As organizações convivem com um constante dilema: a maioria
dos desligamentos ocorre não por falta de competências técnicas, mas sim
comportamentais. O que isso que dizer na prática? Significa que muitos
profissionais preparados tecnicamente são demitidos porque não possuem as
chamadas competências comportamentais, aquelas que não são adquiridas em cursos
técnicos, de graduação, de pós-graduação, mas sim não conquistadas no dia a
dia, na vivência do indivíduo com seus pares, os colegas de trabalho, com o
diverso que está ao seu redor. Vejamos abaixo, dez boas razões para os
profissionais desenvolverem o lado comportamental!
1 - Controle das
Emoções: quem trabalha o lado comportamental deixa de fazer parte
daqueles considerados cabeça-quente, que ao mínimo sinal de que algo sairá da
sua rotina, entra em alto nível de estresse e vira uma bomba relógio. Ou seja,
ao invés de manter o controle, explode e leva com ele quem está junto,
complicando ainda mais a situação.
2 - Trabalho em
Equipe: uma das competências comportamentais mais valorizadas pelas
organizações é "saber trabalhar em equipe". Isso porque, as empresas
estão conscientes de que precisam de pessoas que estejam dispostas a integrar
times e não a se isolarem dos demais profissionais.
3 - Comunicação
Interpessoal: saber ouvir, como também conseguir expressar suas ideias
para os demais profissionais com quem convive e até mesmo junto àquelas pessoas
que esporadicamente venha a manter contato. A comunicação interpessoal só
reforça as qualidades de um profissional que se mostra disposto a priorizar seu
desenvolvimento. Por sua vez, isso faz com que as outras pessoas passem a vê-lo
como alguém que mereça atenção, já que valoriza o que o parceiro tem a dizer.
4 - Assertividade: conseguir
apresentar suas ideias, sua opinião de forma segura e com argumentos, sem que
recorra a atitudes consideradas agressivas ou que destrate terceiros. E quando
não estiver correto, ter maturidade suficiente para reconhecer que tomar um
outro caminho é a melhor solução que, por vezes, pode surgir da iniciativa de
um colega de trabalho.
5 - Espírito de
Liderança: ao contrário do que muitos possam imaginar, a liderança nem
sempre está presente naquele profissional que possui um cargo formal de
"chefia". Muitas vezes, diante de uma situação inusitada um
colaborador pode tomar a iniciativa de orientar os demais colegas de trabalhos
para solucionar um problema ou, pelo menos, minimizar possíveis consequências
negativas que estejam por vir.
6 - Valorização do
Diverso: tornou-se inconcebível pensar uma empresa competitiva e
inovadora que não esteja aberta para a diversidade. Diante disso, o
profissional precisa trabalhar o lado comportamental para saber conviver bem
com pessoas das variadas gerações, opiniões, religiões, ou seja, o profissional
deve se enxergar o diverso não como uma barreira àquilo que ele acredita, mas
sim como uma ponte que irá levá-lo a conhecer novos horizontes. E o respeito ao
próximo encontra-se nessa realidade.
7 - Aprendizado Contínuo: nunca seremos os donos da
verdade e como tal, precisamos estar em constante processo de aprendizagem,
seja formal ou não. Vale salientar que aqui o aprendizado não se passa apenas
pelos meios tradicionais, mas também pelas vivências adquiridas ao longo da
vida.
8 - Compartilhar o
Conhecimento: um profissional com maturidade comportamental não se
sente ameaçado e tampouco deseja guardar para si todo o conhecimento que
adquiriu. A história mostra que os grandes mestres das ciências, sejam exatas
ou humanas, sempre procuraram alguém para compartilhar aquilo que haviam
descoberto ou todo o seu trabalho teria sido em vão, com sua morte. Por isso,
valem os registros dos trabalhos desenvolvidos durante décadas por estudiosos
que mesmo após suas existências terrenas, serviram de base salutar para o
desenvolvimento de novas ações que beneficiaram a humanidade. Por isso sempre
existiu e haverá alguém que assuma o papel de mestre e o de aprendiz.
9 - Errar Não é o
Fim: só erra quem tenha fazer algo e a partir dessa linha de
pensamento, a pessoa passa a arriscar, a apresentar sugestões, a se posicionar
suas atribuições. Naturalmente, passa a ganhar maturidade profissional quem nem
sempre está diretamente relacionada à idade cronológica do indivíduo, mas sim à
maneira como ele se sente parte do negócio, de como encontra sentido naquilo
que faz dia a dia.
10 - Iniciativa: nunca
ficar na zona de conforto, por achar que "não se deve mexer naquilo que
vai bem". Se você está em uma posição confortável, isso não garante que amanhã
tudo permanecerá com está hoje. Ter iniciativa, dizer não ao conformismo é o
primeiro passo para desenvolver qualquer competência, tanto técnica quanto
comportamental.