Não são poucas as vezes em que você passa por situações
em que supostamente deveria agir com bondade. Falo dessas que ultrapassam os
limites, no trabalho, na faculdade ou em qualquer outro lugar. Você enfrenta o
dilema do “ser ou não ser bonzinho” e geralmente age com a emoção e esse
pensamento: "devo ser bom e jamais posso dizer não". Você age de
acordo com aquela visão de liderança frustrada: tenho que fazer tudo, pois eu
sou o líder, tenho que mostrar meu papel, devo ajudar e tenho que ser
companheiro.
Vamos rever o que você acabou de ler, não me entenda errado,
por favor! Ajudar, apoiar, ser bondoso e companheiro são características de um
excelente líder, essenciais, mas só quando são usadas com moderação.
Lembre-se: mostrar o caminho ou caminhar junto é
totalmente diferente de carregar no colo. Na verdade, a maioria das pessoas não
sabe estabelecer um equilíbrio entre o lado emocional e o racional, se deixando
levar facilmente pelos impulsos.
E então, você é o “bonzinho” da história? Se a resposta for
sim, vamos analisar 4 características das pessoas que você pode estar formando:
• Folgadas: aprendem que podem conseguir o que querem
em cima de outras pessoas;
• Mal acostumadas: pessoas dependentes de outras que, ao se verem
sozinhas, sofrem além do normal;
• Inseguras: acreditam que são incapazes de traçar planos de sucesso e de
alcançar seus objetivos;
• Infelizes: pessoas que não conseguem o sucesso ou que o conseguem nas
costas de outras pessoas. Parecem felizes, procuram demonstrar a felicidade,
mesmo sabendo que estão fora da realidade.
No entanto, nunca é tarde para mudar...
O fato de ter errado no passado e ainda, muitas vezes, errar
no presente com essa falsa boa atitude, não significa que você deve continuar
nessa situação. O medo de ser taxado de exibido, egoísta ou até mesmo de
individualista, criam a ilusão de que você deve ser o “bonzinho” da vez. A
facilidade está tão presente na vida das pessoas “beneficiadas” que, dessa
forma, tornam-se muito mal acostumadas e sempre que surgem desafios complexos
procuram, de cara, um jeitinho de maquiá-los e superá-los sem qualquer esforço.
A conscientização do erro em ser “bonzinho” é o primeiro
passo para você realmente ajudar na formação de bons indivíduos. Pense bem:
acima de tudo, você irá contribuir com a sociedade inserindo pessoas honestas e
dignas de respeito. A sinceridade causa rejeição, isso é um fato indiscutível,
porém, na luta contra a corrupção é o combustível principal. Seja sincero e
verdadeiro pois, dessa forma, sua atitude servirá de base para a sua equipe,
fazendo com que a mesma caminhe com seus próprios pés e assim possa sentir
verdadeiramente o sabor de uma conquista.
Espera aí... Você tá com medo das críticas?
Não se preocupe, isso é passageiro. Na verdade você deve se
preocupar com o futuro da sua nação fazendo sua parte, mesmo que pareçam
simples atos, faça-os com determinação. Mantenha-se consistente mesmo diante
das rejeições e retaliações que consequentemente você enfrentará. Saiba que na
guerra contra o extermínio da “bondade superficial” e contra a “hipocrisia”, o
sincero é o vilão da história, mas é ele que, com suas atitudes, ajudará na
formação de uma sociedade mais justa e humanizada.
Lembre-se daquela frase bem conhecida: “Faça a diferença.”
Deixe um verdadeiro legado, meu amigo (a). Faça com que na
sua ausência as pessoas continuem a seguir seus ensinamentos, e que mesmo
distantes tenham você como exemplo de profissional e, principalmente, como
exemplo de ser humano.