Ter um bom currículo é, sem dúvida, muito importante para
conseguir se destacar no mercado de trabalho. Mas será que uma boa
qualificação, experiência profissional vasta e cursos extracurriculares são os
três pilares preponderantes para conseguir conquistar o chefe e os colegas
de trabalho? A resposta é não!
A falta de controle emocional pode
atrapalhar e muito um profissional que queira se sobressair no mercado.
“As empresas querem – e precisam – de pessoas equilibradas,
que saibam administrar o que acontece com elas no trabalho e na vida pessoal”,
explica Sergio Ricardo Rocha.
Existem dois fatores prejudiciais quando o profissional
costuma exagerar nas emoções, ou seja, em momentos de estresse grita
e fala palavrões, vive emburrado e trata mal os colegas: “Isso afasta as
pessoas, pois elas não querem receber esta energia ruim, conviver com alguém
cheio de emoções descontroladas e por saberem que não terão com quem contar na
hora da necessidade. Ou seja, em vez de reagirem bem, perderão o controle”,
afirma Rocha.
O coach esclarece que dentro das instituições pouquíssimas
atividades são realizadas isoladamente e, por este motivo, emoções exacerbadas
e choros constantes geram problemas onde a produtividade é
extremamente avaliada. “Convivemos o tempo todo com pessoas e a realização de
parte das tarefas normalmente depende de outras. Se não tiverem carinho e
confiança em nós, enfrentaremos dificuldades”, diz.
Segundo ele, o chefe avaliará se esta pessoa prejudica
o ambiente de trabalho, se está preparada para liderar pessoas em uma
possível promoção e se pode confiar que ela realizará as tarefas necessárias,
da melhor forma e dentro do prazo estabelecido. “As pessoas são contratadas por
conta das suas competências e habilidades e são demitidas por causa das suas
atitudes e do relacionamento com as pessoas. Ninguém quer uma bomba relógio
emocional por perto”, considera.
Sérgio cita que no livro “O Monge e o Executivo”, o autor
James Hunt diz que devemos avaliar um relacionamento como se fosse uma conta
bancária. Quando conhecemos alguém o saldo é nulo. Nossos comportamentos geram
depósitos e retiradas. “Todas as vezes que mantemos um relacionamento saudável
com as pessoas, sendo calmos, gentis, confiáveis e tratando com respeito,
significa que fazemos depósitos nesta conta bancária. Então o saldo vai ficando
positivo”, informa.
Desse modo, quando somos grossos, indelicados, fracos e
arrogantes, quebramos promessas e não valorizamos as outras pessoas. Fazemos
retiradas e o saldo vai ficando negativo. “Para cada retirada que fazemos, as
pessoas só desculpam mesmo se fizermos quatro depósitos. Somos muito sensíveis,
puxamos sempre a sardinha para nosso lado. Uma pessoa tende a acreditar que o
que acontece com ela é muito mais forte e importante do que acontece com outras
pessoas”, descreve Rocha.
Por isso, controle as emoções! O coach assegura que ao
administrá-las estamos gerando produtividade, felicidade e auto realização.
“Temos sucesso quando aprendemos a lidar com as situações e a viver emoções de
maneira mais equilibrada. Aliás, não são apenas as nossas emoções, temos que
aprender a lidar com as emoções das outras pessoas também”, salienta.
A melhor metodologia para aprender a identificar o
comportamento, saber onde está, para aonde quer chegar (o que quer se tornar),
quais seus pontos fortes, como contornar possíveis obstáculos e como criar uma
rota de ação para o seu sucesso é a de coaching. “Quanto mais rápido entendemos
como nossos valores, pontos fortes e de melhoria, motivações pessoais e
profissionais potencializam ou limitam os nossos resultados, mais efetivas
serão nossas ações para eliminar/minimizar improdutividade e desenvolver pontos
positivos”, garante Sergio Ricardo Rocha.
Por Stefane Braga (MBPress)