Muitas empresas se questionam sobre o uso do Facebook
durante horário de expediente, algumas criam regras rígidas de controle e
outras simplesmente liberam o uso. Segundo Christian Barbosa, especialista em
administração do tempo e produtividade, a melhor saída é o caminho do meio.
“Sou favorável ao uso das redes sociais, mas de forma controlada, com horários,
limites de tempo, volume de dados trafegados etc. Não existe mais essa história
de bloqueio total, a não ser que você reviste o bolso das pessoas e as impeça
de trazer seu celular para o trabalho”, comenta.
Para ele, o problema não está em liberar ou não o uso, mas
em desenvolver nas pessoas o senso de saber o limite. Quem não sabe dosar os
acessos às redes sociais corre o risco de prejudicar a produtividade diária.
“Não ligo nem um pouco de ver um colaborador no chat no Facebook, se tenho a
certeza de que depois de algum tempo ele retornou mais focado para terminar a
prioridade. O problema é se o chat não termina e consome longas horas no dia, o
que prejudica a execução, atrasa uma série de atividades, os e-mails acumulam,
a sensação de atraso e de correria aumentam”, diz.
Quem trabalha com internet liberada deve saber enxergar
quando a rede ajuda e quando prejudica. Em alguns momentos do dia, fazer uma pausa
par acessar o Facebook, por exemplo, será positivo e pode ajudar a espairecer
as ideias e pensar em outras coisas. A ação pode até ser chamada de ócio
criativo. No entanto, o uso excessivo vira o que Christian chama de
circunstancial: a perda de tempo sem resultados.
Os gestores também podem ser fundamentais para que as redes
sociais não roubem o tempo de seus profissionais. Eles devem ajudar a equipe a
reconhecer o que é prioritário, delegar as atividades importantes e apoiar para
que os resultados aconteçam. “Quando os profissionais estão engajados, sabem a
direção e têm velocidade o autocontrole aparece naturalmente. O Facebook não
pode ser considerado o culpado pela falta de produtividade da equipe. O
problema pode estar na falta de uma liderança produtiva. Esse é o ponto!”,
conclui o especialista.
http://revista.penseempregos.com.br/noticia/2014/02/redes-sociais-no-trabalho-como-nao-passar-do-limite-4429802.html