sexta-feira, 22 de agosto de 2025

O Diabo Veste Prada e a Perspectiva do Secretariado Executivo

 


Por ACIMARLEIA FREITAS



O filme O Diabo Veste Prada, dirigido por David Frankel, é mais do que uma comédia dramática sobre moda; é uma verdadeira aula sobre exigência, organização e habilidades interpessoais — competências essenciais na rotina de um Secretário ou Secretária Executiva. A história acompanha Andy Sachs, uma jovem jornalista que assume o cargo de assistente da implacável editora Miranda Priestly na revista Runway.


Para um profissional de Secretariado Executivo, o filme oferece percepções valiosos:


1. Gestão de tempo e prioridades


Andy é constantemente desafiada a lidar com demandas urgentes, muitas vezes simultâneas, sem perder o foco. Essa habilidade é diretamente paralela ao trabalho de um Secretário Executivo, que precisa organizar agendas complexas, coordenar reuniões e lidar com prazos críticos, sempre com eficiência e agilidade.


2. Comunicação assertiva e discrição


O filme evidencia a importância da comunicação clara e estratégica. Andy aprende a interpretar as expectativas de Miranda e a responder de forma precisa, mesmo sob pressão. No Secretariado Executivo, a capacidade de transmitir informações de forma objetiva, manter sigilo e representar o gestor com profissionalismo é indispensável.


3. Adaptabilidade e resiliência


No ambiente da revista, mudanças constantes são a regra. Andy se adapta rapidamente, aprendendo a antecipar necessidades e a lidar com situações inesperadas. Para quem atua no Secretariado Executivo, a adaptabilidade é crucial: imprevistos acontecem diariamente, e o profissional deve manter a calma e encontrar soluções ágeis.


4. Atendimento e relacionamento interpessoal


O relacionamento de Andy com Miranda, colegas e clientes mostra que empatia e tato são essenciais. A capacidade de lidar com pessoas diferentes, muitas vezes de forma diplomática, é um reflexo direto das competências interpessoais que um Secretário Executivo desenvolve ao longo da carreira.


5. Equilíbrio entre vida pessoal e profissional


Por fim, o filme também lança luz sobre os desafios de equilibrar demandas intensas com a vida pessoal — um dilema frequente na rotina de executivos e suas equipes de apoio. O Secretariado Executivo exige dedicação, mas também consciência sobre limites e autocuidado.


Conclusão


O Diabo Veste Prada funciona como uma metáfora do cotidiano do Secretariado Executivo: exige organização, discrição, adaptabilidade e capacidade de gerir múltiplas tarefas sob pressão. Mais do que uma história sobre moda, o filme revela que o sucesso de um gestor depende fortemente da competência e da inteligência emocional de quem está nos bastidores — exatamente o papel estratégico do Secretário Executivo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

A Profissão de Secretariado Executivo e Assistente Administrativo na Era da Inteligência Artificial

 


Por Acimarleia Freitas


O avanço da Inteligência Artificial (IA) está transformando profundamente o mundo do trabalho, impactando especialmente profissões ligadas à gestão, organização e suporte estratégico, como o Secretariado Executivo e a Assistência Administrativa.

Se antes essas funções eram vistas, em grande parte, como atividades operacionais, hoje o cenário exige muito mais do que domínio técnico: pede visão estratégica, pensamento crítico e capacidade de integração tecnológica.

O que mudou com a IA?

Ferramentas inteligentes já assumem tarefas rotineiras, como:

  • Organização de agendas;
  • Respostas automáticas a e-mails;
  • Transcrição de reuniões;
  • Criação de relatórios a partir de dados;
  • Gestão de documentos em nuvem.

Esse avanço não elimina a profissão, mas a reposiciona. A automação libera tempo para que o Secretário Executivo e o Assistente Administrativo possam atuar em funções de maior valor agregado, como análise de informações, suporte à tomada de decisão e mediação de relações humanas no ambiente corporativo.

Novas habilidades exigidas

Na era da IA, o profissional dessas áreas precisa desenvolver um perfil híbrido, que una competências humanas e competências digitais. Entre as mais relevantes estão:

  • Inteligência emocional: para lidar com líderes, equipes e clientes em contextos complexos.
  • Pensamento analítico: interpretar relatórios gerados por sistemas de IA e transformá-los em estratégias práticas.
  • Gestão de tecnologia: aprender a utilizar ferramentas de automação e integrar fluxos digitais.
  • Comunicação eficaz: traduzir informações técnicas em mensagens claras e acessíveis.
  • Inovação e adaptabilidade: estar aberto às mudanças constantes do mundo digital.

O diferencial humano

A tecnologia é capaz de executar tarefas com rapidez e precisão, mas não substitui a sensibilidade, o julgamento ético e a capacidade de relacionamento que os profissionais de Secretariado e Assistência Administrativa trazem ao dia a dia. São essas habilidades que garantem a humanização dos processos organizacionais, elemento fundamental para empresas que desejam se destacar em um mercado competitivo.

Um futuro de protagonismo

Portanto, longe de significar ameaça, a IA representa uma oportunidade de reposicionamento. O Secretário Executivo e o Assistente Administrativo deixam de ser vistos como meros executores para se consolidarem como profissionais estratégicos, inovadores e indispensáveis.

Quem souber se adaptar e aprender a dialogar com a tecnologia não só continuará relevante, como será protagonista em um futuro onde inteligência artificial e inteligência humana caminham lado a lado.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

O Tempo de se Calar Acabou

 




Por Acimarleia Freitas,



Para as Mulheres do Secretariado

Por muito tempo, mulheres do Secretariado foram vistas como “coadjuvantes eficientes”, relegadas aos bastidores, mesmo sendo o coração pulsante das organizações. Mulheres inteligentes, estrategistas, visionárias — mas silenciadas. Ensinadas a servir sem questionar, a cuidar sem reconhecimento, a liderar sem nomear sua liderança.

Mas o tempo de se calar acabou.

Acabou o tempo em que a competência feminina era invisibilizada.
Acabou o tempo em que a voz da profissional de Secretariado era ouvida apenas para confirmar agendas e não para propor soluções.
Acabou o tempo em que a mulher precisava se diminuir para caber em espaços estreitos demais para seu talento.

Agora é tempo de ocupar. Tempo de falar com autoridade.
Tempo de dizer: “Eu lidero, eu decido, eu construo caminhos.”

O Secretariado não é suporte. É estrutura estratégica.
E a mulher que ocupa esse espaço não é "ajudante" — é liderança que transforma.

É hora de assumir a força que sempre esteve aí. De falar sobre os resultados que você gera, os conflitos que você resolve, as inovações que você propõe. De deixar claro que o seu lugar na liderança não é concessão — é conquista, mérito e direito.

Não se cale diante da desigualdade. Não silencie suas ideias. Não esconda suas vitórias.

A sua voz inspira outras. A sua coragem encoraja muitas.
A sua presença abre portas que por muito tempo estiveram trancadas.

O tempo de se calar acabou. Agora é tempo de liderar com voz, com brilho, com propósito.
E que o mundo aprenda: onde há uma mulher do Secretariado, há liderança em ação.