1. PLEONASMO (do Grego, pleonasmos = superabundância)
Pleonasmo é o emprego de palavras desnecessárias ao sentido
da expressão. Ou seja, é uma repetição desnecessária - tanto do ponto de vista
sintático quanto do significado - de um termo já expresso na oração. Essa
repetição só é válida e aceita como pleonasmo, quando o termo usado tem a
finalidade de reforçar, dar expressividade a oração. E isso só acontecerá no
âmbito literário. De modo que, o pleonasmo só existe como figura de
linguagem: Aos rapazes, deu-lhes dinheiro.
Aos rapazes e o pronome lhes (= aos rapazes) exercem
exatamente a mesma função sintática dentro desta oração - de objeto indireto.
Dizemos, então, que há um pleonasmo do objeto indireto. Outros exemplos:
“Era véspera de natal, as horas passavam, ele devia de
querer estar ao lado de iá-Dijina, em sua casa deles dois, (...).” (G.
Rosa)
“Cada qual busca salvar-se a si próprio...” (Herculano)
“E rir meu riso.” (Vinícius de Moraes)
2. REDUNDÂNCIA OU PLEONASMO VICIOSO
Fora da literatura, no âmbito das palavras, torna-se uma
repetição inútil, é um vício de linguagem conhecido como redundância,
também chamado por muitos estudiosos como pleonasmo vicioso. À exceção do
pleonasmo, e assim mesmo só em casos especiais, evite a redundância; pois,
comprometem o texto. A seguir, passo-lhes uma lista de redundâncias (ou
pleonasmos viciosos) que devem ser evitados:
3. A REDUNDÂNCIA DE IDEIA
São redundâncias encobertas. Não apresentam tanta gravidade
como as acima citadas, mas devem ser igualmente, evitadas:
Prefeitura restaura velho casarão.
Também será recuperado o velho parque
Tiradentes.
A palavra velho nas duas frases é desnecessária,
supérflua. Não se recupera ou se restaura algo novo.
Navratilova volta ao tênis.
Ela voltaria a que esporte senão ao tênis. Opção:
Navratilova volta a jogar (ou à atividade).