quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

OS PRÓS E CONTRAS DE 6 ESTILOS DE LIDERANÇA


Uns mais amorosos, outros mais impositivos. Cada líder tem seu estilo bem particular de gerir pessoas. Na média, segundo pesquisa do Hay Group, os brasileiros tendem a ser mais coercitivos e democráticos na hora de coordenar seus subordinados.
Mas, afinal, existe o estilo perfeito de liderança? A resposta é, definitivamente, não. Para Caroline Marcon, gerente do Hay Group, o importante é a autenticidade. “Acima de tudo, o líder perfeito tem de ser autêntico”, diz. 
O autoconhecimento é fundamental para que fragilidades e fortalezas sejam administradas de forma eficiente, sem perder o foco. “Você pode até ter tendência a um perfil específico, mas tem de ter flexibilidade suficiente para aprender e incorporar outros estilos em caso de necessidade”, afirma. 
Veja, a seguir, os seis estilos de gestão mapeados pelo Hay Group.
 
Coercitivo
Vigilantes e críticos, são ácidos e duros em suas críticas. Os coercitivos provocam medo em seus funcionários, uma vez que lideram com as ferramentas de punição a postos.
Prós: Em situações críticas, o estilo coercitivo tende a funcionar bem em situações de emergência, onde “mandar fazer é mais fácil que discutir soluções com toda a base de empregados”.
Contras: “Quando você é pouco habilidoso, não tem consciência do seu papel como líder, não percebe o impacto de suas ações”, diz. “As pessoas não se sentem livres para agir. Esse estilo acaba com a criatividade dos funcionários.”
 
Dirigente
Com foco no longo prazo, o dirigente é o líder visionário, que dá direções claras para a sua equipe, dizendo exatamente o que espera de cada um. “É um estilo que exige experiência e preparação do chefe em questão”, diz Caroline. “É uma gestão baseada em diálogo e comunicação.”
 Prós: Segundo a gerente do Hay Group, esse líder garante a motivação dos funcionários através da transparência. “Ele quer engajar as pessoas para que elas sintam vontade de seguir suas orientações”, diz Caroline.
Contras: Embora o impacto desse estilo de gestão seja majoritariamente positivo, ele não é o mais adequado para momentos de crise, uma vez que o diálogo tende a tomar tempo – e dificultar tomadas de decisões rápidas.
Afetivo
Quem dá mais atenção às pessoas que às tarefas é o chamado líder afetivo.  Ele trata bem seus colaboradores e, não raro, são recompensados com lealdade e alto desempenho.
Prós: Por ter um interesse genuíno nas pessoas, ele cria harmonia e proximidade na equipe.
 Contras: A linha entre o chefe afetivo e o “paizão” é tênue. Caroline sinaliza que é importante manter cada coisa em seu lugar. “Não pode mudar o padrão de exigência nem proteger ninguém”, afirma. 
 
Democrático
Consenso é a palavra de ordem do líder democrático, que tira o melhor de sua equipe a partir da divisão de decisões e responsabilidades. 
Prós: O democrático é o melhor líder para criação de ambientes de alta performance. Isso porque o compartilhamento das responsabilidades faz com os liderados se sintam corresponsáveis e parte de uma construção coletiva. 
 
Contras: Uma equipe muito jovem e inexperiente tende a não desempenhar bem nas mãos de um líder democrático. “Ele é mais recomendado quando há uma certa senioridade no time”, diz Caroline. “O excesso de democracia em uma equipe inexperiente tende a prejudicar os resultados. Quanto mais sênior for o time, melhor é o aproveitamento da experiência coletiva.
 
Modelador
As instruções detalhadas e a alta exigência são as marcas registradas do líder modelador – que acredita ter sempre o melhor caminho para realização de um trabalho.
Prós: Justamente pelo detalhamento das instruções, o líder modelador acelera a formação de pessoas e eleva os níveis de qualidade dos produtos. 
 Contra: “O modelador tende a fazer clones dele mesmo, por achar que está no centro da excelência”, diz Caroline. O resultado disso é um sufocamento da criatividade da equipe, que se sente sempre desvalorizada. “A medida que você se considera uma grande referência, você começa a ignorar a contribuição de terceiros”, afirma.
 
Treinador
Como um técnico de time de futebol, o treinador investe tempo e esforços na compreensão dos pontos fortes e fracos de cada membro da sua equipe. O objetivo é trabalhar com eles para que o desenvolvimento pessoal gere bons resultados.
Prós: Preocupado em conhecer sua equipe, o treinador conversa muito, se interessa em conhecer cada um, com foco sempre no longo prazo. É perfil ideal para a formação de novos líderes.
Contras: Esse é um tipo de chefe que assume grandes riscos para deixar que as pessoas evoluam naturalmente. São mais expostos, portanto, a erros. 

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

NEPOTISMO, PATRIMONIALISMO, FISIOLOGISMO: ADIVINHEM DE QUEM ESTAMOS FALANDO?



Obviamente do sistema político-partidário brasileiro, que se manifesta num ministério de 39 ministros (e mais um só para propaganda) e mais de uma dezena de partidos...


O que é um partido político? Numa definição geralmente aceita pelo senso comum, partido político é uma organização de direito privado constituída por cidadãos voluntariamente reunidos em torno de ideias que compartilham e, movidos pelo espírito público, empenhados em conquistar o poder político para implantar essas ideias. No Brasil, o artigo 17 da Constituição Federal estabelece que "é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana". Essa é a teoria. Mas a regra geral, com as exceções de praxe, no sistema partidário brasileiro, é a falta de espírito público e o predomínio do "aparelhamento", do fisiologismo, do interesse pessoal ou de grupos. E uma das mais acintosas e deploráveis manifestações dessa distorção é o nepotismo dominante na organização de grande parte dos pequenos partidos políticos.


Levantamento realizado pelo jornal O Globo, revela que nos 30 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram encontrados pelo menos 150 familiares dos "donos" da legenda em cargos de direção, geralmente remunerados. São cônjuges, pais, irmãos, tios e primos que ocupam os principais postos de comando. Funções remuneradas com recursos provenientes, quase exclusivamente, do Fundo Partidário. Ou seja, é dinheiro público que remunera a atividade privada - partido político, vale a pena repetir, é entidade privada - de membros dos clãs familiares que dominam boa parte dos partidos existentes no País.

O sistema partidário brasileiro é produto do paternalismo e do patrimonialismo que historicamente predominam na organização social e política do País. O paternalismo se manifesta na convicção generalizada, reforçada pelo viés ideológico, de que cabe exclusivamente ao governo resolver todos os problemas do País. Ou seja, a sociedade não precisa, ou melhor, não deve ser agente de sua própria história, ter participação ativa na promoção do bem comum. Basta que aceite passivamente a condição de beneficiária das dádivas dos poderosos.

Desse paternalismo decorre quase que naturalmente o patrimonialismo, entendido como a inexistência de distinção entre o público e o privado, que faz a alegria dos políticos inescrupulosos para quem a atividade pública é facilitadora, quando não apenas um meio eficiente para a acumulação de riqueza material.

Sendo essa a mentalidade predominante na chamada "classe" política - há muitas e notáveis exceções, claro -, é inevitável que ela se reflita na organização partidária, como o demonstram a feudalização e o domínio de muitas legendas por clãs familiares.

A mais nefasta manifestação do paternalismo e do patrimonialismo no sistema partidário brasileiro se explicita no fato de que, basicamente, as legendas sobrevivem à custa de recursos públicos, embora sejam, por definição, entidades de direito privado. O Tesouro patrocina fortemente as campanhas eleitorais, por meio da renúncia fiscal oferecida às emissoras de rádio e televisão para compensar a abertura do chamado horário "gratuito" de propaganda dos candidatos.

Como se essa verdadeira mamata não fosse suficiente, os atuais donos do poder - PT à frente - preconizam a exclusividade do financiamento público das campanhas eleitorais, sob o pretexto de eliminar a "influência do poder econômico" nas eleições.

De fato, é sintomático que sejam as grandes empreiteiras de obras públicas os principais financiadores das campanhas eleitorais. Não é difícil imaginar por quê. Mas a única maneira de eliminar qualquer tipo de influência indesejável nas campanhas é eliminar tanto o financiamento privado, de empresas, quanto o público, do governo.

Quem deve financiar os partidos políticos são seus militantes e apoiadores, por meio de contribuições pessoais. Não é o caminho mais fácil, mas é o mais democrático e o menos sujeito a distorções como o apetite nepotista por dinheiro fácil.

Paulo Roberto de Almeida

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

IMAGEM NÃO É FRESCURA, É CHAVE PARA O SUCESSO


No meu dia a dia como palestrante de Imagem Pessoal (e Postura e Comportamento Profissional) uma das perguntas que mais ouço é esta: “Silvana, qual é a diferença entre
Imagem e moda?”.
Acho essa pergunta extremamente natural e pertinente, pois é respondendo ela que começo a convencer as pessoas que assistem minhas palestras e participam dos meus treinamentos a valorizarem cada vez mais não a moda, mas sim a Imagem que constroem dia após dia.
E é sobre isso que quero falar neste artigo. Acompanhe.
Diferenças entre imagem e moda
A moda tem crescido muito nos últimos tempos. Diariamente, homens e mulheres são bombardeados com informações sobre o que usar, o que não usar, como usar. Porém, isso tudo é muito perecível. Ao invés de falar em moda, é preciso falar em Imagem, que é o que perdura. É preciso despertar a consciência de que a roupa, a maquiagem (no caso das mulheres), o sapato que escolhem transmitem uma mensagem.
O problema em pensar em moda, e não em Imagem, é que essa visão míope faz com que muitas vezes os profissionais errem na mão na hora da escolha do traje, levando em consideração “o que está na moda”, e não o que é adequado ao seu próprio estilo, ao momento, ao ambiente e assim por diante.
Como trabalhar sua Imagem no ambiente de trabalho
Com isso em mente, desenvolvi um plano de ação que pode ajudá-lo a iniciar uma virada no que diz respeito à imagem que deseja estabelecer:
1) Entenda a realidade do seu mercado - analise colegas de trabalho, líderes e clientes. A percepção do que é mais comum ajuda a formar a imagem ideal para si. A partir disso, busque criar a sua própria identidade, a sua imagem;
2) Saiba que nem sempre o que funciona para uma pessoa, funciona para todas - analise o seu corpo e busque fontes confiáveis para entender o que funciona para você;
3) Não deixe que a moda use você. Use você a moda! - nem tudo o que está na moda se encaixa no seu perfil nem no perfil da sua profissão. Desenvolva seu senso crítico e preocupe-se com a sua Imagem, não com a moda;
4) Planeje a sua Imagem! - com base nas mensagens que deseja transmitir (que devem ser coerentes com seus objetivos profissionais), defina o padrão de imagem que deseja buscar e trace metas para chegar até esse padrão. O resultado você verá na prática!
Com isso em mente fica muito mais fácil seguir as dicas que apresentarei por aqui em meus próximos artigos. Tenho certeza que com elas sua Imagem estará cada vez mais adequada aos seus objetivos profissionais.
Sucesso!

Silvana Lages

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

FEEDBACK E CRÍTICA: QUAL A DIFERENÇA?



Você sabe como diferenciar uma crítica de um feedback? Sabe o quanto um feedback pode auxiliar no cumprimento de metas e na motivação dos funcionários? Tem ciência de quanto à crítica pode minar o clima organizacional de maneira negativa?

Essas duas maneiras, bastante diferentes, de informar colegas profissionais sobre seu desempenho têm efeitos bastante marcantes na performance das equipes e individualmente. Vamos entender melhor como isto está estruturado.

Qual a diferença entre o feedback e a crítica?

Um feedback se diferencia da crítica principalmente por oferecer alternativas para melhorar o que não está tão bom. Ele tem como intenção ajudar o indivíduo a se desenvolver, dando opções para que ele corresponda à expectativa do empregador, sempre apontando, de maneira neutra, onde houve falhas e quais são as possibilidades ou alternativas de melhora.

A crítica, por sua vez, se refere somente ao que está errado, sem oferecer possibilidades de melhora. Por vezes a crítica é tão destrutiva que não está nem fundamentada em dados e constatações, ou seja, é um juízo de valor. Ela geralmente tem o objetivo de enquadrar alguma situação ou trabalho como “certo” ou “errado”, possui carga emocional vinculada e frequentemente conta com acusações e julgamentos. Enquanto o foco da crítica é o indivíduo, o foco do feedback é a situação.

Por que o feedback é recomendado?

O feedback traz resultados positivos para todos os envolvidos. Ao tornar a prática dele constante, por exemplo, o profissional que o recebe tem a chance de desenvolver melhor a auto percepção, além de contribuir para o desenvolvimento das relações de confiança dentro do ambiente profissional. Um feedback não relata apenas aquilo que precisa ser melhorado, mas também analisa e expõe o que está sendo bem realizado. Ou seja, elogios também fazem parte de um bom feedback. Desta maneira, o profissional se abre, relata inseguranças e pode ser ajudado pelos demais – colegas e superiores. Agindo desta forma, ele pode mudar atitudes, aprender maneiras mais saudáveis de se relacionar e também tem a chance de produzir mais e melhor, pois o bom feedback ajuda a criar autoconfiança.

Enquanto isso, a crítica apenas ressalta o aspecto negativo, sem oferecer soluções, e ignora o lado positivo do trabalho do profissional.

Como dar um bom feedback?

É importante ter algumas ideias em mente antes dar o feedback a qualquer profissional:

Fique atento ao momento e ao local. Lugares com outras pessoas e momentos de tensão devem ser evitados. Além disso, é preferível que não haja interrupções durante o processo.

Utilize linguagem direta, sem rodeios. Ao ser prolixo, pode-se dar a entender que há um eufemismo em jogo. Apontar a situação com base nas constatações é o mais recomendado.

Ressalte os pontos positivos antes de partir para as observações de melhoria. Isso é importante para que a pessoa não se prenda somente ao fato negativo e tenha motivação para continuar o bom trabalho e melhorar onde é necessário.

Dê as alternativas para que os resultados necessários sejam atingidos. É importante, sobretudo, focar na tarefa, e não na pessoa.

Um bom feedback é imparcial e, mais importante ainda, impessoal.

O outro lado da moeda

Algo raro, mas que pode funcionar muito bem, é o gestor pedir um feedback aos subordinados. Veja bem, é um feedback, não uma crítica, e se baseia no mesmo conceito do que é dado a um subordinado: é preciso ressaltar pontos positivos e negativos, e apresentar alternativas para melhorar o que não está tão bom assim. Este tipo de retorno tem a capacidade de mostrar o impacto do gestor como líder de um grupo, de dar-lhe a real noção de como é visto e percebido pela equipe.




quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

PELO FIM DO PATRIMONIALISMO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA



Talvez seja o próprio controle popular, da própria sociedade, que será o fator decisivo para a grande mudança que ainda ocorrerá na administração pública brasileira.

Parentes de políticos sem qualquer preparo sendo escolhidos para cargos de confiança importantes na administração pública, ou passando em concursos públicos de credibilidade discutível; empresas financiadoras de campanhas eleitorais vencendo licitações duvidosas, uso de verbas públicas para uso próprio ou para financiamento de campanhas; utilização de empresas e ONGs fantasmas para parcerias criminosas com o poder público. Todos os exemplos atuais de patrimonialismo.

No patrimonialismo, os governantes consideram o Estado como seu patrimônio, havendo uma total confusão entre o que é público e o que é privado, o que foi uma característica marcante principalmente até o fim dos Estados absolutistas. Até hoje há patrimonialismo na administração pública, dependendo do desenvolvimento de cada país, estado ou município, em maior ou menor monta.

Com o surgimento da administração pública moderna, principalmente com a Revolução Francesa, os ideais republicanos e democráticos cada vez mais obrigaram que haja uma gestão pública profissionalizada, com procedimentos que assegurem o atendimentos aos princípios constitucionais como isonomia, moralidade, publicidade, entre outros.

Foi Max Weber que inicialmente melhor estudou a chamada “burocracia”, que redundou no aparecimento de procedimentos como o concurso público, licitações, controle da administração pública. No Brasil os ideais burocráticos foram fixados em nosso ordenamento jurídico, de fato, apenas com a Constituição de 1988. Portanto, tardiamente.

Note-se que não estou falando aqui no termo burocracia em seu sentido pejorativo, que lembra algo que não funciona, repartições empoeiradas, com engrenagens lentas e ineficientes. Trato da forma técnica idealizada por Weber, de uma administração pública profissionalizada, eficiente e ética.

Antes mesmo de implementarmos os ideais burocráticos constitucionais, na década de 90 do século 20, o ideário neoliberalismo-gerencial tentou implementar a chamada administração pública gerencial no Brasil, utilizando o modelo aplicado principalmente em países desenvolvidos na década de 80, copiando procedimentos da gestão da iniciativa privada, nem sempre condizentes com o nosso modelo constitucional.

A implementação do gerencialismo-neoliberal se deu com a venda de empresas estatais, terceirizações, diminuição dos gastos públicos sociais, criação de agências reguladoras capturadas pelo mercado, privatizações por meio do terceiro setor (ONGs, organizações sociais e OSCIPs) etc. O que redundou, ao invés da implementação dos mandamentos constitucionais pela estruturação da administração pública, em precarização e um retorno ao patrimonialismo.

Nepotismo, clientelismo, corrupção, licitações e concursos públicos fraudados, terceirizações ilícitas, tráfico de influências. Tudo isso é uma realidade na gestão pública municipal, estadual e brasileira. Não estamos no ápice do patrimonialismo do período absolutista. Também há menos corrupção do que no último período ditatorial militar, em que havia corrupção e os denunciantes poderiam ser aniquilados. Mas sem dúvida se não tivéssemos passado pelo período neoliberal-gerencial que até hoje influencia nossa administração pública, poderíamos estar em grau ainda mais avançado de luta contra o patrimonialismo.

Ministério Público, tribunais de contas, Poder Legislativo, Judiciário e Executivo. Cada um desses poderes têm responsabilidades pelo fim do patrimonialismo. Mas talvez seja o próprio controle popular, da própria sociedade, que será o fator decisivo para a grande mudança que ainda ocorrerá na administração pública brasileira, para a melhor implementação do Estado Social e Democrático de Direito.

Tarso Cabral Violin, professor de Direito Administrativo da Universidade Positivo, é advogado e blogueiro(http://blogdotarso.com) e mestre em Direito do Estado pela UFPR


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

EM BUSCA DE UMA GESTÃO PÚBLICA EFICIENTE


O Brasil vive um momento bastante peculiar da sua história democrática. A população foi às ruas no mês de junho de 2013, se pronunciou e fez severas críticas aos gestores públicos brasileiros. Tal manifestação se deve aos diversos problemas sociais existentes em nosso País, sobre os desvios de condutas, a má gestão dos recursos públicos, a falta de transparência e de prioridades para a EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA E MOBILIDADE URBANA.

Estas manifestações da população Brasileira foram destaques na imprensa mundial, e os analistas destacaram que os Brasileiros “acordaram” e estão mais exigentes com relação à qualidade dos serviços públicos prestados no Brasil, que é um dos Países com a maior carga tributária do Mundo.

No cerne desta questão está a gestão. Percebe-se claramente que um dos grandes problemas da administração pública brasileira é a qualidade da gestão. Esta qualidade tão almejada só pode ser alcançada através de uma profissionalização dos quadros funcionais dos órgãos públicos. Na esfera Federal já é perceptível esta mudança, pois os últimos governos têm direcionado os seus processos de recrutamento e seleção buscando profissionais mais adequados e competentes para o exercício das funções técnicas e estratégicas dos diversos órgãos federais.

Neste sentido, destaca-se o aumento do número de profissionais técnicos de nível superior (Advogados, Administradores, Contadores, Economistas, Gestores Públicos, etc.) ingressantes nos órgãos do Governo Federal e de alguns Governos estaduais. Este aumento da qualificação dos profissionais contratados de forma efetiva, associado ao devido encaminhamento destes profissionais para assumir funções, cujas competências lhes garantam o bom desempenho das funções assumidas, certamente contribui para o alcance de melhores resultados na gestão dos problemas e demandas dos órgãos, tornando a gestão pública mais eficiente atendendo assim, as demandas sociais do nosso País.

Entretanto, ainda há muito a fazer, pois além da profissionalização nos órgãos no âmbito federal, é preciso qualificar a gestão estadual e municipal. Este é o grande desafio de nosso País.

A constituição federal aumentou as responsabilidades dos municípios e contingenciou os seus recursos, através dos repasses vinculados, o que exige atualmente uma gestão cada vez mais eficiente e mais capacitada para gerir os recursos do município. Por lei cabe ao município: Oferecer a educação infantil; Oferecer práticas esportivas e de lazer a juventude; Assistência básica de Saúde; Limpeza urbana e destinação adequada do lixo; Promover o ordenamento territorial e a execução da política urbana; Gerir e promover políticas de mobilidade.

Associados a estas responsabilidades constitucionais que os municípios precisam encontrar soluções, destacam-se alguns problemas sociais como: Lixo, o aumento da violência, o desemprego, a carência de moradia, a questão do saneamento, a expansão urbana, a sustentabilidade e a mobilidade urbana, que afetam as cidades brasileiras, e que a população se cansou de esperar pelas soluções, que na grande maioria dos casos não podem ser alcançados por um município sozinho, mas através de um consórcio de municípios e com o apoio dos governos estaduais e federais. Contudo, todos os recursos que podem ser direcionados para resolver os problemas sociais e estruturais dos municípios, para ser liberados, precisam de projetos e estes precisam comprovar a sua viabilidade econômica e financeira, e para isso precisam ser feitos por profissionais capacitados e com as devidas competências para tal. É notório, que no Brasil só os projetos não são suficientes para a liberação de recursos, mas é importante destacar que sem projetos, não há liberação de recursos.

E é neste cenário de aumento de responsabilidades, aumento de cobrança da população, crescimento desordenado, e escassez de recursos para investimentos em infraestrutura que se encontram nossos municípios e seus gestores, cuja responsabilidade é muito grande. Assim, entendo e defendo que a melhor maneira de mudar a realidade dos municípios Brasileiros é a profissionalização da Gestão Pública Municipal, profissionalização esta exigida pelos “clientes” do serviço públicos, que são os cidadãos, aqueles que através dos seus impostos pagam os salários e a infraestrutura existente, e que cabe aos escolhidos ou convocados administrar de forma eficiente e transparente.

Esta profissionalização ocorre quando as organizações possuem pessoas comprovadamente competentes para gerir e assessorar os gestores nas funções de planejamento, direção, organização e controle, proporcionando a gestão municipal às condições essenciais a busca da eficiência e do alcance dos melhores resultados, através dos recursos existentes.

Um dos profissionais que reúne um conjunto de competências mais próximas das necessárias ao um bom gestor público e que possui uma visão mais ampla do mundo, sendo capaz de planejar, liderar e contribuir nas mudanças necessárias na forma de gerir nossas organizações é o Administrador, uma das mais conceituadas e abrangentes profissões do mundo moderno.

Kleber Cavalcante

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA



A sociedade reclama uma administração eficiente nos serviços públicos, em especial os relacionados a saúde, educação, segurança e proteção social, alicerces para o enfrentamento das desigualdades, marca maior da sociedade brasileira. E para estabelecer políticas públicas que geram resultados efetivos é imprescindível que as lideranças políticas, responsáveis pela administração da coisa pública, priorizem a profissionalização, com uma atuação determinada e contínua.

Melhorar a gestão passa pela definição de um modelo de administração pública voltado para a r eficiência administrativa, condizente com a evolução da sociedade, de modo a inovar e agregar conceitos e práticas de gestão antes desconhecidos, ou mesmo impensados. Não obstante, esta eficiência administrativa deve ser pensada dentro de uma lógica de economia racional, com a devida adequação dos recursos empregados aos fins propostos.

Idealizar um modelo de gestão pública não é uma tarefa difícil, considerando a vasta produção teórica e as diversas iniciativas preconizadas em vários países desenvolvidos e Estados da federação. O difícil, na verdade, é pôr em prática o modelo, pois tentativas desta natureza requerem rupturas na cultural política e administrativa.

Na administração pública estadual, o esforço em direção à profissionalização tem apresentado nos últimos anos avanços e retrocessos. Uma das disfunções que contribuem para isto é o fato de que a estrutura da máquina no Estado de Goiás, a cada governo, é novamente reconstruída, desconsiderando o que até então fora estruturado. As razões são oriundas da falta de percepção de que a profissionalização da administração pública constitui uma política de Estado, devendo ser continuamente discutida e aprimorada.

Uma administração profissionalizada deve assentar-se nos princípios constitucionais, em especial na supremacia do interesse público, na impessoalidade, na moralidade, na eficiência e na observância aos limites e critérios para a criação e o provimento dos cargos de confiança e em comissão; institucionalização de critérios meritocráticos para provimento de cargos de direção, chefia e assessoramento e para a promoção na carreira; avaliação de desempenho continuado que reforce valores e princípios republicanos; constituição de uma burocracia permanente, estruturada em carreira, para as principais atividades típicas de Estado (arrecadação, advocacia pública e gestão pública), e dotada de competência técnica e política.

Falar em profissionalizar a administração pública, desconsiderando esse marco regulatório, representa visão estreita e ignorância acerca da gestão ou mesmo desrespeito à capacidade crítica da população.

Eudenisio Batista da Silva

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

COMUNICAÇÃO



































QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO









MOTIVAÇÃO






















LIDERANÇA

























































LÍNGUA PORTUGUESA



























































































































HUMOR













































































GESTÃO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
































































FATOS HISTÓRICOS