Tive um chefe
que sempre levou em consideração minha percepção, opinião e avaliação.
Geralmente, antes de contratar uma pessoa ele soltava: “O que achou da (o)
fulana (o)?”.
Não que a minha
opinião fosse decisiva, mas contribuía para o processo e com suas conclusões,
por questões muito óbvias. Era eu quem mantinha contato para agendamento,
recebia as pessoas, acompanhava até a sala de espera, levava de volta ao
elevador e muitas vezes ainda “puxava papo”, o que era suficiente para perceber
o quão algumas pessoas eram prepotentes e arrogantes.
Algumas, sequer
olhavam nos meus olhos ou me davam bom dia. Assim como também tive o prazer de
conhecer pessoas sensacionais que se mostraram após a contração exatamente como
durante o processo seletivo. Sempre acho que a primeira impressão conta
muito. Embora esse aspecto não seja o único fator a ser levado em
consideração para uma contratação.
Também já
conheci muitos “lobos” em pele de cordeiro, que após a contratação “colocaram
suas garras de fora”. Mas o interessante, nesse exemplo, é que num determinado
momento a máscara sempre cai.
Para o meu
chefe, ser gentil com superiores era muito fácil, por isso ele apreciava saber
como um colaborador se comportaria com os demais colegas e possíveis
subordinados.
Perguntar aos
secretários o que pensam sobre determinada pessoa ou assunto faz todo sentido e
pode contribuir para que pessoas desagradáveis contaminem o ambiente de
trabalho. Penso que se os gestores ouvissem mais seus Secretários muitos danos
poderiam ser evitados à empresa, a equipe e aos resultados.