terça-feira, 2 de dezembro de 2025

BOM DE SERVIÇO, PÉSSIMO DE CONVIVÊNCIA: ATÉ QUANDO O LÍDER DEVE ACEITAR?

 


Por Acimarleia Freitas

A arte sublime de secretariar, liderar e conviver com inteligência emocional.

 

O dilema entre competência técnica e maturidade emocional no ambiente corporativo

 

Toda equipe tem (ou já teve) aquele profissional que entrega resultados impressionantes, domina as tarefas com maestria e parece insubstituível. No entanto, junto com a competência, vem um pacote difícil: dificuldade de relacionamento, falta de empatia, resistência ao diálogo e conflitos constantes.

O famoso “bom de serviço, ruim de equipe”.

Esse perfil é um dos maiores dilemas da liderança moderna. Afinal, até que ponto o desempenho técnico justifica uma convivência desgastante? E quando o talento se transforma em um problema para o clima organizacional?

 

O Dilema do Talento Difícil

 

Líderes frequentemente se veem divididos entre dois caminhos: preservar o desempenho ou proteger a harmonia do grupo.

O colaborador de alta performance entrega resultados excepcionais, mas sua postura tóxica pode gerar um rastro de insatisfação, medo e insegurança entre colegas. Com o tempo, o que antes era apenas um “jeito difícil” se transforma em fator de desmotivação coletiva.

Em outras palavras: um talento difícil pode sabotar toda uma equipe eficiente.

 

Quando o Comportamento Anula o Resultado

 

A convivência corporativa saudável é tão importante quanto a entrega técnica. Um profissional que desrespeita, provoca atritos ou ignora limites de convivência compromete o equilíbrio emocional da equipe e mina o papel do líder.

E não se trata apenas de “gente que não se dá bem” — estamos falando de consequências reais: aumento de turnover, absenteísmo, queda de produtividade e enfraquecimento da cultura organizacional.

Ser bom tecnicamente não autoriza ninguém a ser ruim de convivência.

 

O Papel do Líder

 

Cabe ao líder estabelecer limites claros, valorizar o respeito mútuo e compreender que o desempenho ideal é aquele que combina entrega e convivência.

A liderança precisa assumir uma postura corajosa: confrontar comportamentos nocivos, oferecer feedbacks assertivos e, se necessário, tomar decisões difíceis — inclusive sobre a permanência do colaborador.

Um verdadeiro líder não escolhe entre “resultado” e “relações”, mas ensina que o sucesso sustentável nasce da combinação entre ambos.

 

Reflexão Final

 

Manter alguém “bom de serviço”, mas “péssimo de convivência” pode parecer vantajoso no curto prazo, mas no longo prazo o custo humano e cultural é alto demais.

Empresas inteligentes entendem que nenhum talento justifica um ambiente tóxico.

Porque mais do que resultados, o que sustenta o sucesso são pessoas que se respeitam, colaboram e crescem juntas.



O TEMPO DE SE CALAR ACABOU

 


Por Acimarleia Freitas,

  

Para as Mulheres do Secretariado

Por muito tempo, mulheres do Secretariado foram vistas como “coadjuvantes eficientes”, relegadas aos bastidores, mesmo sendo o coração pulsante das organizações. Mulheres inteligentes, estrategistas, visionárias - mas silenciadas. Ensinadas a servir sem questionar, a cuidar sem reconhecimento, a liderar sem nomear sua liderança.

Mas o tempo de se calar acabou.

Acabou o tempo em que a competência feminina era invisibilizada.
Acabou o tempo em que a voz da profissional de Secretariado era ouvida apenas para confirmar agendas e não para propor soluções.
Acabou o tempo em que a mulher precisava se diminuir para caber em espaços estreitos demais para seu talento.

Agora é tempo de ocupar. Tempo de falar com autoridade.
Tempo de dizer: “Eu lidero, eu decido, eu construo caminhos.”

O Secretariado não é suporte. É estrutura estratégica.
E a mulher que ocupa esse espaço não é "ajudante" - é liderança que transforma.

É hora de assumir a força que sempre esteve aí. De falar sobre os resultados que você gera, os conflitos que você resolve, as inovações que você propõe. De deixar claro que o seu lugar na liderança não é concessão - é conquista, mérito e direito.

Não se cale diante da desigualdade. Não silencie suas ideias. Não esconda suas vitórias.

A sua voz inspira outras. A sua coragem encoraja muitas.
A sua presença abre portas que por muito tempo estiveram trancadas.

O tempo de se calar acabou. Agora é tempo de liderar com voz, com brilho, com propósito.
E que o mundo aprenda: onde há uma mulher do Secretariado, há liderança em ação.




O SEGREDO DO SUCESSO SILENCIOSO: COMO PROFISSIONAIS DE SECRETARIADO DOMINAM A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

 


Por ACIMARLEIA FREITAS


Em um mundo corporativo cada vez mais competitivo, dominar a inteligência emocional deixou de ser um diferencial - é uma necessidade.


E se há uma categoria que entende isso como ninguém, é o profissional de Secretariado Executivo.

Diariamente, esses profissionais lidam com prazos, gestores exigentes, conflitos, mudanças de agenda e decisões de alto impacto - sempre mantendo o equilíbrio, a empatia e a postura ética.


Mas afinal, como o secretariado desenvolve e aplica a inteligência emocional na prática?

Veja como essa competência se manifesta na rotina e faz toda a diferença:

1️ Autocontrole diante da pressão


O profissional de secretariado é o elo de confiança da liderança. Mesmo em situações tensas, mantém a serenidade e busca soluções práticas, sem deixar o emocional interferir na clareza das decisões.

2️ Empatia e escuta ativa


Compreender as emoções alheias é essencial. Saber ouvir, acolher e ajustar o tom da comunicação é o que garante relacionamentos saudáveis e produtivos com colegas, gestores e clientes.

3️ Comunicação assertiva e respeitosa


A inteligência emocional se revela na forma como se fala - e também no momento certo de falar. O secretariado domina a arte de comunicar com equilíbrio, sem ser agressivo nem passivo.

4️ Autoconhecimento como ferramenta de evolução


Reconhecer seus limites e potenciais permite ajustar atitudes e crescer continuamente. Profissionais emocionalmente inteligentes não se sabotam - se aperfeiçoam.

5️ Gestão de emoções nas relações profissionais


Saber separar o pessoal do profissional é um exercício diário. O secretariado aprende a lidar com diferentes personalidades sem perder o foco, a diplomacia e o respeito.

Em síntese:


Dominar a inteligência emocional é o que transforma o profissional de secretariado em um verdadeiro gestor de relacionamentos e resultados.


Mais do que técnica, é sobre sensibilidade, equilíbrio e a capacidade de inspirar confiança — o segredo silencioso por trás da eficiência.