Quando o assunto é como garantir boas relações interpessoais
todos sabem que a educação e a diplomacia sempre serão muito bem-vindas e não
fazem mal para ninguém. Nos ambientes de trabalho a proposta não é diferente da
vida pessoal. Numa época que a cada dia aproxima mais pessoas e culturas por
meio dos recursos tecnológicos como ferramentas imprescindíveis, identificar e
não praticar comportamentos indesejados faz muita diferença no sucesso
profissional, não importa o segmento de atuação em que o indivíduo encontre-se.
A Etiqueta Profissional pode ser entendida como um conjunto de normas que
orientam no trato entre duas ou mais pessoas em prol da boa convivência. Para a
consultora de Etiqueta, Célia Leão, nos ambientes corporativos "... as
regras de comportamento ajudam a garantir clima de respeito mútuo, refletindo
diretamente na saúde dos profissionais..." e, consequentemente, nos
resultados a serem obtidos.
Por mais liberal que seja o ambiente corporativo, vale lembrar que existem
normas de comportamento que não devem ser quebradas. Considerando que as
pessoas passam boa parte do tempo nas empresas é natural que a informalidade
ganhe espaço, além do necessário. Para a consultora Maria Aparecida Araújo,
"A função das normas de etiqueta é espelhar nos funcionários a qualidade
dos serviços ou dos produtos que a empresa oferece". Por isso, algumas
regrinhas precisam ser sempre lembradas:
a) Fuja das fofocas e de pessoas mentirosas. A prática da mentira fragiliza as
relações criando espaços para a desconfiança. "Herdamos da cultura ibérica
uma sociedade extremamente hierárquica em que os funcionários têm medo de
dialogar com os chefes e acabam mentindo", afirma o professor Alfredo
Behrens, da FIA - São Paulo.
b) Use roupas de acordo com o cargo e função desempenhada. A roupa diz muito
sobre a pessoa e querer ser o centro das atenções por meio delas não é
comportamento educado. Se a empresa não adota uniforme, procure usar trajes
discretos, cores neutras, jamais excedendo nos decotes e cumprimento
deselegantes. A empresa não é "balada" com amigos, e pede roupas e
acessórios discretos.
c) Use adequadamente as ferramentas de trabalho. Telefone e redes sociais devem
ser usados com ponderação de maneira que não venham a interferir nas rotinas da
empresa e da função.
d) Não provoque ou alimente a discórdia, a fofoca. É natural que as
incompatibilidades ocorram, afinal, toda empresa é formada por pessoas com
experiências e objetivos nem sempre respaldados de expressivo valor.
Entretanto, deve prevalecer a comunicação assertiva de forma a auxiliar na
prevenção da "rádio peão" ou o boato organizacional.
e) Não queira ser o "sabe tudo" ou "dono da razão". Os
novos tempos pedem parceria, ajuda mútua e compartilhamento de ideias. A
integração auxilia no encontro de melhores respostas e tomada de decisões.
f) Saiba comportar-se nas festas e confraternizações promovidas pela empresa.
Ninguém gosta de pessoas inconvenientes, aquelas que falam alto demais, bebem e
promovem brincadeiras desagradáveis. Esses espaços devem servir também para
estreitar ou estabelecer amizades, e, quando possível, fazer revelar
competências que no dia a dia não são percebidas.
g) Respeite as diferenças e a cultura do outro. Nem todos torcem pelo mesmo
time, apreciam a mesma comida, gostam dos mesmos filmes ou professam a mesma
religião.
E, finalizando, não deixe de lado expressões como, por exemplo:
"Obrigada!", "Por favor", "Licença!". Estes
vocabulários jamais sairão de moda e servirão para, no mínimo, mostrar que você
sabe estabelecer um bom convívio com os colegas de trabalho.
Por: Elizabeth Hernandes