrado e achar que o outro é grosso toda vez que ele for assertivo você vai limitar seu crescimento. Você só vai expressar a sua própria incompetência. Pense bem nisso!

Comunicação assertiva

A comunicação assertiva é transparente, honesta, objetiva e de mão dupla. Ou seja, o assertivo também aceita quando o outro é assertivo com ele, quando dizem as coisas de forma clara e objetiva.

Não gostaram do seu trabalho, não se sinta melindrado se falam sobre isso contigo, aceite. Mesmo porque não é saudável ter a pretensão de ser perfeito, você sabe que a vida é um eterno aprendizado, então agradeça a critica e corra para não errar mais. Ou, se a critica não proceder, saiba como não ouvir. Isso mesmo! Porque a gente precisa ouvir todo mundo? Os outros também erram.

Um exemplo do que é ser assertivo: Você chega ao seu prédio e encontra um carro estacionado na frente de sua vaga. O que você faz? Fica lá esperando até alguém aparecer? Se fizer isso você foi passivo. Ou você tira o zelador da cama e arma o maior barraco? Se fizer isso você foi agressivo. Então como é ser assertivo? E chamar o proprietário do carro e dizer: “Imagino que você deva ter alguma razão para colocar seu carro justamente na frente do meu. Mas não considero justo você impedir minha saída. Por gentileza, gostaria que você manobrasse seu carro para que eu possa sair”.

Assertividade é um direito

É claro que assertividade é um direito, não uma obrigação. É um direito que te dá uma série de vantagens. Mas você tem também o direito de não ser assertivo. Vamos dizer que você sabe que o vizinho deixou o carro dele na frente do seu porque ele foi demitido e chegou em casa arrasado e nem sabia mais o que estava fazendo. Por mais que ele esteja errado, talvez seja mais interessante você não criar mais problemas na vida dessa pessoa e aí você pode decidir, conscientemente, deixar essa pra lá. Assim, tudo bem, porque foi uma opção sua. Você pensou e decidiu não entrar na briga, fez com consciência. Está ótimo. Prejudicial   é quando você não é assertivo por medo. Assertividade está diretamente relacionada ao medo. Medo de não ser aceito, medo do outro. Medo de ser atacado. Medo de se expor. Medo de passar ridículo.

Passos para aprender assertividade

-Saber o que quer e aonde quer chegar.

-Se você não sabe aonde quer chegar, vai acabar chegando onde não quer. Seja claro com você mesmo, seja firme, direto e seguro. Mas, como saber o que quer? Uma boa dica é se conhecendo, conhecer seus sentimentos, pensamentos, seus desejos, identificando quais são os seus valores.

-Partir de um pensamento positivo.

-Se você tiver expectativas altas, os resultados também vão ser altos. Mas com expectativas pequenininhas você vai conseguir isso mesmo e vai se frustrar por receber tão pouco da vida.

-Ser proativo.

-Ser proativo é observar com antecedência quais os possíveis problemas que possam aparecer. Você pode planejar e não permitir que esses problemas apareçam.

Resumindo: uma pessoa que sabe o que quer, acredita na sua capacidade e age proativamente, assume a responsabilidade por sua própria vida e está pronta pra se tornar uma pessoa assertiva.

Quer uma mãozinha em seu processo de auto aprimoramento? Conte com um psicólogo






quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

VEJA 10 DICAS PARA FUGIR DAS GAFES DURANTE A 'FESTA DA FIRMA'





Com o fim do ano chegando, a festa ou confraternização da empresa e o amigo secreto passam a ser os principais assuntos no ambiente de trabalho. Mas o momento de comemoração pode ser tornar um grande pesadelo se o profissional não se comportar de maneira adequada.

Beber todas e dar vexame ainda é um dos casos mais comuns. Comer além da conta e paquerar demais também estão entre os erros mais cometidos.

Especialistas ouvidos pelo G1 listaram 10 dicas para evitar gafes e situações constrangedoras durante a 'festa da firma'.

"É uma ótima oportunidade para ampliar sua rede de relacionamento", afirma Danielle Borin, associate da Havik, consultoria de recrutamento e desenvolvimento de talentos.

A consultora de imagem pessoal e corporativa Luciana Ulrich lembra que o evento é um compromisso profissional e excessos devem ser evitados. "Mesmo sendo um momento de descontração a festa é dentro de um ambiente profissional e o funcionário não pode esquecer que deve manter a postura profissional e evitar ao máximo situações que não serão esquecidas facilmente pelos seus colegas e com certeza atingirá sua imagem".


1) Beber todas

Beber demais já não é uma atitude muito indicada normalmente, ainda mais durante a festa ou confraternização da empresa. O funcionário pode se empolgar com a oferta de bebidas e passar da conta, e o resultado será um grande vexame. "Beber com moderação pode evitar situações constrangedoras", alerta Danielle.


2) Falar mal da empresa e de colegas ou cobrar feedbacks

"É constrangedor aproveitar a oportunidade para dar feedback ou tirar a limpo situações delicadas", afirma Danielle. Falar mal da empresa, de colegas de trabalho ou do chefe também são assuntos vetados.


3) Comer como se fosse a última ceia

A maioria das confraternizações tem um cardápio muito atraente, com diversas opções, mas isso não justifica uma 'corrida' para colocar tudo no prato e comer como se fosse a última refeição da vida. "O mais indicado é comer em porções pequenas e repetir quantas vezes quiser", afirma a consultora de imagem e especialista em etiqueta empresarial Romaly de Carvalho.


4) Roupa inadequada

Segundo todas as especialistas, os profissionais não devem abusar na hora de montar o 'look' da festa ou confraternização de fim de ano. Roupas menos formais são bem-vindas, mas nada de usar roupa de balada ou de casamento, por exemplo. "O profissional deve se destacar pela sua elegância e competência e não pela roupa errada", afirma Luciana.


5) Cobertura em tempo real

Os profissionais podem postar fotos da festa nas redes sociais, mas sem exageros. Não é necessário fazer uma cobertura em tempo real, com imagens de tudo o que acontece e de todos que estão presentes. De acordo com Romaly, o colaborador não deve postar saber se quem está na imagem quer aparecer na internet. Fotos de colegas de trabalho com copos na mão ou dançando não são indicadas.


6) Paquerar demais
"O profissional deve se lembrar que mesmo sendo uma festa, um momento de descontração, ele está no seu ambiente de trabalho e tem que manter sua postura profissional", afirma Luciana. Os colaboradores podem 'se conhecer melhor', mas os outros passos para um possível relacionamento devem ser dados fora do trabalho.


7) Puxar saco do chefe

Puxar o saco não é uma boa prática em qualquer situação e na confraternização de fim de ano a situação não muda. O profissional pode falar com o chefe ou com colegas que tem menos contato, mas não deve usar a situação para tentar se promover ou 'aparecer' para a chefia. "Aproveite para interagir com seus colegas, falar de assuntos que não sejam de trabalho", diz Luciana.


8) Dançar como se não houvesse amanhã
Todos podem se divertir na festa, mas o funcionário sempre deve lembrar que tudo o que foi feito será lembrando pelos colegas no dia seguinte. Dançar como se estivesse na balada ou em um churrasco com amigos não são as melhores opções. "Os bons modos e o bom senso devem sempre prevalecer", afirma Romaly.


9) ‘Forçar a amizade’ com desconhecidos

Muitos profissionais aproveitam a confraternização para fazer networking e conhecer melhor colegas que não são tão próximos. Essa atitude é ótima e pode até promover saltos na carreira futuramente, mas não justifica forçar uma aproximação ou uma conversa. "Tem que saber o que falar. A pessoa pode ser simpática, cumprimentar e falar sobre o que faz na empresa", ressalta Romaly.


10) Levar ‘convidados’ que não foram chamados

Somente devem comparecer as pessoas que foram realmente convidadas. Danielle lembra que o funcionário deve seguir o que o convite especificar. "Se a família do profissional foi convidada, ele pode levar sua esposa ou marido e filhos, mas nada de levar mais pessoas, como sogra, sobrinhos e amigos", alerta Luciana.