Há algumas situações que podem ser confundidas com assédio
moral:
♦ Situações
eventuais
A principal diferença entre assédio moral e situações
eventuais de humilhação, comentário depreciativo ou constrangimento contra o
trabalhador é a frequência, ou seja, para haver assédio moral é necessário que
os comportamentos de assédio sejam repetitivos. Um comportamento isolado ou
eventual não é assédio moral, embora possa produzir dano moral.
♦ Exigências
profissionais
Todo trabalho apresenta certo grau de imposição e
dependência. Assim, existem atividades inerentes ao contrato de trabalho que
devem ser exigidas ao trabalhador. É normal haver cobranças, críticas construtivas
e avaliações sobre o trabalho e/ou comportamento específico feitas de forma
explícita e não vexatória. Porém, ocorre o assédio moral quando essas
imposições são direcionadas para uma pessoa de modo repetitivo e utilizadas com
um propósito de represália, comprometendo negativamente a integridade física,
psicológica e até mesmo a identidade do indivíduo.
♦ Conflitos
Em um conflito, as repreensões são faladas de maneira aberta
e os envolvidos podem defender a sua posição. Contudo, a demora na resolução de
conflitos pode fortalecê-los e, com o tempo, propiciar a ocorrência de práticas
de assédio moral. Algumas situações, como transferências de postos de trabalho;
remanejamento do trabalhador ou da chefia de atividades, cargos ou funções; ou
mudanças decorrentes de prioridades institucionais, são exemplos que podem
gerar conflitos, mas não se configuram como assédio moral por si mesmas.
♦ Más
condições de trabalho
Trabalhar em um espaço pequeno, com pouca iluminação e
instalações inadequadas não é um ato de assédio moral em si, a não ser que um
trabalhador (ou um grupo de trabalhadores) seja tratado dessa forma e sob tais
condições com o objetivo de desmerecê-lo frente aos demais.
Lembrem-se: Para serem consideradas como assédio moral, as
práticas precisam ocorrer repetidas vezes e por um período de
prolongado.