sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

DICAS DO HOMEM-ARANHA PARA O SEU SUCESSO PROFISSIONAL




Esta semana, estava conversando com um amigo meu sobre cinema e depois de muito discutir, nos demos conta que estávamos falando sobre sucesso profissional (que não tinha nada a ver com o assunto inicial). Acontece que, no meio da conversa, os dois assuntos se uniram e eis que surgiu a ideia para um texto mais “extrovertido” e simples aqui no blog.


Os filmes (nem tão recentes) do Homem-Aranha possuem algumas lições que podem ser adaptadas para nosso dia-dia profissional. Essas lições podem ser observadas no desenrolar das conhecidíssimas aventuras de Peter Parker e sua vida como super-herói, no cinema e nos quadrinhos.

Apesar de não ser um aficionado nem por cinema, nem por quadrinhos, tentarei expor três dessas observações às quais não é preciso ser profundo conhecedor do personagem para compreender. Perdoem-me algum erro acerca das informações do personagem em si, aqueles que são verdadeiras “enciclopédias” sobre o herói.

Lição 1: Ouça os mais experientes

Como sabemos, o Homem-Aranha possui uma força sobre humana, sem falar de todas as habilidades e poderes de aranha: lançar teias, escalar paredes, instinto super  apurado, dentre outras coisas. Apesar disso, sempre que o herói se encontra com dúvidas ouve sua frágil e doce Tia May que, quase sempre, dá conselhos que resolvem seus conflitos. Ou seja, apesar de toda sua competência, habilidade e conhecimento na luta contra o crime, a experiência de sua Tia May supera todos os superpoderes do herói.

Assim é também em nossa vida profissional. Apesar de sua capacidade técnica, conhecimentos, habilidades ou capacitação, é importante que não cometa o erro de achar que esses “poderes” o fazem superior àqueles mais experientes, mesmo que esses, aparentemente, não tenham tais poderes.

Lição 2: Seja profissional

Peter Parker possui uma paixão, inicialmente platônica, por sua amiga de infância Mary Jane e, como Homem-Aranha, consegue finalmente conquistar seu amor. Porém, isso não é tão fácil quanto parece, uma vez que Peter se encontra sempre entre seus deveres como super-herói e a segurança do amor de Mary Jane. Muitas vezes, o herói se encontra entre assistir a peça teatral de sua garota e alguma ameaça aos habitantes (pessoas que nem conhece) da cidade. E, na maioria das vezes, seu dever como super-herói fala mais alto.

Mas calma, gente. Não estou afirmando que devemos abandonar nossas famílias, namoradas, noivas ou esposas, fazer horas-extras, trabalhar no final de semana, ou o que quer que seja, para fazer um relatório, tomar uma decisão na empresa ou conferir se alguma documentação está errada. O que quero frisar aqui é o COMPROMETIMENTO COM SEU TRABALHO (nas devidas proporções), responsabilidade com prazos e com seus superiores e subordinados. Ou seja, realmente estar disposto a fazer as coisas acontecerem em seu trabalho, e não ficar alheio a ele.

Lição 3: Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades

A terceira e última lição vai, de certo modo, ao encontro da primeira. Ela é citada pelo Tio Ben, tio de Peter, cujas sábias contribuições nos foram dadas logo na primeira sequência da história.

Quantos sonham com promoções, reconhecimento do chefe, autonomia de trabalho ou projetos desafiadores? Com certeza todos que leem esse artigo! Porém, nem todos estão preparados para assumir tais responsabilidades. Autonomia, reconhecimento e desafios trazem cobranças mais severas e maior responsabilidade com o resultado final da organização. Um técnico tem menos “poder” que um coordenador, por exemplo, porém suas responsabilidades são exponencialmente maiores e cabe a quem assumi-las estar preparado para a oportunidade, ou como Tio Ben disse: poderes. Dessa forma, cabe ao gestor ter consciência e estar preparado para as grandes responsabilidades que vêm com o poder dentro da organização.

Sei que muitas destas dicas já foram apresentadas por diversas pessoas ou até mesmo pelo consenso geral, mas a comparação, até certo ponto extrovertida, com o super-herói é valida para dar uma contribuição, ainda que pequena, a vocês, leitores do blog. Espero que tenham gostado! Comentem!





quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

COMO IDENTIFICAR A ÉTICA DOS CANDIDATOS NO PROCESSO DE RECRUTAMENTO?




Ferramentas como a Análise de Aderência Ética (AAE) ajudam as organizações a identificar o grau de aderência dos candidatos ao seu perfil ético, fortalecendo assim a cultura ética da empresa e sua capacidade de resistência às fraudes.

Tratar da gestão da ética nas organizações é fundamental nos processos de recrutamento. “Não há organização ética ou antiética, ou ainda, classificação de que uma determinada sociedade é moral ou amoral”, afirma Renato Santos, Gerente Executivo da  ICTS Protiviti, empresa global de consultoria e serviços especializada em Gestão de Riscos, Auditoria Interna, Ética, Compliance e Segurança. Mas há comportamentos que não estão de acordo (compliance) com boas práticas e estes comportamentos se dão sempre pelo indivíduo. “Podemos inferir que somente a ação humana individual é valorada moralmente”, acrescenta.


Segundo o especialista, as organizações devem buscar comprometimento ético nos seus candidatos, assumindo a responsabilidade de auxiliá-los na resolução de conflitos éticos com que podem se deparar durante o exercício de suas funções, já que dilemas éticos podem ocorrer, e a omissão do que se espera dos profissionais diante de tais dilemas não é salutar para a organização. Daí, programas de seleção com o escopo do entendimento da ética do candidato e compliance estão estritamente interligados, pois se baseiam em valores e responsabilidades morais, que procuram incentivar o cumprimento e conformidade às leis e políticas internas, o que, por sua vez, tende a culminar no fortalecimento da cultura ética da organização, afirma o especialista.

Programas de seleção com uma abordagem ética devem envolver todos os níveis da organização, caso contrário, não atingirão o seu objetivo macro de buscar uma maior homogeneidade na forma de conduzir questões éticas.

Uma ferramenta de gestão da ética é a denominada Análise de Aderência à Ética, que tem como objetivos identificar o nível de compliance individual dos participantes com a cultura da organização; mitigar vulnerabilidades que interfiram na manutenção de um ambiente ético; sugerir aprimoramentos às normas e procedimentos da empresa em relação à sua clareza para prevenção de perdas e fraudes e reforçar a mensagem corporativa da importância da ética, levando a um aumento de inibição a má conduta. “Esse processo é aplicado para candidatos a posições sensíveis em suas organizações, sensibilidade essa que pode estar atrelada à vulnerabilidade das atividades que seu cargo propicia ao lidar com informações confidenciais, bens, dinheiro, negociações, entre outras”, disse.

Uma das formas de identificar a verdadeira percepção de ética do profissional é buscar padrões de emoção em sua fala. Santos dá alguns exemplos: “Ao invés de perguntar ao candidato “você teve problemas na sua saída da empresa anterior?“, peça para ele relatar o último dia dele na empresa anterior. Ao se lembrar desse dia, ele resgatará da memória emoções positivas ou negativas de sua saída, que serão expressadas através da sua linguagem verbal e não-verbal, possibilitando um maior aprofundamento do tema.”








quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE ARQUIVOLOGIA




ARQUIVO

De um modo geral, arquivo é aquele local que utilizamos para guardar documentos. No entanto, é preciso destacar alguns detalhes que servem para complementar este conceito. Podemos afirmar, de forma mais precisa, que:

Arquivo é o conjunto organizado de documentos acumulados por uma pessoa ou instituição ao longo de suas atividades.

Note que o arquivo pode ser pessoal ou institucional, e é formado a partir da necessidade que essas pessoas (físicas ou jurídicas) têm de guardar documentos que comprovem as atividades que desenvolveram ao longo da vida.

O conjunto de documentos mantidos sob a guarda de um arquivo é denominado acervo.

FUNÇÃO DO ARQUIVO 

Basicamente, a função do arquivo é guardar e organizar os documentos acumulados pela instituição a que pertence, de forma a facilitar a localização destes documentos, quando necessário. Uma boa organização dos arquivos permite que a instituição ganhe tempo e otimize seus recursos.

FINALIDADES DO ARQUIVO

Ao organizar os documentos, o arquivo atende, fundamentalmente, a duas finalidades distintas: a administração e à história.

Finalidade administrativa: Num primeiro momento, as informações contidas nos arquivos servem de base ao dia-a-dia da empresa, onde os usuários seriam, basicamente, os funcionários, os clientes, os administradores e quaisquer outros indivíduos que busquem informações relativas às atividades da instituição.

Finalidade histórica: Num segundo momento, o arquivo pode também preservar, através de sua documentação, aspectos históricos relativos à instituição a que está inserido e mesmo à sociedade em geral.

Neste momento, o usuário passa ser o pesquisador, o historiador ou qualquer pessoa interessada em conhecer o passado refletido nos documentos ali depositados.

DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE ARQUIVO E BIBLIOTECA

Apesar de trabalharem com o mesmo objeto (organização e disponibilização da informação), arquivo e biblioteca possuem características distintas que os diferenciam. A seguir, apresentamos, de forma sintética, as principais diferenças encontradas entre as duas áreas.

Objetivo


Enquanto o arquivo guarda e organiza os documentos com objetivos funcionais (atender a administração é a sua principal finalidade), a biblioteca organiza a informação para fins culturais.

Desta forma, informações orgânicas (que comprovam as atividades da instituição e são criadas em decorrências destas atividades) são organizadas e conservadas nos arquivos, enquanto que informações não orgânicas (que não refletem as atividades da instituição) são conservadas nas bibliotecas.

Formas de ingresso dos documentos na instituição

Arquivos e bibliotecas mantêm em seu acervo um volume enorme de documentos. Tais documentos ingressam na instituição de formas variadas.

Os documentos de arquivo são produzidos pela própria instituição, no desempenho de suas atividades, ou recebidos de outras instituições, sempre num contexto administrativo ou funcional, ou seja, no interesse das atividades orgânicas da instituição.

Os documentos de biblioteca, pelo seu caráter não-orgânico (como visto no tópico anterior) são escolhidos pela instituição e adquiridos conforme sua conveniência, formando coleções. Tal aquisição se dá, normalmente, através da compra do material escolhido, ou, ainda, através de doações efetuadas por usuários ou mesmo a permuta (troca) com outras bibliotecas.

Quantidade de exemplares de cada documento


Os documentos de arquivo caracterizam-se por serem produzidos em um único exemplar, tendo, no máximo, um limitado número de cópias para atender a eventuais necessidades administrativas. Já os documentos de biblioteca (os livros, por exemplo), são produzidos em numerosos exemplares, espalhados por bibliotecas diversas.

Classificação ou codificação dos documentos


Existem várias maneiras diferentes para se organizar os documentos, como veremos no item Métodos de arquivamento, sendo que uma delas é através da classificação ou codificação (anotação de um código em cada documento) a fim de ordená-los nas pastas, estantes ou prateleiras.

Arquivos e bibliotecas se utilizam da classificação/codificação, com a diferença de que, enquanto a biblioteca adota esquemas preestabelecidos e padronizados (não variam de biblioteca para biblioteca), os arquivos elaboram seus códigos de classificação a partir das atividades desenvolvidas pela instituição, de forma que cada empresa adotará códigos específicos, de acordo com os tipos de documentos gerados por suas atividades rotineiras.

Em resumo, podemos afirmar que arquivos e biblioteca diferem entre si a partir dos seguintes aspectos:



ARQUIVO
BIBLIOTECA

Objetivo


Funcional

Cultura

Formas de aquisição de documentos


Produção
Recebimento

Compra
Doação
Permuta


Quantidade de exemplares


Único exemplar ou limitado números de cópias

Vários exemplares

Acumulação dos documentos


Orgânica

Coleção









terça-feira, 13 de janeiro de 2015

MITOS SOBRE LIDERANÇA NOS QUAIS VOCÊ PRECISA PARAR DE ACREDITAR





O líder é uma figura essencial dentro de qualquer negócio. Constantemente inquieto e naturalmente ávido por resultados, ele é responsável por conduzir a empresa para um processo de desenvolvimento contínuo. É a liderança quem age para criar na equipe o clima de confiança e satisfação necessário para que todos busquem objetivos comuns.

Tão grande quanto sua importância é a polêmica instalada em torno da figura do líder. Não importa se você tem uma grande ou pequena empresa, o essencial é saber identificar as lideranças para que o trabalho delas possa beneficiar seu negócio. E isso não é fácil. Há muitos mitos envolvendo essa habilidade, fazendo com que muitas vezes a identificação do talento seja comprometida. Desmistifique o assunto para que a tarefa de encontrar bons líderes na sua empresa se torne mais fácil.

Liderança é um dom

Líderes não nascem prontos, como se fossem possuidores de um dom. Por mais que uma pessoa possa ter predisposição à esta característica, terá de aprender as habilidades essenciais de um líder. Se quiser liderar com sucesso, o profissional terá de desenvolver qualidades como autoconhecimento e disciplina, além de dominar técnicas de relacionamento, comunicação e gestão empresarial, aplicando-as sistematicamente no trabalho de condução da equipe.

Todo gestor é um líder

O gestor de uma empresa deve necessariamente saber administrar e monitorar, direcionando o trabalho dos funcionários. Mas liderar vai, além disso. Um líder deve conseguir encorajar a equipe na busca de resultados cada vez melhores. Liderança envolve transformação. Muitas vezes, o líder da empresa não é o dono ou o gerente, mas um funcionário de menor porte. Cabe ao dono identificá-lo e reconhecê-lo.

Líderes sabem mandar

O perfil do chefe autoritário e centralizador ficou no passado. Os poucos profissionais que ainda sobrevivem no mercado com essas características são como dinossauros, com os dias contados. O líder de verdade compreende que seu trabalho deve ser realizado em conjunto com a equipe. Ele confia nos funcionários, sabe delegar tarefas e monitora os resultados com inteligência para que consiga alcançar os melhores índices de desempenho.

Líderes sempre possuem as respostas certas

O líder sabe que não é o senhor da verdade, que não terá as melhores soluções sempre. Ele entende que processos evoluem e que não há conceitos absolutos. O que era bom há um ano pode estar obsoleto hoje. Portanto, valorize a busca por novas informações e o aperfeiçoamento técnico. Em vez de respostas, o líder deve buscar sempre novas perguntas, instigando a curiosidade e a inovação entre a equipe.

Líderes são cercados de servidores e mordomias

A essência da liderança é o serviço. O líder deve servir à sua equipe e à empresa. Profissionais cercados de mordomias e funcionários bajuladores deixam de ser líderes para render-se à ambição e ao deslumbramento do cargo que ocupam e das conquistas do passado. Esses profissionais estão fadados à estagnação. O líder de verdade jamais deixará de trabalhar com presteza.

Líderes são formados a partir de fórmulas preestabelecidas

Líderes são formados a partir de um longo processo de aprendizado e aprimoramento pessoal. Não existem fórmulas mágicas! Muitas pessoas são seduzidas a participar de cursos rápidos de liderança, que prometem mudar a forma como se relacionam com o trabalho e o restante do mundo. Infelizmente, esse tipo de milagre não existe. Se você quer se tornar um líder, tenha em mente que vai desenvolver um trabalho a longo prazo. Saiba que não há escola para isso, você estará sozinho nesse processo. E, sim, será difícil, mas muito compensador.


Diego Contezini é COO do Assas.com, ferramenta que permite que autônomos e pequenos empreendedores emitam cobranças com boletos sem que precisem falar com seus bancos, gerentes ou quaisquer outros fornecedores.









segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

RELAÇÃO INTERPESSOAL DO SECRETARIADO EXECUTIVO




O relacionamento sadio dentro da organização é fator principal nos dias atuais
O profissional de Secretariado Executivo precisa trabalhar harmoniosamente com seus colegas, procurando não fazer distinção de qualquer espécie. Nesse tipo de relacionamento, deve demonstrar lealdade, confiabilidade e bom-senso. 

Segundo Medeiros e Hernandes (1999), para desenvolver a flexibilidade de comportamento, exigem-se o conhecimento de si mesmo, melhor compreensão dos outros, boa convivência grupal e o desenvolvimento de aptidões para um relacionamento mais ameno com as pessoas. Quando uma pessoa compreende e aceita o seu mundo pessoal, ela se torna mais compreensiva e tolerante com o comportamento dos outros. 

Um fator importante no trato com as pessoas é saber ser flexível, isto é, ter relações conforme os casos se apresentam ou conforme as pessoas são. Estes fatores influem na qualidade de relacionamento no ambiente de trabalho. Abordam aspectos mais subjetivos como a motivação, a liderança, a comunicação, e a participação, onde estão inseridos a administração participativa e o trabalho em equipe. 

O relacionamento sadio dentro da organização é fator principal nos dias atuais. O funcionário objetiva ambiente de respeito mútuo, com oportunidades de aprendizado e crescimento. Alguns princípios são importantes quando falamos em relações humanas: 

  • Entenda que cada pessoa é portadora de uma personalidade específica; 
  • Nosso direto acaba quando começa o do próximo, logo, respeito o próximo se quiser ser respeitado; 
  • Não interrompa quem estiver falando, espere a sua vez. Interromper pode soar indelicadeza; 
  • Sorria sempre, o sorriso quebra barreiras de relacionamentos; 
  • Lembre-se que no ambiente profissional a hierarquia deve ser respeitada; 
  • Esteja sempre pronto a colaborar; 
  • Nunca expresse opiniões quando estiverem julgando alguém – poderá ser visto como fofoqueiro; 
  • Cumpra as normas da empresa; 
  • Seja ético; 
  • Jamais critique alguém em público; 
  • Somente prometa o que realmente pode cumprir, caso contrário,    não prometa;
  • Seja convicto ao afirmar algo; 
  • Não minta, não omita; 
  • Não se abale com críticas abusivas, solucione o problema; 
  • Atente sempre para a solução dos problemas, nunca para problemas somente; 
  • Avalie periodicamente sua conduta; 
  • Pense, avalie e somente após esse processo fale alguma coisa. 


Esse processo trará melhores resultados e evitará mensagens distorcidas. O comportamento resulta não só da nossa personalidade, mas, sobretudo, das expectativas do grupo a que pertencemos e do papel que nele desempenhamos. Dentro de uma organização ou instituição, uma das principais qualidades desejáveis no profissional de Secretariado Executivo é a capacidade de relacionar-se com os outros: superiores, colaboradores e visitantes. 

O fluxo uniforme e harmonioso do trabalho depende da forma como se trabalha com os outros e da forma como se influencia os outros para que trabalhem com cada um. O profissional de Secretariado Executivo procurará de todas as maneiras buscar equilíbrio emocional e evitará comportamentos que manifestam insegurança, como protestar contra casuais observações desfavoráveis de seu trabalho, ficando ofendido ou ressentido. 

Não deve encarar tais críticas como pessoais, mas relativas a uma parte do seu trabalho. Quem muito precisa de aprovação e reconhecimento dá provas de imaturidade profissional. Como seu trabalho envolve basicamente relacionamento interpessoal, desenvolver o controle das emoções, identificando maus hábitos e rastreando as possibilidades de crescimento, poderá lidar mais facilmente com situações difíceis tão presentes em sua profissão, fazendo com que as atitudes sejam focadas em resultados esperados pela chefia, sem a perda da motivação e com o equilíbrio emocional necessário para manutenção da empatia com o grupo de trabalho. 

O profissional de Secretariado Executivo não se deixa abater pelo medo de fracassos porque sabe que é capaz de errar e acertar, e que suas falhas não são vistas como incapacidade. Portanto, quando erra, evita situação de lamúria, manifestação de desequilíbrio emocional. Evita, sobretudo, fazer acusações e culpar alguém por seus próprios limites. 

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO



quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

QUAL É O "PÔBREMA" DO NOSSO SISTEMA EDUCACIONAL?




Sou professor do ensino superior e hoje acordei assustado. Sonhei com um jumento resolvendo uma questão de matemática na sala de aula que eu lecionava. Ele somava 2 + 2 e dava como resultado 3. Acordei umas 4 horas da manhã e passei o restante da madrugada correjindo muitos trabalhos, mas aquele jumento não saia da minha cabeça. Fiquei a pensar: qual é o pôbrema do nosso sistema educacional? O pôbrema está em mim, no governo, na família, na escola ou nos alunos que não querem nada? Será se nós queremos alguma coisa? Mas, não querer nada, já é querer alguma coisa. Ou será que o problema está é na sociedade e nos valores que ela cultiva? Ouvi durante a campanha política presidencial promessas de meritocracia de um lado e mágica pronateckiana do outro. Não sei quem está mais erado. Seria errado eu acreditar em um ou em outro. Eu que acredito no potencial poder salvador e libertador da educação. No entanto, vejo meus alunos egressos do ensino médio sem a mínima condição de acompanhar os conteúdos. Meus colegas dizem que a maioria dos alunos chegaram ao ensino superior por um desastre do o processo seletivo.

Ouvi de um colega sem muito compromisso um discurso coletivista: "facilite a vida dos alunos", ou "precisamos nivelar por baixo". Alguns querem mesmo é matar a individualidade. Me sugerirão(m) "reprove a todos", "os alunos é que se danem, no final do mês minha bufunfa está na conta, é pouco, mas dá pra viver". Fico atônito quando os estudantes, em sua grande maioria reprovam a performance do professor. O que ouço é que os professores ou são ruins ou são péssimos. Quando percebo uma linha tênue entre estas duas falas, ela não passa de: "a prática pedagógica deste professor é insatisfatória em sala de aula".

Pergunto-me: Existe estímulo para um estudante se dedicar, se outro que nada sabe e nada faz será aprovado da mesma forma que ele? E o que é pior, muitas vezes com notas melhores. E quem foi que disse que estudante precisa de estímulo para estudar? Sua profição é estudar. E nesta profissão a carga horária deve ser superior às 08 horas diárias previstas para as demais profissões. O que nada sabe, nem de estudante pode ser chamado. Se for aprovado, a vida se encarregará de reprová-lo. Mas bem, eu não sou a vida, logo, deixarei que ele pesque as melhores notas. A professora de matemática me disse que "os egressos do ensino fundamental não carregam o mínimo necessário e indispensável para dar continuidade aos estudos". Destarte, eles só chegam ao ensino médio por causa da aprovação automática. Ninguém pode perder. Ou seria ganhar? Neste caso, passar sem saber nada seria perder.

Outro dia, um aluno me perguntou: "Mas professor, qual vantagem existe em alguém se tornar um grande profissional? Enquanto eu pensava na resposta, ele me disse: "No Brasil o que dá dinheiro é ser político corrupto. Quero ser profissional". Tomei fôlego e vi que se tratava realmente de um aluno e não de estudante. O que ele falou pode até ser verdade e sei que muitos concordam com ele. E quem seria louco de discordar de mim se eu dissesse que estes caras não são grandes profissionais, ao menos nos aspectos éticos e morais. Há quem pence que político é tudo ladrão. Não pense você que eu não sei o português. Ao menos o básico eu sei. Fico preocupado, visto que todos nós fazemos política o tempo inteiro. Ainda bem que a política partidária alguns detestam, senão, com base nesta afirmação, todos seriam corruptos. O pai de uma aluno do 9° semestre de engenharia cartográfica me reclamou porque sua filha não sabe cálculo elementar de aritmética, não sabe coordenadas geográficas, nem interpretar. Falei para ele que a filha dele é ótima aluna, ao menos em interpretação. faz um bom papel de aluna.

Com as promoções educacionais que vejo na televisão e as oportunidades de estudo em grandes universidades, em cursos na modalidade à distância e até mesmo em cursos presenciais por mensalidades a partir de R$99,999 cheguei a conclusão de que cada vez mais os alunos não estão presentes em sala de aula e que o que eles querem mesmo é distância dos estudo. Em minhas aulas vejo de tudo, alunos com ipad, pipa, diário, maconha, iphone, papel de carta, metralhadora, tablet, dominó, discman, chicletes, walkman, crack, peão, x-box, comida, espingarda. Dizer que este aluno quer ficar de 4 a 6 horas por dia numa sala de aula sem os seus brinquedinhos é uma insanidade. Ouse concorrer com estes mimos que eles levam para sala de aula. Sem este aparato a escola fica um çaco, torna-se vazia e entediante. Hoje, ao terminar a aplicação de uma prova, coloco todas elas em um saco e vou rindo para casa. Eu riu das brincadeiras, como esta com a língua. Na verdade, eu rio mesmo é das asneiras que sou obrigado a ler. O colega professor disse que o aluno riu de mim. Me lembro da época em que a escola era um lugar de aprender. Não que hoje isto tenha se perdido e não se aprenda mais nada. Aprende-se e apreende-se muito, principalmente adolescentes e jovens infratores em conflito com a lei. A violência se tornou tão violenta com a escola, que a escola tomou medo e deu o seu lugar para a violência. Sou defensor da necessidade de se aplicar medidas socioeducativas mais efetivas. Às vezes havia intretenimento, brincadeiras e distrasões durante os estudos. Me lembro de "bater figurinhas" no fundo da sala durante a aula com meus colegas e até brincar de elástico com minhas coleguinhas, só para ganhar um bejinho ao final da aula. O problema é que hoje não se tem mais estudos, a onda agora é bullying e cyberbullying. As aulas são uma mescla de distrações, violências e entretenimento. Descobri que na lista dos animais em extinção está o bicho estudante, logo ele, o mais racional dos animais.

Tenho um aluno que é excelente. Falei para ele que se a minha matéria fosse arte circense, ele já estaria aprovado com louvor. Ele cir sente o máximo. É desenvolto, galhofeiro, inquieto. É um verdadeiro palhaço. Daqueles cuja graça, causa náuseas. Como posso eu, um mero graduado, professor de direito quântico mecatrônico concorrer com um pós doutor em sacanagem?. Outro dia, ele teve a corajem de finjir um desmaio em sala de aula durante a prova. A sorte foi que eu tive a coragem de lhe por para fora da sala de aula, fingindo que o maluco da história era eu. Ele do auto do largo cabedal do seu saber me disse que eu deveria ter mais paciência e menos conhecimento. Bem que ele tem razão. É preciso ter paciência com um governo que não paga nem o piso salarial para os professores, imagine sonhar com o teto constitucional da Alta Corte Nacional. Com a dramatização empreendida pelo aluno aprendi que preciso de menos didática e mais jeito de expectador. Nesta vida, tudo é passageiro.

Tomei a decisão de voltar a advogar e estudar para concurso público. Ensinar em duas faculdades particular e em uma universidade pública está me obrigando a deixar minha família de lado. Em troca de que? Baixos salários, desrespeito, cansaço e baixa líbido. Opa, esta última não anda baixa não. Aqui a única coisa que é baixa é a remuneração. Melhor assim, porque se os alunos sabem que o professor anda broxando, nunca mais ele consegue ministrar sua aula.

É preciso engulir muito sapo para acreditar que a escola é para todos. Se você não engolir o que eu falei, ao menos como com sal a ideia de que nem todos nasceram para a escola. Tenho que ouvir isto a todo instante: "Este aí não tem jeito" ou "Pau que nasce torto, não tem professor que endireita". Qual foi o pedagogo que insinuou que professor tem que endireitar alguém? Os arautos da pedagogia moderna querem me convencer de que eu tenho que arcar com dívidas históricas do país. Se querem ou não, pouco importa. existe um contingente enorme de vidas sendo ceifadas sem nem saber fazer u "o" com o copo, imagina escrever copo com o. Ou pagamos as dívidas agora, ou teremos um futuro muito mais endividado.

Sou do grupo que defende fechar a escola e abrir os olhos dos alunos para que estes se tornem estudantes. Penso que os professores devem deixar de ser mestres onipotentes. Resta-nos o trabalho braçal de formar e informar uma geração perdida. Perdida em si mesma. Uma geração sem norte e sem sul. Cheguei a conclusão que o pôbrema do nosso sistema educacional é não ser um sistema. Todos possuem sua parcela de culpa. Governo, família, escola , alunos que não querem nada e até os que querem.

Com o bixo aluno em extinsão, o jeito é mandar o jumento para a escola.


Este testo foi escrivido inicialmente para o site ney1.com. Possíveis erros de português e matemática são em decorrência do pécimo pôbrema do nosso sistema educacional. Dúvidas e recramações podem ser efetuadas para o autor pelo email acimarney@gmail.com







terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ENTENDER AS LÓGICAS DAS REDES SOCIAIS É ENTENDER O SER HUMANO





“A nossa interação social surge a partir dos propósitos individuais que incluem, entre outros, os interesses de poder, vaidade e riqueza”, disse, certa vez, o sociólogo alemão Georg Simmel, que viveu até os anos de 1918. Vejo essa lúcida fala dele como um apontamento essencial para entender as lógicas de uso e apropriação desses espaços online que protagonizam boa parte de nosso dia hoje: os avassaladores, potentes, onipresentes e complexos sites de redes sociais. 

Nas nossas práticas cotidianas, os aplicativos de redes sociais fazem parte de nossas vidas de uma forma cada vez mais íntima. Antes de dormir, sempre damos aquela última olhada no visor do celular (como se já não tivesse sido suficiente ter feito esse ato centenas de vezes ao dia), acionamos o alarme sonoro para acordarmos cedo na manhã seguinte e vamos dormir. Despertamos pela manhã e, ainda meio entorpecidos por Morfeu, já esticamos o braço e pegamos nosso inseparável smartphone. Afinal, antes de irmos ao banheiro para nossos habituais e compulsórios afazeres fisiológicos, não podemos começar nosso dia sem uma prática igualmente obrigatória: dar uma checada nas notificações do Facebook, nas mensagens do Whatsapp e verificar quem curtiu nossa última foto do Instagram. Feito isso, pronto! Podemos começar mais um dia.

Os chamados gadgets, como o iPhone da Apple, o Samsung Galaxy, o nosso iPad, iPod, a GoPro, surgiram nos últimos anos e alcançam hoje volumes de vendas exponenciais. Muito mais que meros aparatos tecnológicos, eles adquirem uma carga simbólica e fazem parte da vida dos consumidores contemporâneos, sobretudo os jovens, contribuindo para a formação de uma identidade social. Afinal, quando as pessoas compram um iPhone, por exemplo, estão não apenas adquirindo um aparato tecnológico, como também vivenciando certo estilo de vida e se inscrevendo num imaginário tecnológico que enfatiza as ideias de inovação, elegância e distinção econômica”, disse certa vez Erick Felinto, pesquisador da UERJ.

Já o antropólogo Néstor García Canclini argumenta que “no limite, chega-se a fenômenos de autismo e desconexão social, devido às pessoas preferirem antes ficar na frente da tela do que relacionar-se com interlocutores em lugares fisicamente localizados. Conectividade não é sinônimo de interatividade”. Ou seja, não é porque estamos conectados que estamos necessariamente interagindo com outros usuários. Aqui, nota-se que o pesquisador, que vive hoje no México, entende que o efeito dessa disseminação de novos ambientes virtuais pode ser nocivo ao processo de ensino-aprendizagem de jovens, pois “cada vez se lê menos livros e mais xerox de capítulos isolados, textos curtos obtidos na internet, que comprimem a informação. Diminuem os “leitores fortes”, enquanto aumentam os “leitores fracos” ou “precários”, pondera o antropólogo em uma de suas mais brilhantes obras, “Leitores, espectadores e internautas”.


É em virtude disso que evidencia-se o fechamento de livrarias, pois os jovens estão lendo menos e com novos parâmetros de comportamento. Anos atrás, por exemplo, a Borders (até então, a segunda maior livraria dos Estados Unidos) entrou em falência. O ato de ler perde valor em uma vida rodeada por telas e aqui entende-se melhor o magnetismo dos míseros cento e quarenta caracteres que norteiam as conversas e interações no microblog Twitter, por exemplo.

"Eu sei que deveria, mas isso não vai acontecer. Se eu receber uma mensagem no Facebook ou algo postado no meu mural, eu tenho que ver isso. Tenho que ver”. Eis o depoimento de Roman, um jovem de 18 anos, extraído do livro “Alone Together”, da psicóloga do MIT Sherry Turkle, ao admitir que envia mensagens de texto enquanto dirige seu carro, e diz que não vai parar. Nas redes sociais, parece que encontramos um local que sempre procurávamos. Ali podemos organizar nossos contatos e nos confortamos com a conveniência de estarmos em contato com um número enorme de pessoas (todos cirurgicamente mantidas à distância). Mas não é possível ter uma relação boa se usarmos a tecnologia para nos mantermos separados por distâncias controladas: nem perto demais, nem longe demais, no ponto certo. Aliás, esse é um alerta importante que a psicóloga do MIT nos faz. Afinal, mensagens de texto, e-mails e atualizações de status permitem que mostremos o “eu” que desejamos ser. Isso significa que podemos editar. E, se quisermos, podemos deletar. Ou retocar: a voz, a carne, o rosto, o corpo. Nem muito, nem pouco – na medida certa.
Ao analisarmos de um modo mais reflexivo todo esse manancial de novos espaços sociais, o que nos fica evidente é que cada rede social apresenta potenciais que lhe são próprios, por exemplo as especificidades do Instagram em relação ao Facebook, e este em relação ao Twitter ou ao Whatsapp, embora todas as redes sociais tenham um fio condutor marcado pela forma como as pessoas se apropriam desses espaços.


Quer entender as lógicas dessas apropriações? Vá entender o ser humano primeiro. E foi o que fiz nos últimos dois anos, quando fui estudar a forma como jovens estudantes constroem sua identidade por meio do Facebook. Percebi que para entender essas estratégias identitárias, seria preciso entender antes como se dá o processo de formação da identidade de um indivíduo. Deixei as redes sociais de lado. Por exemplo, fui tentar achar respostas no campo da comunicação, onde uma parte significativa dos estudos relacionados aos sites de redes sociais digitais vai buscar fundamentos nos estudos de Erving Goffman e a corrente do interacionismo simbólico, surgida na Escola de Chicago no início do século passado.

Goffman vai explicar que geralmente as pessoas esperam que haja uma “compatibilidade” entre quem nós realmente somos e a nossa aparência, mas sabemos que nem sempre isso ocorre (como quando alguém de altíssimo status social age de modo igualitário ou humilde com atores sociais de status menos proeminente). A aparência está, então, para o status social assim como a maneira está para os gestos e ações do ator social.


Nos sites de redes sociais digitais, as ações dos usuários ficam visíveis e expostas, sendo passíveis de serem analisadas. A aparência (tangibilizada em símbolos que indicam status, gestos expressivos e insinuações, por exemplo) torna-se elemento fundamental na interação social para que o indivíduo possa tentar prever minimamente com quem e com qual situação está lidando, conforme explica Goffman, quando disse que para descobrir inteiramente a natureza real de uma situação, seria necessário que o indivíduo conhecesse todos os dados sociais importantes relativos aos outros, assim como os mais íntimos sentimentos deles a seu respeito. Raramente se consegue completa informação dessa ordem. Na falta dela, o indivíduo tende a empregar substitutos – deixas, provas, insinuações, gestos expressivos, símbolos de status, etc. – como recursos para a previsão. (…) Paradoxalmente, quanto mais o indivíduo se interessa pela realidade inacessível à percepção, tanto mais tem de concentrar a atenção nas aparências.


Desse modo, a aparência não deve ser vista em oposição a uma suposta essência dos indivíduos, mas sim como um dos relevantes fatores que podem ser indicativos de que um indivíduo deseja ser visto e de como constrói sua identidade. O que se deixa à mostra nos sites de redes sociais digitais é fundamental para que se possa conhecer melhor as pessoas, como defendemos, em um lugar no qual não se pode contar com a presença do corpo físico. No entanto, nota-se também que nesses espaços virtuais há um jogo entre o “ser você mesmo” e o ajustar-se aos diversos ambientes sociais, o que nos interessa para pensar que tipos de estratégias são adotadas, ou seja, como determinados elementos discursivos são elencados para compor os perfis identitários e por que isso ocorre.


Essas estratégias efetuadas visam à adaptação a diferentes situações, buscando manter a “coerência da autoidentidade”, e passam pelo que Goffman chama de “manipulação da impressão”. Tanto a dimensão cultural (língua e comportamento, por exemplo) quanto a material (como roupas, acessórios e os próprios corpos dos atores sociais) dessa impressão são igualmente relevantes. A importância ocorre por seu valor simbólico, pelo que significam e pelo que comunicam sobre a construção de identidade que se busca fazer, tanto na vida off-line, ou seja, na vida como ela realmente é. E também nos sites de redes sociais.

Quando imprimimos nosso olhar para esses novos ambientes discursivos, pode-se observar inúmeras facetas como, entre elas, as múltiplas identidades que se pode adotar nesses espaços plurais e possibilidade do anonimato. O mundo online provoca atração dos usuários, pois não carrega as exigências do relacionamento pessoal. Ao evidenciarmos o comportamento de cibernautas em usos cotidianos dessas plataformas, vemos que boa parcela de pessoas preferem desejar a um outro usuário palavras de feliz aniversario com mais frequência pela rede social do que por meio de contato telefônico ou pessoal.


O que são afinal as redes sociais digitais? Como se dão as estratégias de uso e apropriação desses espaços virtuais? Por que as pessoas constroem modo de apresentação de si na cena digital que destoam de sua persona offline? É com base em tais questões que me arrisco a debruçar. Sem pretender aprofundar na seara da psicanalítica, porém tomando emprestada a sua principal contribuição para o entendimento das complexas motivações do comportamento humano, podemos dizer que de modo consciente ou inconscientemente cada pessoa usuário desenvolve uma série de estratégias de apropriação de um site de rede social digital como o Facebook.

Quem está certo e quem está errado nesse palco? Quem usa bem e quem usa mal as novas, magnéticas e sedutoras ferramentas digitais? Quem é mais competente e quem é menos competente em suas escolhas sobre o tipo de conteúdo que irá produzir e tornar público nos ambientes online? Não nos cabe oferecer simples respostas para essas perguntas. Devemos analisar e entender essas estratégias discursivas com o foco bem ajustado, conferindo-lhe o devido tamanho, sem euforia contida na retórica da “revolução” digital, porém com serenidade, rigor e sensatez. Mais importante ainda, interessa proceder essa análise procurando sempre entender o mais claramente possível o contexto sociocultural de cada usuário do Facebook.

Espero, com minhas pesquisas, sempre contribuir para os debates sobre a construção identitária nos sites de redes sociais digitais. Entendo que nunca ofereço conclusões definitivas sobre as questões  que me inquietam, mas empreendo sempre um fértil debate pelos complexos, difusos, incompletos e dinâmicos modos de apresentação de si nos sites de redes sociais. Continuo sempre mergulhando nessas águas, já não tão turvas e agitadas como estavam anos atrás. Na verdade, percebo hoje que não se trata de um mar, mas de um oceano. 


De que modo a forma com que nos apropriamos desses espaços está impactando as lógicas dos afetos? Quais seriam os efeitos danosos do uso irrefreado de sites de redes sociais? Até que ponto poderia se afirmar que as interações em aplicativos como Facebook, Instagram e Whatssup intensificariam realmente essa espécie de autismo e desconexão social nas pessoas? Essas são questões candentes, inquietações que levaram estudiosos como Sherry Turkle a considerar que estamos “alone together” nas redes sociais digitais. Para revitalizar nossos vínculos afetivos interpessoais, a autora propõe um regime de desintoxicação por meio de abstinência digital. Embora considere um tanto radical a perspectiva adotada por Turkle, a julgar pelos resultados de minhas recentes pesquisas, entendo que os efeitos de longo prazo de nossas interações mediadas por computador necessitem ainda de muito estudo. Fui picado pela mosca Tse-Tse da paixão pela pesquisa dos sites de redes sociais e por isso o desafio não me desanima.



Marcos Hiller é mestre em comunicação e consumo pela ESPM. Pesquisador nas áreas de redes sociais, branding e cultura digital, Hiller ministra palestras pelo Brasil e exterior sobre temas inquietantes desse ecossistema digital que habitamos. Lançou em 2012 sobre primeiro livro “Branding: a arte de construir marcas” e nesse ano de 2014 lançou “ONdivíduos: marcas, consumo e cena digital”. Hiller é o coordenador do MBA de Marketing, Consumo e Mídia Digital na Trevisan Escola de Negócios e também coordena os cursos de “Mídias Digitais” e de “Estratégias Avançadas de Branding” na Escola São Paulo. Seu currículo reúne cursos de especialização na Santa Fé University (Novo México/USA) e na Universidad Andres Bello (Santiago/Chile). Foi executivo por mais de 10 anos na indústria financeira, onde ocupou cargos como Gerente de Marketing do BankBoston e Coordenador de Comunicação do Grupo Santander Brasil. Hiller tem 35 anos, vive em São Paulo e hoje escreve em seu site www.marcoshiller.com.br e colabora com textos para os portais Administradores e Olhar Digital.







segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

FUNCIONÁRIOS QUE INTOXICAM O AMBIENTE DE TRABALHO SEM QUE NINGUÉM PERCEBA




Funcionários que costumam fazer confusões pendem para o lado dramático das coisas ou dificilmente se conformam, muitas vezes precisam apenas de um pouco de atenção e gestão para atingir seus potenciais. É isso que pensa Geoffrey James, contribuidor do site Inc.

Em um artigo publicado no site, James afirma que existem, porém, outros tipos de funcionários, que normalmente não são pensados como "difíceis" e que são prejudiciais à produtividade e harmonia do ambiente de trabalho.

Conheça os tipos e saiba por que talvez seja melhor repensar o fato de tê-los por perto:

1. Camaleão

O camaleão se disfarça e se camufla em qualquer ambiente, para escapar de ameaças. No mundo dos negócios isso significa alguém que se propõe a fazer várias coisas, para na verdade evitar trabalho real.

Assim, o camaleão se junta a diferentes equipes, para realizar atividades diversas, e usa isso como uma arma para justificar seu estresse e impossibilidade de assumir responsabilidades maiores. Como? Ele afirma que está sob muita pressão por causa desse ou daquele objetivo, que tem muito trabalho para fazer de outro projeto, que está estressado por causa daquela outra reunião. E quando chega a hora de falar sobre salário ele reivindica para si o crédito de ter ajudado todas as equipes a atingir seus objetivos.

A melhor maneira de lidar com alguém assim, se você resolver dar uma chance, é atribuindo tarefas específicas e individuais, com deadlines ambiciosos. Assim, o camaleão não terá a chance de jogar o trabalho nas costas de outras pessoas.

2. Enfeite

Aquela pessoa que está ali pela sua aparência, muito mais do que pelo trabalho em si. O enfeite feminino, estilo "modelo da Victoria's Secret", é aquela que usa a beleza para conseguir o que quer no ambiente de trabalho. O problema aqui não é ser uma mulher bonita, mas ser uma mulher que conseguiu e permanece no emprego por isso.

O mesmo vale para enfeites masculinos: o homem que fica perfeito em um terno e tem um ar de executivo, mas não possui a expertise ou talento para estar onde está. Se não há possibilidade de demitir esses "enfeites", James aconselha pelo menos usá-los a seu favor: coloque-os para trabalhar em setores onde causar boa impressão pela aparência pode ser útil.

3. Grilhão

Os grilhões são algemas ou correntes ligadas a uma bola pesada de metal, que não permitia que prisioneiros escapassem ou se locomovessem muito. Nos negócios, são aquelas pessoas que impedem que a empresa ou projeto se arrisque, como, por exemplo, alguns advogados corporativos. Para lidar com eles, James afirma que o melhor é tratá-los como consultores e não "tomadores de decisão". Ouça suas opiniões e argumentos, mas, no final, faça você mesmo as escolhas, e quando arriscar for a sua decisão, não deixe o "grilhão" lhe impedir de agir.

4. Vampiro

Na mitologia, vampiros parecem humanos, mas sobrevivem através do nosso sangue. No ambiente de trabalho, os vampiros aparentam estar contribuindo, mas se alimentam das emoções dos outros. Em reuniões, eles parecem ajudar, e “ajudam” mostrando sempre as possibilidades negativas de qualquer coisa, sugando, assim, o otimismo e positividade das outras pessoas.

Outra tática do vampiro é ouvir as reclamações dos outros, com a intenção de obter informações para criar e fomentar conflitos, sem que ninguém o veja como responsável. Ele espalha negatividade sutilmente, fazendo as pessoas acreditarem que os sentimentos negativos são genuinamente seus.

É difícil demitir um vampiro, pois as pessoas o veem como aliado e amigável. Mas James não vê outra forma de lidar com esse tipo de funcionário, que não seja livrar-se dele.








sábado, 13 de dezembro de 2014

VEJA 10 CUIDADOS AO POSTAR FOTOS DA 'FESTA DA FIRMA' NAS REDES SOCIAIS




As festas de fim de ano da empresa são o momento em que todos os colaboradores se juntam para comemorar os resultados obtidos durante o ano que está terminando. Mas, com o uso cada vez maior das redes sociais, os profissionais precisam ficar atentos para não cometer gafes ou comprometer sua imagem, dos colegas e da empresa ao postar fotos e comentários na internet.

Especialistas ouvidos pelo G1 ressaltam que a celebração até pode ser registrada no Facebook, Twitter ou Instagram, mas é preciso ter cuidado para não mostrar demais e registrar mais detalhes do que o necessário. A web está cheia de comentários sobre a "festa da firma", como mostra a compilação acima de posts no Twitter, mas mensagens como "vou beber todas" ou fotos indiscretas devem ser evitadas.

1 – Gosto de registrar todos os acontecimentos nas redes sociais. Também posso fazer isso com a festa de confraternização da empresa?

Para os especialistas, os profissionais devem evitar registrar a festa de fim de ano da empresa nas redes sociais para reduzir o risco de cometer gafes ou de disponibilizar informações sigilosas da companhia.


“Há concorrentes no mercado sedentos por informações da empresa, por isso é importante ter muito cuidado com as publicações. Nessas festas é comum comunicarem resultados ou lançamentos para o próximo ano. São informações confidenciais divulgadas em uma reunião da empresa e que não devem ser publicadas nas redes sociais”, afirma Motta.

Licia também acredita que os acontecimentos devem permanecer dentro do ambiente corporativo. “As pessoas precisam entender que todas as vezes que elas se expõem demais acabam demonstrando certo nível de desequilíbrio e até um narcisismo, que não é necessariamente bem visto.”

2 – Comentários sobre minha expectativa para a comemoração podem ser postados?

Os profissionais podem fazer comentários sobre a festa de fim de ano nas redes sociais, desde que sejam positivos. “Tudo o que for positivo, e não for em excesso, pode ser interessante. Mas não é preciso dar grandes detalhes”, ressalta Lícia.


De acordo com Romaly, comentários positivos como a expectativa para a festa ou sobre os preparativos podem ser divulgados. “Isso inclusive promove a empresa”, completa.

3 – Posso divulgar o local da festa e quais serão as atrações?

Segundo Motta, grande parte das organizações já possui uma política interna sobre publicação e divulgação de informações internas. “A festa de final de ano é um evento interno onde as políticas e regras continuam válidas”, afirma.


“É preciso ter moderação sempre e ter em mente que aquilo é um trabalho, apesar de ser uma festa de confraternização”, diz Romaly.

4 – Quero publicar as fotos em tempo real, preciso pedir autorização para quem está na imagem e para a empresa?

Segundo Lícia, a exposição de fotos com colegas de trabalho devem ser combinada, já que quem aparece na imagem pode se sentir incomodado com a postagem. “Quem quiser compartilhar precisa perguntar se a pessoa que está na foto concorda. É um respeito e um cuidado que todos devem começar a tomar.”


“As organizações possuem perfis distintos, mas, de modo geral, elas gostam de se preservar”, afirma Motta. Ele também concorda que as pessoas estão nas imagens devem estar cientes que o material será postado.

5 – Posso tirar fotos com chefes e diretores da empresa?

Romaly lembra que alguns colaboradores aproveitam a festa para tirar foto com o chefe ou diretor da empresa para depois exibir a imagem para todos. “É importante ficar atento para manter uma boa imagem profissional. Uma foto básica do grupo ou de cumprimentos é o suficiente.”


Para Motta, não existe problema em tirar fotos com gestores se a conduta e a publicação forem autorizadas. Já para comentários, o especialista não indica essa prática. “Frases positivas e elogios costumam ser bem aceitos, mas ninguém sentirá falta se não houver comentário.”

6 – As fotos no estilo ‘selfie’, com os amigos da empresa, são permitidas?

Para Lícia, a melhor opção é tirar uma foto com todos da companhia ou da equipe junta. Mesmo para quem tem amigos mais próximos na empresa, a dica da consultora é tentar englobar todos.

“Esse não é a melhor ocasião para esse tipo de foto. Festa de trabalho é trabalho e o profissional precisa mostrar uma postura adequada”, afirma Romaly.

7 – Quero mostrar a animação de todos durante a festa, existe algum problema em postar fotos das pessoas dançando?

“Por precaução evite filmar o ‘pé de valsa’ da empresa”, diz Motta. Segundo ele, o vídeo pode ser acessado mesmo que a pessoa que filmou não queria compartilhar o material. Fotos de pessoas em atitudes comprometedoras ou desprevenidas também devem ser evitadas.


Lícia alerta que as pessoas devem lembrar que as fotos vão ficar disponíveis na internet. “Na próxima seleção de emprego, o profissional corre o risco de vir à tona uma imagem dele ‘esbanjando saúde’ na festa da empresa e isso pode ser mal interpretado”.

8 – Pega mal tirar foto das pessoas com copo na mão ou com bebidas alcoólicas?

A maioria dos colaboradores bebe durante a festa de fim de ano da empresa e aproveita o momento para confraternizar com os outros colegas, mas fotos com bebidas alcoólicas ou cigarro devem ser sempre evitadas.


“Evite até mesmo tirar foto ou filmar. O profissional pode não ter a intenção de publicar a imagem mas, em tempos tecnológicos, também não é possível garantir quem terá acesso ao conteúdo de celular”, alerta Motta.

9 – Posso mostrar todos os detalhes da festa, como uma narrativa do que está acontecendo?

Para Romaly, os profissionais não precisam registrar tudo. “Não precisa mostrar o detalhe do detalhe. Se a pessoa achar bonito e quiser tirar foto, pode tirar, mas não precisa compartilhar com os amigos.”


Lícia ressalta que o colaborador deve aproveitar a festa e o momento de confraternização com os colegas, sem se preocupar com o que os outros vão ver em suas redes sociais.

10 – Após a festa, posso comentar tudo o que aconteceu?

Para os especialistas, os profissionais podem falar o que acharam da festa e se todos se divertiram. Mas, detalhes sobre quem bebeu muito, quem paquerou quem ou quem cometeu gafes não devem ser mencionados nas redes sociais.


“O fato é que a internet eterniza momentos, mas não mantém o contexto, a mentalidade e as relações pessoais de quando as fotos foram tiradas ou as frases foram ditas”, diz Motta.