Este artigo foi publicado pelo InfoMoney em 15.05.12 e traz informações
interessantes para quem está em processo seletivo.
Boa leitura!
Acimarleia Freitas
No processo seletivo, existem algumas perguntas que podem
deixar o profissional na famosa "saia justa”. Geralmente, são perguntas
que a pessoa não se preparou para responder e, dependendo da resposta, podem
comprometer seu desempenho.
A consultora em Recursos Humanos e diretora educacional da
Drhíade, Ângela Christofoletti, explica que este tipo de questionamento não é
para constranger ninguém. É na verdade, uma maneira que o recrutador tem de
conhecer o profissional. “Por isso é fundamental que a pessoa seja
transparente, mas sempre com muita elegância”, aconselha.
Pensando nisso, o Portal InfoMoney, em parceria com a
especialista, elaborou cinco perguntas que são consideradas difíceis de
responder. Ângela ressalta que a ideia é orientar o profissional e não ser
utilizada como uma resposta padrão. “Tudo que é ensaiado não é legal”. Confira
abaixo:
Quais são os seus pontos fracos?
Dizer que é perfeccionista e detalhista está bem longe do
que o recrutador deseja ouvir. A consultora explica que este tipo de pergunta é
para que o profissional de Recursos Humanos possa relacionar as características
pessoais com o cargo que está em aberto. O ideal é que a pessoa mencione alguma
característica, mas não se aprofunde. “Cite alguma situação e diga que você
está trabalhando para melhorar, mas não dê detalhes. Não entre nesta questão”,
diz Ângela.
Por que eu deveria te contratar?
Segundo a especialista, neste momento, é indicado que a
pessoa responda que irá ajudar a empresa a alcançar o resultado esperado, já
que ela tem as características e competências que o empregador busca.
Do que você menos gostava do seu último trabalho?
Se o problema for o horário ou à distância, o mais indicado
é dizer que neste sentido, o trabalho era incompatível. No caso de situações
relacionadas à ética é fundamental que a pessoa cite que “eram questões de
natureza ética que ela não concordava”. Se foram problemas como acordos que não
foram cumpridos, deve ser indicado desta maneira, bem curta. “Lembre-se que o
entrevistador não está interessado na empresa em que a pessoa trabalhava, mas
no candidato”, orienta.
O que você acha sobre o seu último chefe?
Esta pergunta é para avaliar o nível de relacionamento que a
pessoa tinha com o superior. Nestas horas, não é bom nem falar muito bem do
chefe, porque o profissional pode parecer que é do tipo “puxa-saco”, nem falar
mal, porque demonstra imaturidade. “Fale apenas: nossa relação era boa. Toda
vez que eu era solicitado, entregava os resultados esperados”, explica.
Se você está empregado, por que está procurando emprego?
Nada de falar da distância, do salário, dos benefícios nem
dos problemas que está passando na empresa atual. A melhor resposta que o
candidato pode dar é que ele está em busca de novos desafios e de
reconhecimento profissional.