terça-feira, 16 de setembro de 2014

MANEIRAS ERRADAS DE UM GESTOR MOTIVAR SUA EQUIPE





O que toda empresa quer é profissionais motivados, animados e interessados em fazer seu melhor. Para isso, porém, é preciso saber estimular esse comportamento, oferecendo promoções, novos desafios e mais autonomia, por exemplo. O problema é que nem todo gestor sabe que, muitas vezes, ao invés de estar motivando ele pode estar desmotivando seus funcionários.

Pensando nisso, elaboramos uma lista com 10 maneiras erradas de motivar os funcionários. Contamos, para isso, com a ajuda de especialistas em gestão de carreira e motivação. Confira:

1. Os profissionais são únicos - “não existe motivação em massa”, explica o especialista em motivação, Roberto Recinella. Uma das maneiras erradas de motivar os profissionais é acreditar que o que motiva um motiva todos. Os líderes que não conhecem cada um dos membros de suas equipes podem cometer esse erro.

Na prática, o gestor acredita que determinado elemento vai motivar um profissional, pois foi o mesmo elemento que já motivou um outro trabalhador. Mas, segundo Recinella, isso não funciona sempre. A sugestão é conhecer cada um dos membros da equipe, entendendo suas necessidades e interesses.

2. Desafios megalomaníacos - a maioria das pessoas sabe que os profissionais, para se sentirem motivados, querem desafios constantes. Ou seja, uma oportunidade de superar uma meta e de mostrar um bom trabalho. O erro acontece quando o líder, pensando que vai motivar, estipula um desafio absurdo, que dificilmente será atingido. “O profissional sabe que não vai conseguir e logo fica desmotivado”, analisa o especialista. Os desafios devem sempre ser propostos, mas precisam ser palpáveis.

3. Sempre em cima - ainda na lógica do item um, o líder pode desmotivar, tentando motivar, se não entender as necessidades e os interesses dos profissionais. Nesse caso, a desmotivação acontece porque o chefe fica em cima demais do funcionário, acreditando que ele quer esse acompanhamento de perto, quando, na realidade, o que ele deseja é mais autonomia e liberdade.

Novamente, os profissionais são diferentes uns dos outros. Se o chefe entende que acompanhar de perto o trabalho de um profissional o motiva, ele não deve acreditar que isso vai motivar todos os demais. Portanto, é importante identificar as necessidades de cada um.

4. Falta de clareza - o líder também pode desmotivar alguns membros da equipe quando está tentado motivar outros. Promover um funcionário, por exemplo, sem dúvida fará com que esse profissional se motive. Porém, se essa promoção não for clara, ou seja, se os demais não entenderem os motivos dela, será um grande fator desmotivacional para os demais membros da equipe.

5. Feedback mal dado - alguns líderes acreditam que fazer uma crítica fará com que o profissional queira mudar, melhorar e virar o jogo. Por isso, ao dar um feedback, criticam alguns pontos do trabalho do profissional – pensando que ele vá querer melhorar. O problema, novamente, é que as pessoas são diferentes, ou seja, alguns são automotiváveis, enquanto outros desanimam totalmente.
A sugestão é fazer um feedback bem estruturado, ou seja, apontar os pontos que deveriam ser melhorados, observando a maneira de falar e ainda ressaltar os pontos positivos do trabalho do profissional.

6. Falta de feedback - na mesma linha do item anterior, o feedback é uma questão bastante delicada. Se o líder prefere não fazer, pensando que o profissional vai achar que a ausência de feedback significa que não há nada de errado com seu trabalho, isso pode ser um “grande tiro no pé”, explica a professora do Núcleo de Estudos e Negócios em Desenvolvimento de Pessoas da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Adriana Gomes.
Sem uma avaliação do seu trabalho o profissional pode sentir que não é importante, que seu trabalho não faz nenhuma diferença.

7. Promoção sem remuneração - promover uma pessoa de cargo é um ótimo fator motivacional, mostra que seu trabalho foi reconhecido e que ele está pronto para novos desafios. Mas, novamente, nem todos os profissionais são iguais, e se o líder pensar que uma promoção sem aumento de salário é sinônimo de motivação para qualquer profissional, ele pode estar muito enganado. Mesmo que o funcionário se motive num primeiro momento, com o tempo ele vai entender que só tem mais trabalho, pelo mesmo salário.

8. Possibilidades que nunca chegam - Adriana explica que outro fator que pode gerar grande desmotivação, apesar do objetivo não ser esse, é prometer coisas e nunca cumpri-las. Desde sinalizar uma promoção que nunca chega, até coisas menores, como uma visita ao cliente, a participação em um projeto, novos desafios e remuneração maior. Claro que inicialmente o profissional vai se motivar, mas, quando ele entender que nada acontece, a situação pode ficar muito ruim.

9. Delegar sem dar suporte - se o líder delega funções extras a um membro da equipe, é preciso que ele também dê o suporte necessário. Muitas vezes os profissionais podem sentir que não estão preparados para assumir determinadas tarefas e, se não puderem contar com o suporte do líder, o que deveria ser um fator motivacional, acaba desmotivando.

10. Delegar sem dar autonomia - o líder também deve saber que autonomia é importante para alguns profissionais. Logo, se ele delegar algumas funções, mas continuar centralizador demais, isso pode ofuscar a motivação inicial de ter assumido novas responsabilidades.












segunda-feira, 15 de setembro de 2014

CUIDAR DO MARKETING PESSOAL CONTRIBUI PARA O SUCESSO




Um mercado executivo menos aquecido significa que oportunidades de promoção e propostas com salários inflacionados já não aparecem com a mesma frequência de alguns anos atrás. Nesse cenário, é fundamental que profissionais se destaquem no que fazem e garantam que seu trabalho seja visto. Mas, equilibrar-se na linha tênue entre buscar reconhecimento para suas realizações e ser encarado como alguém que só quer se vender não é tarefa fácil.

Na correria do dia a dia pode ser complicado se dedicar a mais esse aspecto do trabalho - seja garantir que seus resultados fiquem visíveis dentro da empresa onde trabalha ou para o mercado como um todo -, mas especialistas reforçam que essa é uma habilidade essencial para profissionais atualmente. Claudia Monari, diretora de Outplacement da consultoria Career Center, diz que a capacidade de fazer marketing pessoal é um dos maiores "pontos fracos" nos profissionais que a procuram. "A maioria acha que fazer o mínimo exigido pelo trabalho é suficiente para que seja vista. Mas o sucesso não chega para essas pessoas", diz.

Para Daniela Lopes, da empresa de recrutamento executivo Red, muitos erram ao se preocupar com esse tipo de exposição apenas durante a busca por uma recolocação. "É preciso trocar experiências, processos e se tornar referência em sua área", diz. Dentro da empresa, é essencial manter a interação com outros departamentos e se relacionar com profissionais que não trabalham diretamente com você. Já fora, a estratégia é estrem conectado os formadores de opinião e ter uma rede de contatos robusta.

Na opinião de Irene Azevedo, diretora de negócios da LHH|DBM, o primeiro passo é o autoconhecimento. "O profissional tem que estar completamente ciente dos seus pontos fortes e do que falta melhorar. A partir disso, pode traçar um plano como se fosse um produto", diz.

Uma boa saída, diz Irene, é manter um banco de dados de si mesmo, uma espécie de "caixinha do eu me amo", onde se devem registrar as principais realizações profissionais. Claudia, da Career Center, costuma sugerir um exercício: pedir que a pessoa enumere 15 projetos que a diferenciam no mercado. "Não adianta só falar, é preciso se preparar para conseguir mostrar exemplos do que já fez", diz. Além de deixar a pessoa munida de informações para esse tipo de conversa, o exercício ajuda na autoestima, diz a consultora.

Um aspecto importante dessa estratégia é o equilíbrio entre expor a própria marca e não ser visto como um interesseiro, que só quer se vender - um dos pontos, inclusive, que fazem muitos virarem a cara para os conceitos de marketing pessoal. "Essa fórmula não existe, o termômetro precisa ser interno", diz Irene. É impossível fugir desse risco se a intenção única do profissional for, de fato, aparecer. Por isso, os especialistas destacam a importância de encarar o processo como uma troca - se você não tiver o que oferecer além de um currículo vazio, dificilmente será visto como mais do que isso.

O primeiro passo é garantir que o crédito seja recebido por quem merece. "Como executivo, você tem que mostrar resultado ao mesmo tempo em que lidera pessoas. A abertura de apresentação de um projeto, por exemplo, tem que ser sua, mas o crédito é da equipe", diz Irene, da LHH. O headhunter Darcio Crespi, sócio-diretor da Heidrick & Struggles, destaca que, toda vez que ouve um executivo falar demais sobre o que "ele" fez, já desconfia de que se trata de um líder ruim. "Ninguém faz nada sozinho em uma empresa grande. Falar da equipe é demonstração de boa liderança", diz.

Estar disposto a ajudar é mais um ponto que deve permear todo o processo de exposição do seu trabalho. "É fundamental sempre pensar no outro. Qual a consequência positiva para quem está ouvindo? Ser uma referência no mercado para ajudar em projetos semelhantes, por meio de palestras e artigos, é uma boa forma de se tornar conhecido", diz Claudia, da Career Center.

Nenhuma rede de relacionamentos se mantém se você não se dispuser a ajudar aqueles com quem fala - é assim, normalmente, que se consegue ajuda de volta. Há cerca de três meses, Dijalma Lima começou em um novo emprego como diretor em uma empresa de logística. A oportunidade surgiu quando um amigo foi chamado para a posição e não aceitou a oferta, mas o indicou. Ao longo dos 20 anos de carreira na área de supply chain, todas as suas movimentações de empresas aconteceram por meio da rede de contatos que ele mantém de forma bastante organizada.

A prática começou quando fez um MBA, em 2001, e passou a encontrar a turma com que se formou uma vez a cada seis meses. Hoje, ele se organiza para participar com regularidade de eventos da sua área, está em grupos de estudos e se esforça para manter ativa uma agenda de cerca de 800 pessoas. Entre almoços, cafés e telefonemas - que ele faz diariamente, num espaço de 30 minutos separado especificamente para isso - consegue manter o contato com pelo menos 120 pessoas mensalmente. "Isso solidifica a rede não só para mim, mas para os outros que fazem parte dela", diz. Esse gerenciamento é feito em uma tabela de Excel organizada por prioridades, para garantir que nenhum nome seja deixado de lado.

Mas, para o executivo, não adianta apenas falar - o mais importante é a troca de informações e experiências. Assim como ele foi chamado para o cargo atual em razão da indicação de amigos, recentemente Lima sugeriu o nome de dois colegas para headhunters que o abordaram com propostas. Quando ele e sua equipe embarcam em projetos novos, existe também a liberdade de acionar profissionais de outras empresas para pedir ajuda e vice-versa. "Essa troca é sempre saudável e enriquece o networking", diz. Além disso, ajuda na formação de uma imagem profissional. Um estudo de professores da Harvard Business Review e da Wharton School, que será publicado na próxima edição da revista "Management Science", apontou que profissionais costumam ser vistos como mais competentes quando pedem ajuda e conselhos para colegas e superiores.

O diretor de clientes públicos da empresa de energia AES Eletropaulo, Artur Tavares, reforça que qualquer processo motivado pelo interesse acaba sendo percebido pelos outros e tem menos valor. "É preciso interagir e gostar genuinamente de pessoas", diz. Nascido na Venezuela, Tavares veio para o Brasil há sete anos como expatriado, para atuar na área de transformação de negócios da AES. Sua trajetória no Brasil destaca também outra regra bastante importante sobre o processo: conhecer bem o ambiente onde vai expor o seu trabalho. "Os paradigmas que você tem ao se relacionar com pessoas precisam ser atualizados em cada país e em cada empresa", diz.

No início, Tavares estranhou que os brasileiros estivessem sempre tão dispostos a fazer convites informais, mas logo percebeu que depois não marcavam nada. Resolveu, então, inverter o jogo: o executivo começou a convidar as pessoas que conhecia para reuniões em sua casa. Após o jantar, terminava a noite com sessões de dança, uma paixão que sempre manteve com a família. O resultado foi uma rede de contatos e amigos em crescimento constante. "Até o presidente da empresa já esteve lá e disse que, em 12 anos em São Paulo, só duas pessoas o haviam convidado para jantar em casa."

Compartilhar suas experiências, no entanto, é o que o tornou reconhecido em seu meio - o que o levou a ganhar prêmios como o recente de profissional do ano no Prêmio Latam, que reconhece melhores práticas no setor de teles serviços no Brasil, Argentina, Colômbia e México. "Vim para implementar melhores práticas comerciais, e fizemos transformações no serviço da empresa desde 2009", explica Lima.

Iniciativas como atendimento de denúncias via SMS, transformação do site da empresa e presença nas redes sociais geraram redução de custos e melhora no relacionamento com clientes, diz Tavares. Ele passou a compartilhar esses resultados em grupos, redes de contatos e mídias sociais como o LinkedIn, o que fez com que instituições o chamassem para palestras sobre o trabalho na AES e ele fosse convidado a se tornar membro de organizações como a Amcham.

O executivo, contudo, destaca dois fatores que considera fundamentais para que seu trabalho ganhe visibilidade. O primeiro é tomar a iniciativa para ajudar outros. Ele conta que dias atrás, por exemplo, ficou sabendo durante uma reunião que a empresa com quem lidava estava preparando um processo de internacionalização, e enviou livros e artigos sobre o assunto, além de se mostrar disponível para falar sobre seu trabalho no Brasil.

O outro é compartilhar experiências mesmo quando elas caracterizam erros, como forma de expor também o que faria diferente hoje. "Na cultura latina, damos muita ênfase ao que é bom e não tratamos da mesma forma o que é ruim. Quando você tem a humildade de conversar também sobre o que fez de errado, ganha uma credibilidade muito grande", diz.





sábado, 13 de setembro de 2014

ELTON MAYO E A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS



Cientista social, australiano, falecido em 1949, Elton Mayo  é considerado o fundador do movimento das Relações Humanas, que se opôs aos princípios do trabalho de Taylor. Como professor e diretor de pesquisas da Escola de Administração de Empresas de Hardvard, Mayo dirigiu o projeto de pesquisa da fábrica de Hawthorne, entre 1927 e 1932.

Mayo licenciou-se na Universidade de Adelaide, estudou Medicina em Londres e Edimburgo, ensinou Filosofia Mental e Moral em Queensland. Escreveu três livros, baseados nas descobertas das experiências realizadas em Hawthorne, dando origem à Teoria das Relações Humanas.


A Teoria das Relações Humanas
A abordagem humanista da teoria organizacional contrariou vários postulados da abordagem clássica de Fayol e da Administração Científica de Taylor. A ênfase na estrutura e nas tarefas foi substituída pela ênfase nas pessoas. A natureza do ser humano como ‘’homo social’’ substituiu a concepção de ‘’homo economicus’’ , ou seja, as pessoas são motivadas e incentivadas por estímulos financeiros. Dentre os autores que agregaram referencial teórico à abordagem humanista no sentido das relações sociais e psicológicas podem ser citados: Mary Parker Follet (1868-1933), George Elton Mayo (1880-1949), Kurt Lewin (1890-1947), Hebert Alexander Simon (1945), Abraham H. Maslow (1908-1970), Frederick Herzberg (1959) e Douglas M. McGregor (1960).

Através das experiências coordenadas por Elton Mayo e realizadas a partir de 1927 na fábrica ‘’ Westerm Electric Company’’, que produz equipamentos telefônicos, foi permitido o delineamento dos princípios básicos da Abordagem Humanista. Para Mayo a conduta do homem na sociedade é determinada basicamente pela tradição. O comportamento tradicional é visto sob a óptica de um objetivo social positivo. A felicidade individual, o crescimento e a saúde da sociedade dependem da existência de um sentido de ‘’função social’’ do indivíduo. Para Mayo, o conflito é uma chaga social e a cooperação é o bem-estar social, exceto as formas de cooperação apoiadas por meios políticos; como as negociações coletivas, que na verdade não são cooperações. 

Quando cada indivíduo possui o senso de função social e responsabilidade, a sociedade torna-se um organismo social sadio, A cooperação, quando é assegurada, integra os objetivos individuais aos coletivos. Os administradores industriais devem organizar essa cooperação, pois os operários apenas cooperam quando aceitam os objetivos da administração.

As experiências de Hawthorne levaram à conclusões que colocavam em xeque as formulações da Abordagem Clássica e da Administração Científica, pois derrubavam a preponderância dos fatores fisiológicos sobre os psicológicos. Essas conclusões podem ser resumidas da seguinte forma: é a capacidade social do trabalhador que estabelece o seu nível de competência e de eficiência, não sua capacidade de executar corretamente os movimentos dentro de um tempo pré-determinado; o comportamento do indivíduo se apoia no comportamento do grupo. 

O grupo estabelece métodos para manter o respeito pelas suas atitudes. Quem produzisse em ritmo muito rápido, era tratado com sarcasmo e apelidos como forma de desaprovação do grupo; a existência de uma organização informal composta por grupos sociais informais. Esses grupos constituem a estrutura humana da empresa; e  as relações humanas são as atitudes desenvolvidas pelas interações entre pessoas e grupos.

Após cinco experiências em Hawthorne, Mayo passa a adotar os seguintes pontos de vista: 

O trabalho é uma atividade tipicamente grupal; o operário reage como membro de um grupo e não como um indivíduo isolado.
A organização eficiente é incapaz de elevar a produtividade se as necessidades psicológicas não forem descobertas, localizadas e satisfeitas.

As Relações Humanas e a cooperação constituem a chave para evitar o conflito social.

Essas ideias irão influenciar as seguintes escolas de Administração: a Escola Comportamental ou Behaviorista e a Escola do Desenvolvimento Organizacional, entre outras.


Experiência de Hawthorne


A experiência de Hawthorne foi realizada, entre 1927 e 1932, por Elton Mayo e seus colaboradores em uma fábrica de Western Electric Company, situada em Chicago, no bairro Hawthorne e tinha como objetivo inicial conduzir experimentos relacionando a luminosidade no ambiente de trabalho com a eficiência dos operários, medida pela produção. Com os primeiros resultados, a pesquisa logo se estendeu ao estudo da fadiga, dos acidentes de trabalho, da rotação do pessoal e do efeito das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos operários.

Foi verificado pelos pesquisadores que os resultados da experiência eram prejudicados por variáveis de natureza psicológica. A partir daí, eles tentaram eliminar ou neutralizar o fator psicológico, então estranho e impertinente, motivo pelo qual a experiência se prolongou até 1932, quando foi suspensa devido à crise de 1929. A fábrica da Western Eletric Company, já desenvolvia uma política de pessoal voltada para o bem-estar de seus operários e com a experiência pretendia, não o aumento de produção, mas sim, conhecer melhor seus empregados.

A experiência se desenvolveu em quatro fases, vistas à seguir:
- Primeira fase:

Na 1ª Fase da experiência, pretendia-se verificar o efeito sobre o rendimento dos operários. Para isso, tomou-se dois grupos em salas diferentes, que faziam o mesmo trabalho, em condições idênticas sendo, um grupo experimental ou de referência, que trabalhava sob a luz variável e o outro grupo, o de controle, que trabalhava sob a mesma iluminação o tempo todo.

Para a surpresa dos pesquisadores, não foi encontrada uma relação entre as duas variáveis (iluminação e rendimento dos operários), mas sim a existência de outras variáveis como o fator psicológico. Baseados em suas suposições pessoais, os operários se julgaram na obrigação de produzir mais quando a iluminação aumentava, já que quando diminuía a iluminação o mesmo ocorria com a produção. A prova de que as suposições pessoais (fatores psicológicos) é que influenciavam a produção, veio quando os pesquisadores trocaram as lâmpadas por outras de mesma potência (fazendo os operários crerem que a intensidade variava) e o rendimento variava de acordo com a luminosidade que os operários supunham trabalhar.

- Segunda Fase:

A 2ª Fase da experiência iniciou em abril de 1927, com seis moças de nível médio constituindo o grupo experimental ou de referência, separadas do restante do departamento apenas por divisórias de madeira. O restante do departamento, constituía o grupo de controle, que continuava trabalhando nas mesmas condições. A pesquisa foi dividida em 12 períodos experimentais, onde foram observadas as variações de rendimentos decorrentes das inovações a que eram submetidas o grupo de referência.

As moças participantes da experiência eram informadas das inovações a que seriam submetidas (aumento de salário, intervalos de descanso de diversas durações, redução de jornada de trabalho, etc.), bem como dos objetivos da pesquisa e dos resultados alcançados. Nos 12 períodos experimentais a produção apresentou pequenas mudanças, fazendo com que ao final não se tivesse os resultados esperados; o que pode notar é que novamente aparecia um fator que não podia ser explicado somente pelas condições de trabalho e que já havia aparecido na experiência sobre iluminação. As conclusões que os pesquisadores chegaram foram que:

O grupo trabalhava com maior liberdade e menos ansiedade.

Havia um ambiente amistoso e sem pressões.

Não havia temor ao supervisor.

Houve um desenvolvimento social do grupo experimental.

O grupo desenvolveu liderança e objetivos comuns.

- Terceira Fase:

Baseados nas conclusões de fase anterior em que as moças do grupo de referência tinham atitudes diferentes das do grupo de controle, os pesquisadores foram se afastando do estudo das melhores condições físicas de trabalho e passaram a estudar as Relações Humanas, pois a empresa apesar da sua política de pessoal aberta, pouco sabia sobre os fatores determinantes das atitudes das operárias em relação à supervisão, aos equipamentos de trabalho e a própria empresa.

A partir de setembro de 1928 iniciou-se o programa de entrevistas, no setor de inspeção, seguindo-se no de operações e mais tarde nos demais setores de fábrica. A empresa através do programa de entrevistas pretendia obter maiores conhecimentos sobre as atitudes e sentimentos dos trabalhadores, bem como receber sugestões que pudessem ser aproveitados. Em fevereiro de 1929, devido à boa aceitação do programa, foi criada a Divisão de Pesquisas Industriais para absorver e ampliar o programa de pesquisa. 

Dos 40.000 empregados da fábrica, entre 1928 e 1930 foram entrevistados cerca de 21.000. O sistema de entrevista sofreu alteração, isto é, passou-se a adotar a técnica da entrevista não diretiva, na qual o operário se expressava livremente sem que o entrevistador interferisse ou estabelecesse um roteiro prévio. Nesta etapa, em que os trabalhadores foram entrevistados, revelou-se a existência de uma organização informal dos mesmos, com vistas a se protegerem do que julgavam ameaças da Administração ao seu bem-estar.

- Quarta fase:

A 4ª Fase iniciou-se em novembro de 1931 e durou até maio de 1932, tendo como objetivo analisar a organização informal dos operários. Para isso foi formado um grupo experimental, composto de nove soldadores e dois inspetores, sendo que eles eram observados por um pesquisador e entrevistados esporadicamente por outro, e seu pagamento era baseado na produção do grupo. Os pesquisadores notaram que os operários, após atingirem uma produção que julgavam ser a ideal, reduziam o ritmo de trabalho, informavam a sua produção de forma a deixar o excesso de um dia para compensar a falta em outro, em caso de excesso solicitavam pagamento. Basicamente o que os pesquisadores observaram, foi uma solidariedade grupal e uma uniformidade de sentimentos os operários.

Esta experiência foi suspensa em 1932, devido à crise de 1929, porém a 4ª Fase permitiu o estudo das Relações Humanas entre a organização formal de fábrica e a organização informal dos operários.

Conclusão da experiência:

- O nível de produção é determinado pela integração social e não pela capacidade física dos operários. O comportamento do indivíduo se apoia totalmente no grupo (agem como parte do grupo).

- O comportamento dos trabalhadores está condicionado às normas padrões social (agem de modo a obter recompensas sociais ou a não obter sanções sociais).

- A empresa passou a ser vista como um conjunto de grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal.

- A existência de grupos sociais que se mantém em constante interação social dentro da empresa.

- Os elementos emocionais e mesmo irracionais passam a merecer uma maior atenção.


Características das Relações Humanas:


Nível de produção é resultante da integração social: a capacidade física não terá eficiência se o indivíduo sofrer desajuste social.

Comportamento social dos indivíduos: o comportamento do indivíduo se apoia totalmente no grupo.

Recompensas ou sanções sociais: o operário que produzir acima ou abaixo do médio do grupo, perderia o respeito perante seus colegas.
Grupos informais: definem suas próprias normas dentro do grupo.

Relações Humanas: ações e atitudes desenvolvidas pelo contato entre pessoas e grupos.

Importância do conteúdo do cargo: trabalhos simples e repetitivos tornam-se monótonos e cansativos, reduzindo a eficiência.

Ênfase nos aspectos emocionais: organização informal.


Pontos de vista de Mayo:


O trabalho é uma atividade grupal.

O operário reage como um membro de um grupo social.

A organização desintegra grupos primários (família), mas forma uma unidade social.

O conflito é o germe da destruição.

A formação de uma elite capaz de compreender e de comunicar, dotada de chefes democráticos e simpáticos.



Bibliografia:


Por: Renan Bardine





sexta-feira, 12 de setembro de 2014

VOCÊ JÁ SORRIO HOJE?




Especialistas comentam a importância do bom humor no ambiente de trabalho.


Tornar o ambiente de trabalho tão agradável como qualquer outro é o que nove entre dez especialistas da área de recursos humanos e motivação organizacional proferem na atualidade. Mas como cultivar o bom humor se as condições de trabalho e os colegas nem sempre são os mais satisfatórios? De acordo com os entrevistados do Empregos.com.br, o temperamento é algo intrínseco da personalidade da pessoa, mas pode ser trabalhado e melhorado.

O bom humor no trabalho não só torna as relações interpessoais mais agradáveis, como também “melhora a produtividade, ameniza pressões e o estresse”, segundo José Tolovi Júnior, presidente do Great Place to Work Institute. Para ele, identificar um profissional bem ou mal humorado começa já no processo de seleção. “Dá para perceber qual é o gênio da pessoa logo na conversa. Infelizmente, muitas empresas ainda levam mais em conta a parte técnica da pessoa, sem dar muita importância para a personalidade. Mais tarde, o perfil do profissional pode não casar com o estilo da empresa, gerando conflitos”.

“O bom humor estimula a produção de hormônios responsáveis pela sensação de prazer”, segundo Denise Manfredi, da Business School São Paulo. Ela também diz que “bom humor não se fabrica, mas pode ser melhorado com treinamentos e autoconhecimento”. Mesmo assim, ela explica que existe um limite entre o bom humor construtivo e o destrutivo. “O sarcasmo e o preconceito podem vir disfarçados em forma de brincadeiras aparentemente inocentes. O líder deve ter a percepção em manifestações preconceituosas e tomar as devidas atitudes”.

Lidando com o mau humor 

De acordo com Denise, quando surgiu o boom da gestão participativa nas empresas – em que os colaboradores possuem certa autonomia em relação à liderança – gerou-se também o conflito de o líder sentir, de certa maneira, sua autoridade ameaçada. “Empresas horizontais estimulam mais questionamentos e requerem maior autoconhecimento corporativo”. Encontrar a harmonia entre as relações pessoais no trabalho nem sempre é fácil.

“O mal humorado pode ser uma tragédia, de acordo com o cargo da pessoa”, afirma o consultor Sérgio Becker. Ele diz que pessoas com esse tipo de personalidade são uma âncora para a empresa, pois não vão para frente e impedem os outros de evoluir. Ele dá algumas dicas de como identificá-los: “o mal humorado não celebra vitórias, não ri, não é criativo, não agrega, gosta de chamar a atenção, é conformado, quadrado, autorreferente, previsível, mistura pessoal com profissional, é simpático, mas não empático”. Ele ainda revela um dado interessante de uma pesquisa realizada por sua consultoria, a Becker Motivação e Mudança. “Em todos os treinamentos motivacionais que já fizemos, cerca de 75% dos profissionais conseguiram alguma melhora. O resto é do tipo que não muda, tem feedback negativo e não quer enxergar seus pontos fracos. Digo que essas pessoas são ‘muito abertas ao monólogo’”.

E o que fazer quando se é preciso lidar com esse tipo de profissional? De acordo com os entrevistados, se você não puder mudar de emprego, tenha o mínimo contato possível com o mal humorado. “Se a pessoa é excepcional tecnicamente e não pode ser dispensada, recomendo a ‘blindagem corporativa’”, diz Becker. Para Denise, nesses casos você deve se relacionar apenas profissionalmente, deixando o lado pessoal de fora. “Ou você aprende a lidar com isso ou é melhor sair da empresa”.




Por Clarissa Janini




quinta-feira, 11 de setembro de 2014

CURRÍCULO: SUA PEÇA DE MARKETING PESSOAL





Se o ditado “a primeira impressão é a que fica” é realmente verdadeiro, elaborar um currículo detalhado e objetivo é essencial para garantir que quem o lê, queira entrevistar e considerar o profissional retratado em um processo de seleção. Ferramenta fundamental de inserção profissional, o currículo deve ser encarado pelo candidato a novas vagas de duas formas: como uma peça de marketing pessoal e um roteiro bem construído.

“Currículos com erros de português, clichês ou estrutura de texto não apropriada só comprometem o candidato. Já um roteiro claro e lógico colabora para que o profissional conquiste espaço e seja chamado para uma entrevista”, explica Selma Fredo, consultora da DBM, empresa de gestão de recursos humanos.

No quesito estilo, o currículo deve ter texto direto, claro e sem rodeios. Deve-se prezar pela elegância de vocabulário, com frases curtas e objetivas. As qualificações, por sua vez, devem ser listadas de acordo com parâmetros coesos, ligados à relevância, assim como as realizações do profissional. “A parametrização de informações é a principal dica de estilo para a redação de um currículo. Será muito mais fácil ao profissional lembrar-se dos detalhes do currículo quando já estiver numa entrevista”, afirma Selma.

Segundo ela, uma estratégia bastante utilizada e bem-sucedida é organizar as realizações implementadas em uma empresa por ordem de importância, adotando o mesmo padrão para todas as demais companhias citadas no documento. “Desta forma, o profissional facilitará o entendimento do seu currículo, que, além de mais lógico, despertará o interesse do leitor”, diz Selma.

Entre os cuidados que devem ser tomados no momento de elaboração do currículo, os principais são evitar linguagem repetitiva e não usar demasiadamente terminologias em outros idiomas ou palavras extremamente técnicas, o que dispersa a atenção do leitor. É importante também evitar o uso do mesmo verbo de ação em muitas frases, assim como rebuscar o texto.

De acordo com a consultora da DBM deve-se ter muito cuidado também com o uso abusivo da primeira pessoa do singular, o que pode para algumas pessoas, indicar falta de espírito de equipe. “Valorize apenas as próprias realizações e competências para evitar interpretações como esta”, diz Selma. “E, apenas para lembrar, não afirme a existência de uma competência que, no momento de uma eventual checagem, pode ser facilmente questionada”.

Currículos por e-mail

Nos casos em que os currículos são enviados por e-mail, é interessante acrescentar no corpo da mensagem uma carta de apresentação que explicite ao interlocutor as razões do interesse pela empresa que está sendo contatada e que traga uma brevíssima síntese de suas qualificações e realizações. “Desta maneira, fica claro o interesse, cuidado e consideração do profissional pelas empresas prospectadas”, diz Selma.

Em relação ao estilo e linguagem de textos enviados por e-mail ou impressos, Selma explica que não podem existir diferenças entre os dois. “Não se deve redigir inúmeras versões de um currículo pensando na adequação de perfil à empresa”, “A”,” B“ ou ”C“, ou ao meio de comunicação ” X “ ou ” Y”, afinal, a qualificação de um profissional se mantém independentemente da empresa e do meio, já que se alinha ao objetivo indicado no currículo”.

Outra dica essencial é não experimentar demais no momento de elaboração do documento. “Orientamos sempre o profissional a redigir seu currículo usando recursos com os quais têm intimidade e com os quais se sinta identificado. De nada adianta adotar um modelo, seja na forma ou no conteúdo, que deu certo com alguém achando que, dará certo com todos”, finaliza.



quarta-feira, 10 de setembro de 2014

A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA AS ORGANIZAÇÕES




A comunicação certamente está entre os mais relevantes fatores para o sucesso de uma empresa. Como as organizações são redes de contatos e relações entre pessoas e equipes semi-independentes, o que conta é a interação entre as partes, e não isoladamente. Afinal, comunicar é compartilhar. Dentro de um processo de comunicação, além do emissor e do receptor da mensagem destacamos a importância do feedback ou retroalimentação. Trata-se de um processo verbal ou não verbal, por meio do qual uma pessoa informa a outra sobre suas concepções e sensações no que se refere à conduta e às opiniões do próximo.

Sendo assim, para que obtenhamos êxito num processo de comunicação e o mesmo se torne eficaz, é preciso que o emissor adapte sua mensagem ao receptor e comprove, mediante feedback, que tenha sido entendido. Dentre as vias de comunicação, destacamos que algo em torno de 60% a 80% representa linguagem corporal, entre 20 a 30% o tom de voz e 7% as palavras.

Qual é a finalidade da comunicação para as organizações?
- Compartilhar uma visão convincente: saber aonde vamos, ou o que é importante;
- Integração: unir esforços numa mesma direção;
- Fomentar a saúde da organização: criar um clima adequado;
- Tomar decisões inteligentes: dispor de informação para tomar a, cada momento, a decisão mais adequada.

O que ocorre quando não nos comunicamos?
- Não se dá instruções sobre o trabalho;
- As pessoas não sabem o que fazem nem para qual finalidade;
- A direção não recebe informação para a tomada de decisões;
- Fica impossível coordenar os diferentes trabalhos;
- Não há cooperação;
- Baixa produtividade, desmotivação, perda da competitividade...

O que é um plano de comunicação interno?
É um projeto inserido na cultura da organização que permite, através dos meios e suportes adequados, cobrir as necessidades de comunicação tanto dos indivíduos quanto dos grupos que a constituem.

Qual é a função da comunicação interna?
Ela se desenvolve tendo em conta seus elementos fundamentais: emissor e receptor, canal e mensagem. O objetivo é assegurar o cumprimento de metas através dos mecanismos de monitoramento e avaliação.

Quais são os objetivos da comunicação?
- Obter um fluxo de mensagens ascendentes (feedback), descendentes (informação) e horizontais (coordenação);
- Transmitir a todo o conjunto da organização as mensagens importantes (objetivos, formação, mudanças);
- Tornar coesas as equipes de trabalho;
- Facilitar procedimentos ágeis, participação eficaz e decisões dinâmicas;
- Dispor de uma maior eficácia operacional.

O que impede a comunicação (barreiras)?
- O lugar ou o momento;
- Perturbações ou interferências;
- Falta de empatia;
- Inexistência de feedback;
- Variação perceptiva;
- Não escutar.


Por Fernando Montero da Costa*

terça-feira, 9 de setembro de 2014

NOVE DICAS PODEROSAS PARA SE TORNAR EMOCIONALMENTE INTELIGENTE





Buda brilhantemente disse que: “O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente.”

Infelizmente a maioria das pessoas faz exatamente o contrário do que o pensador recomenda, trazendo para dentro de suas casas problemas que ainda não aconteceram, prevendo o futuro sob uma ótica totalmente negativista e gerando um sentimento de culpa neuroticamente inigualável pelos erros cometidos no passado. Logicamente, essa é a fórmula da infelicidade e da depressão contínua, pois quem é capaz de suportar uma vida enfadonha e estúpida como essa?

É uma interrogação óbvia, mas as pessoas possuem muitas dificuldades em lidar com essa questão e o resultado é visto em nosso cotidiano: ansiedade, medo e insegurança são, indiscutivelmente, os principais ingredientes incorporados atualmente à alma humana. O que é absolutamente preocupante para nós por se tratar de coisas que afetam a nossa principal qualidade, a saber: o autocontrole. Logo, devemos prover os meios para fortalecer nossa estabilidade, gerando ações eficientes que possam aperfeiçoar nossa capacidade de suportar as pressões cotidianas.

Mantendo as palavras expostas acima, conhecendo a vontade das pessoas em aumentar sua fortaleza emocional e sabendo dos obstáculos que impedem que as mesmas alcancem tal condição, elaborei 9 dicas que farão com que sejamos seres mais inteligentes com relação a essa atmosfera, confira:

1 – Seja seu melhor ativo: em hipótese alguma se divida contra si mesmo, porquanto você é seu maior aguilhão e sua confiança é, por eliminação, sua única esperança. Destarte, acredite em suas potencialidades e procure sempre otimizá-las, sem receios ou dúvidas. Se proceder assim, já terá galgado o primeiro degrau, que certamente é o mais importante e por ilação, garantirá todos os outros.

2 – Seja astuto: não se engane, você está cercado de pessoas ruins, ou seja, alguns de nossos semelhantes são extremamente maus e por consequência existem para nos destruir. Assim, a astúcia deve nos acompanhar, de sorte que possamos ser sagazes, ágeis e ardilosos, gerando os escudos necessários para nos blindarmos dessas ameaças que certamente chegarão. Em outras palavras, não podemos ser néscios e empatetados, haja vista que seremos facilmente engolidos por esses tigres implacáveis, que nos farão em pedaços para matarem sua insaciável vontade de nos despedaçar.

3 – Administre seus problemas com inteligência: primeiramente, devemos esquecer o que os problemas causaram ou causarão em nossas vidas. Posteriormente, devemos focar nas soluções para os mesmos e olvidar todo o resto, com toda a nossa força e garra. Vale mencionar que grande parte das pessoas são desequilibradas porque supervalorizam seus problemas, não sabem administrá-los e, especialmente, não querem aceitá-los. Portanto, não aja desta maneira, pelo contrário, seja alguém sensato, lúcido e estável, não dando margem as imaginações malucas que darão poder para sua consciência ficar apreensiva e angustiada.

4 – Cuidado com os sugadores de energia: algumas criaturas possuem presas invisíveis e não raramente buscam se alimentar de nossa força mental, absorvendo nossa virilidade e pujança. Sem dúvidas, esses estultos transformam nossas vidas e nos causam grandes transtornos psíquicos, pois iniciam esses ataques aparentemente imperceptíveis a todo o tempo e o pior ainda do que isso: sem que possamos nos dar conta do que está acontecendo. Desta maneira, não podemos deixar que fuxicos, críticas e calúnias nos desmotivem, tendo em conta que essas negatividades devem ser um motivo para nos mantermos firmes em nossa caminhada, fazendo com que valorizemos cada vez mais as estradas da verdade e da justiça.

5 – Planeje o amanhã, mas preocupe-se apenas com o hoje: contarei uma experiência própria para explicar esse tópico: quando criança, eu tinha muito medo de tomar vacina. Assim, sempre me preocupei em demasia com a potência daquela agulha, que mais parecia penetrar com furor o fundo de minha alma. Eu sofria tremores, calafrios e uma absoluta ansiedade que por muitas vezes me fazia prantear exaustivamente.

No meio desse filme de terror, eu tive uma “luz” que me fez abrir os olhos e um dia eu decidi usar minha habilidade lógica e minha lucidez para perceber o óbvio: a minha preocupação era infinitamente pior que a dor que a agulha me causava e, portanto, eu estava agindo erroneamente e sofrendo desnecessariamente por isso. Por dedução, depois daquele dia, aprendi que devo me preparar sim para o futuro, porém o hoje deve ser vivido como tal, porquanto antecipar infortúnios e tragédias é como trocar uma paz real por um inferno irreal (que passa a ser verídico apenas na mente doentia).

6 – Olhe sempre o lado bom da vida: o homem medíocre sempre possui um olhar obscuro das coisas, enxergando maldade até mesmo em um jardim florido, recheado de flores raras e reluzentes. Diferente do homem excepcional, que é capaz de enxergar bondade até mesmo em um vale negro, pois tem dentro de seu coração a perspectiva de que a qualquer momento pode haver uma metamorfose divina que irá transmudar o lugar e transformá-lo em um ambiente de paz e serenidade.

7 – Não revide a um ataque do inimigo: Dalai lama disse: "Responder à ofensa com ofensa é lavar a alma com a lama. O silêncio é um dos argumentos mais difíceis de rebater." O que o sábio pensador quis transmitir para nós é que sabedoria não consiste em vencer uma discussão a qualquer custo e sim evita-la, ou seja, adotando uma postura mansa estaremos mantendo nossa barra de energia no máximo e consequentemente evitando que uma desinteligência afete nosso estado de homeostase.

8 – Seja de bem com a vida: as pessoas mais fantásticas que eu conheço possuem uma peculiaridade em comum, a saber: o entusiasmo. Esse atributo é divinamente poderoso e tem a força de gerar contentamento e júbilo para os nossos corações, nos tornando seres mais fortes, desenvolvidos e competentes. Portanto, seja motivado e não permita que a escuridão tire seu brilho interior e, principalmente, sua capacidade de ter esperança.

9 – Não seja legalista: algumas pessoas enchem suas casas de regras e regulamentos, fazendo com que o espaço de suas vidas seja reduzido e criando uma jaula para prender suas características naturais, perdendo assim, sua insigne liberdade e sofrendo exacerbadamente por isso. Logo, ande na contramão desses fatores, aproveitando os momentos marcantes e usando os cenários de forma inteligente, pois assim procedendo, você estará fazendo um bem não só a si mesmo, mas ao mundo.

Nada é mais prazeroso para um homem quanto estar feliz consigo mesmo, alinhando sua consciência com as esferas presentes e unindo-se ao cosmo natural existente. Certamente, vivemos em uma época onde o mundo anda muito agitado e fazer a antítese de tudo isso é remar contra a tempestade, ou seja, é ser contrário as coisas naturais, quebrando as teias montadas e escapando da tormento que aflige a humanidade em todas as suas magnificentes instâncias.









segunda-feira, 8 de setembro de 2014

COMO LIDAR COM FUNCIONÁRIOS SEM USAR O CHICOTE?



Eu recebi o e-mail abaixo recentemente... Veja um problema que talvez seja o seu também... E as minhas recomendações para reverter uma situação como essa...

Caro Ricardo,

Bom dia!

Gosto muito de receber seus e-mails, pois sempre me dão uma força extra no meu intuito de mudar as coisas no meu trabalho.

Tenho uma pequena empresa de informática, tem sete anos de vida e a considero como uma criança de sete anos que tem que entrar p/ a escola. Nascemos meio desorganizados e no mantemos assim, só que agora mais do que nunca temos que ser "melhores" e pra isso temos que ir a escola.

Tenho uma dúvida imensa em relação ao pessoal de trabalho (6 pessoas), nunca sei como lidar com eles, sempre me veem como "BUNDÃO" pois não sou o tipo de chefe com um chicote na mão e estralando no chão para eles trabalharem.

Tenho um problema imenso com horário X produtividade, trabalhamos no ramo de informática, especificamente 3 dessas pessoas trabalham em desenvolvimento de sistemas.

Desenvolvimento de sistema é uma tarefa intelectual, então acredito que o estado de espirito do funcionário é muito importante, não fico no pé em relação ao cumprimento de horário pois não basta o cara estar aqui de corpo presente p/ produzir algo, o cara tem que estar bem consigo mesmo, porém o que anda acontecendo o pessoal tem se acomodado e como qualquer tarefa intelectual não consigo medir se são produtivos, ai fico no dilema.

Algumas ponderações:

Se exijo o cumprimento do horário o cara pode estar aqui de corpo presente mas cansado e não será produtivo. E ainda podem enrolar com desculpas que nunca saberei se realmente são só desculpas ou se realmente não foi possível fazer aquele serviço naquele prazo.

Se não exijo eles não estarão aqui, e se acomodarão e cada dia chegará mais tarde, por mais produtivos que sejam não conseguirão com uma carga horária tão baixa fazer nada.

Não consigo medir o quanto estão produzindo, já fiz curso de métrica p/ software, mas ainda não consigo saber se estão realmente sendo produtivos.

Considero que todo mundo trabalha pouco, pois chegam atrasados, perdem horas na internet e o serviço não sai.

Não quero ir de 8 para 80 em 5 segundos, gosto de ser justo com as pessoas e entender que são seres humanos, que tem vida própria, que tem que fazer as coisas com paixão e não só por obrigação.

Se eu conseguisse medir a produtividade, diria que cada um podia fazer a carga horaria que quisesse o importante seria o resultado do trabalho mas não consigo.

Se desconto o valor das horas atrasadas não entenderão que estão recebendo um salário mais baixos, pois estão sendo punidos. Entenderão que recebem menos do que o mercado paga.

Por falar em salário pago um salário compatível com o mercado, porém em informática existem aqueles salários mirabolantes que todo mundo fica sonhando e acham que facilmente achariam um.

Em relação a recontratar outras pessoas, sempre invisto no meu pessoal em treinamento, quase todas as pessoas que trabalham aqui tiveram seu primeiro emprego aqui, eram estagiários e aprenderam muito aqui, todos reconhecem isso.

Alguns ainda são estagiários, mas unicamente por questão contratual, não tenho nenhum “desentortador” de clips e tirador de Xerox, todo mundo tá envolvido nos projetos importantes e são tratados como profissionais.

Tenho dificuldade em relação a contratar outras pessoas, pois por mais que o mercado de trabalho esteja difícil, mão de obra qualificada também tá.

Quando contrato alguém a coloco em treinamento, só que em pouco tempo, antes dela efetivamente produzir algo, se contamina com esse ambiente e logo fica igual a todos.

Sei que são muitas questões e dúvidas, sei que não tem nenhum tipo de obrigação e me ajudar, mas acho que pode me dar alguma luz.

Muito Grato.

Eng. Marcio Souza Pereira
E a minha resposta...
Caro Márcio,

Eu vi que você colocou "Eng." na sua assinatura, mas, eu trato todas as pessoas, independente de cargo, nível ou seja lá o que for, como iguais, e sempre pelo nome próprio. Márcio. 

MUITO OBRIGADO pela confiança depositada em mim. É um grande prazer para eu poder te ajudar de alguma maneira. 

Não é preciso ser do tipo Hitler para liderar as pessoas. Você pode continuar a trabalhar no mesmo estilo, mas..., a última coisa que pode acontecer a uma empresa, É FICAR REFÉM DE FUNCIONÁRIO. Se isso acontecer, você se verá trabalhando do mesmo jeito até o final da sua vida, e isso, definitivamente não pode acontecer. Para o bem de todos que nos cercam todos nós precisamos evoluir e desempenhar papéis diferentes de tempos em tempos. 

Independente da turma técnica, a primeira sugestão que eu dou a você é DESENVOLVER líderes na sua empresa para ajudá-lo a liderar esse pepino. 

Quem são os gerentes da sua empresa? Comece TUDO por eles. Você tem pelo menos uma reunião mensal com os gerentes? Onde vocês falam da empresa, produtos, mercado, clientes e principalmente GESTÃO DE PESSOAS? Pois deveria. A PRINCIPAL TAREFA desses gerentes, além de vender, é LIDERAR essa turma e propagar a CULTURA que a equipe gerencial quer ver na empresa. 

Você precisa ter PELO MENOS UM gerente que você confia. Você tem? Se não tem ainda, encontrá-lo é a sua MISSÃO NÚMERO UM a partir de amanhã. 

Agora, VOCÊ NÃO PODE FICAR REFÉM DE FUNCIONÁRIO. 

Algumas métricas que eu sugiro a você para medir a produtividade da turma técnica são:

- Nota X de Satisfação do Cliente crie algum tipo de pesquisa rápida onde o cliente tenha que avaliar os serviços técnicos da empresa. 
- Número de Re-chamadas, quando o cliente liga de novo para pedir a mesma coisa. 
- Tempo de resposta das chamadas, se for possível medir
- Número de Novas Ideias para o departamento técnico, lance o desafio para eles trazerem e programarem novas ideias no departamento ou empresa. Só vale ideias implementadas. 
- Nota X em Provas Técnicas crie algum tipo de prova mensal, bimestral ou trimestre onde a turma tem que estudar e a empresa aplica um teste para avaliar a qualidade técnica deles. 
- Número de Artigos Técnicos, lance um desafio para a turma técnica: escrever pelo menos 1 ou 2 artigos no mês, bimestre ou trimestre sobre assuntos técnicos que possam interessar o cliente da empresa. Poste os artigos na web, envie para os clientes, vendedores etc. 
- Número de Certificações Técnicas, a turma tem que ter.
- Número de horas de treinamento técnico online ou off-line, a web tá cheio de cursos de TI, grátis ou não muito caro que a turma poderia fazer. 
- Número de horas de treinamento técnico montado por eles para a turma de vendas faça a turma montar treinamentos e faze-los para a equipe de vendas ou até clientes. 

O Chefe da implementação dessas métricas? O Gerente da Área. 

O país que a gente vive é muito paizão. Nós precisamos mudar isso. O país precisa URGENTEMENTE de lideranças. Gente que aparece, dá as caras, traça aonde a sua empresa quer chegar, e desenvolve diariamente as pessoas para que todos possam chegar lá juntos. SEJA UM DELES! 

Torne TODA a comunicação possível da empresa visível. Faturamento, despesas, pessoas etc. Faça um e-mail semanal para TODOS os funcionários com um balanço sobre a semana que passou. Pessoa que você encontrou elogios e crítica de clientes historia do mercado etc. Reúna TODOS os funcionários TODO SANTO mês para reportar o mês e premiar aqueles funcionários que ajudaram a empresa a ARREBENTAR no mês que passou. CIRCULE pela empresa e faça perguntas NA VEIA da turma. CAVE CAVE CAVE até chegar ao ponto. Não aceite respostas genéricas do tipo, "Tô terminando...", pergunte, "Quanto você termina", "Daqui 5 dias" o cidadão responde, "O que eu posso fazer para ajudar você a terminar antes?", pergunte novamente. Seja sempre EDUCADO, mas demonstre SENSO DE URGÊNCIA em querer MATAR a questão. 

E para motivar de vez as pessoas, coloque em TODOS OS SEUS DISCURSOS, o propósito de MELHORAR O MUNDO. Ninguém nunca será motivado de verdade por metas de vendas de produtos ou serviços. PROVE através de discursos e exemplos, o quanto o que vocês fazem MELHORA a sua cidade, a vida dos seus clientes e tudo que está ao redor de vocês. 

FALE SOBRE MELHORAR O MUNDO e as pessoas vão perceber que existe um PROPÓSITO por trás do software que vocês fazem, e acredite que as pessoas de bem, vão TRABALHAR por aqueles que ainda não perceberam o que acontece no mundo. 

Luiz, me diga se as dicas são valiosas para você. 

As dicas apenas serão valiosas para mim, se você IMPLEMENTÁ-LAS com o coração, alma e cérebro. 

Eu não vim aqui para dar conselhos, mas para AGIR! 

Conte SEMPRE comigo. 

ARREBENTA!

Ricardo


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

TÉCNICAS SECRETARIAIS: REINVENÇÃO OU ADEQUAÇÃO?




Lembra aquela imagem da secretária que atendia telefone, anotava recados, digitava documentos, recebia e encaminhava clientes entre outras atividades estanques? Pois é, ela já ficou na lembrança.

Essa transformação ocorreu ao longo dos últimos anos, em consequência das exigências do mercado de trabalho, que impõem outra forma de atuação, não só para o profissional de secretariado como para qualquer outro profissional.
A garantia de sobrevivência e da eficácia profissional depende da capacidade de entender as tendências de mercado, do universo das conexões tecnológicas, e da atuação nesse contexto.

O que significa isso para o profissional de secretariado? 

Houve a necessidade de uma reavaliação da concepção das técnicas secretariais, para uma efetiva assessoria ao novo modelo de gestão de negócios. Na medida em que as estruturas organizacionais passaram por um enxugamento, as funções e/ou cargos mantidos tiveram suas atividades ampliadas, o profissional de secretariado, passou de mero executor a gerenciador de processos.

A empregabilidade diante desse cenário exigiu do profissional personalização de métodos e procedimentos de trabalho: para atender às necessidades e expectativas da organização; pensamento global: pois a visão empreendedora permite eficácia e flexibilização de atuação; e ação local: que permite a mensuração das atividades desenvolvidas e a constatação de resultados.

E como fica a questão das técnicas secretariais?

A terminologia técnicas secretariais está associada a métodos e procedimentos para desenvolvimento de atividades, identificação de processos administrativos e viabilidade de geração de resultados empresariais. Para entender a dimensão de atuação e sua importância para a organização, eis algumas técnicas:
Organização do Trabalho, que integra desde a organização do ambiente até o gerenciamento dos processos que viabilizam a gestão do departamento. Para a sustentação dessa técnica o profissional deve dominar conceitos de administração e gestão de recursos materiais e humanos; identificar cultura organizacional e departamental; ter competência para desenvolver atividades administrativas, como: agenda, acompanhamento e controle de compromissos, atendimento a clientes entre outras.

Comunicação e Expressão consistem na intermediação de todos os processos administrativos que entram e saem da área que atua, por meio verbal ou não verbal, através das mídias: impressa, digital ou virtual. Importante ressaltar que essa técnica é uma das mais importantes, visto que além da sua administração, depende a agilidade, mensuração da importância e a identificação do seu fluxo.

Apoio Logístico, que implica na harmonização dos processos e ações entre o ambiente interno e externo, na integração entre executivos, equipe técnica, clientes e fornecedores, e na terceirização de serviços. Essa técnica depende de sólidos conhecimentos a respeito da filosofia, políticas, orçamentos da organização, bem como missão da área, expectativas e metas do executivo e equipe.

Administração, Coordenação e Gerenciamento da Informação, pressupõe a disponibilização da informação por intermédio de uma arquitetura adequada. A essência da técnica está em definir e implantar uma arquitetura da informação que permita acessar e analisar um volume de informações potencialmente úteis para explorar as oportunidades existentes no mercado e as capacidades organizacionais. Apesar da tecnologia da informação ter facilitado às tarefas de coleta, classificação e armazenamento de dados, é imprescindível a atuação do profissional de secretariado que deve filtrar, identificar seu fluxo e disponibilizá-la, com assertividade.

Psicologia das Relações Interpessoais consiste na administração das relações interpessoais que visa integrar os interesses profissionais, com as expectativas pessoais e o convívio em comunidade. Essa técnica depende do equilíbrio, da visão humanista, de domínio de métodos e procedimentos para administração de interesses pessoais e profissionais.

Podemos afirmar que as questões das técnicas secretariais não se trata de reinvenção e sim de adequação; é consequência da revolução e transformação que a gestão empresarial vem sofrendo nos últimos anos. A profissão de secretariado é a mais próxima dos centros decisórios de qualquer organização, a sua amplitude e dimensão de ação depende do nível hierárquico em que está inserida, em contrapartida devem possuir competências técnicas e humanas, sólidos conhecimentos do segmento de mercado em que atuam, bem como domínio da área específica que assessora.

Importante ressaltar que para ser um profissional bem sucedido, além da aplicabilidade das técnicas adequadas são necessárias atitudes, como:

Construir sua própria base de força;
Reorganizar suas múltiplas prioridades;
Ganhar credibilidade incorporando novas culturas;
Negociar resultados factíveis; e
Interpretar e lidar com situações.




SIQUEIRA, Márcia Cristina Moraes de. Técnicas Secretariais: Reinvenção ou Adequação? URL:http://www.fenassec.com.br/c_artigos_perfil_tecnicas_secretariais_reinvencao_ou_adequacao.html.  Acesso em: 11/06/2013



terça-feira, 26 de agosto de 2014

FORMAÇÃO DO PERFIL ÉTICO PROFISSIONAL




Durante seu período de estágio em uma instituição, o estudante começa a se ver como um profissional. Ao perceber que o perfil ético de um profissional faz parte dos critérios de seleção, o estagiário começa a aprofundar no significado dessa exigência. É o momento de refletir e dialogar com colegas e superiores dentro da empresa em que desenvolve seu programa de estágio.

O profissional ético é uma pessoa preparada técnica e moralmente para exercer uma função dentro de uma organização ou de forma autônoma.Tecnicamente, porque o profissional que diz possuir as habilidades necessárias e na realidade não está preparado prejudica a si próprio e à empresa que o contratou. Moralmente, porque o caráter ético é notado em muitos pormenores de seu desempenho.

Um profissional ético é honesto, sincero, franco, transparente. Por essas características conquista a confiança de colegas, subordinados e superiores. Fala quando necessário e cala‐se quando deve. Incentivam seus colegas, pares ou subordinados a agirem eticamente, mesmo quando a conduta contrária pode trazer retornos financeiros ou materiais mais fortes.

Um profissional ético sugere alternativas quando a forma habitual de atuar na empresa ou no ramo de negócios for contrária à moral ou aos bons costumes. Sabe dizer não com personalidade, mesmo que no curto prazo pareça que a organização pode perder clientes ou fornecedores, porque sabe que no médio e longo prazo esses clientes ou fornecedores voltarão com mais segurança e fidelidade.

Um profissional ético sabe ponderar o que é bom para si, para a organização e para a sociedade, não se limita a cumprir o que lhe é indicado, sem iniciativa pessoal. É suficientemente criativo para saber propor novos métodos de trabalho à alta administração da empresa. Não tem medo de ser demitido ou maltratado por pessoas com menos formação moral. Sabe lidar com qualquer tipo de pessoa, ajudando os amigos (ou inimigos) a enxergar o que é bom e verdadeiro, de maneira natural, simples, positiva e profissional.

Naturalmente, em cada circunstância é analisada a consequência de um funcionário querer agir eticamente, mas contra a corrente, ou seja, contra o que é costume dos colegas, dos gerentes ou da alta administração da organização. Nesse caso, cabe ao profissional avaliar que alternativas ele disporá para agir corretamente, e se necessário buscar outra empresa em que possa desempenhar suas funções e habilidades profissionais, de acordo com suas convicções éticas.

Atualmente, há profissionais que preferem receber salários inferiores, mas trabalhar com ética, do que ser mais bem remunerados, obrigando‐se a levantar conflitos entre seus princípios éticos e os da organização, ou da cultura da empresa.



MARQUES, J. R. Quais os tipos de liderança. URLhttp://www.ibccoaching.com.br/tudo-sobre-coaching/lideranca-e-motivacao/como-se-motivar/ Acesso em: 25/06/2013