terça-feira, 23 de setembro de 2025

A Arte da Guerra e a Prática do Secretariado Executivo: Planejar, Mediar E Vencer



Por: ACIMARLEIA FREITAS

O livro A Arte da Guerra, escrito por Sun Tzu há mais de dois mil anos, é considerado um dos maiores tratados sobre estratégia. Embora seja um texto voltado para a arte militar, suas lições ultrapassaram os campos de batalha e se tornaram fonte de inspiração para líderes, gestores e profissionais em diferentes áreas.

No universo corporativo, especialmente no secretariado executivo, os ensinamentos de Sun Tzu se mostram extremamente atuais. Isso porque o(a) secretário(a) executivo(a) é um estrategista organizacional: precisa planejar, antecipar riscos, agir com flexibilidade e ser mediador em situações de conflito.

A seguir, trazemos alguns paralelos entre os capítulos da obra e a prática diária no secretariado.

 

Planejamento e Avaliação

Sun Tzu destaca que nenhuma batalha deve começar sem preparação. Avaliar cenários, recursos e riscos é fundamental.

👉 No secretariado, isso significa mapear demandas antes de agir: organizar agendas, identificar gargalos, levantar informações e alinhar expectativas com a liderança.

Exemplo: Antes de organizar um congresso, o(a) secretário(a) executivo(a) precisa estudar fornecedores, prazos e custos para reduzir riscos e garantir eficiência.

 

Estratégia antes do Conflito

O general sábio vence sem lutar. A diplomacia e a inteligência são sempre mais eficazes do que o confronto direto.

👉 O(a) profissional de secretariado também deve atuar como mediador, prevenindo ruídos de comunicação e antecipando problemas.

Exemplo: Um cliente insatisfeito pode ser acalmado com relatórios bem elaborados e soluções apresentadas de forma clara, evitando reuniões tensas ou conflitos maiores.

 

Flexibilidade e Adaptação

Sun Tzu reforça que a rigidez é inimiga da vitória. É preciso ajustar táticas conforme as circunstâncias mudam.

👉 No secretariado, isso se traduz em agilidade para reorganizar rotinas e prioridades, sem perder a qualidade do trabalho.

Exemplo: Quando uma viagem do executivo é cancelada de última hora, o(a) secretário(a) precisa renegociar passagens, remanejar reuniões e reorganizar compromissos sem comprometer a agenda.

 

Leitura do Ambiente

Um bom líder sabe interpretar sinais do inimigo e do terreno.

👉 Da mesma forma, o(a) secretário(a) precisa ter sensibilidade para perceber o clima organizacional, identificando tensões, sobrecargas ou oportunidades.

Exemplo: Notar que uma equipe está desmotivada e sugerir ações de integração ou redistribuição de tarefas pode evitar queda de produtividade.

 

Informação como Poder

No último capítulo, Sun Tzu afirma que a informação é a arma mais valiosa. Quem conhece a si mesmo e ao inimigo não corre riscos.

👉 Para o secretariado, isso significa investir em pesquisa e inteligência organizacional, reunindo dados e oferecendo suporte estratégico para a tomada de decisão da liderança.

Exemplo: Antes de uma negociação internacional, o(a) secretário(a) levanta informações sobre a empresa parceira, seu mercado e seus concorrentes, preparando o executivo para uma conversa mais assertiva.

 

Conclusão

A Arte da Guerra mostra que a vitória não depende apenas de força, mas de estratégia, análise e adaptação. No secretariado executivo, essas lições são aplicadas diariamente, transformando o profissional em um verdadeiro estrategista corporativo, capaz de apoiar a liderança, antecipar riscos e potencializar resultados.

Mais do que auxiliar, o(a) secretário(a) é peça-chave na construção de uma gestão eficiente e de uma comunicação organizacional sólida – exatamente como um bom general que guia seu exército à vitória.