segunda-feira, 21 de outubro de 2013

COMO NÃO MANCHAR SUA IMAGEM PROFISSIONAL NO FACEBOOK



É inegável, o passatempo principal de 10 entre 10 pessoas na internet é acessar o Facebook e ficar horas por lá, lendo sua timeline, enviando mensagens, compartilhando imagens chatas, reclamando da vida, do trabalho, da rotina etc ,etc, etc. Quem nunca reclamou pelo menos uma vez no Facebook que atire a primeira pedra!

Porém, é preciso tomar muito cuidado com estas reclamações intermináveis nas redes sociais em geral, não só no Facebook. Tudo bem que você está insatisfeito com uma série de aspectos em sua vida, quem não está? Mas explicitar isso para milhares de pessoas todos os dias pode lhe acarretar uma série de problemas. Abaixo iremos comentar um pouco mais sobre isso.

O ponto deste artigo não é condenar quem posta uma reclamação ou indignação em si. O problema é que as pessoas insistem em mostrar toda sua indignação em acordar cedo para trabalhar, em ter que voltar ao trabalho na segunda-feira, em reclamar do volume de trabalho, em pedir para chegar o fim do expediente logo etc. Aposto que você já viu inúmeras mensagens deste tipo na sua timeline, não é mesmo? Ou será que você também já não enviou uma destas? Rs

O grande problema é que em um mundo onde cada vez mais pessoas estão conectadas à internet, com perfis sociais ativos, não é raro que um profissional tenha seu chefe e/ou colegas de serviço adicionados ao seu perfil, não é mesmo? Mais comum ainda é uma destas pessoas presenciar suas reclamações diárias sobre o trabalho, sobre o chefe, a equipe, a empresa e tudo o mais. Já pensou no perigo que isto se torna para o seu emprego?

Abaixo comentamos algumas dicas muito importantes que você deve seguir ao usar as redes sociais para reclamar de seu trabalho. Confira:

Não reclame do seu trabalho no Facebook

Sim, a primeira dica sobre como reclamar do trabalho no Facebook é “não reclame do seu trabalho no seu facebook”. Pode parecer estranho, mas faz muito sentido.
Para evitar que o pior aconteça com você, evite fazer reclamações explícitas sobre o seu trabalho nas redes sociais. Se ele está ruim, tente fazer algo para melhorá-lo dentro do seu ambiente de trabalho. Ninguém na rede social poderá ajudar em alguma coisa, pelo contrário. Basta um compartilhamento de sua indignação para a pessoa errada e BOOM! Você está demitido! E não, eu não estou exagerando. Veja o exemplo abaixo:
Um caso muito famoso, ocorrido em 2009 reflete bem o que estamos tentando alertá-lo neste artigo. Na imagem abaixo, uma funcionária faz uma reclamação explícita sobre o seu chefe em seu perfil do Facebook. Ela disse: “Ai meu deus, eu odeio meu trabalho. Meu chefe é totalmente pervertido e sempre me manda fazer coisas só para me irritar”.

Horas depois, seu chefe respondeu à reclamação pública dizendo: “acho que você esqueceu que tinha me adicionado aqui”. Depois, criticou fortemente o seu trabalho e finalizou dizendo: “Aparentemente você esqueceu que faltam duas semanas para o fim dos seis meses de experiência. Não se dê ao trabalho de voltar. Enviarei seu P45 [formulário que os funcionários preenchem quando deixam seus empregos] pelo correio e você pode vir pegar suas coisas quando quiser. Sim, estou falando sério”.
É mais ou menos assim que acontece. Você não quer ter que passar por esta situação constrangedora, não é mesmo? 


Evite postar palavrões e expressões chulas


O profissional de verdade deve zelar por sua imagem em qualquer situação, seja ela dentro ou fora do ambiente de trabalho. Não pega bem para o gerente de uma grande empresa, por exemplo, postar imagens ou expressões de baixo calão nas redes sociais. Assim como, não pega bem para alguém ficar xingando em CAPS LOCK o tempo todo em seu perfil social. Por isso, tome cuidado com o que você posta e como posta, afinal, existe muita gente de olho em seus perfis nas redes sociais.

Não reclame da segunda-feira


A mesma regra vale para aqueles que reclamam de ter que acordar cedo. Nenhum patrão gosta de ter funcionários que tem preguiça de ir trabalhar. Muito menos gostam de vê-los dizendo isso para milhares de pessoas todos os dias. Isto pode ser um bom motivo para que ele lhe repreenda, ou mesmo o demita. Afinal, existem centenas de pessoas em busca de uma vaga como a sua nesta empresa, e se você reclama tanto, pode ser que não esteja tão feliz assim com seu emprego.



Não faça piadas sobre seu ambiente de trabalho


Evite fazer piadas sobre seus colegas de trabalho ou sobre sua empresa. Este também é um tipo comum de postagem em rede social que pode custar o seu emprego. Recentemente, duas estagiárias do Senado Federal foram demitidas por fazerem uma piada sobre um certo político que lá trabalha. Veja a publicação que gerou a demissão abaixo:

Cuidado com os jogos no horário de trabalho

Algumas empresas bloqueiam o acesso de seus funcionários às rede sociais durante o horário de trabalho. Mas nem todas são assim. Por isso, se você acessa o Facebook durante o horário de trabalho, mesmo que em horários onde o volume de trabalho é reduzido, tome muito cuidado com as mensagens de jogos, solicitações de aplicativos etc. Nenhum chefe gosta de perceber que seu funcionário está jogando em uma rede social enquanto deveria estar trabalhando. Isso pode depor contra você e seu comprometimento com o trabalho.

Não poste informações sigilosas de sua empresa no Facebook


Não é muito difícil encontrar pelas redes sociais pessoas que postam fotos do seu ambiente de trabalho, sua mesa, seus colegas de trabalho etc. Porém, alguns profissionais vão além e postam informações sigilosas de seus empregadores, como um novo produto que ainda não foi lançado, ou algum procedimento considerado secreto etc. Este tipo de publicação, sem dúvida alguma, pode gerar uma demissão por justa causa para o empregado.
Por isso, pense várias vezes antes de publicar uma foto relacionada ao seu ambiente de trabalho. Ela pode lhe trazer sérios problemas no futuro.


É preciso alertá-los, também, de que a maioria destas dicas valem não só para aqueles que já estão empregados, mas também para os que estão em busca de um emprego. Grandes empresas, hoje em dia, já se utilizam das redes sociais para investigar um pouco sobre a vida dos candidatos antes da contratação.
Por isso, tome sempre cuidado com o que posta em seu perfil, tente parecer sério e profissional, se divertindo na medida certa para que uma mensagem que você julga inocente não manche sua imagem profissional frente a um recrutador.
Utilize as redes sociais com sabedoria, filtre muito bem as mensagens que irá postar, principalmente as relacionadas ao seu emprego.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O QUE NÃO É ASSÉDIO MORAL



Há algumas situações que podem ser confundidas com assédio moral:

 Situações eventuais
A principal diferença entre assédio moral e situações eventuais de humilhação, comentário depreciativo ou constrangimento contra o trabalhador é a frequência, ou seja, para haver assédio moral é necessário que os comportamentos de assédio sejam repetitivos. Um comportamento isolado ou eventual não é assédio moral, embora possa produzir dano moral.

 Exigências profissionais 
Todo trabalho apresenta certo grau de imposição e dependência. Assim, existem atividades inerentes ao contrato de trabalho que devem ser exigidas ao trabalhador. É normal haver cobranças, críticas construtivas e avaliações sobre o trabalho e/ou comportamento específico feitas de forma explícita e não vexatória. Porém, ocorre o assédio moral quando essas imposições são direcionadas para uma pessoa de modo repetitivo e utilizadas com um propósito de represália, comprometendo negativamente a integridade física, psicológica e até mesmo a identidade do indivíduo.

 Conflitos
Em um conflito, as repreensões são faladas de maneira aberta e os envolvidos podem defender a sua posição. Contudo, a demora na resolução de conflitos pode fortalecê-los e, com o tempo, propiciar a ocorrência de práticas de assédio moral. Algumas situações, como transferências de postos de trabalho; remanejamento do trabalhador ou da chefia de atividades, cargos ou funções; ou mudanças decorrentes de prioridades institucionais, são exemplos que podem gerar conflitos, mas não  se configuram como assédio moral por si mesmas.

 Más condições de trabalho
Trabalhar em um espaço pequeno, com pouca iluminação e instalações inadequadas não é um ato de assédio moral em si, a não ser que um trabalhador (ou um grupo de trabalhadores) seja tratado dessa forma e sob tais condições com o objetivo de desmerecê-lo frente aos demais.

Lembrem-se: Para serem consideradas como assédio moral, as práticas precisam ocorrer  repetidas vezes e por um período de prolongado.


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

NETWORKING - VOCÊ É UM AMIGO OU UM PERIGO PARA O SEU MEIO




Ninguém é autossuficiente, ninguém consegue progredir profissionalmente se não for capaz de conviver em sociedade de forma harmônica, e trabalhar em conjunto com outras pessoas.

Qualquer ser humano seria incapaz de levar uma vida saudável sem se relacionar com outras pessoas; o isolamento total ou mesmo parcial da sociedade seria extremamente danoso a qualquer um. 

Na vida profissional o mesmo ocorre, e de forma muito mais acentuada: nós temos que lidar com várias situações que exigem grande empenho e que na grande maioria das vezes não conseguimos resolver sozinhos, e precisamos de ajuda.

O fato é que nem sempre sabemos com qual pessoa precisamos exatamente nos relacionar, mas temos certeza absoluta de que precisamos de alguém. Buscamos então nos fortalecer de forma mútua, tanto em família, quanto na vida profissional. A esse magnífico processo de auto fortalecimento damos o nome de networking.

A palavra networking é a união dos termos em inglês "net", que significa rede e "working", que é trabalhando. O termo, em sua forma resumida, significa que quanto maior for a rede de contatos de uma pessoa, maior será a possibilidade de essa pessoa conseguir uma boa colocação profissional. (Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Networking).

A meu ver networking é:
O processo deliberado e sistemático de desenvolver e cultivar relacionamentos baseados no benefício mútuo em torno do bem coletivo.

Alguns desses relacionamentos são com pessoas dentro da organização e outros, com pessoas fora da organização. Alguns deles baseiam-se em vínculos organizacionais formais como aqueles com chefes diretos, subordinados, colegas e clientes. Outros se baseiam em vínculos informais tais como aqueles com pessoas de outros departamentos e pessoas que você encontra em reuniões profissionais, eventos sociais, clubes, reuniões do Rotary, Lions, Maçonaria, associações comerciais de diversos segmentos, etc.

Alguns são relacionamentos próximos com pessoas com quem você interage frequentemente e trazem apoio emocional, bem como instrumental. Outros são baseados em pouco mais que cartões de visitas...
Todos esses relacionamentos podem contribuir para a sua eficácia profissional, seu progresso de carreira e seu bem-estar psicológico. 

COMO VAI O SEU NETWORK?
Quantas pessoas você conhece que sabem que podem contar com você quando for preciso? Elas realmente estão certas, ou “na hora H” você irá sair pela tangente e recusar-lhes um favor que está ao seu alcance, e que exige pouco esforço da sua parte?
Quantas pessoas que você conhece estão aptas e dispostas a ajudá-lo quando for necessário e farão isso de bom grado?

Será que você realmente possui network? Ou você apenas recorre àqueles velhos conhecidos (com quem você não fala há muito tempo) apenas quando está com a “corda no pescoço”?
Criar e manter um network fiel é o resultado de uma vida inteira trabalhando bons relacionamentos, buscando sempre estabelecer e expandir uma rede de contatos, uma vida inteira indagando o que você pode fazer pela outra pessoa e se importando com ela.

Possuir um network compreende manter um relacionamento além dos negócios, significa transcender as relações de compra e venda e criar amizades verdadeiras que possuam reciprocidade equivalente de atitudes. Através de suas habilidades de relacionamentos interpessoais você pode criar uma rede de contatos que sempre que possível irá ajudá-lo, seja com ações ou informações. 

Mas como primeiro passo o que você deve fazer é sempre manter o contato ativo e estar disposto a colaborar com o que for preciso e estiver ao seu alcance.
Somente ter talento e grandes habilidades não será suficiente para garantir sua sobrevivência no atual mercado de trabalho se você não souber como e para quem vendê-los.
Buscar novas informações, participar de cursos e realizar treinamentos é vital para aprimorar qualidades profissionais. Porém, colocá-las em prática sem que haja alguém para admirá-las, e sem colocá-lo em evidência, não irá ge-ar grandes resultados, e novas oportunidades irão depender da sorte e do acaso para surgirem. Esperar por isso pode ser muito perigoso para sua carreira e sua empresa.
Não se apoie na política da empresa. Pensar que porque você tem 20 anos de casa demiti-lo trará grandes prejuízos à companhia é um grande equívoco.
Substituí-lo por alguém que possua excelente comunicação, carisma, bons relacionamentos, um interessante mailing de clientes, e principalmente uma forte rede de contatos, além de indicado à diretoria com ótimas referências, pode cobrir todos os gastos gerados pela sua demissão e, além do mais, resultar em lucros muito maiores.

Você pode ser confiante, confiável, leal, competente, bem instruído e muito bem treinado, porém somente isto não será suficiente. Se você pretende se manter e crescer no mercado, irá precisar de muito mais. Você irá precisar de uma rede de contatos, de um verdadeiro e muito eficaz network que irá ajudá-lo a resolver desde pequenos problemas do cotidiano até a triunfar perante os grandes desafios que lhe são impostos. 

Sua rede pode lhe fazer propostas, fornecer indicações, recomendar um treinamento, fornecer estadia em outra cidade, estado ou país; prestar auxílio financeiro, entretenimento, ou simplesmente lhe dar uma carona para o trabalho em um dia de chuva.

Sem os infinitos recursos favoráveis que uma rede pode proporcionar a você, se tornará muito mais difícil e complicado encontrar um cliente, fazer um novo contato, conseguir um emprego, encontrar um bom médico, trocar de carro, ou mesmo fechar aquela mega proposta que é muito importante para a empresa, e pode alavancar sua carreira profissional de forma praticamente imensurável.


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

OS PRECURSORES DA ADMINISTRAÇÃO




As primeiras empresas tinham estruturas simples e eram organizadas de forma rudimentar. Não havia, por parte dos empresários e dos profissionais, interesse em desenvolver novos métodos e processos de organização. Somente a partir de 1900 começaram a surgir os primeiros estudos nesse sentido. Entre os precursores da administração científica das empresas, em suas diversas áreas, mencionaremos apenas aqueles que mais contribuíram para o seu desenvolvimento.

HENRI FAYOL (1841-1925) Engenheiro e administrador francês, Henri Fayol atuou também como diretor de minas e diretor-geral de empresa. Em 1916, publicou o livro Administração Industrial e Geral que enfatizava a administração como o processo que garantia o desenvolvimento ordenado das atividades empresariais. Fayol também se preocupou com aspectos da produção e fez uma abordagem mais ampla que a de Taylor. O Fayolismo Para Fayol, "governar a conduzir a empresa até a meta proposta, procurando obter o maior rendimento possível de todos os recursos de que dispõe, e garantir o desenvolvimento das seis funções essenciais".

FREDERICK WINSLOW TAYLOR (1856-1915) Engenheiro norte-americano, desenvolveu novos processos de fabricação de aço e aperfeiçoou sistemas como o da cronometragem, para medir a tempo de execução de um trabalho. Foi aprendiz, operário mecânico e engenheiro-chefe. Em 1911, com base em sua experiência profissional, publicou o livro Princípios de Administração Científica, que enfatizava a necessidade de aumentar a produtividade. O Taylorismo Dando grande importância à administração da produção, Taylor preocupou-se com a supervisão e a eficiência dos empresários. A melhoria da produtividade do trabalhador, segundo esse autor, permite a evolução dos salários.

HENRY FORD (1863-1947) Industrial norte-americano, criou em sua empresa as linhas de montagem, desenvolvendo a produção em série de automóveis. O princípio básico definido por Ford é o do ritmo. Segundo ele, deve-se abreviar o tempo de realização de um trabalho, através da simplificação das operações e do melhor aproveitamento das máquinas, criando, assim, um ritmo de produção contínuo e satisfatório. O Fordismo Esse sistema constituiu um marco no desenvolvimento da organização do trabalho. Sobretudo, porque seu criador encarou a questão pelo prisma social. Uma das características do fordismo consiste na produção em série ou em cadeia, através de um trabalho ritmado, numa linha de montagem. Essa ideia teve origem nas esteiras de transporte dos matadouros de Chicago. Na manipulação da carne, cada açougueiro cortava uma parte do boi e empurrava o animal para outro colega, que cortava outro pedaço, e assim por diante. Em suas fábricas de automóveis, Ford inverteu o processo de montagem: em vez de o operário se locomover à procura da peça, a peça chegava ao operário. Como Taylor, Ford procurou diminuir o preço do custo dos produtos: pela intensificação da produção, pela redução do volume de matéria-prima e pelo aumento da capacidade de trabalho dos operários.


terça-feira, 15 de outubro de 2013

OS SETE PECADOS CAPITAIS DE COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO



Esse artigo foi publicado pela Revista Melhor Gestão de Pessoas.
As empresas atualmente têm muitos desafios a enfrentar para não cometerem erros na comunicação com os seus colaboradores. E as equipes e seus membros precisam estar atentos em evitar falhas que possam comprometer as suas carreiras e nem sempre são percebidas durante uma auto avaliação. Aprimorar a forma de se comunicar na vida profissional traz ganhos significativos e evita conflitos e insatisfações em todos os aspectos do dia a dia.

O papel do colaborador é justamente participar do “time” e se relacionar com os outros na empresa. E ele precisa saber como, afinal, mantém uma relação de convivência diária com seus colegas de trabalho. Um bom relacionamento interno é um fator estratégico para seu sucesso profissional e para o sucesso da empresa como um todo.

Conhecer a si mesmo é a primeira etapa de uma vida equilibrada, e por conseqüência uma comunicação eficiente e realizadora. É preciso fazer uma reflexão profunda de como é a nossa interação com o mundo e conosco: a forma de interpretar fatos, de compreender o próximo, de adquirir o conhecimento, de tratar as pessoas; perante problemas e desafios, qual é o nosso modo de agir?

Pensando no processo de comunicação, quando falamos, achamos que o outro está recebendo a nossa mensagem sem interpretação pessoal, entretanto, esquecemos algumas vezes que o nosso interlocutor adiciona significados. Ele reelabora o que apresentamos, baseado nas suas experiências e referências. Além das palavras usamos a linguagem não verbal, gestos e expressões para transmitir sentimentos, estado de espírito, idéias, pensamentos, intuições, sensações, valores e crenças pessoais. Nossa comunicação verbal e não-verbal é a representação do nosso mundo interior interagindo com o exterior.

No contexto de uma organização, cada pessoa precisa avaliar seu relacionamento com os funcionários de diferentes setores da companhia. Saber lidar com a gerência, a diretoria e os mais diversos departamentos, muitas vezes envolvendo fornecedores e parceiros. Ser um profissional pró-ativo, comunicativo e perspicaz vai ajudar a evitar os sete pecados capitais ao se comunicar no trabalho. Eles foram inspirados em alguns dos pecados bíblicos. Vindo do latim peccátu, é o sentido de errar ou não atingir um alvo, ideal ou padrão. Classificados por São Tomás de Aquino (1225-1274), os mais conhecidos são: gula, luxúria, avareza, ira, inveja, soberba, vaidade, preguiça, mentira, arrogância, calúnia, adultério, roubo, orgulho, ódio. Durante séculos as religiões e a sociedade discutiram sobre os pecados. Se durante a idade média o indivíduo era condenado ao cometer uma falha, hoje em dia o ser humano é visto como multidimensional e em constante evolução. Todos cometem erros, porém, o que não devemos é permanecer neles. Na vida moderna, parte do avanço conquistado vêm do aprendizado proporcionado pelas vivências e treinamentos corporativos. Durante a carreira profissional e mesmo no decorrer da vida, é essencial observar quais os pecados de comunicação são cometidos e o que fazer para evitá-los:


Apatia: ela reflete o desconhecimento das características do público-alvo. De nada adianta ter o domínio da forma e do conteúdo se a fala é sem “alma”, sem sensibilidade e sem conexão com a audiência. O contrário da apatia é a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreendendo o seu nível sócio-cultural, temperamento e momento psicológico. Ser empático é ser generoso com o outro, ao contrário da avareza, o querer tudo para si. Com a voz serena, mas firme, pode-se articular palavras com calma, confiança, polidez e respeitabilidade, tornando a comunicação atraente.

Insegurança: a falta de informação, de conhecimento sobre uma situação ou um tema, pouco ou nenhum conteúdo evidenciam a ausência de assertividade. Pessoas inseguras geralmente se comportam de maneira agressiva, para causarem medo e intimidação. Expressa autoridade com rispidez. Essa imposição encobre o receio das suas próprias fragilidades. Ser assertivo é ter autoconhecimento. Quem se conhece verdadeiramente pode se observar “de fora”. Possui uma consciência de si tão sensível que pode observar a própria atuação durante as relações interpessoais. Detém o controle de seus atos, seus gestos e suas palavras. A comunicação interpessoal é o reflexo da comunicação intrapessoal. Ao dominar as ações e o discurso, cultiva-se o equilíbrio interior, e certamente os reflexos na comunicação interpessoal serão positivos. Uma pessoa assertiva quer defender seus direitos e idéias e, ao mesmo tempo, procura aceitar os dos demais. Ela é firme, é confiante, é respeitosa, é ponderada, é, afinal, controlada. Quem mantém um comportamento assertivo é alguém emocionalmente inteligente e maduro e com certeza tem um destino destacado no futuro: o sucesso.

Impaciência: um dos grandes obstáculos ao aprendizado e à boa convivência. Pouca clareza e nenhuma empatia tornam a comunicação quase que uma obrigação ao invés de ser uma ação prazerosa e envolvente. Quando se é impaciente, sobra pouco ou quase nada a ensinar e não há espaço para a observação e o intercâmbio de informações. Uma postura sábia requer dar o tempo de maturação necessário aos acontecimentos e também tomar decisões firmes de forma serena, sem atropelos. No contexto corporativo, os profissionais – que são, sobretudo, seres humanos, com todas as suas imperfeições, complexidades, singularidades intrínsecas – se inserem em uma dinâmica empresarial e têm de lidar com conflitos provocados pelo atrito de suas diferenças. Ninguém é melhor do que ninguém a priori: só é possível avaliar uma proposta ou uma opinião como “a melhor”, mais adequada, mais oportuna, com base no diálogo, na argumentação sólida e na consideração e respeito pelos outros.

Incoerência: Discrepância, falta de lógica, inconseqüência. É a diferença entre falar, defender uma idéia, valores ou posição e não seguir os discursos e as idéias apregoados. Durante uma exposição, não encadear os assuntos dando uma seqüência pertinente e complementar, defendendo um ponto de vista para em outro momento contradizê-lo. Esse comportamento desperta desconfiança e descrédito, pois as pessoas acreditam que a qualquer momento o incoerente poderá mudar de lado e até terá uma justificativa, sem se importar com os desdobramentos das suas atitudes.

Prolixidade: ser excessivamente longo, cansativo e entediante numa conversa ou texto é um dos maiores pecados da comunicação. Geralmente o prolixo não reconhece que sua expressão é confusa, cheias de palavras repetidas ou sem um significado importante e que os ouvintes não prestam a atenção justamente pela falta de objetividade. Assim como uma orquestra, uma apresentação ou reunião necessita de um maestro, um profissional que lidere o grupo, alinhe e sintonize os interesses em questão, afine os instrumentos, balize o timing da equipe, amenize ou elimine os ruídos e dissonâncias desnecessárias, potencialize o som dos solistas mais talentosos e interessantes, enfim, dê o ritmo e o tom do que está na “partitura musical”.

Ignorância: falta de conhecimento, sabedoria e instrução sobre determinado tema, ou mesmo acreditar em algo falso, não tendo discernimento. Saber que existe mais conhecimento e profundidade num assunto, porém, não buscar isso. Fazer pouco caso da importância do saber, e agir como se não precisasse do outro. Quando se trata de um líder, os conflitos e as diferenças motivados pela desinformação e ignorância precisam ser encarados e resolvidos, afinal, não se pode simplesmente ignorá-los. Saber lidar com os conflitos e administrar as diferenças, usando uma comunicação equilibrada, pode enriquecer a pluralidade da empresa, ampliando seus horizontes e a sua visão de mundo.

Arrogância: caracteriza a falta de humildade. Alguém que não deseja ouvir os outros, aprender algo que não saiba ou estar no mesmo nível do seu próximo. A soberba, a altivez, o orgulho exagerado, a vaidade em excesso em relação ao que sabe ou ao sucesso que desfruta completam esse pecado. Segundo o cristianismo, um dos sete pecados capitais é a soberba, que por sua vez inclui a vaidade e a arrogância. Mas ser arrogante pode também significar coragem, o assumir o seu ponto de vista, a personalidade ou a identidade. Contraposta, a humildade é uma das qualidades mais difíceis de exercer. Porém, humilde não significa ser fraco perante a posição que se ocupa no trabalho ou no mundo. Pode-se nascer com tendências à virtude da humildade, como também trabalhar para adquirir esse comportamento. É saber ouvir, ser firme sem passar por cima do outro, é ser reverente e ter o conhecimento exato do que não se é. É viver sem ilusões. Alegria, serenidade e paz são os frutos colhidos.

Se comunicar bem, promover o bem-estar e atingir os objetivos estabelecidos para si mesmo nos âmbitos da vida pessoal e profissional são qualidades desejadas pelas empresas inteligentes. Um time inovador e vencedor só sobrevive porque alinha firmemente a comunicação pessoal e a mercadológica. Inúmeras são as pesquisas a apontar o porquê das empresas e instituições se destacarem, embora enfrentem acirrada concorrência. E a resposta está no Treinamento e Desenvolvimento. No Brasil, dados de 2007 da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, a ABTD, indicam que 4% do orçamento das maiores empresas nacionais são destinados a T & D. De 476 empresas pesquisadas, o número médio de horas anuais de treinamento são 47, nos colocando entre as maiores médias mundiais. Os programas de Desenvolvimento de Lideranças ocupam o primeiro lugar nos investimentos, seguidos aos temas “Trabalho em equipe”, “Gestão de pessoas”,“Negociação”e “Atendimento ao cliente”. Como se pode observar, em todos eles o domínio da boa comunicação se faz necessário.

Reinaldo Passadori
Presidente e fundador do Instituto Passadori, especialista em comunicação verbal e comunicação focada em gestão de pessoas/recursos humanos. É autor dos livros As 7 Dimensões da Comunicação Verbal e Comunicação Essencial – Estratégias Eficazes para Encantar seus Ouvintes – Editora Gente.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

SECRETARIAR É UMA ARTE



Ao longo do tempo, principalmente com a chegada da globalização e dos avanços tecnológicos, o profissional de Secretariado Executivo foi desafiado a incorporar em seu perfil a capacidade de multifuncionalidade.

Somente um secretário sabe o quão exaustivo é ser intuitivo, proativo, criativo, cúmplice, discreto, gestor de conflitos, gestor administrativo e financeiro, muitas vezes um pouco psicólogo, ouvinte, confidente, sem deixar de mencionar a necessidade que há em conhecer o negócio, a missão, os serviços prestados, o quadro de pessoal, ou pelo menos, TODO o corpo dirigente da empresa. 

Nada mais surreal do que simultaneamente atender as chamadas de clientes, digitar um documento e ouvir o colega que pára em frente a estação de trabalho em busca de apoio. E as especializações? Atualizações? Curso de línguas? E as novas regras do nosso português? Tarefa realmente árdua.

Profissão admirável! Este profissional há de ser otimista e sempre pronto para novos desafios, com um dom divino para administrar oscilações de humor do chefe, bem como conciliar seu trabalho e vida pessoal.

O Sucesso? Será consequência de toda dedicação e vocação que o cargo exige, por isso vale lembrar que a profissão de Secretariado Executivo só deverá atrair profissionais decididos e comprometidos com o trabalho. Disso Albert Einstein também sabia : “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”.


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

CINCO PILARES DO RELACIONAMENTO INTERPESSOAL



Entre os relacionamentos que temos na vida, os de trabalho são diferenciados por dois motivos: um é que não escolhemos nossos colegas, chefes, clientes ou parceiros; o outro é que, independentemente do grau de afinidade que temos com as pessoas do ambiente corporativo, precisamos funcionar bem com elas para realizar algo juntos.

Esses ingredientes da convivência no trabalho nos obrigam a lidar com diferenças de opinião, de visão, de formação, de cultura, de comportamento… Fazer isso pode não ser fácil, mas é possível se basearmos nossos relacionamentos interpessoais em cinco pilares: autoconhecimento, empatia, assertividade, cordialidade e ética.

Autoconhecimento – Fundamental para administrar bem os relacionamentos, autoconhecimento implica reconhecer nossos traços de comportamento, o impacto que nos causamos outros e que comportamentos dos outros nos incomodam. Por exemplo: uma pessoa objetiva e dinâmica, que gosta de agir com independência e rapidez para atingir seus objetivos, pode ter conflitos na interação com um colega de perfil mais cauteloso e metódico, que segue regras à risca e tem um ritmo mais lento por se preocupar com detalhes. Porém, se pelo menos um dos dois tiver autoconhecimento, pode utilizar estratégias que minimizam o conflito com o outro.

Empatia – Trata-se de considerar os outros, suas opiniões, sentimentos e motivações. Sem isso, não há como chegar a uma negociação ganha-ganha, fruto de um relacionamento equilibrado. A empatia também nos torna capazes de enxergar além do próprio umbigo e ampliar nossa percepção da realidade com os pontos de vista dos outros. Entre as várias coisas que se pode fazer para praticá-la, a mais básica é saber ouvir.

Assertividade – Para ter relacionamentos saudáveis, não basta ouvir: é preciso também falar, expressar nossas opiniões, vontades, dificuldades. É aí que entra a assertividade, a habilidade para nos expressar de forma franca, direta, clara, serena e respeitosa.

Cordialidade – Tratar as pessoas com cordialidade é ser gentil, solícito e simpático, é demonstrar consideração pelo o outro de várias formas. Pode ser com o “bom dia” com que saudamos o destinatário de nossa mensagem de e-mail, com o ato de segurar a porta do elevador para alguém entrar  ou apanhar do chão um objeto que o colega deixou cair. Dizer “obrigado” olhando a pessoa nos olhos, oferecer-se para prestar uma ajuda,  cumprimentar aquele com quem cruzamos no corredor, mesmo saber seu nome… A cordialidade desinteressada, que oferecemos por iniciativa própria, sem esperar nada em troca, é um facilitador do bom relacionamento no ambiente de trabalho.

Ética – Ser ético é ter atitudes que não prejudiquem os outros, não quebrem acordos e não contrariem o que se considera certo e justo. Podemos ter muito autoconhecimento, ser altamente empáticos e assertivos, mas, se não nos conduzirmos pela ética, não conseguiremos manter relacionamentos equilibrados.


Fortalecer esses pilares traz melhorias não só para nossas interações no trabalho, mas também para as de outras áreas da vida – familiar, afetiva, social, de amizade. Vale a pena investir nisso – afinal, os relacionamentos são a melhor escola para o nosso desenvolvimento pessoal. 

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

DICAS DO HOMEM-ARANHA PARA O SEU SUCESSO PROFISSIONAL



Esta semana, estava conversando com um amigo meu sobre cinema e depois de muito discutir, nos demos conta que estávamos falando sobre sucesso profissional (que não tinha nada a ver com o assunto inicial). Acontece que, no meio da conversa, os dois assuntos se uniram e eis que surgiu a idéia para um texto mais “extrovertido” e simples aqui no blog.


Os filmes (nem tão recentes) do Homem-Aranha possuem algumas lições que podem ser adaptadas para nosso dia-dia profissional. Essas lições podem ser observadas no desenrolar das conhecidíssimas aventuras de Peter Parker e sua vida como super-herói, no cinema e nos quadrinhos.

Apesar de não ser um aficionado nem por cinema, nem por quadrinhos, tentarei expor três dessas observações às quais não é preciso ser profundo conhecedor do personagem para compreender. Perdoem-me algum erro acerca das informações do personagem em si, aqueles que são verdadeiras “enciclopédias” sobre o herói.

Lição 1: Ouça os mais experientes

Como sabemos, o Homem-Aranha possui uma força sobre humana, sem falar de todas as habilidades e poderes de aranha: lançar teias, escalar paredes, instinto super  apurado, dentre outras coisas. Apesar disso, sempre que o herói se encontra com dúvidas ouve sua frágil e doce Tia May que, quase sempre, dá conselhos que resolvem seus conflitos. Ou seja, apesar de toda sua competência, habilidade e conhecimento na luta contra o crime, a experiência de sua Tia May supera todos os superpoderes do herói.

Assim é também em nossa vida profissional. Apesar de sua capacidade técnica, conhecimentos, habilidades ou capacitação, é importante que não cometa o erro de achar que esses “poderes” o fazem superior àqueles mais experientes, mesmo que esses, aparentemente, não tenham tais poderes.

Lição 2: Seja profissional

Peter Parker possui uma paixão, inicialmente platônica, por sua amiga de infância Mary Jane e, como Homem-Aranha, consegue finalmente conquistar seu amor. Porém, isso não é tão fácil quanto parece, uma vez que Peter se encontra sempre entre seus deveres como super-herói e a segurança do amor de Mary Jane. Muitas vezes, o herói se encontra entre assistir a peça teatral de sua garota e alguma ameaça aos habitantes (pessoas que nem conhece) da cidade. E, na maioria das vezes, seu dever como super-herói fala mais alto.

Mas calma, gente. Não estou afirmando que devemos abandonar nossas famílias, namoradas, noivas ou esposas, fazer horas-extras, trabalhar no final de semana, ou o que quer que seja, para fazer um relatório, tomar uma decisão na empresa ou conferir se alguma documentação está errada. O que quero frisar aqui é o COMPROMETIMENTO COM SEU TRABALHO (nas devidas proporções), responsabilidade com prazos e com seus superiores e subordinados. Ou seja, realmente estar disposto a fazer as coisas acontecerem em seu trabalho, e não ficar alheio a ele.

Lição 3: Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades

A terceira e última lição vai, de certo modo, ao encontro da primeira. Ela é citada pelo Tio Ben, tio de Peter, cujas sábias contribuições nos foram dadas logo na primeira sequência da história.

Quantos sonham com promoções, reconhecimento do chefe, autonomia de trabalho ou projetos desafiadores? Com certeza todos que leem esse artigo! Porém, nem todos estão preparados para assumir tais responsabilidades. Autonomia, reconhecimento e desafios trazem cobranças mais severas e maior responsabilidade com o resultado final da organização. Um técnico tem menos “poder” que um coordenador, por exemplo, porém suas responsabilidades são exponencialmente maiores e cabe a quem assumi-las estar preparado para a oportunidade, ou como Tio Ben disse: poderes. Dessa forma, cabe ao gestor ter consciência e estar preparado para as grandes responsabilidades que vêm com o poder dentro da organização.

Sei que muitas destas dicas já foram apresentadas por diversas pessoas ou até mesmo pelo consenso geral, mas a comparação, até certo ponto extrovertida, com o super-herói é valida para dar uma contribuição, ainda que pequena, a vocês, leitores do blog. Espero que tenham gostado! Comentem!





quarta-feira, 9 de outubro de 2013

DEZ MANDAMENTOS DA ÉTICA NO TRABALHO



1. Seja honesto, honrado e digno em qualquer situação;

2. Nunca faça algo que você não possa assumir perante sua equipe, seus superiores, seus subordinados ou o público;

3. Seja humilde, tolerante, flexível e disposto a ouvir críticas e sugestões;

4. Críticas e repreensões devem ser feitos primeiro à pessoa a quem se referem, cara a cara. Se houver o dever de levá-los a mais alguém, que não seja pelas costas;

5. A privacidade do colega, do cliente e de todos os demais é inviolável. Independentemente de questões de propriedade corporativa, mexer na mesa, gaveta, informações ou documentos alheios exige autorização (de norma ou da pessoa envolvida) em qualquer circunstância;

6. Em ações e discussões internas, assuma sempre seus valores e princípios e as consequências dos atos a que eles conduzirem, mesmo que isso signifique ficar contra a maioria – mas jamais procure obstruir o direito de expressão e voto no posicionamento alheio;

7. Fique longe de fofocas e comentários maldosos, mesmo que pareçam fazer parte da cultura do grupo. Muitas vezes, o simples fato de dar ouvido a elas pode ser suficiente para identificá-lo com o rótulo de fofoqueiro;

8. A relação hierárquica e de equipe não deve considerar amizades nem antipatias. O subordinado amigo deve ao seu chefe o mesmo tratamento que os demais, e o chefe amigo precisa cuidar para jamais privilegiar o subordinado que lhe é próximo. Da mesma forma, antipatias pessoais não têm espaço no ambiente profissional. Reserve-as para seu íntimo e procure oportunidades para superá-la. No trabalho, trate o colega com o respeito comum, mantenha distância se possível, e não comente com outros a antipatia que sente;

9. Sempre dê crédito a quem merece, sem jamais aceitar elogios ou recompensas pelo mérito alheio;

10. Ao errar, reconheça, sem exageros. A atitude esperada é “não foi um erro intencional, vou providenciar para que não ocorra de novo e vou remediar o acontecido”.




Fonte: Blog CMMI


terça-feira, 8 de outubro de 2013

BARREIAS À COMUNICAÇÃO NO TRABALHO





Como ter uma comunicação fluida e eficaz?  Uma comunicação fluida e eficaz é um requisito indispensável em qualquer ambiente de trabalho. Saber transmitir uma mensagem, garantindo que esta vai ser corretamente percebida por quem a recebe é, sem dúvida alguma, um ponto chave nas relações profissionais.

Para ajudá-lo a melhorar as suas competências nesta área, selecionamos alguns dos principais obstáculos a uma comunicação eficaz.

Atitudes defensivas / agressivas.  Muitas pessoas perdem facilmente a razão quando são confrontadas com uma critica ou um reparo menos favorável, deixando-se levar pelo lado emocional e reagindo de imediato com hostilidade. É importante manter uma postura equilibrada, ouvir o que a outra pessoa tem a dizer e defender a sua opinião com argumentos plausíveis, pois só assim a comunicação se pode fazer de forma eficaz.

E-mails confusos, pouco claros.  As dificuldades de comunicação associadas a e-mails tanto podem acontecer quando é partilhada demasiada informação como quando as mensagens são muito sintéticas e acabam por não transmitir uma mensagem compreensível. Sendo o e-mail uma das formas de contato mais utilizadas no ambiente profissional é necessário ter cuidados extra para evitar este tipo de falhas de comunicação.

Estar desatualizado.  Transmitir informação desatualizada ou dar uma opinião sem estar munido de todos os dados relevantes pode gerar confusão nos seus destinatários, que ficam sem perceber se a situação voltou a um passo anterior ou se quem comunica está errado. Certifique-se sempre em que ponto da discussão se encontra e reúna todos os elementos necessários para saber do que se trata.

Falar muito.  É um erro pensar que o segredo de uma boa comunicação está no excesso de informação transmitida.  Seja com um cliente, um colega ou mesmo o seu chefe, o facto de não se cingir à informação essencial e fazer perder muito tempo com pormenores irrelevantes, faz com que a paciência se esgote rapidamente e a atenção ao que está a dizer se perca, com prejuízo para informações que poderiam ser realmente importantes.

Apresentações/Discursos.  Não transforme as suas exposições orais em momentos aborrecidos para a audiência, seja em apresentações para clientes ou em simples reuniões de equipa. Se não se preocupar em estabelecer uma relação de proximidade com a audiência, corre o risco de facilmente perder a sua atenção e de não conseguir fazer chegar a sua mensagem.

Não “olhar para fora”.  Quando uma pessoa está muito “por dentro” de um determinado assunto acaba, muitas vezes, por assumir que os outros têm a mesma familiaridade com o tema fazendo com que não seja muito esclarecedora.

Não ouvir.   Para bem comunicar, saber ouvir é tão importante como saber falar. Aprenda a assimilar e compreender a informação que lhe está a ser transmitida e deixe o seu interlocutor chegar ao fim do raciocínio, antes de discordar ou interromper com dúvidas sobre o que está a ser dito.

Não pensar antes de falar.  O segredo de uma boa comunicação também passa pelo cérebro. Parece óbvio, mas a verdade é que algumas pessoas não são capazes de transmitir uma mensagem articulada simplesmente porque não pensam nas suas ideias antes de as exporem. Concentre-se mais na mensagem como um todo do que nas palavras, porque é mais fácil encontrar alternativas se surgir uma “branca”.

Não reconhecer que não sabe.  Ao contrário do que poderia à partida parecer, não assumir a falta de conhecimentos ou competências em determinada área, apenas faz aumentar a sua vulnerabilidade a discussões infundadas e falhas de comunicação. É preferível escusar-se a dar uma opinião, até aprofundar um pouco o tema, do que falar do que não sabe, originando discussões desnecessárias e pondo em risco a sua credibilidade geral.

Não ser consistente.  A comunicação não é só aquilo que dizemos, mas também as mensagens que, através do corpo e do olhar, transmitimos a quem nos rodeia. Tentar passar uma mensagem que a sua linguagem corporal está a contrariar é um erro e facilmente detectado pelos seus receptores. Por exemplo, tentar passar uma mensagem de otimismo demonstrando tiques de preocupação e ansiedade irá descredibilizar a mensagem transmitida.

Ouvir música através de auscultadores.  As opiniões divergem: algumas pessoas são da opinião que ouvir música diminui a produtividade, enquanto que outras consideram que ajuda a manter a concentração. Quando a música não é comum a todo o espaço de trabalho e para ouvi-la tem de usar auscultadores pode passar a ideia de que prefere estar isolado ou de que está no “mundo da lua”, criando uma barreira forte à comunicação com os seus colegas de trabalho.

Porta fechada.  Atualmente já são muitas as empresas que têm openspaces para, entre outras coisas, eliminar barreiras comunicacionais. Mas, em muitas outras empresas, as pessoas continuam em gabinetes e com barreiras físicas a prejudicar a sua comunicação. Nestes casos, manter a porta fechada pode transmitir a ideia de que não quer ser incomodado, devendo reservar a porta fechada para situações em que realmente precisa de alguma privacidade (em reuniões, por ex.) ou para quando for essencial ter algum sossego para concentrar-se.

Selecionar destinatários.  Ser demasiado restritivo ou inclusivo na lista de destinatários de e-mail ou de pessoas convocadas para uma reunião pode gerar mal entendidos ou confusões desnecessárias. Apesar de a regra deva ser a da comunicação transparente e sem bloqueios, o excesso de partilha, sobretudo quando abrange quem não tinha qualquer envolvimento na questão, poderá originar alguma desordem e pôr em causa os objetivos propostos.



segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O REGIME MILITAR: DESCENTRALIZAÇÃO EM TEMPO DE AUTORITARISMO


O governo militar no Brasil ocorreu entre o ano de 1964 e 1985. Essa foi uma fase contraditória, pois restringiu diversos direitos civis e as eleições diretas para presidência da república, mas proporcionou certos avanços do ponto de vista dos marcos legais para a gestão pública.


Do ponto de vistas das políticas públicas, Gentil (2006) cita que:

Em 1966, durante a ditadura militar, o Decreto n° 72 unificou os IAP’s, com exceção do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE). A unificação da legislação, no que diz respeito ao custeio e aos benefícios previdenciários, já havia sido feita em 1960. O que se fez, seis anos depois, foi uma reforma essencialmente política e administrativa, com a fusão das instituições previdenciárias no Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), vinculado ao Ministério do Trabalho, responsável, a partir daí, pelos benefícios previdenciários dos trabalhadores urbanos.

A criação do Instituto Nacional de Previdência Social – INPS foi um marco importante para a política de proteção social e previdência pública, pois foi a culminância de uma série de mudanças iniciadas pela Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS. Essa lei padronizou as contribuições sociais e os planos e benefícios dos diversos institutos existentes evitando legislações específicas e, por vezes, contraditórias.


No campo da gestão pública, Pimenta (1998, p. 184) cita que nos anos 60 “foi implantada uma filosofia de descentralização e de delegação de competências, promovendo profundas mudanças na gestão pública, tanto estruturais quanto conceituais”. Utilizando a filosofia implantada nessa época, o Estado procurou criar movimentos de redução de controles formais e que tinham um alto custo, bem como as centralizações para padronizações. Conforme aponta Pimenta (p. 184), “os princípios da gestão pública dessa época eram: coordenação, descentralização, delegação de competência e controle”.


A lei que mais representou essa filosofia foi o Decreto-Lei 200/1967. Esse decreto distinguia a administração direta e administração indireta. Essa distinção é importante, pois permite espaço para a discussão de Administração direta é a gestão pelo conjunto de órgãos integrados nas estruturas das esferas federativas (União, Estados e Municípios). Esse princípio está associado ao conceito de desconcentração.

Administração indireta é a distribuição de competência para outra pessoa jurídica associada ao princípio de descentralização. Atividades tipicamente públicas desenvolvidas no âmbito da administração direta, ou pelas autarquias, quando sua execução exigisse uma gestão administrativa e financeira descentralizada, daquelas atividades que o Estado fosse levado a executar por força de conveniências ou contingências que justificassem a exploração de atividade econômica (PIMENTA, 1998, p. 184).

Nos anos de regime militar (21 no total) existiu uma grande vontade desenvolvimentista, plano que foi auxiliado por um governo autoritário. Nessa época, a postura governamental foi de grande intervencionismo no campo econômico, sendo possível visualizar um novo processo expansionista na administração pública. Contudo, a distinção desse período de expansão para a década de 30, que também ampliou a máquina administrativa pública, foi que nesse período a expansão esteve associada à administração indireta, portanto descentralizada.

Nacional-Desenvolvimentismo: Período de governo ditatorial e intervencionista no campo econômico.


Administração indireta: Com a normatização do Decerto - Lei 200/67, a administração pública passou a utilizar estruturas diretas e indiretas.


Concentração dos regimes de previdenciário: Criação do INPS a partir da Lei Orgânica da Previdência Social.




GENTIL, Denise Lobato. A política fiscal e a falsa crise da seguridade social brasileira: análise financeira do período 1990–2005. 2006, 245f . Tese (Doutorado em Economia) - Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2006.

PIMENTA, Carlos César. A reforma gerencial do estado brasileiro no contexto das grandes tendências mundiais. Revista de Administração Pública. São Paulo: FGV, v. 32, n. 5, p. 7 a 23, set/out, 1998.