Os Governos devem responder de maneira eficaz à evolução das funções
tradicionais do Estado e aos desafios colocados por essa nova era do
conhecimento e pelas transformações políticas, econômicas, sociais, culturais,
etc. Devem responder às demandas de cidadania que só aumentam. Devem melhorar
seu funcionamento continuamente para que haja melhor governança e,
principalmente, conduzir-se a cumprir METAS ECONÔMICAS, sem paralisar ou
negligenciar o desenvolvimento social. São três grandes desafios destacados que
devem ser enfrentados de maneira efetiva com performance profissional de alto
nível, com desenho rigoroso de quais competências técnicas e gerenciais o
serviço público necessita e, com base no mapeamento de competências, colocar as
pessoas certas nos lugares certos.
No Amapá temos aproximadamente 26.000 servidores estaduais e servidores
federais à disposição do Estado e este é o maior capital do Governo, seu
capital intelectual. O que a administração pública deve dar de resposta
possível a tantos desafios envolve necessariamente, sistemas cada vez mais
inovadores de gestão que tragam novos processos de organização de trabalho,
soluções tecnológicas que aceleram e integram informações importantes para
tomada de decisão. E o mais estratégico de todos: o fortalecimento e
desenvolvimento permanente do capital humano, do capital intelectual que está a
seu serviço.
Como vivemos uma era onde lidamos com mudanças de contexto cada vez mais
acelerados e imprevisíveis, podemos afirmar que a administração pública é uma
administração em transição.
Nos oito anos passados, tomou-se a decisão inovadora de definir - através da
Escola de Administração Pública do Amapá - quais conhecimentos e habilidades o
Governo necessitava e qual perfil o Servidor Público deveria buscar, a saber:
Capacidade Criativa: atuando de forma estratégica a partir de uma visão
sistêmica e inovadora para transformar ideias em projetos consistentes,
realizar melhorias e alcançar soluções de problemas;
Capacidade de Aprendizado: absorvendo conhecimentos que proporcionassem
mudanças de comportamento pessoal, técnico e social transmitindo informações
necessárias ao bom desenvolvimento dos trabalhos;
Orientado para o trabalho em equipe: trabalhando cooperativamente,
compartilhando recursos, experiências e ideias, visando atingir as metas da
equipe de trabalho; Comprometido com os resultados: estabelecendo metas,
reavaliando sistematicamente os processos de trabalho juntamente com sua
equipe, buscando atingir o resultado definido;
Comprometido com o Autodesenvolvimento: assumindo a iniciativa e a
responsabilidade pelo desenvolvimento do seu patrimônio pessoal e profissional;
Capacidade Analítica: detectando e analisando problemas no seu ambiente de
trabalho e propondo soluções e alternativas para superá-los;
Visão estratégica: analisando continuamente os ambientes internos e
externos do Estado, a partir de uma visão global, priorizando a aplicação de
soluções de curto, médio e longo prazo para atingir resultados definidos.
Essas competências são a base do desenvolvimento dos “cérebros da obra” que
conduzem as políticas públicas do Amapá.
Como a gestão pública é dinâmica e vive em permanente transformação, se faz
necessário que se repense e defina: são estas mesmas competências, são estes
mesmos conhecimentos e habilidades que os servidores precisam para exercer suas
atividades?
Para lidar com a evolução de suas funções tradicionais, o Estado precisa criar
um canal de discussão sobre o Desenvolvimento do Servidor Público e,
considerando as mudanças freqüentes de cenário (especialmente o partidário),
vem promover o alinhamento de conceitos sobre esse tema de tempos em tempos.
Goreth Sousa
Master Coach