sexta-feira, 13 de novembro de 2015

MERITOCRACIA NAS EMPRESAS



Ser promovido é o desejo de 10 entre 10 funcionários hoje em dia. Todos eles desejam ser reconhecidos pelo ótimo trabalho (na visão deles) que desempenham em suas atividades dentro da empresa, gerando uma expectativa enorme em torno disto, que, muitas vezes, não é atendida conforme gostariam.

Esta situação ocorre em diversas organizações mundo afora, por razões diferentes, pois cada caso é um caso, porém sempre com o mesmo rótulo “é panela”. Invariavelmente, os funcionários que não conseguem ser promovidos antes daquele colega de trabalho que não vai com a sua cara afirmam que foram “panelados” pelo chefe, ou seja, foram deixados de lado para que outras pessoas menos capazes (também na visão deles) pudessem ser promovidas.

Porém, o que muitos destes funcionários não param para analisar é se realmente tinham capacidade de assumir o novo cargo, se realmente ele é melhor que a pessoa que foi promovida. Para tentar resolver estas questões, muitos gestores se utilizam de avaliações de desempenho para analisar seus colaboradores corretamente, mas nem sempre esta prática é bem vista pelos funcionários de uma organização. Geralmente, estes programas de avaliação de desempenho são inadequados e não contemplam todas as variáveis necessárias de serem avaliadas.

Meritocracia

É neste momento que surge a famosa e contestada meritocracia nas empresas. Meritocracia (do latim mereo, merecer, obter) significa premiar os funcionários pelo seu desempenho e resultados alcançados, levando-os aos postos mais elevados na hierarquia através de seus próprios méritos.

A meritocracia é muito utilizada em empresas que possuem um alto nível de competitividade no mercado, que precisam reter seus melhores talentos antes que eles se mudem para a concorrência. É através dela que os gestores mostram que estão acompanhando de perto o desenvolvimento destes profissionais. É assim, também, que os funcionários se sentem observados e avaliados da melhor forma, sem temer o famoso “QI” (quem indicou), comum nas organizações desde que o mundo é mundo.





Porém, como em todo assunto relevante para a Administração, a Meritocracia provoca algumas discussões sobre a forma como os funcionários se relacionam no ambiente de trabalho, seu comprometimento e dedicação com as tarefas. E também a percepção que seus gestores tem sobre estas questões.

A Psicóloga educacional e empresarial, Silvia Osso, questiona esta situação em seu blog e dá um exemplo de uma situação em que a Meritocracia gera algumas discussões importantes no meio empresarial, confira:

“Veja o caso de um Gestor que tem dois colaboradores do mesmo nível, que ganham o mesmo salário e têm o mesmo plano de benefícios. Um é pontual, cumpre prazos, é confiável e seu trabalho é de qualidade; o outro, nem tanto. Quem está sendo recompensado? Naturalmente, o segundo. Matematicamente, o segundo ganha mais porque faz menos. E como fica a motivação do primeiro? Se isso acontece em sua empresa, cuidado! É uma das melhores receitas para reter os segundos e perder os primeiros…”.

Neste caso apresentado, é muito fácil medir a diferença de desempenho entre os trabalhadores, por causa das mesmas condições de trabalho e remuneração, mas nem sempre é assim. Por isso, é importante que o gestor que decida por implementar a Meritocracia em sua empresa fique de olhos abertos com relação ao comportamento de seus funcionários, seus hábitos de trabalho e as relações com os demais colegas. Uma boa observação destes fatores pode facilitar a implantação de possíveis modificações no processo de análise de desempenho na empresa.

É sabido que a Meritocracia gera diversos problemas para a empresa, no que diz respeito à insatisfação de alguns funcionários, mas é preciso lembrar que ter um sistema de avaliação de desempenho baseado realmente no desempenho do funcionário é muito melhor do que o velho sistema de indicação e coleguismo. Por isso, os colaboradores precisam também apoiar a empresa nesta avaliação e focar mais no trabalho do que em questões afins. Assim, os melhores talentos sempre se sobressairão, chamando a atenção dos gestores para si.

E você, já foi avaliado em alguma análise de desempenho? O que pensa sobre a meritocracia nas empresas? Deixe sua opinião, comente!

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

DELEGAÇÃO DE AUTORIDADE - O QUE É E COMO FUNCIONA



er um líder nos dias de hoje não é uma tarefa muito fácil, dada a variedade de perfis profissionais que precisam ser liderados nas empresas. São pessoas de todos os tipos, origens e formações, com capacidades e habilidades diferentes, carregando sonhos e ambições distintas. Por isso, é importante saber exatamente como liderar essas pessoas.
E um segredo para liderar bem e manter a equipe sob controle, mantendo sua motivação em alta é saber exatamente como delegar autoridade a seus colaboradores. Porém, nem todo profissional sabe o que é realmente delegar autoridade a alguém, muito menos sabe quais são as técnicas de delegação existentes.
Por isso, hoje falaremos um pouco sobre o que é e como funciona a delegação de autoridade, também conhecida como empowerment.

O que é a delegação de autoridade?
Segundo Idalberto Chiavenato, em sua obra “Introdução à Teoria Geral da Administração“, delegação é “o processo de transferir autoridade e responsabilidade para posições inferiores na hierarquia”. Esta delegação de autoridade possui diversas técnicas que podem ser utilizadas para maximizar o seu alcance. Chiavenato, na mesma obra, as define como:
Técnicas de delegação
Delegar a tarefa inteira – O gerente deve delegar a tarefa inteira a uma pessoa ao invés de subdividi-la entre várias pessoas. Isso dá a cada indivíduo a responsabilidade completa e aumenta sua inciativa enquanto proporciona ao gerente melhor controle sobre os resultados.


Delegar à pessoa certa

Nem todas as pessoas têm as mesmas capacidades e motivações. O gerente deve conciliar o talento da pessoa com a tarefa para que a delegação seja eficaz. Deve identificar os subordinados que são independentes em suas decisões e que demonstram desejo de assumir responsabilidades.

Delegar responsabilidade e autoridade

Designar apenas tarefas não constitui uma delegação completa. O indivíduo deve ter responsabilidade para realizar a tarefa e a autoridade para desempenhar a tarefa da maneira que julgar melhor.

Proporcionar informação adequada

A delegação bem-sucedida inclui informação sobre o quê, por que, quando, onde, quem e como. O subordinado deve compreender a tarefa e os resultados esperados, as provisões e os recursos necessários e para quem e quando os resultados deverão ser apresentados.

Manter retroação

Retroação significa linhas abertas de comunicação com o subordinado para responder questões e proporcionar orientação, mas sem exercer controle. A retroação dá ao subordinado a pista certa, e as linhas abertas de comunicação aumentam a autoconfiança.

Avaliar e recompensar o desempenho

Quando a tarefa é executada, o gerente deve avaliar os resultados e não os métodos. Quando os resultados não alcançam as expectativas, o gerente deve montar os erros e as consequências  Quando alcançam ou ultrapassam as expectativas, o gerente deve recompensar o trabalho bem feito com orgulho, recompensas financeiras e delegação de novas atividades.

Saber como delegar autoridade em uma empresa é muito importante para que haja uma distribuição de tarefas e responsabilidades, fazendo com que cada vez mais funcionários tenham embasamento para tomar decisões e definir estratégias em suas funções.
Quanto maior a quantidade de níveis hierárquicos, maior a necessidade de delegar autoridades. Porém, muitas empresas nos dias de hoje, procuram enxugar seus níveis hierárquicos, eliminando burocracias e perda de tempo nas tomadas de decisão. E a delegação de autoridades pode ajudar muito neste processo. Além de ser um importante aliado na gestão e liderança de equipes de trabalho.



quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A MAQUIAGEM FAZ PARTE DOS PONTOS POSITIVOS NO MUNDO CORPORATIVO


Quem já não ouviu, pelo menos uma vez na vida, que a primeira impressão é a que fica? Segundo especialistas as pessoas têm condições de avaliar um individuo entre os 06 e 30 primeiros segundos. 

Assustador não? Por isso é muito válido lembrar que "Você nunca terá uma 2a chance de causar uma 1a boa impressão". 

Estar preparado para as exigências do mundo corporativo vai além de conhecimentos técnicos, exige de cada individuo uma série de outros fatores e a boa aparência é uma aliada determinante. 

Por isso, a maquiagem, quando adequada, pode contribuir com a sua carreira. 

Entretanto é fundamental o bom senso, uma vez que a maquiagem tem a mesma função de um acessório, ou seja, deverá ficar fora do make os excessos (cílios postiços, sombras brilhosas, batom vermelhos, delineador acentuado). Afinal, é sempre bom lembrar que mais é menos.  Mas há também aquelas que não gostam de maquiagens e vão trabalhar de "cara lavada", o que pode passar um ar de desleixo, cansaço, descuido e/ou falta de motivação. Ambas situações podem prejudicar a imagem que você gostaria e precisa transmitir. 

Nesse contexto, pode-se afirmar que a maquiagem precisa ser suave, a ponto das pessoas terem uma boa impressão ao olhar para seu rosto, precisa ser sutil, cujo impacto seja positivo. Nada de "chocar" seu chefe com aquela sombra Pink/esfumaçada da moda, ou delineador verde bandeira. 


A dica é simples: Escolha um bom corretivo, para disfarçar as olheiras, um pó facial para tirar a oleosidade da pele, um delineador - com traços finos - para destacar os olhos, um blush para destacar, sutilmente, as maçãs do rosto e um batom com cores cleans. 

Nesse sentido, observa-se que uma carreira é composta do tripé: Competência técnica, Competência pessoal e imagem. 

E se você não sabe se maquiar, vale até um curso rápido! 

Sugestões de casa de cosméticos: 


terça-feira, 10 de novembro de 2015

ATENDIMENTO TELEFÔNICO


Embora pareça tarefa fácil atender a uma ligação, precisamos ficar atentos e principalmente evitar os famosos jargões: Querida, meu bem, flor, meu amor e o que mais a imaginação permitir, que insistem em roubar a cena em uma simples chamada telefônica. Se não fosse trágico, seria cômico!

Outro aspecto polêmico é: Informar ou não a quem liga se o executivo está no escritório? A resposta é simples: DEPENDE.

Depende da orientação que o Secretário receberá do Executivo e só caberá A ELE essa decisão. Muitos Secretários, a medida que conhecem o perfil do chefe, se sentem a vontade para tomar esta decisão. ESTÁ ERRADO! Pois apenas ele saberá o quão importante é a chamada.

A verdade é que não há uma fórmula para o esse atendimento e cada chamada terá sua particularidade. Não há uma regra pré-estabelecida.

O que caberá, em qualquer situação, será uma postura simpática e educação acima de tudo, inclusive naquelas situações em que o cliente nos escolhe para Cristo!

A seguir algumas dicas sobre o assunto: 

Identifique-se e utilize o nome do cliente. Ninguém gosta de falar com uma fonte desconhecida, por isso, o atendente da chamada deve identificar-se assim que atende ao telefone. Por outro lado, deve perguntar com quem está falando e passar a tratar o cliente pelo nome. Este toque pessoal, embora pareça uma características apenas de Call Center, faz com que o cliente se sinta importante. Ao realizar uma chamada, identifique-se antes de perguntar, por exemplo, se o fulano de tal está. Exemplo: “Boa tarde, meu nome é Simara, sou secretária do Doutor fulano, diretor da empresa tal, e ele gostaria de falar com o Dr. Sicrano de tal" Aqui você já economizou tempo, pois se identificou, informou o seu nome, o nome de quem você representa, o nome da empresa e o que você deseja.

Assumir a responsabilidade pela resposta: A pessoa que atende ao telefone deve considerar o assunto como seu e garantir ao interlocutor uma resposta rápida. NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA DIGA "Não sei". Se não for mesmo possível resolver o assunto, apresente formas alternativas para fazê-lo.

Número de vezes que se deixa o telefone tocar: Atenda o quanto antes, pois do contrário dá a impressão de desorganização.

(Parece básico, MAS não é) Saudação inicial: jamais atenda falando “alô”, como se estivesse em sua casa. No atendimento profissional, o correto é falar o nome da empresa, nome de quem está atendendo e a saudação de acordo com o horário do telefonema. Mesmo que seja a centésima ligação do dia, atenda como se fosse a primeira.

Volume da voz - Quando soa muito alto pode parecer grosseira e ineficaz. Quando soa muito baixo dificulta a comunicação. Falar alto ao telefone somente pode ser feito se a ligação estiver ruim e o cliente manifestar esse problema, solicitando que se aumente o volume da voz.

Seja organizado: Não deixe a pessoa esperando enquanto procura uma caneta, pedindo para esperar um minutinho. O mínimo que alguém que atenda ao telefone em uma empresa deve ter bem próximo de si é uma caneta e um bloco de papel. (Essa regra não é válida apenas para nós, Secretários)

Seja profissional no trato com as pessoas que liguem para sua empresa: Utilize o telefone para agradar, fazendo desse contato um momento mágico, e nunca um momento trágico.


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

NEPOTISMO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA




A Administração Pública moderna foi implementada para acabar com o patrimonialismo, cujas principais características são a confusão entre o que é público e o que e privado, o clientelismo, o nepotismo, a corrupção.

Em período absolutista-monárquico europeu o poder passava de pai para filho, os dirigentes poderiam se apropriar dos bens públicos sem qualquer controle, havia uma casta privilegiada ao redor do governante, com privilégios especiais. Características claras do patrimonialismo, que infelizmente existem ainda hoje no Poder Público em decorrência da não aplicação de várias regras burocráticas.

A Administração Pública profissionalizada, o Direito Administrativo, o regime jurídico administrativo, foram criados para acabarem com o patrimonialismo, para que a “engrenagem” funcionasse para que o Estado pudesse cumprir com seus deveres constitucionais.

No Brasil, foi a partir do governo de Getúlio Vargas que o concurso público foi implementado para alguns cargos, sendo que apenas com a Constituição de 1988 o concurso foi implementado para todos os cargos e empregos públicos, a não ser os temporários, que podem ser contratados por teste seletivo simplificado, e os ocupantes de cargos comissionados. Ou seja, a regra é o concurso público.

Os comissionados existem para que os governantes, que vencem democraticamente as eleições com a participação de todos os cidadãos, possam implementar suas políticas públicas. Por isso sou contra que no Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas existam cargos e funções comissionadas. Nesses poderes deveriam haver apenas servidores concursados para o funcionamento da máquina pública.

Mas nos Poderes Legislativo e principalmente no Poder Executivo os comissionados são essenciais. Por exemplo, um governador que vence a eleição com uma proposta mais social, apenas poderá transformar essas propostas em políticas públicas de fato, cumprindo com seu programa eleitoral, com o auxílio de pessoas de sua confiança ideológico-técnica.

O concurso público garante o atendimento ao princípio da impessoalidade na Administração Pública. Mas no caso dos comissionados não se pode falar em atendimento ao princípio da impessoalidade. Pelo contrário. Para ocupar os cargos comissionados o governante eleito não tem como atender a impessoalidade. Ele escolherá pessoas de sua confiança técnica e ideológica.

No Brasil são dois os grandes problemas com relação aos comissionados. Primeiro: há um exagero no número de cargos e funções comissionadas. Segundo: o entendimento majoritário na doutrina e jurisprudência de que o governante é livre para escolher quem bem entender nos cargos e funções de confiança.

Propõe-se acabar com os cargos e funções de confiança no Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas, nos quais comporiam apenas servidores concursados. Todos com uma competência técnica após passarem em concurso público. Nos Poderes Legislativo e Executivo diminuição drástica dos cargos/funções comissionadas, com no máximo 5% ou 10% dos cargos poderem ser ocupados com pessoas de confiança do governante.

Além disso, os cargos de chefia, direção e assessoria, de confiança, deveriam ser ocupados por pessoas escolhidas pelos governantes, mas desde que a autoridade JUSTIFIQUE a escolha, nos termos do princípio da motivação, conforme posição já externalizada nesse sentido pelo professor doutor Romeu Felipe Bacellar Filho.

Ou seja, um secretário municipal ou estadual, um ministro de Estado, um diretor de uma empresa estatal, um assessor, apenas poderia ser escolhido pelo governante, se essa autoridade expusesse no ato administrativo o motivo dessa escolha. A pessoa deveria ser especialista sobre a área da secretaria, ou sobre gestão pública.

Assim, o Tribunal de Contas, o Ministério Público, o Poder Judiciário e, o mais importante, a população, que exerce o controle social, poderá fiscalizar se realmente a justificativa da escolha existe e se ela é aceitável.

Um cabo eleitoral recém formado em Direito escolhido como Diretor Jurídico de uma grande empresa estatal? Não pode! Um farmacêutico irmão do presidente da República que nunca administrou nada, nem na iniciativa privada e muito menos no Poder Público, escolhido como Ministro da Fazenda? Não pode! Claro que apontei casos de certeza positiva, e muitas vezes a discussão fica numa zona cinzenta, dentro de uma subjetividade. Mas cada caso concreto poderá ser controlado pelos órgãos públicos ou população se são casos com justificativas convincentes ou não.

Caso uma escolha equivocada seja feita, sem justificativa, ou com uma justificativa que não seja convincente, o ato administrativo poderá ser anulado pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário.

Apenas recentemente o Ministério Público do Estado do Paraná vem questionando a Assembleia Legislativa do Paraná e as Câmaras Municipais pela redução dos cargos comissionados, o que é algo louvável. O MP está exigindo que o número de comissionados não seja maior do que 50% dos cargos existentes. Entende-se que 49,9999% ainda é muito, mas já é um começo de atuação louvável pelo MP.

Mas a doutrina e jurisprudência majoritária não exige a motivação dos atos de nomeação dos servidores comissionados.

O Supremo Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante 13, que proíbe o nepotismo na Administração Pública brasileira, para cargos de servidores comissionados, inclusive o chamado “nepotismo cruzado”. Não vedou a contratação de parentes para cargos de agentes políticos, como de secretários estaduais e municipais e ministros.

Entende-se que se o STF questionasse a falta de motivação dos atos de escolha dos comissionados e a quantidade exagerada, irrazoável e desproporcional, de cargos/funções de confiança, seria uma atuação mais importante.
Infelizmente, com a Súmula 13 do STF, muitos governantes, impedidos de escolher parentes em cargos comissionados, acabam escolhendo parentes sem a devida competência para ocuparem cargos de secretários/ministros.

Outra forma de burlar a Súmula é a contratação de parentes por meio de contratos de terceirização/privatização, convênios com entidades do Terceiro Setor, termos de parceria com OSCIPs e contratos de gestão com OS – Organizações Sociais.

Sem justificativa na escolha, muitas vezes pode ser até mais prejudicial para a Administração Pública a contratação de cabos-eleitorais do que parentes. O problema não é a relação de parentesco, a relação partidária, a relação pessoal. O problema é a escolha sem motivação e o alto número de cargos/funções comissionadas.

Muitos podem dizer que não basta a motivação do ato de escolha. Que um parente em cargo comissionado não será tão controlado pelos órgãos de controle interno. Ora, esse mesmo órgão de controle interno então não fará um controle eficaz também sobre o próprio prefeito ou governador eleito. Esse exemplo traz a necessidade de melhorarmos os controles internos na Administração Pública, previstos constitucionalmente, com controladores concursados e com a autonomia necessária para fiscalizarem os chefes do Poder Executivo e do Poder Legislativo, seus parentes e cabos eleitorais escolhidos para cargos comissionados ou qualquer outra questão de interesse público.

O grande problema na Administração Pública não é a existência de poucos parentes, com a devida habilidade/competência, em alguns cargos comissionados. Mas sim que parentes, cabos eleitorais e financiadores de campanha tenham preferências em concursos públicos, licitações e demais processos administrativos (ou a falta deles) realizados na Administração Pública brasileira.



Tarso Cabral Violin – advogado, professor e palestrante em Direito Administrativo, mestre em Direito do Estado pela UFPR, editor-presidente do

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

EMPREGADA OU SECRETÁRIA?





Uma não substitui a outra; uma não é melhor do que a outra. Ambas são indispensáveis, cada uma em seu ambiente de trabalho. Ouvi em algum lugar que o número de empregadas domésticas tem diminuído de ano a ano no Brasil. É uma boa notícia. A oferta de empregos aumentou e essas profissionais estão buscando colocação em outros setores, onde possam ganhar mais e alinhavar um plano de carreira. 


Pode ser bom inclusive para seus empregadores, que terão que se adaptar a um novo estilo de vida: eles próprios farão os afazeres domésticos, convocando a família inteira para colaborar. Ninguém morre se tiver que cozinhar e lavar uma louça, e me parece digno que os filhos entrem nesse mutirão, se preparando melhor para a vida. Hoje não mexem um dedo porque tem uma Maria que faz tudo por eles. Pois a Maria, segundo estatísticas, não quer mais ser empregada doméstica, e sim ter um status mais elevado. Quem sabe, ser uma secretária. 



Muitas pessoas chamam suas empregadas de secretárias, na boa intenção de prestigiá-las. Acho estranho. Então devemos chamar as verdadeiras secretárias de quê? Empresárias? Pessoas que promovem verbalmente suas funcionárias acreditam estar valorizando-as, mas parece o contrário: demonstram que ser empregada doméstica não é honroso, a ponto de fingirem que elas são outra coisa. Se eu me referisse à minha empregada como "secretária", creio que estaria revelando desdém a sua real função. Seria o mesmo que chamar o peão-de-obra de engenheiro ou a garçonete de chef de cozinha. 


Um upgrade de mentirinha. Algumas empregadas domésticas ainda não são totalmente alfabetizadas. Não dominam o uso do computador. Não controlam a agenda profissional de seus patrões. São exímias cozinheiras, arrumadeiras, braços direitos das famílias, mas não fazem o que uma secretária faz. Assim como secretárias podem não saber fritar um ovo e nem passar direito uma camisa. Uma não substitui a outra. 

Uma não é melhor que a outra. Ambas são imprescindíveis, cada uma em seu ambiente de trabalho. Se a palavra "empregada" parece pejorativa, pode-se chamá-la de funcionária, que é o que ela é também. Já chamá-la de secretária apenas expurga a culpa do patrão, que não quer parecer um senhor do engenho, do tipo que tem escravos. Ou seja, ele se utiliza de um eufemismo para provar que respeita todos os direitos trabalhistas da sua funcionária. 

Nem se dá conta de que esse pudor com a palavra empregada talvez desmereça as profissionais que tiveram a chance de estudar mais e que fizeram cursos preparatórios para trabalhar numa empresa e não numa casa de família. 

Secretárias não fazem trabalho doméstico, e sim de escritório. Apesar de eu nunca ter lido nenhuma pesquisa a respeito, tenho a impressão de que elas devem se sentir desconfortáveis ao verem as duas funções confundidas. 


Eu, às vezes, me confundo. Outro dia me disseram: vou te levar lá em casa para provar o suflê de queijo que a minha secretária preparou. Logo pensei: coitada, fazendo hora extra. 



(Martha Medeiros)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

SIGNIFICADO DO SÍMBOLO DE SECRETARIADO EXECUTIVO




Você sabe o que significa a simbologia de Secretariado? 



A serpente enrolada no bastão representa o oriente, a sabedoria, que pode ser usada tanto para construir como para destruir. 




A pena no livro representa a história deste profissional, desde os tempos dos escribas, cuja atuação sempre esteve vinculada ao ato de escrever. Este simbolo representa ainda o escrever a própria história.





Quanto a pedra e a cor do anel é uma safira azul.








quarta-feira, 4 de novembro de 2015

PROFISSIONAL DE SECRETARIADO: LER É PRECISO



“Todo mundo que escreve deve deixar o leitor o esforço de pensar sobre o que leu, e não o sacrifício de adivinhar o que se queria ter dito – Este é o ponto” Gustavo Bernardo.




Entre as atribuições do Profissional de Secretariado está a redação de documentos, e-mails, relatórios, atas, pautas, sem deixar de mencionar a boa comunicação verbal/falada. Em algumas situações, por exemplo, o domínio da comunicação é um dos requisitos para promover alguém, uma vez que escrever bem é um diferencial. 

E cá entre nós, nada mais trágico do que uma Secretária falando que está "Meia estressada com tanto trabalho" ou "Espero que eu seje a nova acessora da Presidência". 

É claro que isso não significa saber todas as regras gramaticais, embora não invalide nosso compromisso com a organização de ideias, clareza, concisão e o bom domínio de vocabulário.

Para isso, algumas dicas podem contribuir: 

Leitura – Tenha como hábito a leitura de diversos tipos de textos. Ao diversificarmos a leitura aprendemos palavras dos mais variados assuntos e campos de atuação, isso inclui revistas, livros, jornais, etc.

Consulte o dicionário: Tenha como hábito sublinhar ou anotar palavras desconhecidas e acima de tudo, tenha a curiosidade em descobrir o significado. Isso, seguramente, contribuirá para uma melhor escrita. 

Xô preguiça – Ao redigir um texto não tenha preguiça de se expressar. Considerando que vivemos o momento das “urgências” corremos ainda o grande risco de confundir objetividade com falta de informação. Por isso, sempre se coloque no lugar do leitor/receptor de sua mensagem. 

Treine - Escreva. Quanto mais você se acostuma a escrever, mais aprimora sua comunicação escrita. Redija e-mails, cartas, participe de fóruns, blogs (elogiando, comentando, criticando).  

Revise o que escreve: Tenha como regra revisar tudo o que escreve, até mesmo uma simples mensagem enviada por torpedo merece sua atenção. Lembre-se: a pressa é inimiga da perfeição. 

Atualize-se: “tudo o que você sabe é nada, diante do quanto você ainda pode aprender”. JACK WELCH. Por isso, invista em conhecimento e capacitação continua. Particularmente, Corroboro com a teoria de Malcolm Gladwell quando afirma ser necessário muito treinamento para que seja alcançada a excelência. 

Otimize seu tempo - O dia tem 24 horas para todos. Não tem ninguém que tenha um minuto a mais. E essas 24 horas, teoricamente, estão divididas em três blocos de 8 horas. No primeiro bloco de oito horas, descansamos, dormimos. No segundo trabalhamos e no terceiro bloco de oito horas, o que fazemos? Portanto, não procure desculpas. Otimize seu tempo. Faça com que as horas "perdidas" no trânsito e na fila do banco trabalham a seu favor.


Tenha ânimo: sabemos que culturalmente somos um povo que não cultiva o hábito da leitura. Segundo especialistas, a média de leitura do brasileiro é de quatro livros por ano, sendo que, somente cerca de 50% da população brasileira cultiva o hábito de leitura. Fazendo uma comparação com outros países, na França a média é de 12 livros por ano, na Espanha, 11, nos Estados Unidos, 10, na Argentina, 6, no Chile, 5. Então não desanime. Comece por uma leitura simples e por temas de seu interesse e quando menos esperar você estará em pleno domingo se deliciando pelos corredores de uma livraria, e falo isso por experiência própria. 

Penso que para desenvolvermos novos patamares culturais, intelectuais e profissionais, precisamos necessariamente ampliar nosso acervo de conhecimento, por isso, torna-se fundamental a leitura. 

A capacidade do cérebro humano é enorme, e uma vida inteira de estudo e leitura não serão suficientes para esgotar uma pequena fração de nossa capacidade.



POR: Simara Rodrigues
Blog Secretariar é uma Arte

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A IMPORTÂNCIA DO SERVIDOR PÚBLICO




O cidadão quer um serviço público proporcionado pelo Estado que funcione, e para isso exige servidores dedicados e preparados para fazerem o melhor com o objetivo de atenderem às suas necessidades.

A prestação do serviço público é das mais importantes atividades de uma comunidade, de uma sociedade ou de uma nação. Nenhum país, estado ou município funciona sem seu quadro de servidores públicos, responsáveis pelos diversos serviços colocados à disposição do cidadão.

Portanto, é de suma importância exaltar quem executa o papel de prestador de serviço à sociedade. Neste contexto, prestar serviço à população com qualidade e dedicação deve ser sempre a meta dos servidores e estar entre seus objetivos.

Segundo se depreende das disposições constitucionais em vigor, servidores públicos são todos aqueles que mantêm vínculo de trabalho profissional com os órgãos e entidades governamentais, integrados em cargos ou empregos de qualquer delas: União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Trata-se de designação genérica e abrangente introduzida pela Carta de 1988, uma vez que, até a promulgação da Constituição Federal hoje em vigor, prevalecia a denominação de funcionário público para identificação dos titulares de cargos na administração direta, considerando-os equiparados aos ocupantes de cargos nas autarquias, aos quais se estendia o regime estatutário.

A partir, portanto, da Constituição de 1988, desaparece o conceito de funcionário público, passando-se adotar a designação ampla de servidores públicos.

A cada dia, o papel do servidor público não é apenas o de ser estável. É muito mais do que isso, pois a sua atuação está necessariamente voltada para os anseios da comunidade ou sociedade.

A estabilidade dos servidores somente se justifica se ela assegura, de um lado, a continuidade e a eficiência da Administração e, de outro, a legalidade e impessoalidade da gestão da coisa pública.

A responsabilidade do servidor público é muito grande, tornando-se um privilégio por tratar-se de um agente de transformação do Estado.

O servidor deve estar sempre a serviço do público e, a partir desta lógica, listamos alguns princípios fundamentais à sua atuação: 

Agente de transformação a serviço da cidadania, o que se torna uma diferença marcante dos demais trabalhadores;

1.Compromisso intransigente com a ética e com os princípios constitucionais;

2.Atualização permanente e desenvolvimento de novas competências;

3.Capacidade de lidar com a diferença e a diversidade;

4.Habilidade para atuar em diferentes contextos e sob diversos comandos;

5.Lidar com o que é de todos.

O principal diferencial do servidor público é que este tem a oportunidade de servir à comunidade em que está inserido. Por isso, esta não pode ser vista como uma profissão qualquer, e sim como um desafio de se cuidar do que é de todos nós.


Augusto Dourado
Especialista em RH





quarta-feira, 21 de outubro de 2015

COMO NÃO MANCHAR SUA IMAGEM PROFISSIONAL NO FACEBOOK



É inegável, o passatempo principal de 10 entre 10 pessoas na internet é acessar o Facebook e ficar horas por lá, lendo sua timeline, enviando mensagens, compartilhando imagens chatas, reclamando da vida, do trabalho, da rotina etc ,etc, etc. Quem nunca reclamou pelo menos uma vez no Facebook que atire a primeira pedra!

Porém, é preciso tomar muito cuidado com estas reclamações intermináveis nas redes sociais em geral, não só no Facebook. Tudo bem que você está insatisfeito com uma série de aspectos em sua vida, quem não está? Mas explicitar isso para milhares de pessoas todos os dias pode lhe acarretar uma série de problemas. Abaixo iremos comentar um pouco mais sobre isso.

O ponto deste artigo não é condenar quem posta uma reclamação ou indignação em si. O problema é que as pessoas insistem em mostrar toda sua indignação em acordar cedo para trabalhar, em ter que voltar ao trabalho na segunda-feira, em reclamar do volume de trabalho, em pedir para chegar o fim do expediente logo etc. Aposto que você já viu inúmeras mensagens deste tipo na sua timeline, não é mesmo? Ou será que você também já não enviou uma destas? Rs

O grande problema é que em um mundo onde cada vez mais pessoas estão conectadas à internet, com perfis sociais ativos, não é raro que um profissional tenha seu chefe e/ou colegas de serviço adicionados ao seu perfil, não é mesmo? Mais comum ainda é uma destas pessoas presenciar suas reclamações diárias sobre o trabalho, sobre o chefe, a equipe, a empresa e tudo o mais. Já pensou no perigo que isto se torna para o seu emprego?

Abaixo comentamos algumas dicas muito importantes que você deve seguir ao usar as redes sociais para reclamar de seu trabalho. Confira:

Não reclame do seu trabalho no Facebook

Sim, a primeira dica sobre como reclamar do trabalho no Facebook é “não reclame do seu trabalho no seu facebook”. Pode parecer estranho, mas faz muito sentido.
Para evitar que o pior aconteça com você, evite fazer reclamações explícitas sobre o seu trabalho nas redes sociais. Se ele está ruim, tente fazer algo para melhorá-lo dentro do seu ambiente de trabalho. Ninguém na rede social poderá ajudar em alguma coisa, pelo contrário. Basta um compartilhamento de sua indignação para a pessoa errada e BOOM! Você está demitido! E não, eu não estou exagerando. Veja o exemplo abaixo:
Um caso muito famoso, ocorrido em 2009 reflete bem o que estamos tentando alertá-lo neste artigo. Na imagem abaixo, uma funcionária faz uma reclamação explícita sobre o seu chefe em seu perfil do Facebook. Ela disse: “Ai meu deus, eu odeio meu trabalho. Meu chefe é totalmente pervertido e sempre me manda fazer coisas só para me irritar”.

Horas depois, seu chefe respondeu à reclamação pública dizendo: “acho que você esqueceu que tinha me adicionado aqui”. Depois, criticou fortemente o seu trabalho e finalizou dizendo: “Aparentemente você esqueceu que faltam duas semanas para o fim dos seis meses de experiência. Não se dê ao trabalho de voltar. Enviarei seu P45 [formulário que os funcionários preenchem quando deixam seus empregos] pelo correio e você pode vir pegar suas coisas quando quiser. Sim, estou falando sério”.
É mais ou menos assim que acontece. Você não quer ter que passar por esta situação constrangedora, não é mesmo? 


Evite postar palavrões e expressões chulas


O profissional de verdade deve zelar por sua imagem em qualquer situação, seja ela dentro ou fora do ambiente de trabalho. Não pega bem para o gerente de uma grande empresa, por exemplo, postar imagens ou expressões de baixo calão nas redes sociais. Assim como, não pega bem para alguém ficar xingando em CAPS LOCK o tempo todo em seu perfil social. Por isso, tome cuidado com o que você posta e como posta, afinal, existe muita gente de olho em seus perfis nas redes sociais.

Não reclame da segunda-feira


A mesma regra vale para aqueles que reclamam de ter que acordar cedo. Nenhum patrão gosta de ter funcionários que tem preguiça de ir trabalhar. Muito menos gostam de vê-los dizendo isso para milhares de pessoas todos os dias. Isto pode ser um bom motivo para que ele lhe repreenda, ou mesmo o demita. Afinal, existem centenas de pessoas em busca de uma vaga como a sua nesta empresa, e se você reclama tanto, pode ser que não esteja tão feliz assim com seu emprego.



Não faça piadas sobre seu ambiente de trabalho


Evite fazer piadas sobre seus colegas de trabalho ou sobre sua empresa. Este também é um tipo comum de postagem em rede social que pode custar o seu emprego. Recentemente, duas estagiárias do Senado Federal foram demitidas por fazerem uma piada sobre um certo político que lá trabalha. Veja a publicação que gerou a demissão abaixo:

Cuidado com os jogos no horário de trabalho

Algumas empresas bloqueiam o acesso de seus funcionários às rede sociais durante o horário de trabalho. Mas nem todas são assim. Por isso, se você acessa o Facebook durante o horário de trabalho, mesmo que em horários onde o volume de trabalho é reduzido, tome muito cuidado com as mensagens de jogos, solicitações de aplicativos etc. Nenhum chefe gosta de perceber que seu funcionário está jogando em uma rede social enquanto deveria estar trabalhando. Isso pode depor contra você e seu comprometimento com o trabalho.

Não poste informações sigilosas de sua empresa no Facebook


Não é muito difícil encontrar pelas redes sociais pessoas que postam fotos do seu ambiente de trabalho, sua mesa, seus colegas de trabalho etc. Porém, alguns profissionais vão além e postam informações sigilosas de seus empregadores, como um novo produto que ainda não foi lançado, ou algum procedimento considerado secreto etc. Este tipo de publicação, sem dúvida alguma, pode gerar uma demissão por justa causa para o empregado.
Por isso, pense várias vezes antes de publicar uma foto relacionada ao seu ambiente de trabalho. Ela pode lhe trazer sérios problemas no futuro.


É preciso alertá-los, também, de que a maioria destas dicas valem não só para aqueles que já estão empregados, mas também para os que estão em busca de um emprego. Grandes empresas, hoje em dia, já se utilizam das redes sociais para investigar um pouco sobre a vida dos candidatos antes da contratação.
Por isso, tome sempre cuidado com o que posta em seu perfil, tente parecer sério e profissional, se divertindo na medida certa para que uma mensagem que você julga inocente não manche sua imagem profissional frente a um recrutador.
Utilize as redes sociais com sabedoria, filtre muito bem as mensagens que irá postar, principalmente as relacionadas ao seu emprego.