domingo, 17 de novembro de 2013
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
REPÚBLICA E ELEIÇÃO NO BRASIL
República e Eleição
A palavra República deriva do latim e significa "coisa pública". Ao
longo da história a interpretação e o sentido da "República" se modificaram.
O conceito é utilizado pela primeira vez na história antiga de Roma, a partir
de 509 aC. quando da organização de uma nova forma de governo, preocupada
principalmente em retirar o poder das mãos de um único homem. Acabava a
Monarquia e iniciava-se uma forma de governo onde o poder é dividido e, naquele
momento, controlado por um organismo coletivo, o Senado. No entanto o Senado
romano administra a “coisa pública', porém o público, quer dizer, o povo, não
tem direitos políticos. No século XVIII a ideia de República se modificou mais
uma vez, a partir de ideias dos filósofos iluministas quando, ainda com pouca
expressão, surgiu a ideia de Sufrágio Universal - um homem, um voto.
A República no Brasil
Ao se referirem à posse do presidente Lula, proclamam nosso 39º. Presidente da
República, sendo a que maioria deles, foi escolhido por poucos eleitores. Desde
a formação do regime republicano, o número de eleitores foi muito pequeno. O
primeiro período de nossa história republicana, conhecido como "República Velha"
ou Primeira República (1889 - 1930) foi caracterizado pela instituição do voto
universal, adotado em nossa segunda Constituição (1891), porém somente colocado
em prática 3 anos depois.
O primeiro Presidente da República foi o marechal Deodoro da Fonseca, por conta
de sua participação e liderança no golpe de 15 de novembro de 1889, que
eliminou a monarquia do país. Dois anos depois, pronta a nova Constituição o
Brasil viveu sua primeira eleição presidencial, indireta, quando o mesmo
marechal foi mantido no poder executivo numa eleição que envolveu apenas os
membros do Congresso Nacional em fevereiro de 1891. Algo parecido sucedeu ao
nosso segundo Presidente da República, o Marechal Floriano Peixoto; que assumiu
como desdobramento constitucional da renúncia de Deodoro em novembro de 1891.
Para se manter no poder Floriano utilizou-se da força, tanto política quanto
armada, completando o mandato para o qual havia sido escolhido como vice de
Deodoro, em 1894. A partir desse momento os presidentes passaram a ser eleitos
por "sufrágio universal", porém a cidadania fora dada a cerca de 3%
da sociedade brasileira. A Constituição excluía do processo político a maioria
dos brasileiros; as mulheres e analfabetos compunham ¾ dos brasileiros em idade
adulta e sem direitos políticos. Se os números do período são alarmantes,
devemos ainda considerar toda a sistemática política organizada para preservar
o poder das Oligarquias, baseada no voto de cabresto e no coronelismo.
Veja o número de votos dos presidentes do período:
|
Presidente eleito
|
eleito com:
|
% votantes da Populaçao
|
|
Prudente de Morais
|
276.583 votos
|
2,2%
|
|
Campos Salles
|
420.286 votos
|
2,7%
|
|
Rodrigues Alves
|
592.039 votos
|
3,4%
|
|
Afonso Pena
|
288.285 votos
|
1,4%
|
|
Hermes da Fonseca
|
403.867 votos
|
3,2%
|
|
Venceslau Brás
|
532.107 votos
|
2,4%
|
|
Epitácio Pessoa
|
286.376 votos
|
1,5%
|
|
Arthur Bernardes
|
466.877 votos
|
2,9%
|
|
Washington Luís
|
628.528 votos
|
2,3%
|
|
Júlio Prestes
|
1.091.709 votos
|
5,7%
|
A Era de Vargas
Esse período da história iniciou-se em 1930 e estendeu-se
até 1945, marcado pela centralização do poder e, portanto pela ausência de eleições
presidenciais. Vargas ascendeu ao poder em 3 de novembro de 1930, um mês após o inicio do
movimento militar contra Washington Luís. O seu governo "provisório “durou quatro
anos, e foi marcada não só pela ausência de eleições presidenciais, como também pela intervenção nos Estados, nos quais foram nomeados interventores, fiéis a
Vargas. Fruto de vários movimentos de oposição, incluindo a Revolução de 32, Vargas convocou eleições para uma Assembleia Constituinte, que encerrou seus trabalhos em 34, escolheu indiretamente Vargas como presidente, com mandato de 4 anos, e marcando eleições diretas para 1938. Mais uma vez Vargas esticou seu mandato com o golpe de 37, iniciando a ditadura do Estado Novo,
que durou até 1945.
República Liberal
No final de 1945 chegou ao fim a ditadura de Vargas e o país
viveu um processo de redemocratização. As eleições presidenciais forma
restabelecidas, dentro de novos padrões, definidos desde a Revolução de 30. A
Justiça Eleitoral passou a efetivamente funcionar e deu maior credibilidade ao
processo eleitoral e, finalmente, as mulheres puderam participar concretamente
das eleições. Com isso cresceu muito o número de eleitores. Em 1945 o General
Dutra foi eleito Presidente da República com mais de 3 milhões de votos, num
processo onde participaram cerca de 6 milhões de pessoas, representando 13,4%
da população. Durante esse período, marcado pela crise econômica e política, o
Brasil teve vários homens ocuparam a cadeira de Presidentes da República, porém
foram eleitos apenas Getúlio Vargas, Juscelino Kubitscheck e Jânio Quadros,
esse último em 1960, quando o país possuía perto de 70 milhões de habitantes e
15,5 milhões de eleitores.
Ditadura Militar
Ao instituir o sistema de eleições indiretas, o regime
militar interrompeu o processo crescente da população na escolha dos dirigentes
do país e inventaram eleições presidenciais através do Colégio Eleitoral. Essa
criação obedeceu ao único propósito de manter a escolha do presidente da
República sob controle dos militares e das elites políticas que os apoiavam.
Era um sistema mais restrito do que o sistema eleitoral da República Velha,
onde o escolhido da oligarquia tinha que enfrentar o processo eleitora, por mais
que fosse viciado. Cada um dos presidentes militares foi referendado pelo Colégio
Eleitoral, cujas regras para sua composição foram especialmente criadas em
função das necessidades de ocasião. O primeiro presidente militar, Marechal
Castelo Branco foi "eleito" em 11 de abril de 64, dois dias depois de
editado o Ato Institucional nº 1, pelo Congresso Nacional expurgado de dezenas
de parlamentares presos ou cassados. O general Costa e Silva foi eleito em 3 de
outro de 66 por 295 votos de deputados e senadores da ARENA, 41 abstenções e
136 parlamentares do MDB ausentes. O terceiro presidente-militar, Emílio G.
Médici, teve sua escolha referendada pelo Congresso Nacional em 1969, sendo que
mais uma vez o legislativo havia sido expurgado, efeito direto do AI-5,
decretado em dezembro do ano anterior. "Em 1973, as vésperas da indicação
do quarto governante militar, Médici promoveu a reformulação do Colégio
Eleitoral. A nova fórmula estabelecia que seria composto pelos deputados e
senadores e ainda por 3 delegados de das Assembleias Legislativas (estaduais) e
mais um para cada 500 mil eleitores inscritos no Estado. Com essas regras foi
eleito Ernesto Geisel em 1974." A última escolha militar foi o general
Figueiredo, eleito pelo Colégio Eleitoral em 1978. Para essa eleição várias
modificações anteriores foram realizadas no Colégio Eleitoral, como a eleição indireta do 1/3
dos senadores (apelidados biônicos), a divisão do estado de Mato Grosso e a
União do Estado da Guanabara com o Rio de Janeiro. Dessa maneira o número de deputados e senadores da ARENA aumentou, compensando a derrota eleitoral do governo nas eleições de 1974. Mesmo considerado o "presidente da abertura",
Figueiredo preocupou-se com a eleição de seu sucessor. O partido do governo,
agora denominado PDS, realizou uma série de manobras para permanecer no poder e
tentar contrariar o movimento social pelas eleições diretas que se organizava desde
o final de 1983. A última grande manobra foi a rejeição da Emenda Constitucional
do deputado Dante de Oliveira que introduziria no país a eleição direta para
Presidente da República. O primeiro presidente civil da República, depois do
regime militar, Tancredo Neves, também foi eleito indiretamente e teve seu
mandato cumprido pelo vice, José Sarney. O Brasil teve ainda mais um presidente
não eleito diretamente, Itamar Franco, que assumiu a presidência dentro dos
preceitos constitucionais, dado o processo de impeachment de Fernando Collor.
Por Cláudio Recco,
do HISTORIANET
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
LÍDERES QUE NÃO APRENDEM SÃO PERIGOSOS
Quando uma empresa precisa desenvolver um funcionário para
que assuma cargos gerenciais, deve certificar-se de que não possua uma das
características abaixo. Porque essas particularidades indicam indivíduos
difíceis de ser desenvolvidos e, portanto, incapazes de se manter
atualizados.
Não ser treinável
Uma pessoa que não aceita treinamento não pode ser
desenvolvida. Muitos líderes criam seu conhecimento exclusivamente por
experiência. Com isso, não utilizam as melhores práticas, cometem erros
evitáveis e dão resultados inconsistentes, em geral obtidos com muito dispêndio
de energia, recursos e pessoas.
Um indivíduo treinável abre mão de se auto orientar e aceita métodos,
procedimentos e conhecimentos oriundos da ciência, das melhores práticas de
liderança e da experiência de outros líderes.
Quando alguém não é treinável, sua evolução é muito lenta e,
frequentemente, limitada.
Pessoas que não se responsabilizam pelo resultado de suas ações
Toda vez que alguém age, seu discernimento sobre o contexto
e a contribuição de outros para o resultado são fundamentais para definir novas
ações. Entretanto, o indivíduo não pode ser desenvolvido, se, quando um
objetivo não é alcançado, ele aponta para tudo e para todos, mas não é capaz de
se responsabilizar por sua parte.
São exemplos de profissionais assim os que culpam a
burocracia, outros departamentos, outras pessoas e até mesmo a má sorte pelos
resultados. Mas jamais falarão sobre suas falhas e sobre quais pontos precisam
aprimorar para assumir mais responsabilidades e ir mais longe em suas
carreiras.
Profissionais com doenças psicológicas
O líder responsável se interessa por seres humanos. Toda vez
que identifica alguém com sinais de possível doença psicológica, orienta o
indivíduo para que procure ajuda especializada. Gerentes não são psicólogos, e
uma pessoa com doenças como síndrome do pânico, depressão ou algum tipo de
fobia não pode ser desenvolvida.
Vale reforçar que uma pessoa sadia não é aquela que não está
doente, mas aquela que, uma vez enferma, faz de tudo para recuperar a
saúde.
Pessoas de má índole
Se você é um líder sério, competente e ético, deve tomar
muito cuidado com a forma como avalia as demais pessoas.
Em geral, nós vemos os outros como nós somos, não como eles
são. Isso significa que é difícil para alguém honesto acreditar na
desonestidade dos outros. Entretanto, é importante que saiba que não há método
de desenvolvimento para profissionais de má índole.
Portanto, se você identificar alguém em sua equipe que não
joga pelas regras do jogo, o melhor a fazer é descartá-lo. Toda vez que uma
pessoa de má índole alcança um cargo de liderança, os resultados são
desastrosos.
Se quisermos melhorar as empresas, devemos fazer com que
líderes bem preparados se interessem em ocupar cargos relevantes e cada vez
mais elevados.
O mundo e as organizações estariam em melhores condições se
formassem e dessem apoio para líderes competentes e éticos ocuparem as posições
mais altas e estratégicas. Grandes resultados de curto prazo, sozinhos, não são
bons indicadores para identificar os melhores líderes. O ideal é avaliar o
equilíbrio e a consistência no longo prazo. Afinal, é fácil ser bem-sucedido ao
cortar custos e fazer as pessoas trabalhar até o limite da exaustão. Difícil é
equilibrar os resultados de curto e longo prazo, fazer frente às crises
econômicas e assegurar a perenidade da empresa por muitas gerações. Somente
líderes preparados sabem fazê-lo.
Vamos em frente!
Sílvio Celestino é autor do livro – Visite: www.alliancecoaching.com.br
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
É HORA DE MUDAR DE EMPREGO
As mudanças que ocorrem no mercado de trabalho nos ensinam a
ver a vida sob uma nova perspectiva. Quando o mundo inteiro enfrentou uma forte
crise financeira, quem estava incerto sobre sua carreira, achou melhor não
arriscar; quem estava infeliz, aprendeu a gostar de seu trabalho, até que a
maré melhorasse.
Empresas reduziram quadros e custos. Agora é hora de
investir. Enxutas e com foco redirecionado, as empresas entraram em 2010 com
fôlego e energia para recrutar novos colaboradores e retomar seu crescimento.
Neste momento, o mercado está bastante competitivo, mas ao
mesmo tempo oferece grande oferta de empregos. Com um importante detalhe:
espera-se muito mais deste profissional.
Que habilidades e competências deve ter o colaborador que
hoje é procurado pelas empresas?
Flexibilidade: Para
saber lidar com mudanças rápidas e repentinas, para aceitar a volatilidade do
mercado e a incerteza da rotina.
Coragem: De
arriscar, apesar de não ter respostas prontas.
Resiliência: para
encarar uma rotina de imprevistos, pressão e obstáculos e saber superá-los,
mantendo sua essência e equilíbrio.
Otimismo e Equilíbrio
Emocional: ter a habilidade de manter-se auto motivado e encarar a rotina
de forma positiva, transformando pequenos problemas em grandes soluções.
Criatividade: Para
pensar diferente, encantar com novas soluções e contribuir para o ambiente de
trabalho.
Comprometimento: Vontade
de fazer a diferença e se envolver com o trabalho que faz. Este envolvimento
vem de dentro e não deve ser ligado, apenas, ao salário.
Autodidata: Que
vai em busca de autoconhecimento e aprendizado, portanto está sempre em
crescimento.
Visão Generalista e função
de Especialista: é bom conhecer de tudo um pouco e informação é um
diferencial, mas desde que tenha um foco de trabalho – onde está a sua
expertise.
Principais erros que devem ser evitados durante a busca!
Buscar um emprego e
não um trabalho - O profissional não deve apenas procurar uma função
onde possa ganhar dinheiro, mas sim uma empresa onde ele terá orgulho de levar
seu talento e onde tenha prazer e crescimento na função. Caso contrário, estará
frustrado e procurando emprego novamente em um curto espaço de tempo.
Falta de networking -
Enviar currículo por e-mail não é a única forma de procurar emprego.
Encontre as pessoas, crie e fortaleça vínculos já existentes, participe de
eventos, circule e faça-se notado.
Desânimo - A
fase é difícil e de grande ansiedade, por isso procure ‘válvulas de escape’ e
faça atividades que lhe dão prazer (ginástica, leitura, cinema, hobby, etc.) e
que poderão lhe ajudar a se manter resiliente.
Despreparo -
Ao fazer contatos, tenha clareza do que gosta, do que quer fazer e como pode
contribuir. Tenha suas experiências, habilidades e competências na ponta da
língua.
Mais do que tudo,
estamos vivendo a fase de paixão pelo que se faz - O trabalho deixa de ser
um castigo e passa a ser um foco de satisfação. Quem não tiver esta visão,
está buscando um emprego, e isto é muito difícil hoje em dia. Empregos não há
muitos, mas oportunidades sim. Para quem quer desafios, para quem pensa
"fora da caixa", para quem quer arriscar sabendo que vai chegar lá,
várias oportunidades existem.
O profissional deve
rever seus próprios conceitos e escolher as prioridades - o que é mais
importante? Ser feliz ou ter razão? Cabe a cada um de nós escolhermos. Se
for ter razão, fazer apenas um bom trabalho, qualquer coisa serve. Mas, se for
para ser feliz, realizado, em busca de um objetivo que terá significado para
sua vida profissional e pessoal então sim, vale a pena arriscar. O resto é
consequência!
*Stefi Maerker é
Diretora/Presidente da SEC Talentos Humanos, reúne mais de 20 anos de
experiência na Assessoria de Executivos do primeiro escalão organizacional de
empresas multinacionais; autora dos livros “Secretária–Uma Parceira de
Sucesso”, 1999 e “Mulheres de Sucesso–Os segredos das mulheres que fizeram
história”, 2000 e escritora de diversos artigos na área de gestão de carreira.
Fonte:http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/ge/sucesso/artigos/mudar-de-emprego.shtm
terça-feira, 12 de novembro de 2013
O VALOR DA ETIQUETA NOS AMBIENTES CORPORATIVOS
Quando o assunto é como garantir boas relações interpessoais
todos sabem que a educação e a diplomacia sempre serão muito bem-vindas e não
fazem mal para ninguém. Nos ambientes de trabalho a proposta não é diferente da
vida pessoal. Numa época que a cada dia aproxima mais pessoas e culturas por
meio dos recursos tecnológicos como ferramentas imprescindíveis, identificar e
não praticar comportamentos indesejados faz muita diferença no sucesso
profissional, não importa o segmento de atuação em que o indivíduo encontre-se.
A Etiqueta Profissional pode ser entendida como um conjunto de normas que
orientam no trato entre duas ou mais pessoas em prol da boa convivência. Para a
consultora de Etiqueta, Célia Leão, nos ambientes corporativos "... as
regras de comportamento ajudam a garantir clima de respeito mútuo, refletindo
diretamente na saúde dos profissionais..." e, consequentemente, nos
resultados a serem obtidos.
Por mais liberal que seja o ambiente corporativo, vale lembrar que existem
normas de comportamento que não devem ser quebradas. Considerando que as
pessoas passam boa parte do tempo nas empresas é natural que a informalidade
ganhe espaço, além do necessário. Para a consultora Maria Aparecida Araújo,
"A função das normas de etiqueta é espelhar nos funcionários a qualidade
dos serviços ou dos produtos que a empresa oferece". Por isso, algumas
regrinhas precisam ser sempre lembradas:
a) Fuja das fofocas e de pessoas mentirosas. A prática da mentira fragiliza as
relações criando espaços para a desconfiança. "Herdamos da cultura ibérica
uma sociedade extremamente hierárquica em que os funcionários têm medo de
dialogar com os chefes e acabam mentindo", afirma o professor Alfredo
Behrens, da FIA - São Paulo.
b) Use roupas de acordo com o cargo e função desempenhada. A roupa diz muito
sobre a pessoa e querer ser o centro das atenções por meio delas não é
comportamento educado. Se a empresa não adota uniforme, procure usar trajes
discretos, cores neutras, jamais excedendo nos decotes e cumprimento
deselegantes. A empresa não é "balada" com amigos, e pede roupas e
acessórios discretos.
c) Use adequadamente as ferramentas de trabalho. Telefone e redes sociais devem
ser usados com ponderação de maneira que não venham a interferir nas rotinas da
empresa e da função.
d) Não provoque ou alimente a discórdia, a fofoca. É natural que as
incompatibilidades ocorram, afinal, toda empresa é formada por pessoas com
experiências e objetivos nem sempre respaldados de expressivo valor.
Entretanto, deve prevalecer a comunicação assertiva de forma a auxiliar na
prevenção da "rádio peão" ou o boato organizacional.
e) Não queira ser o "sabe tudo" ou "dono da razão". Os
novos tempos pedem parceria, ajuda mútua e compartilhamento de ideias. A
integração auxilia no encontro de melhores respostas e tomada de decisões.
f) Saiba comportar-se nas festas e confraternizações promovidas pela empresa.
Ninguém gosta de pessoas inconvenientes, aquelas que falam alto demais, bebem e
promovem brincadeiras desagradáveis. Esses espaços devem servir também para
estreitar ou estabelecer amizades, e, quando possível, fazer revelar
competências que no dia a dia não são percebidas.
g) Respeite as diferenças e a cultura do outro. Nem todos torcem pelo mesmo
time, apreciam a mesma comida, gostam dos mesmos filmes ou professam a mesma
religião.
E, finalizando, não deixe de lado expressões como, por exemplo:
"Obrigada!", "Por favor", "Licença!". Estes
vocabulários jamais sairão de moda e servirão para, no mínimo, mostrar que você
sabe estabelecer um bom convívio com os colegas de trabalho.
Por: Elizabeth Hernandes
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
COMO SER UM BOM LÍDER SEM CHATEAR SEUS COLABORADORES
Uma das grandes dúvidas que pairam sobre as cabeças dos adinistradores nos
dias de hoje é: “como ser um bom líder?“. Como gerenciar um grupo de pessoas
sem que elas se sintam cobradas demais, ou chateadas com a pressão? Liderar e
motivar pessoas sem pressão e cobrança é algo difícil de ser feito, mas é
possível dosar a mão para não cometer erros em excesso.
É preciso saber exatamente o que e como fazer para que seus
colaboradores o vejam como um líder verdadeiro, alguém que os inspira, que lhes
dá abertura para participar e os faz trabalhar mais confiantes, e não um
ditador que apenas cobra resultados, sem pensar no lado humano da relação. Por
isso, saber atuar como um líder dentro de uma equipe é fundamental para o seu
sucesso.
É importante que o líder saiba ouvir as pessoas, escutar
suas opiniões, dialogar com elas para que possam se sentir valorizadas. Mas,
mais do que ouví-las, é preciso saber como lidar com as críticas e sugestões,
saber como implementar melhorias levando em consideração o que foi dito pelo
colaborador etc. As pessoas adoram participar, mas odeiam que suas
opiniões sejam ignoradas.
O líder também precisa saber como liderar as pessoas,
conhecendo seus liderados, a forma como eles pensam, como agem, a forma como
costumam trabalhar etc. É preciso haver um bom senso para que a liderança não
seja um desastre. Por isso, é necessário saber como conversar com um
funcionário, como dar uma bronca, como elogiar na medida certa, como propor uma
mudança drástica sem causar impactos negativos etc.
A boa liderança é, antes tudo, o
bom convívio e a boa relação entre as pessoas. É preciso haver respeito para
que um líder seja respeitado. É preciso haver companheirismo e comprometimento
para que um serviço seja bem executado pela equipe como um todo. É preciso ser
um líder responsável para que seus liderados se sintam parte do grupo, ativos,
valorizados.
O bom líder é aquele que chama para si a responsabilidade,
mas que também sabe como delegar autoridade e
funções a seus comandados. Porém, ele sabe exatamente quem está preparado para
receber este fardo, sem sobrecarregar uma pessoas despreparada, que certamente
irá se chatear com ele, fazendo um serviço de péssima qualidade, comprometendo
todo o resultado final.
Ser um bom líder e não chatear os seus colaboradores é uma
tarefa complexa, porém não impossível. Procure sempre se relacionar de forma
agradável com seus liderados, participe de seu dia-a-dia, valorize quem
precisa, cobre de quem está devendo em desempenho etc. Mas, principalmente, saiba
exatamente para onde você quer levar sua equipe. Um chefe perdido deixa
qualquer equipe fora do rumo.
Compartilhe suas experiências, conte exemplos de bons
comportamentos, histórias de sucesso, motive seus colaboradores. Evite ser o
líder chato que apenas puxa a equipe para baixo. Eleve o astral das pessoas,
mostre a elas como são importantes para o bom andamento do serviço, como são
essenciais na engrenagem da empresa. Valorizar o trabalho das pessoas é uma
excelente forma de trazê-las para o seu lado, de fazê-las trabalharem melhor.
Seja um bom líder e colha os frutos desta boa relação com
seus funcionários. Sucesso!
domingo, 10 de novembro de 2013
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
MERITOCRACIA NAS EMPRESAS
Ser promovido é o desejo de 10 entre 10 funcionários hoje em
dia. Todos eles desejam ser reconhecidos pelo ótimo trabalho (na visão deles)
que desempenham em suas atividades dentro da empresa, gerando uma expectativa
enorme em torno disto, que, muitas vezes, não é atendida conforme gostariam.
Esta situação ocorre em diversas organizações mundo afora,
por razões diferentes, pois cada caso é um caso, porém sempre com o mesmo
rótulo “é panela”. Invariavelmente, os funcionários que não conseguem ser
promovidos antes daquele colega de trabalho que não vai com a sua cara afirmam
que foram “panelados” pelo chefe, ou seja, foram deixados de lado para que
outras pessoas menos capazes (também na visão deles) pudessem ser promovidas.
Porém, o que muitos destes funcionários não param para
analisar é se realmente tinham capacidade de assumir o novo cargo, se realmente
ele é melhor que a pessoa que foi promovida. Para tentar resolver estas
questões, muitos gestores se utilizam de avaliações de desempenho para
analisar seus colaboradores corretamente, mas nem sempre esta prática é bem
vista pelos funcionários de uma organização. Geralmente, estes programas de
avaliação de desempenho são inadequados e não contemplam todas as variáveis
necessárias de serem avaliadas.
Meritocracia
É neste momento que surge a famosa e contestada meritocracia nas
empresas. Meritocracia (do latim mereo,
merecer, obter) significa premiar os funcionários pelo seu desempenho e
resultados alcançados, levando-os aos postos mais elevados na hierarquia
através de seus próprios méritos.
A meritocracia é muito utilizada em empresas que possuem um
alto nível de competitividade no mercado, que precisam reter seus melhores
talentos antes que eles se mudem para a concorrência. É através dela que os
gestores mostram que estão acompanhando de perto o desenvolvimento destes
profissionais. É assim, também, que os funcionários se sentem observados e
avaliados da melhor forma, sem temer o famoso “QI” (quem indicou), comum nas
organizações desde que o mundo é mundo.
Porém, como em todo assunto relevante para a Administração, a Meritocracia provoca
algumas discussões sobre a forma como os funcionários se relacionam no ambiente
de trabalho, seu comprometimento e dedicação com as tarefas. E também a
percepção que seus gestores tem sobre estas questões.
A Psicóloga educacional e empresarial, Silvia Osso, questiona
esta situação em seu blog e dá um exemplo de uma situação em que a
Meritocracia gera algumas discussões importantes no meio empresarial, confira:
“Veja o caso de um
Gestor que tem dois colaboradores do mesmo nível, que ganham o mesmo salário e
têm o mesmo plano de benefícios. Um é pontual, cumpre prazos, é confiável e seu
trabalho é de qualidade; o outro, nem tanto. Quem está sendo recompensado?
Naturalmente, o segundo. Matematicamente, o segundo ganha mais porque faz
menos. E como fica a motivação do primeiro? Se isso acontece em sua empresa,
cuidado! É uma das melhores receitas para reter os segundos e perder os
primeiros…”.
Neste caso apresentado, é muito fácil medir a diferença de
desempenho entre os trabalhadores, por causa das mesmas condições de trabalho e
remuneração, mas nem sempre é assim. Por isso, é importante que o gestor que
decida por implementar a Meritocracia em sua empresa fique de olhos abertos com
relação ao comportamento de seus funcionários, seus hábitos de trabalho e as
relações com os demais colegas. Uma boa observação destes fatores pode
facilitar a implantação de possíveis modificações no processo de análise de
desempenho na empresa.
É sabido que a Meritocracia gera diversos problemas para a
empresa, no que diz respeito à insatisfação de alguns funcionários, mas é
preciso lembrar que ter um sistema de avaliação de desempenho baseado realmente
no desempenho do funcionário é muito melhor do que o velho sistema de indicação
e coleguismo. Por isso, os colaboradores precisam também apoiar a empresa nesta
avaliação e focar mais no trabalho do que em questões afins. Assim, os melhores
talentos sempre se sobressairão, chamando a atenção dos gestores para si.
E você, já foi avaliado em alguma análise de desempenho? O
que pensa sobre a meritocracia nas empresas? Deixe sua opinião, comente!
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
DELEGAÇÃO DE AUTORIDADE - O QUE É E COMO FUNCIONA
Ser um líder nos dias de hoje não é uma tarefa muito fácil,
dada a variedade de perfis profissionais que precisam ser liderados nas
empresas. São pessoas de todos os tipos, origens e formações, com capacidades e
habilidades diferentes, carregando sonhos e ambições distintas. Por isso, é
importante saber exatamente como liderar essas pessoas.
E um segredo para liderar bem e manter a equipe sob
controle, mantendo sua motivação em alta é saber exatamente como delegar
autoridade a seus colaboradores. Porém, nem todo profissional sabe o que é
realmente delegar autoridade a alguém, muito menos sabe quais são as técnicas
de delegação existentes.
Por isso, hoje falaremos um pouco sobre o que é e como
funciona a delegação de autoridade, também conhecida como empowerment.
O que é a delegação de autoridade?
Segundo Idalberto Chiavenato, em sua obra “Introdução à Teoria Geral da
Administração“, delegação é “o processo de transferir autoridade e
responsabilidade para posições inferiores na hierarquia”. Esta delegação de
autoridade possui diversas técnicas que podem ser utilizadas para maximizar o
seu alcance. Chiavenato, na mesma obra, as define como:
Técnicas de delegação
Delegar a tarefa inteira – O gerente deve delegar a
tarefa inteira a uma pessoa ao invés de subdividi-la entre várias pessoas. Isso
dá a cada indivíduo a responsabilidade completa e aumenta sua inciativa
enquanto proporciona ao gerente melhor controle sobre os resultados.
Delegar à pessoa certa
Nem todas as pessoas têm as mesmas capacidades e motivações.
O gerente deve conciliar o talento da pessoa com a tarefa para que a delegação
seja eficaz. Deve identificar os subordinados que são independentes em suas
decisões e que demonstram desejo de assumir responsabilidades.
Delegar responsabilidade e autoridade
Designar apenas tarefas não constitui uma delegação
completa. O indivíduo deve ter responsabilidade para realizar a tarefa e a
autoridade para desempenhar a tarefa da maneira que julgar melhor.
Proporcionar informação adequada
A delegação bem-sucedida inclui informação sobre o quê, por
que, quando, onde, quem e como. O subordinado deve compreender a tarefa e os
resultados esperados, as provisões e os recursos necessários e para quem e
quando os resultados deverão ser apresentados.
Manter retroação
Retroação significa linhas abertas de comunicação com o
subordinado para responder questões e proporcionar orientação, mas sem exercer
controle. A retroação dá ao subordinado a pista certa, e as linhas abertas de
comunicação aumentam a autoconfiança.
Avaliar e recompensar o desempenho
Quando a tarefa é executada, o gerente deve avaliar os
resultados e não os métodos. Quando os resultados não alcançam as expectativas,
o gerente deve montar os erros e as consequências Quando alcançam ou
ultrapassam as expectativas, o gerente deve recompensar o trabalho bem feito
com orgulho, recompensas financeiras e delegação de novas atividades.
Saber como delegar autoridade em uma empresa é
muito importante para que haja uma distribuição de tarefas e responsabilidades,
fazendo com que cada vez mais funcionários tenham embasamento para tomar
decisões e definir estratégias em suas funções.
Quanto maior a quantidade de níveis hierárquicos, maior a
necessidade de delegar autoridades. Porém, muitas empresas nos dias de hoje,
procuram enxugar seus níveis hierárquicos, eliminando burocracias e perda de
tempo nas tomadas de decisão. E a delegação de autoridades pode ajudar muito
neste processo. Além de ser um importante aliado na gestão e liderança de equipes de trabalho.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
A MAQUIAGEM FAZ PARTE DOS PONTOS POSITIVOS NO MUNDO CORPORATIVO
Quem já não ouviu, pelo menos uma vez na vida, que a
primeira impressão é a que fica? Segundo especialistas as pessoas têm condições
de avaliar um individuo entre os 06 e 30 primeiros segundos.
Assustador não? Por isso é muito válido lembrar que
"Você nunca terá uma 2a chance de causar uma 1a boa impressão".
Estar preparado para as exigências do mundo corporativo vai
além de conhecimentos técnicos, exige de cada individuo uma série de outros
fatores e a boa aparência é uma aliada determinante.
Por isso, a maquiagem, quando adequada, pode contribuir com
a sua carreira.
Entretanto é fundamental o bom senso, uma vez que a
maquiagem tem a mesma função de um acessório, ou seja, deverá ficar fora do make os
excessos (cílios postiços, sombras brilhosas, batom vermelhos, delineador
acentuado). Afinal, é sempre bom lembrar que mais é menos. Mas há também
aquelas que não gostam de maquiagens e vão trabalhar de "cara
lavada", o que pode passar um ar de desleixo, cansaço, descuido e/ou falta
de motivação. Ambas situações podem prejudicar a imagem que você gostaria
e precisa transmitir.
Nesse contexto, pode-se afirmar que a maquiagem precisa ser
suave, a ponto das pessoas terem uma boa impressão ao olhar para seu rosto,
precisa ser sutil, cujo impacto seja positivo. Nada de "chocar" seu
chefe com aquela sombra Pink/esfumaçada da moda, ou delineador verde bandeira.
A dica é simples: Escolha um bom corretivo, para disfarçar
as olheiras, um pó facial para tirar a oleosidade da pele, um delineador - com
traços finos - para destacar os olhos, um blush para destacar, sutilmente, as
maçãs do rosto e um batom com cores cleans.
Nesse sentido, observa-se que uma carreira é composta do
tripé: Competência técnica, Competência pessoal e imagem.
E se você não sabe se maquiar, vale até um curso
rápido!
Sugestões de casa de cosméticos:
terça-feira, 5 de novembro de 2013
ATENDIMENTO TELEFÔNICO
Embora
pareça tarefa fácil atender a uma ligação, precisamos ficar atentos e
principalmente evitar os famosos jargões: Querida, meu bem, flor, meu
amor e o que mais a imaginação permitir, que insistem em roubar a cena em uma
simples chamada telefônica. Se não fosse trágico, seria cômico!
Outro
aspecto polêmico é: Informar ou não a quem liga se o executivo está
no escritório? A resposta é simples: DEPENDE.
Depende
da orientação que o Secretário receberá do Executivo e só caberá A ELE essa
decisão. Muitos Secretários, a medida que conhecem o perfil do chefe, se sentem
a vontade para tomar esta decisão. ESTÁ ERRADO! Pois apenas ele
saberá o quão importante é a chamada.
A
verdade é que não há uma fórmula para o esse atendimento e cada chamada
terá sua particularidade. Não há uma regra pré-estabelecida.
O que
caberá, em qualquer situação, será uma postura simpática e educação acima de
tudo, inclusive naquelas situações em que o cliente nos escolhe para
Cristo!
A seguir
algumas dicas sobre o assunto:
Identifique-se
e utilize o nome do cliente. Ninguém gosta de falar com uma fonte desconhecida, por isso, o
atendente da chamada deve identificar-se assim que atende ao telefone. Por
outro lado, deve perguntar com quem está falando e passar a tratar o cliente
pelo nome. Este toque pessoal, embora pareça uma características apenas de Call
Center, faz com que o cliente se sinta importante. Ao realizar uma
chamada, identifique-se antes de perguntar, por exemplo, se o fulano de tal
está. Exemplo: “Boa tarde, meu nome é Simara, sou secretária do Doutor fulano,
diretor da empresa tal, e ele gostaria de falar com o Dr. Sicrano de
tal" Aqui você já economizou tempo, pois se identificou, informou o
seu nome, o nome de quem você representa, o nome da empresa e o que você
deseja.
Assumir
a responsabilidade pela resposta: A pessoa que atende ao telefone deve considerar o assunto como
seu e garantir ao interlocutor uma resposta rápida. NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA
DIGA "Não sei". Se não for mesmo possível resolver o assunto,
apresente formas alternativas para fazê-lo.
Número
de vezes que se deixa o telefone tocar: Atenda o quanto antes, pois do contrário dá a impressão de
desorganização.
(Parece
básico, MAS não é) Saudação inicial: jamais atenda falando
“alô”, como se estivesse em sua casa. No atendimento profissional, o correto é
falar o nome da empresa, nome de quem está atendendo e a saudação de
acordo com o horário do telefonema. Mesmo que seja a centésima ligação do
dia, atenda como se fosse a primeira.
Volume
da voz - Quando soa muito alto
pode parecer grosseira e ineficaz. Quando soa muito baixo dificulta a comunicação.
Falar alto ao telefone somente pode ser feito se a ligação estiver ruim e o
cliente manifestar esse problema, solicitando que se aumente o volume da voz.
Seja
organizado: Não
deixe a pessoa esperando enquanto procura uma caneta, pedindo para esperar
um minutinho. O mínimo que alguém que atenda ao telefone em uma
empresa deve ter bem próximo de si é uma caneta e um bloco de papel. (Essa regra não é válida apenas para nós, Secretários)
Seja
profissional no trato com as pessoas que liguem para sua empresa: Utilize o telefone para agradar, fazendo desse
contato um momento mágico, e nunca um momento trágico.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
NEPOTISMO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública moderna foi implementada para acabar
com o patrimonialismo, cujas principais características são a confusão entre o
que é público e o que e privado, o clientelismo, o nepotismo, a corrupção.
Em período absolutista-monárquico europeu o poder passava de
pai para filho, os dirigentes poderiam se apropriar dos bens públicos sem
qualquer controle, havia uma casta privilegiada ao redor do governante, com
privilégios especiais. Características claras do patrimonialismo, que
infelizmente existem ainda hoje no Poder Público em decorrência da não
aplicação de várias regras burocráticas.
A Administração Pública profissionalizada, o Direito
Administrativo, o regime jurídico administrativo, foram criados para acabarem
com o patrimonialismo, para que a “engrenagem” funcionasse para que o Estado
pudesse cumprir com seus deveres constitucionais.
No Brasil, foi a partir do governo de Getúlio Vargas que o
concurso público foi implementado para alguns cargos, sendo que apenas com a
Constituição de 1988 o concurso foi implementado para todos os cargos e
empregos públicos, a não ser os temporários, que podem ser contratados por
teste seletivo simplificado, e os ocupantes de cargos comissionados. Ou seja, a
regra é o concurso público.
Os comissionados existem para que os governantes, que vencem
democraticamente as eleições com a participação de todos os cidadãos, possam
implementar suas políticas públicas. Por isso sou contra que no Poder
Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas existam cargos e funções
comissionadas. Nesses poderes deveriam haver apenas servidores concursados para
o funcionamento da máquina pública.
Mas nos Poderes Legislativo e principalmente no Poder
Executivo os comissionados são essenciais. Por exemplo, um governador que vence
a eleição com uma proposta mais social, apenas poderá transformar essas
propostas em políticas públicas de fato, cumprindo com seu programa eleitoral,
com o auxílio de pessoas de sua confiança ideológico-técnica.
O concurso público garante o atendimento ao princípio da
impessoalidade na Administração Pública. Mas no caso dos comissionados não se
pode falar em atendimento ao princípio da impessoalidade. Pelo contrário. Para
ocupar os cargos comissionados o governante eleito não tem como atender a
impessoalidade. Ele escolherá pessoas de sua confiança técnica e ideológica.
No Brasil são dois os grandes problemas com relação aos
comissionados. Primeiro: há um exagero no número de cargos e funções
comissionadas. Segundo: o entendimento majoritário na doutrina e jurisprudência
de que o governante é livre para escolher quem bem entender nos cargos e
funções de confiança.
Propõe-se acabar com os cargos e funções de confiança no
Poder Judiciário, Ministério Público e Tribunais de Contas, nos quais comporiam
apenas servidores concursados. Todos com uma competência técnica após passarem
em concurso público. Nos Poderes Legislativo e Executivo diminuição
drástica dos cargos/funções comissionadas, com no máximo 5% ou 10% dos cargos
poderem ser ocupados com pessoas de confiança do governante.
Além disso, os cargos de chefia, direção e assessoria, de
confiança, deveriam ser ocupados por pessoas escolhidas pelos governantes, mas
desde que a autoridade JUSTIFIQUE a escolha, nos termos do princípio da
motivação, conforme posição já externalizada nesse sentido pelo professor
doutor Romeu Felipe Bacellar Filho.
Ou seja, um secretário municipal ou estadual, um ministro de
Estado, um diretor de uma empresa estatal, um assessor, apenas poderia ser
escolhido pelo governante, se essa autoridade expusesse no ato administrativo o
motivo dessa escolha. A pessoa deveria ser especialista sobre a área da
secretaria, ou sobre gestão pública.
Assim, o Tribunal de Contas, o Ministério Público, o Poder
Judiciário e, o mais importante, a população, que exerce o controle social,
poderá fiscalizar se realmente a justificativa da escolha existe e se ela é
aceitável.
Um cabo eleitoral recém formado em Direito escolhido como
Diretor Jurídico de uma grande empresa estatal? Não pode! Um farmacêutico irmão
do presidente da República que nunca administrou nada, nem na iniciativa
privada e muito menos no Poder Público, escolhido como Ministro da Fazenda? Não
pode! Claro que apontei casos de certeza positiva, e muitas vezes a discussão
fica numa zona cinzenta, dentro de uma subjetividade. Mas cada caso concreto
poderá ser controlado pelos órgãos públicos ou população se são casos com
justificativas convincentes ou não.
Caso uma escolha equivocada seja feita, sem justificativa,
ou com uma justificativa que não seja convincente, o ato administrativo poderá
ser anulado pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário.
Apenas recentemente o Ministério Público do Estado do Paraná
vem questionando a Assembleia Legislativa do Paraná e as Câmaras Municipais
pela redução dos cargos comissionados, o que é algo louvável. O MP está
exigindo que o número de comissionados não seja maior do que 50% dos cargos
existentes. Entende-se que 49,9999% ainda é muito, mas já é um começo de
atuação louvável pelo MP.
Mas a doutrina e jurisprudência majoritária não exige a
motivação dos atos de nomeação dos servidores comissionados.
O Supremo Tribunal Federal editou a Súmula Vinculante 13,
que proíbe o nepotismo na Administração Pública brasileira, para cargos de
servidores comissionados, inclusive o chamado “nepotismo cruzado”. Não vedou a
contratação de parentes para cargos de agentes políticos, como de secretários
estaduais e municipais e ministros.
Entende-se que se o STF questionasse a falta de motivação
dos atos de escolha dos comissionados e a quantidade exagerada, irrazoável e
desproporcional, de cargos/funções de confiança, seria uma atuação mais
importante.
Infelizmente, com a Súmula 13 do STF, muitos governantes,
impedidos de escolher parentes em cargos comissionados, acabam escolhendo
parentes sem a devida competência para ocuparem cargos de
secretários/ministros.
Outra forma de burlar a Súmula é a contratação de parentes
por meio de contratos de terceirização/privatização, convênios com entidades do
Terceiro Setor, termos de parceria com OSCIPs e contratos de gestão com OS –
Organizações Sociais.
Sem justificativa na escolha, muitas vezes pode ser até mais
prejudicial para a Administração Pública a contratação de cabos-eleitorais do
que parentes. O problema não é a relação de parentesco, a relação partidária, a
relação pessoal. O problema é a escolha sem motivação e o alto número de
cargos/funções comissionadas.
Muitos podem dizer que não basta a motivação do ato de
escolha. Que um parente em cargo comissionado não será tão controlado pelos
órgãos de controle interno. Ora, esse mesmo órgão de controle interno então não
fará um controle eficaz também sobre o próprio prefeito ou governador eleito.
Esse exemplo traz a necessidade de melhorarmos os controles internos na
Administração Pública, previstos constitucionalmente, com controladores
concursados e com a autonomia necessária para fiscalizarem os chefes do Poder
Executivo e do Poder Legislativo, seus parentes e cabos eleitorais escolhidos
para cargos comissionados ou qualquer outra questão de interesse público.
O grande problema na Administração Pública não é a existência
de poucos parentes, com a devida habilidade/competência, em alguns cargos
comissionados. Mas sim que parentes, cabos eleitorais e financiadores de
campanha tenham preferências em concursos públicos, licitações e demais
processos administrativos (ou a falta deles) realizados na Administração
Pública brasileira.
Tarso Cabral Violin – advogado, professor e
palestrante em Direito Administrativo, mestre em Direito do Estado pela UFPR,
editor-presidente do
domingo, 3 de novembro de 2013
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
COISAS QUE UM CHEFE NÃO PODE DIZER AO COLABORADOR
Uma reportagem publicada pela Forbes apontou nove frases que
os líderes nunca devem dizer aos seus empregados. Confira:
"Eu pago seu salário. Você tem que fazer o que eu
digo". Segundo a reportagem, ameaças e jogos de poder não são o caminho
para inspirar lealdade ou grande performance dos profissionais. Grandes
executivos inspiram e encorajam sua equipe. Os bons líderes não precisam
ameaçar.
"Você tem muita sorte em receber este bônus. Outras
empresas estão dando apenas um peru congelado a seus empregados". Um líder
sábio reconhece que são seus funcionários que produzem lucros. Um gerente
brilhante deve ficar em recompensar os seus funcionários que contribuem para o
bem-estar de uma organização.
"Eu estava aqui ontem à noite até tarde e na manhã de
sábado. Onde você estava?" Não é porque o chefe trabalha sete dias
por semana que os seus funcionários têm de fazer o mesmo.
"Você deve estar aqui porque nós não vamos discriminar
você por ser mulher". Um grande chefe nunca vai discriminar e não irá
fazer com que o profissional se sinta vulnerável, direta ou indiretamente,
indepententemente de seu sexo, filiação política ou religiosa ou raça.
Comportamento como este é grosseiro.
"Nós temos que cortar custos (ao mesmo tempo que um
gerente da empresa está ganhando uma sala nova)". Quando a empresa passa
por momentos difíceis, os profissionais respeitam os chefes que enfrentam os
desafios juntos com eles. Em épocas de “vacas magras”, os gestores devem dar o
exemplo.
"Eu não quero ouvir suas reclamações". Como chefe,
a pessoa tem de procurar manter o feedback com os profissionais constantemente,
mesmo que eles tenham somente comentários negativos para fazer. Um líder deve
ouvir com a mente aberta e considerar as questões levantadas por seus
subordinados.
"Nós sempre fizemos assim". Esta declaração é uma
maneira de esmagar a inovação. A maneira mais indicada é para perguntar:
"O que você sugere podemos fazer para melhorar?" Lembre-se que os
funcionários sabem o que pode e deve ser feito para melhorar qualquer tarefa.
Os gestores devem incentivar os profissionais a encontrar soluções criativas e
recompensá-los por isso.
"Você está fazendo um péssimo trabalho". Os
gestores precisam comunicar claramente suas as expectativas. Eles devem dar aos
profissionais recursos, orçamentos, prazos, formação e apoio que precisam para
fazer o trabalho. Eles também têm de pedir aos subordinados que repitam as
instruções recebidas para garantir que eles entenderam perfeitamente o que está
sendo pedido. Muitas vezes, o erro está na comunicação que não é muito clara.
"Você é estúpido, o pior de todos". Palavrões,
raiva e menosprezo são uma lança no coração dos trabalhadores. Os chefes devem
se comportar com civilidade e profissionalismo.
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