Por: ACIMARLEIA FREITAS
O livro A Arte da Guerra, escrito por Sun
Tzu há mais de dois mil anos, é considerado um dos maiores tratados sobre
estratégia. Embora seja um texto voltado para a arte militar, suas lições
ultrapassaram os campos de batalha e se tornaram fonte de inspiração para
líderes, gestores e profissionais em diferentes áreas.
No universo corporativo, especialmente no secretariado
executivo, os ensinamentos de Sun Tzu se mostram extremamente atuais. Isso
porque o(a) secretário(a) executivo(a) é um estrategista organizacional:
precisa planejar, antecipar riscos, agir com flexibilidade e ser mediador em
situações de conflito.
A seguir, trazemos alguns paralelos entre os
capítulos da obra e a prática diária no secretariado.
Planejamento
e Avaliação
Sun Tzu destaca que nenhuma batalha deve começar
sem preparação. Avaliar cenários, recursos e riscos é fundamental.
👉 No
secretariado, isso significa mapear demandas antes de agir: organizar agendas,
identificar gargalos, levantar informações e alinhar expectativas com a
liderança.
Exemplo: Antes de organizar um congresso, o(a)
secretário(a) executivo(a) precisa estudar fornecedores, prazos e custos para
reduzir riscos e garantir eficiência.
Estratégia
antes do Conflito
O general sábio vence sem lutar. A diplomacia e a
inteligência são sempre mais eficazes do que o confronto direto.
👉 O(a)
profissional de secretariado também deve atuar como mediador, prevenindo
ruídos de comunicação e antecipando problemas.
Exemplo: Um cliente insatisfeito pode ser acalmado com
relatórios bem elaborados e soluções apresentadas de forma clara, evitando
reuniões tensas ou conflitos maiores.
Flexibilidade
e Adaptação
Sun Tzu reforça que a rigidez é inimiga da vitória.
É preciso ajustar táticas conforme as circunstâncias mudam.
👉 No
secretariado, isso se traduz em agilidade para reorganizar rotinas e
prioridades, sem perder a qualidade do trabalho.
Exemplo: Quando uma viagem do executivo é cancelada de última
hora, o(a) secretário(a) precisa renegociar passagens, remanejar reuniões e
reorganizar compromissos sem comprometer a agenda.
Leitura
do Ambiente
Um bom líder sabe interpretar sinais do inimigo e
do terreno.
👉 Da mesma
forma, o(a) secretário(a) precisa ter sensibilidade para perceber o clima
organizacional, identificando tensões, sobrecargas ou oportunidades.
Exemplo: Notar que uma equipe está desmotivada e sugerir
ações de integração ou redistribuição de tarefas pode evitar queda de
produtividade.
Informação
como Poder
No último capítulo, Sun Tzu afirma que a informação
é a arma mais valiosa. Quem conhece a si mesmo e ao inimigo não corre riscos.
👉 Para o
secretariado, isso significa investir em pesquisa e inteligência
organizacional, reunindo dados e oferecendo suporte estratégico para a
tomada de decisão da liderança.
Exemplo: Antes de uma negociação internacional, o(a)
secretário(a) levanta informações sobre a empresa parceira, seu mercado e seus
concorrentes, preparando o executivo para uma conversa mais assertiva.
Conclusão
A Arte da Guerra mostra que a vitória não depende
apenas de força, mas de estratégia, análise e adaptação. No secretariado
executivo, essas lições são aplicadas diariamente, transformando o profissional
em um verdadeiro estrategista corporativo, capaz de apoiar a liderança,
antecipar riscos e potencializar resultados.
Mais do que auxiliar, o(a) secretário(a) é
peça-chave na construção de uma gestão eficiente e de uma comunicação
organizacional sólida – exatamente como um bom general que guia seu exército à
vitória.